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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Comitiva do CLAI avalia situação em Honduras

Representantes do Conselho Latino-Americano de Igrejas (CLAI) visitaram Honduras entre 28 de setembro e 2 de outubro para escutar dos representantes de igrejas locais - em San Pedro Sula e Tegucigalpa -, da Comissão de Direitos Humanos e de representantes de movimentos sociais sobre a situação no país desde o golpe de estado de 28 de junho.

“Preocupa-nos que as medidas ditatoriais tomadas para remover o presidente Manuel Zelaya do poder convertam-se em plataforma para frear outros processos democráticos na América Latina", diz pronunciamento da delegação do CLAI.

A rejeição da comunidade internacional ao governo de fato polarizou as reações nas famílias, igrejas e comunidades, informam. A suspensão das garantias constitucionais incrementou a intimidação, a repressão e o medo, provocando feridos, mortos, violações sexuais, tortura, fechamentos de meios de comunicação e limitando a liberdade de expressão, reunião e circulação, violentando os direitos humanos. "Como Igreja recusamos todos estes atos que atentam contra a vida", sublinha o documento.

A delegação do CLAI apurou que o povo está inquieto e desejoso de participar nas instâncias de tomada de decisão que contribuam com a construção de um novo país. Há incerteza frente ao processo eleitoral que perpetue o ‘*status quo, principalmente pelo decreto de suspensão de garantias constitucionais que não contribui para a solução da crise atual".

Em carta pastoral, o presidente do CLAI, bispo anglicano Julio Murray, do Panamá, e o secretário-geral, pastor luterano Nilton Giese, do Brasil, instam as igrejas a levantarem a voz profética denunciando as medidas e atitudes que vão na contramão dos direitos humanos.

Os líderes religiosos reivindicam do governo de fato para que restabeleça imediatamente as garantias constitucionais, cese todo tipo de violação aos direitos humanos, retome o diálogo no espírito do acordo de San José e assegure a ampla e livre participação do povo.

Às comunidades de fé nesse país, o CLAI promete continuar advogando pela restituição das garantias constitucionais e o respeito aos direitos humanos, acompanhando-as na tarefa de diálogo, reconciliação e cura.

O CLAI reúne 180 igrejas evangélicas, protestantes e pentecostais em 20 países da América Latina e do Caribe, comprometidas com a busca da unidade ecumênica.

Fonte: ALC

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