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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Manchete da Folha contra IURD foi preconceituosa, diz professor de Jornalismo

Em seu comentário de rádio para o Observatório da Imprensa, o jornalista Alberto Dines criticou a manchete da Folha de São Paulo sobre as denúncias do Ministério Público contra Edir Macedo. Dines diz o seguinte: "Na terça-feira (11/8), a Folha de S.Paulo noticiou com grande destaque: "Universal é acusada de lavar dinheiro". A pedido do Ministério Público de São Paulo, a Justiça abriu na véspera uma ação criminal por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha contra dez dirigentes da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), entre eles o seu dirigente máximo, bispo Edir Macedo(...) A IURD, enquanto confissão religiosa, não estava sendo denunciada, nem os seus oito milhões de devotos e crentes – a manchete da Folha foi formulada de maneira preconceituosa. Naquela mesma noite, o Jornal Nacional da TV Globo dedicou 11 minutos – na TV, uma eternidade! – à repercussão do noticiário daquela manhã".

Alberto Dines, jornalista com mais de 50 anos de carreira, professor e especialista no assunto, com livros publicados, dirigiu equipes de redação na grande mídia diversas vezes e foi o criador do site Observatório da Imprensa, o primeiro periódico de acompanhamento da mídia, que conta atualmente com versões no rádio e na TV. Do alto de toda essa experiência, ele ressalta: "Denunciar as eventuais falcatruas dos líderes de uma seita religiosa é uma obrigação das autoridades, também da imprensa, mas é impiedoso ignorar as convicções dos seus fiéis". Mas espanta-se: "Da quarta-feira (12/8) até domingo (16), toda a grande mídia aderiu com gosto ao pesado bombardeio contra o bispo Macedo e o seu conglomerado que inclui 23 emissoras de TV, entre elas a Rede Record, 78 rádios (próprias e arrendadas), três jornais e outras 16 empresas em diversos segmentos".

E complementa: "Não é a primeira vez que o grupo empresarial é alvo de investigações relacionadas com o recolhimento dos dízimos pagos pelos fiéis e indevidamente embolsados por Edir Macedo e seus parceiros, a maioria destacados dirigentes da Igreja Universal. Mas aqueles que freqüentam os templos, participam dos cultos e seguem a sua Teologia da Prosperidade não deveriam ser misturados às supostas trapaças de seus sacerdotes."

Dines também critica o posicionamento da mídia frente ao acordo Brasil-Vaticano:

"Não estão claras também as razões da recente e surpreendente reviravolta da mídia no tocante à concordata do Estado brasileiro com o Vaticano. Os jornalões acumpliciaram-se com o governo no fim do ano passado e disfarçaram todos os indícios de um tratado com a Santa Sé – na realidade, um convênio preferencial com a Igreja Católica. Na ocasião este Observatório esperneou [ver "Omissão da mídia sobre o acordo com o Vaticano" e "Acordo por debaixo dos panos"]. Agora, um a um, os veículos começam a interessar-se pela questão do Estado secular como se nada tivesse acontecido em Roma em novembro de 2008".

Leia aqui a íntegra do artigo e, na mesma página do Observatório, os links para os textos: "Igreja e Estado: Acordo por debaixo dos panos – A.D."; "Omissão da mídia sobre o acordo com o Vaticano – Roseli Fischmann", "Igreja e Estado: Notícia (convenientemente) ignorada – A.D."; "Mídia se cala sobre o acordo do governo com a Santa Sé – Lilia Diniz"; "O crucifixo do STF – A.D."; "A íntegra do acordo – Ministério das Relações Exteriores"; "A íntegra do acordo (em italiano e português)".

Igreja Universal: MP pede quebra de sigilos fiscal e bancário de empresas ligadas

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) - do Ministério Público de São Paulo - pediu à Justiça a quebra dos sigilos fiscal e bancário de todas as empresas e pessoas ligadas ao grupo Universal citadas em uma investigação da Receita estadual paulista.

Entre os citados na investigação estão dez réus por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha em processo na Justiça de São Paulo. Eles são acusados de desviar dinheiro de doações de fiéis da Igreja Universal para fins particulares e comerciais.

A quebra de sigilo foi pedida por conta porque os fiscais da Receita estadual descobriram que empresas estavam usando indevidamente o dinheiro dos fiéis.

A equipe de fiscais da Secretaria da Fazenda de São Paulo traçou uma radiografia das empresas ligadas à Igreja Universal. Negócios de fachada apontados como parte do esquema de lavagem de dinheiro denunciado pelos promotores do Gaeco.

Os analistas chegaram a 36 empresas relacionadas direta ou indiretamente à Igreja. E a investigação se concentrou nas que estão registradas em um mesmo prédio na região central de São Paulo.

Segundo a Fazenda estadual, são cinco empresas: Life Empresarial Saúde, Uni Participações, Unitemple Universal, Cremo e Unimetro Empreendimentos.

Só para a Unimetro, a Igreja Universal transferiu mais de R$ 19 milhões em menos de dois anos, apontam os dados oficias. Mas onde fica a Unimetro?

“A Unimetro não é aqui”, diz um funcionário do prédio, que acrescenta que a empresa nunca existiu no endereço na região central de São Paulo.

Entre as empresas registradas no prédio, a Cremo foi a que mais recebeu depósitos: R$ 52 milhões repassados pela Universal. Dinheiro de fiéis que teria sido desviado para o patrimônio pessoal de pessoas ligadas à Universal.

No relatório os auditores afirmam ““cabe-nos questionar a transferência de recursos para essas empresas, porque há fortes indícios apontando no sentido de pertencerem todas a uma mesma organização”.

A Cremo não dá declarações. Segundo funcionários do prédio, tem gente trabalhando na empresa, mas não estão autorizados a dar entrevista.

Quanto às outras empresas registradas no mesmo prédio, os funcionários informam que não conhecem a Uni Participações.

A reportagem do Jornal Nacional procurou ainda outras três empresas acusadas pela promotoria de participar do esquema de desvio de doações de fiéis e não encontrou nenhuma delas nos endereços levantados pela fiscalização.

Movimentação financeira

Os auditores também relacionaram 44 pessoas físicas que foram acionistas ou já dirigiram empresas ligadas à Universal. A maioria dessas pessoas não apresenta movimentação financeira compatível com a renda declarada. A lista de nomes por trás das empresas inclui os dez réus no processo criminal aberto em São Paulo para apurar lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

“Algumas pessoas passeiam pelo quadro societário de diversas empresas do grupo há décadas”, diz o relatório dos fiscais da Fazenda estadual. “Não é justificável que se descarte a hipótese de que algumas dessas empresas tenham existência simulada e sejam utilizadas para dissimular atos irregulares”.

Os promotores esperam a quebra dos sigilos bancário e fiscal de todas as pessoas e empresas ligadas à Universal - o que ajudaria a rastrear, em detalhes, o destino do dinheiro dos fiéis.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Orissa - Um ano depois

( INDIA - Casa hindu exibe uma bandeira laranja hasteada )

(22º) - No dia 23 de agosto de 2008, um ativista que atuava contra missionários cristãos em Kandhamal, distrito de Orissa, foi assassinado. Uma guerrilha maoísta assumiu a responsabilidade pelo crime, mas forças extremistas hindus usaram o assassinato para criar uma onda de violência que tomou conta de Kandhamal e de mais 13 distritos do Estado.

Esse foi considerado o pior caso de perseguição religiosa na Índia desde sua separação do Paquistão em 1947. Segundo relatos, mais de 54 mil cristãos ficaram desabrigados, 315 aldeias foram completamente destruídas, 120 pessoas foram assassinadas e milhares ficaram feridas.

Segundo estimativas do governo, 252 igrejas foram destruídas. A violência não cedeu por mais de dois meses e meio. Até hoje, há, na região, o medo de que os conflitos recomecem a qualquer momento.

Ainda há 4 mil pessoas vivendo em campos de desabrigados, e milhares não voltaram às suas aldeias temendo morrer ou serem convertidos à força ao hinduísmo. O Exército mantém o controle, mas os cristãos tentam imaginar o que acontecerá quando o Exército partir, pois é certo que os soldados não ficarão lá indefinidamente.

Durante a onda de conflitos, a força policial não fez nada para proteger os cristãos. Eles disseram a um colaborador da Portas Abertas que visitou a área no fim de abril: “Tememos voltar aos nossos campos”. Semanas antes, um cristão foi morto enquanto ia a pé para a cidade. Seu corpo foi arrastado para a selva e só encontrado dias depois. O assassino não foi identificado.

Os cristãos não podem nem reparar suas casas. Os hindus proibiram-nos de entrar na floresta para pegar madeira. O governo alocou 20 mil rúpias para a reedificação de casas parcialmente destruídas, mas a maior parte desse dinheiro foi gasto em alimentação e cuidados médicos nos últimos meses.

Medo é outro motivo que impede as pessoas de voltar para casa. As vítimas da violência são condenadas a viver em cabanas a poucos passos de distância de suas casas.

As casas hindus são marcadas com bandeiras alaranjadas. Ao lado delas, as casas dos cristãos jazem em ruínas. Assim como os judeus foram condenados a usar estrelas amarelas sob o regime nazista, os hindus deram-se ao trabalho de identificar as casas de quem é cristão e de quem não é.

Até os campos foram marcados com bandeiras cor de laranja.

Incapazes de cultivar sua terra, de recuperar suas casas e de recomeçar a vida e excluídos da escola e do mercado, as vítimas da violência de Orissa se encontram em uma armadilha, dependentes da pequena ajuda que recebem do exterior.

Há só um modo de descrever o que aconteceu. Não foi limpeza étnica, foi antes uma limpeza religiosa. As igrejas estão sendo substituídas por novos templos hindus. Nos restos dos templos cristãos está escrito “A Índia é para os hindus”.

Mas os cristãos de Orissa não abandonaram sua fé. Mais do que nunca, eles dependem de nós para ajudá-los e ampará-los na luta que travam para praticar sua religião em sua própria terra e aldeia.

À medida que os meses passam, e as barracas provisórias em que eles vivem começam a apodrecer sob o sol de 40°, e as chuvas de verão, é importante que não os esqueçamos.


Tradução: Texto traduzido pela fonte /www.portasabertas.org.br

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Igreja Universal: Site hackeado, fotografo intimidado e ex-bispo chamado a depor. Confira as últimas notícias

Site oficial da TV Record foi hackeado

Piratas virtuais invadiram e picharam o site da Record neste sábado (15). Mensagens de protesto contra a TV e a Igreja Universal do Reino de Deus permaneciam no ar até o começo desta tarde, mas já foram derrubadas.

“Vocês não são bispos, não são santos, vocês são ladrões”, escreveram os invasores, entre xingamentos e palavrões. A Record, por meio de sua central de Comunicação, informou à reportagem que está apurando a origem do ataque.

Na página pichada, sobrou até para a companhia Telefônica. “Gostaríamos também de esclarecer que os ataques aos servidores DNS da Telefônica foram causados devido à falta de capacidade e educação dos atendentes”. Informada sobre a menção aos seus serviços, a empresa preferiu não se pronunciar.

O ataque pró-Globo foi “assinado” pelo conjunto “Skynet group”. O símbolo da emissora foi inserido na página principal da Record.

Um outro grupo de invasores, denominado “Elite Top Team”, já havia conseguido violar os sites do SBT e da Record entre o final de 2006 e o início de 2007. As invasões divulgavam mensagens de protesto contra a política nacional e contra os radiodifusores. À época, a Record disse ter tomado providências para minimizar esse tipo de investida.


Ex-Bispo da Universal teria recebido U$$ 450 mil para ir a Colômbia pegar dinheiro com narcotráfico para a Igreja Universal

Um ex-bispo da Igreja Universal deve ser testemunha no processo do Ministério Público que levou à denúncia contra Edir Macedo e mais nove pessoas por lavagem de dinheiro. Segundo a edição desta segunda-feira do jornal “O Globo”, Carlos Magno de Miranda diz ter havido uso de dinheiro do narcotráfico na compra de parte da Rede Record.

Segundo o jornal, Miranda diz ter viajado à Colômbia com outros dois pastores, em 1989, e recebido US$ 450 mil (cerca de R$ 832 mil). O MP afirma que o depoimento do ex-bispo pode ajudar a explicar como funciona o esquema de lavagem de dinheiro do grupo.
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Ouvido pelo jornal, o advogado da Universal, Arthur Lavigne, chamou a denúncia de ridícula. Ele disse à publicação que a história tem mais de dez anos e nunca se comprovou nada.

Fonte: G1 / Gospel+

Fotografo diz ter sido intimidado por segurança de Igreja Universal

Uma equipe de reportagem do jornal Folha de São Paulo afirma ter sido ameaçada por seguranças da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) na madrugada desta sexta-feira, 14, na zona sul de São Paulo. O repórter fotográfico e o motorista que se disseram ameaçados procuraram o 11º Distrito Policial (Santo Amaro), onde o delegado plantonista registrou um boletim de ocorrência por atentado contra a liberdade de trabalho.

O fotógrafo Luiz Carlos Gomes, de 25 anos, contou que tirava fotos na calçada, em frente à unidade da Igreja Universal da Avenida João Dias, em Santo Amaro, quando quatro seguranças saíram do templo, por volta da 1h45. Três deles se dirigiram à equipe enquanto um observou de longe.

De acordo com o repórter fotográfico, um dos seguranças perguntou de onde a equipe era, ordenou que eles não tirassem fotos e ameaçou efetuar disparos de arma de fogo enquanto deixava as mãos dentro da blusa, simulando estar armado. “Ele falava: ‘cadê o carro de vocês? Se vocês não saírem daqui vou encher o carro de vocês de bala’”, afirmou Gomes.

Ainda conforme o fotógrafo, uma viatura da Polícia Militar (PM) passou pelo local no momento da abordagem dos seguranças. Gomes fez sinal para que ela parasse. “Eles (os PMs) disseram que não podiam fazer nada, que o máximo que poderiam fazer era me levar para delegacia”, afirmou Gomes.

O repórter disse ter pedido para que os policiais fossem suas testemunhas. “O policial disse: ’se eu for até a delegacia vou ser testemunha do cara (segurança) porque ele é policial também, ele ainda vai te processar e arrancar uma grana de vocês’”, garantiu o repórter fotográfico. Se sentindo intimidados, Gomes e o motorista deixaram o local e foram até o 11ºDP por meios próprios, antes que o fotógrafo pudesse concluir o seu trabalho. Até o momento, a Igreja Universal não se pronunciou sobre o episódio.

Via: ADIBERJ

domingo, 16 de agosto de 2009

Orissa - Mais do que socorro material

ÍNDIA (22º) - O mês de agosto de 2009 marca um ano da violência contra os cristãos em Orissa. Depois dos ataques, colaboradores da Portas Abertas visitaram algumas pessoas e ouviram seus relatos sobre a violência. Abaixo, segue um texto especial sobre as ações realizadas para socorrer nossos irmãos. Confira também, em breve, a nossa nova página especial sobre a Índia um ano após os ataques

O pastor de uma pequena igreja em Kandhamal perdeu tudo durante os conflitos. Trêmulo só de lembrar, ele contou como extremistas exigiram que ele adorasse deuses hindus, entoando mantras. Quando se recusou, o açoitaram com paus e varas. Por pouco ele não morreu. Mas seu coração ficou intoxicado com ressentimento e ira. Como ele iria ministrar à sua congregação quando ele mesmo estava tão traumatizado?

A violência não agrediu suas vítimas apenas no corpo. Suas emoções também foram afetadas. A perda e a calamidade súbita trouxeram desespero e perguntas que iniciaram o declínio espiritual de muitos.

A equipe da Portas Aberta via esse quadro sempre que chegava a áreas afetadas ou aos campos de refugiados: olhares sem expressão, atitudes de raiva e ódio contra os perseguidores, lágrimas de medo e depressão ao imaginar que poderia ser impossível voltar para casa, e o completo desespero de ter de passar o resto da vida à mercê dos outros. Além de tudo isso, há também a constante pressão para se converter ao hinduísmo. É visível que os perseguidos precisam de mais do que ajuda material. Muitos sofriam os sintomas do Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

A Portas Abertas procurou suprir essa necessidade, acompanhada de médicos e peritos voluntários da Associação Médica Cristã da Índia. Juntas, as duas organizações iniciaram terapias de estresse pós-trauma.

Como não houve nenhum voluntário de fora de Orissa – muitos tinham medo de ir para lá –, a estratégia foi usar pessoas do próprio Estado. Os voluntários entrevistaram e trataram 36 pessoas, pastores locais na maior parte dos casos, para depois prepará-los para também atuarem como terapeutas na região.

O treinamento foi dividido em quatro seções. Ele foi realizado em um local seguro, em uma cidade litorânea perto de Kandhamal.

Cada módulo durava cinco dias, nos quais os voluntários aprendiam vários métodos de terapia e aconselhamento. Depois havia mais cinco dias de prática no campo, que envolvia o aconselhamento de pessoas, a fim de aplicar o que foi aprendido.

Depois de concluir cada seção, os voluntários visitavam as vítimas em campos de refugiados. Nas sessões com essas pessoas, o “terapeuta” contava sobre a perseguição que ele mesmo sofreu e incentivava o paciente a expressar seus sentimentos, falando como ele, sua família e comunidade foram afetados.

Os voluntários eram instruídos a observar a comunicação verbal e não verbal dos pacientes durante as conversas, a fim de entender a profundidade da tristeza, dor e aflição do interlocutor e avaliar o impacto psicológico do incidente na vida deles.

Aquele pastor traumatizado foi um dos primeiros a fazer a terapia. Quando um voluntário lhe contou a experiência que teve, semelhante à dele, o pastor entendeu que estavam todos “no mesmo barco”. Depois de receber oração e palavras de ânimo e conforto de seu terapeuta, o pastor voltou a crer que ele está seguro em Cristo. Ele disse que, finalmente, reencontrou sua fé!

Tradução: Texto traduzido pela fonte / wwwportasabertas.org.br

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