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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Vem aí a CPI do Aborto

Deputados da Frente Parlamentar pela Vida criam Comissão para investigar o que chama de indústria do aborto no país.
O tema do aborto promete esquentar o clima no Congresso Nacional este ano. A partir do reinício dos trabalhos legislativos, agora em fevereiro, começa a funcionar também a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aborto, uma iniciativa das bancadas evangélica e católica, além de congressistas ligados à fé espiritualista, que atuam na Casa. Os deputados ligados às igrejas pretendem investigar a venda irregular de drogas abortivas – como a pílula do dia seguinte – e principalmente a rede de clínicas e casas de saúde que realizam abortos clandestinos. A chamada Frente Parlamentar pela Vida pretende, inclusive, convocar à CPI mulheres que praticaram aborto. O grupo de deputados religiosos é liderado por Luiz Bassuma (PT-BA), adepto do Espiritismo.

No entender dos políticos ligados ao grupo, existe uma verdadeira indústria por trás dos mais de 3 milhões de abortos que, estima-se, são praticados todos os anos no país – em sua maioria, praticados ilegalmente. De acordo com a legislação brasileira, o abortamento só é permitido quando a gravidez oferece risco de vida à gestante ou é originada de estupro. “Empresas e pesquisadores lucram com a prática do aborto”, denuncia o vereador Hermes Rodrigues Nery, de São Bento do Sapucaí (SP). Ele é o secretário-geral da Executiva Nacional do Movimento Brasil Sem Aborto e coordenador da Comissão em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté. Nery sustenta que o aborto alimenta uma grande rede que inclui a venda de tecidos fetais humanos para empresas biotecnológicas e laboratórios que querem patentear genes humanos, inclusive com objetivos eugenistas. “Na Rússia”, diz ele, “a venda de bebês abortados para tratamento de beleza e rejuvenescimento custa até 20 mil dólares.”

Além disso, continua o ativista, o antinatalismo faria parte de uma estratégia de controle social “pelos poderosos do mundo, que visam manter os altos padrões de vida concentrados nas mãos de uns poucos bilionários, marginalizando a maioria em condições degradantes de vida, sob todos os aspectos”. O secretário do Movimento Brasil Sem Aborto apontou fundações criadas nos Estados Unidos, como Ford, Rockfeller, MacArthur e Buffet, como financiadoras de ONGs que defendem a prática do aborto. Aqui no Brasil, de acordo com o vereador, o Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA) é responsável pelo lobby no Congresso Nacional para a legalização do aborto.

Mas a CPI ainda nem iniciou seus trabalhos e já atrai oposição. A deputada Rita Camata (PMDB-ES), conhecida por sua atuação feminista, critica a intenção do grupo de convocar mulheres que abortaram para depor – o que, no seu entendimento, geraria forte constrangimento. “A Frente Parlamentar pela Vida é um movimento moralista, machista, uma coisa fanática”, critica. A parlamentar capixaba lembrou que a mulher já é relegada a uma completa ausência de políticas de assistência nessas situações degradantes. “Ninguém faz aborto por prazer, porque quer. Se as mães tivessem o apoio dos homens, não recorreriam a um aborto”, finaliza.

(Com reportagem da Agência Latino-americana e Caribenha de Comunicação – ALC)

Supremo Tribunal exige segurança de cristãos em Orissa

ÍNDIA (30º) - O Supremo Tribunal da Índia ordenou que o governo de Orissa aumente as medidas de segurança aos cristãos.

Ao mesmo tempo, criticou a administração estatal por ter atrasado em tomar medidas contra o massacre anticristão do fim de agosto de 2008.

A ordem do Tribunal vem em resposta a um pedido feito pelo monsenhor Raphael Cheenath, arcebispo de Cuttack-Bhubaneswar.

Ele apelou ao sistema judiciário em favor da segurança dos cristãos nos distritos afetados pela violência, da reabilitação das vítimas e da reconstrução dos edifícios destruídos ou danificados por extremistas hindus.

Muitos líderes da comunidade cristã de Kandhamal não acreditam que a ordem do Supremo Tribunal influenciará a situação. Um, que pediu para permanecer anônimo, disse que as ordens não fizeram muita diferença. Um decreto emitido em outubro, exigindo que o governo estatal compensasse os cristãos pelos danos sofridos e fornecesse ajuda para reconstruir suas casas, foi ignorado.

Esse cristão disse ao AsiaNews que “os assassinatos e incêndios em Kandhamal continuaram. Esse decreto nos impediu de crer em qualquer melhora”.

Ele acrescentou que o dinheiro alocado para a reconstrução “raramente ajuda na reedificação das casas; não é capaz de ajudar a recomeçar a vida com dignidade. Somos frustrados pela burocracia da justiça”.

Até agora, apenas 20 mil dos 50 mil cristãos que fugiram para campos de refugiados puderam voltar às suas aldeias.

O arcebispo de Bhubaneswar foi mais positivo em seu comentário. Em sua visão, “o Tribunal entende bem a situação em Kandhamal e a gravidade da situação atual.”

Tradução: Daila Fanny

Fonte: AsiaNews

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Religiosos tem maior auto-controle, diz estudo

Fez resoluções de Ano Novo para 2009? Se você é religioso, é mais provável que consiga mantê-las, de acordo com um novo estudo.

Para o estudo, o Professor de Psicologia Michael McCullough, da Universidade de Miami, nos EUA, e a sua equipa avaliaram oito décadas de pesquisas sobre a religião que tinham sido realizadas sobre diversas amostras de pessoas de todo o mundo.

O que eles encontraram no final foram “provas convincentes” de uma variedade de domínios no âmbito das ciências sociais – incluindo as neurociências, economia, psicologia e sociologia – que as crenças religiosas e os comportamentos religiosos são capazes de incentivar as pessoas a exercitarem o auto-controle e regularem mais eficientemente as suas emoções e comportamentos, para poderem perseguir objetivos valorizados.

“A vida religiosa pode contribuir para o auto-controle, dando às pessoas normas claras para a sua conduta, por levar as pessoas a controlar de forma mais cerrada o seu próprio comportamento, e dando às pessoas a sensação de que Deus está a observar o seu comportamento”, afirma uma conclusão do estudo, que será publicado na edição de Janeiro de 2009 do Boletim Psicológico.

“Quando as pessoas vêem os seus objetivos como algo ‘sagrado’, aplicam mais energia e esforço na perseguição desses objetivos e, portanto, são provavelmente mais eficazes em concretizá-los”, afirma uma outra conclusão.

Desde há décadas, pesquisadores têm repetidamente encontrado uma correlação entre religiosidade e maior auto-controle nos estudantes e adultos, observando que os estudantes que despenderam mais tempo com a instrução dominical obtiveram melhores resultados nos testes laboratoriais que mediam a auto-disciplina, e as pessoas devotas eram mais propensas do que as outras a fazerem uso do cinto de segurança, ir ao dentista e tomar vitaminas.

Embora alguns possam questionar se é devoção religiosa que leva ao auto-controle, ou vice-versa, McCullough diz que a predisposição para tal foi tida em conta na sua investigação e que mesmo assim ainda havia razões para acreditar que a religião tem uma forte influência.

“Quando se combina tudo vem-se a descobrir achados notavelmente consistentes que correlacionam a religiosidade com um maior auto-controle”, contou o professor ao New York Times.

Mas isso não quer dizer que os não religiosos precisam de adoptar uma fé para desenvolverem auto-controle.

“As pessoas podem ter valores sagrados que não são valores religiosos”, disse McCullough, que confessa que ele próprio não é muito devoto.

“Você pode despender o tempo pensando sobre o que são valores sagrados para si e fazer resoluções de Ano Novo que sejam coerentes com eles”, disse ao Times.

Ainda assim, é de notar que as pessoas religiosas tendem a ter menores taxas de abuso de substâncias, melhor desempenho escolar, menos delinquência, melhores comportamentos de saúde, menos depressão, e vidas mais longas.

“Ao pensar na religião como uma força social que propicia as pessoas com recursos para controlar os seus impulsos (incluindo o impulso de auto-preservação, em alguns casos) no serviço de objectivos maiores, a religião pode motivar as pessoas para fazerem praticamente qualquer coisa”, afirma McCullough.

McCullough diz também que ele e a sua equipa acreditam que pode ter sido a capacidade da religião de auxiliar as pessoas a auto-controlarem-se que durante séculos as ajudou a ampliarem as suas capacidades naturais de auto-controle e, como resultado, permitiu-lhes prosperar em actividades difíceis mas necessárias, como a agricultura e trabalhar em conjunto para resolver problemas.

“Temos andado a explorar… esta possibilidade de que aquilo em que religião é realmente boa – e possivelmente, a razão por que evoluiu – foi em ajudar os seres humanos ancestrais, que estavam em vias de se tornarem modernos, a aumentar as suas habilidades de se controlarem a si mesmos e não se entregarem a comportamentos impulsivos que poderiam ter sido benéficos a curto prazo, mas menos desejáveis a longo prazo do que outras condutas de comportamento”, relatou McCullough.

O que McCullough e a sua equipa esperam que o seu estudo venha a produzir é uma atenção mais explícita para a possibilidade da relação entre a religiosidade e o auto-controle poder explicar a ligação entre a religiosidade e a saúde e o comportamento.

Fonte: Christian Today e Gospel+

Bancadas evangélica e católica conseguem a criação da CPI do Aborto

Por Renato Cavallera
A Câmara dos Deputados, por força das bancadas evangélica e católica da casa, constituiu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Aborto, que investigará a venda irregular de drogas abortivas e a rede clandestina de aborto no país.

A Frente Parlamentar pela Vida pretende, inclusive, convocar à CPI mulheres que praticaram aborto, o que, na avaliação de entidades de defesa dos direitos humanos, provocará constrangimento às convocadas. A frente é presidida pelo deputado Luiz Bassuma, do Partido dos Trabalhadores da Bahia.

A deputada Rita Camata, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) do Espírito Santo, da bancada feminista e contrária à CPI, definiu a Frente Parlamentar pela Vida como “um movimento moralista, machista, uma coisa fanática”.

Rita lembrou que a mulher já é relegada a uma completa ausência de políticas de assistência nessas situações degradantes. “Ninguém faz aborto por prazer, porque quer. Se tivesse apoio do homem, não recorreria a um aborto”, fulminou a deputada.

O secretário geral da Executiva Nacional do Movimento Brasil Sem Aborto e coordenador da Comissão em Defesa da Vida da Diocese de Taubaté, professor Hermes Rodrigues Nery, vereador em São Bento do Sapucaí, São Paulo, disse que o antinatalismo faz parte de uma estratégia de controle social “pelos poderosos do mundo, que visam manter os altos padrões de vida concentrados nas mãos de uns poucos bilionários, marginalizando a maioria em condições degradantes de vida, sob todos os aspectos”.

Empresas e pesquisadores lucram com a prática do aborto, denunciou o vereador, seja na venda de tecidos fetais humanos para empresas biotecnológicas, seja para os que estão patenteando genes humanos com objetivos inclusive eugênicos. Na Rússia, mencionou, a venda de bebês abortados para tratamento de beleza e rejuvenescimento custa até 20 mil dólares.

O secretário do Movimento Brasil Sem Aborto apontou fundações, como a Ford, Rockfeller, MacArthur, Buffet, como financiadoras de ONGs que defendem a prática do aborto. O Centro Feminista de Estudos e Assessoria (CFEMEA), arrolou Nery, é responsável pelo “lobby” no Congresso Nacional para a legalização do aborto.

Fonte: ALC e Gospel+

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Igrejas pedem intervenção diplomática na Faixa de Gaza


PALESTINA (42º) - Ao condenar bombardeios na Faixa de Gaza, uma das áreas mais densamente povoadas do planeta, com 1,5 milhão de habitantes, o secretário-geral do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), Samuel Kobia, conclamou governos da região e de fora a prover proteção aos que correm riscos nos dois lados da fronteira.

A punição coletiva contra um país vizinho é ilegal e não tem lugar na construção da paz, declarou Kobia, chamando os governos de Israel e do Hamas a respeitarem direitos humanos e humanitários. As agressões precisam parar imediatamente, agregou.

Kobia lembrou manifestação do Comitê Central do CMI, reunido em fevereiro de 2008 em Genebra, condenando a punição coletiva dos moradores da Faixa de Gaza, assim como os ataques contra civis em e ao redor de Gaza.

No período de celebrações pelo nascimento do Príncipe da Paz, “as notícias que nos vêm da ‘terra santa’ não são bênçãos, mas de bombardeios aéreos, de guerra, de morte e de milhares de feridos”, diz a manifestação do Conselho Latino-Americano de Igrejas (Clai), reportando-se à ofensiva militar aérea iniciada em 27 de dezembro, em Gaza.

A ação militar israelense, uma resposta aos ataques do Hamas contra cidades do sul de Israel, “causou o maior número de vítimas mortais desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967”, arrola o secretário-geral interino do Clai, pastor Nilton Giese. Mais de 400 pessoas, boa parte civis, morreram na Faixa de Gaza e outras duas mil ficaram feridas, vitimadas pelos ataques.

Em carta remetida ao presidente do 63º período de sessões da Assembléia Geral das Nações Unidas, padre Miguel d’Escoto Brockmann, Giese assinala que o Clai, como igrejas na América Latina e no Caribe, pede a intervenção da ONU na região, para que consiga introduzir algum tipo de intervenção diplomática que seja aceita pelos dois lado em conflito.

O secretário-geral do CMI destaca que as orações das igrejas filiadas ao organismo ecumênico internacional pedem que o novo ano traga nova coragem, novas lideranças e novos compromissos para o difícil trabalho de construção da paz no Oriente Médio.

Nota da assessoria de imprensa da embaixada israelense no Brasil enfatiza que Israel não tem a intenção de reassumir o controle da Faixa de Gaza, mas quer, com a expansão da operação militar no dia 3 de janeiro, fazendo incursões também por terra para tentar controlar as rampas principais de lançamento de foguetes que operam na área, “atingir os objetivos de destruir a infra-estrutura terrorista e garantir a segurança de Israel”.


Fonte: ALC notícias
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