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sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

“A teologia da prosperidade é demoníaca” Ronaldo Didini em entrevista

Por Renato Cavallera
Depois de reaparecer na televisão, agora ligado à Igreja Mundial do Poder de Deus, Ronaldo Didini repudia parte do que acreditou no passado.

Nos últimos meses, a notícia de que uma igreja assumiria o controle de mais um canal da TV brasileira causou burburinho. Trata-se da Igreja Mundial do Poder de Deus (IMPD), comandada pelo seu apóstolo Valdemiro Santiago, egresso da Igreja Universal do Reino de Deus. A denominação assumiu o controle da Rede 21. Um dos grupos neopentecostais com crescimento mais rápido no país, a IMPD iniciou as transmissões disposta a se expandir ainda mais. O slogan da nova emissora – “Vem pra cá, Brasil” – já sugere o caráter do empreendimento. O carro-chefe da programação são os cultos, cheios de imagens de exorcismo e curas, promovidos por Valdemiro. Na telinha, ele chama as pessoas à plataforma, abraça-as e chora com elas, num ambiente que mistura comoção e alguma histeria. O investimento da IMPD em mídia é mantido em sigilo absoluto, mas comenta-se no mercado que chegaria a 4 milhões de reais mensais.

Tamanho investimento vale a pena? Para o pastor Ronaldo Didini, sim. Quando a Igreja Universal comprou a Record, há quase 20 anos, foi ele, na época pastor da denominação de Edir Macedo, quem esteve à frente das negociações. Naquela emissora, comandou o 25ª hora, programa que marcou época na radiodifusão evangélica. Dali, ligou-se à Igreja Internacional da Graça de Deus, comandada pelo missionário R. R. Soares, onde colaborou na implantação da Nossa TV e da Rede Internacional de Televisão (RIT). Agora, depois de servir de interlocutor e sacramentar o negócio entre o Grupo Bandeirantes e a Mundial, ele é o gestor da Rede 21. Inteligente e bem articulado, Didini apresenta o programa Hora Brasil, exibido diariamente entre meia-noite e 1h30. “É uma continuação do que fazia no 25ª Hora”, define.

Aos 51 anos, casado e pai de duas filhas, Didini considera a televisão um poderoso instrumento para a evangelização. Sua trajetória chama a atenção não apenas por sua especialidade em TV evangélica, mas também por sua migração denominacional. Tendo peregrinado por igrejas como Universal, Graça e agora a Mundial do Poder de Deus – fora o período em que esteve em Portugal, onde montou a dirigiu a Igreja do Caminho –, ele conhece como poucos o mundo do neopentecostalismo. “Não nego meu passado, mas amadureci”, diz o religioso. Hoje, Didini é um detrator da teologia da prosperidade, que, segundo ele, é um câncer que está consumindo a Igreja brasileira. “E muitos pastores a defendem abertamente em rede nacional. É o que existe de pior na televisão do país”, critica. O religioso recebeu a equipe de reportagem da revista cristianismo hoje em sua nova casa no bairro do Morumbi, em São Paulo:

O senhor tornou-se uma referência para a mídia evangélica por ter comandado o 25ª Hora, exibido pela Rede Record nos anos 1990. Como foi aquela experiência?
RONALDO DIDINI – Foi uma experiência riquíssima, tanto do ponto de vista religioso como sociológico. Aquela foi a primeira vez que pastores evangélicos discutiram abertamente com a sociedade todos os problemas do nosso tempo. Quebramos barreiras, pois deixamos claro que o evangélico é um cidadão como qualquer outro. Ali, falávamos abertamente sobre qualquer assunto, como sexo e política, coisas então consideradas tabu em nosso meio, sem perder o compromisso com os valores da Palavra.

Como o senhor avalia a programação evangélica feita hoje no Brasil?
O que existe de melhor, a meu ver, é a combinação que a Igreja Mundial do Poder de Deus faz entre proclamação da Palavra e demonstração do poder de Deus. Também gosto de alguns programas que estudam a Bíblia nas madrugadas. Um exemplo são os programas de Silas Malafaia naquele horário, onde ele recebe pastores e gente interessante. Os peixes mais graúdos são os que estão ligados na madrugada. Quando alguém prega com mansidão e de maneira equilibrada nesse horário, em que a pessoa liga a TV porque precisa ouvir a Palavra, não há quem não se quebrante.

Com a entrada maciça dos evangélicos na televisão, não há uma “guerra santa” pela audiência?
Não creio. Por mais que o homem fale, quem está no controle da Igreja é o Espírito Santo. Mas podemos fazer uma leitura diferente do que acontece no Brasil. Em 1985, acabou o regime militar. As pessoas esperavam por algo novo, desejavam mudanças, inclusive na esfera espiritual, já que a presença católica era hegemônica. A abertura também trouxe esse novo momento, em que as igrejas passaram a ter liberdade para usar os meios de comunicação. Houve imaturidade, inconsistência? Sim. A sociedade e a Igreja não souberam medir isso. Por outro lado, a liberdade foi também exacerbada. Há dez anos, as crianças estavam dançando na boquinha da garrafa por causa da TV. Hoje, amadurecemos e não se vê mais isso. Acho que o mesmo aconteceu com a Igreja Evangélica em seu crescimento; agora, é preciso colocar os pés no chão.

Comenta-se à boca miúda que R.R.Soares paga R$ 5 milhões mensais à Bandeirantes e que Malafaia desembolsa outro tanto. Há informações de que sua igreja teria um investimento em TV estimado em 4 milhões por mês. Essas cifras são reais?
Não acredito que sejam reais, até porque, nesse caso, o mercado seria super-inflacionado e não haveria condições de se pagar tanto. O próprio mercado publicitário não teria condições de concorrer com esses valores. Vivo no meio e posso dizer que falam de números muito mais altos que os reais.

O Hora Brasil tem a mesma proposta do 25ª Hora?
O Hora Brasil funciona como se fosse um termômetro. Obviamente, do 25ª Hora para cá, a sociedade evoluiu muito. Hoje, cerca de 30% da população é evangélica. Eu chamo a sociedade para dialogar sobre assuntos religiosos, médicos, problemas sociais. Estou fazendo jornalismo e já pude observar algo interessante: uma preocupação generalizada com a preservação da família. Pessoas com as mais diferentes linhas de pensamento estão preocupados com o destino das famílias, com seus valores – ao contrário do que a mídia em geral incentiva, que é a falta de compromisso, a infidelidade conjugal, o individualismo e a libertinagem, que tanto marcam nosso tempo. Mas o Brasil não é uma Sodoma ou Gomorra. Isso é resultado do esforço feito ao longo dos anos por homens e mulheres de Deus para pregar o Evangelho, e que levou ao boom dos crentes na mídia. Os especialistas criticam esse avanço, mas ele é uma âncora de valores há muito esquecidos e desprestigiados. Infelizmente, esse avanço tem dois lados: o positivo, do qual já falei, e o negativo, que são os escândalos. Mas Jesus já disse que escândalos viriam. Temos que nos preocupar com os “ais” que os sucederão, para que não sejamos seus causadores. É preciso haver limites.

Quais são esses limites?
Fiquei assustado com o que fez o pastor Marcos Feliciano em seu programa. Ao mesmo tempo em que pregava o Evangelho, ele anunciava terrenos para as pessoas comprarem em prestações, dizendo que Deus abençoaria aquela compra. Isso ultrapassa o limite. Ao mesmo tempo em que se anuncia a salvação, vincula-se isso à venda de produtos para receber a bênção de Deus. Lógico que aquele comercial está sendo pago. Feliciano ultrapassou a barreira ética. Para mim, isso é o que existe de mais vulgar na teologia da prosperidade. A igreja precisa de fundos? Sim. Mas de onde vêm? Dos dízimos e ofertas. Apenas eles têm fundamento bíblico. Sem esse pastor perceber, creio que o próprio Deus o fez tropeçar para expor a nudez desses cruéis ensinos. A teologia da prosperidade é um câncer no segmento evangélico.

Por que o senhor critica tanto a teologia da prosperidade?
Porque ela é demoníaca. Penso que os líderes evangélicos deveriam se unir e dar um basta nesses ensinos. A teologia da prosperidade bateu no fundo do poço e já deveria haver uma conscientização de muitos líderes acerca disso. Todos que optam por esse caminho ficam satisfeitos apenas em ir bem financeiramente, não ter sofrimento de nenhum tipo. Querem ficar independentes, achando que não precisam de mais nada. Os pregadores da prosperidade não têm contato com o povo e não enxergam isso, porque são pobres, cegos, miseráveis e estão nus. O homem não tem que ditar regras a Deus e dizer a ele como e a que horas fazer o milagre. Minha crítica a essa teologia é que ela proclama aquilo que é terreno e não o que é sagrado, sobrenatural. Com o tempo, tal mensagem se desgasta e o resultado está aí. Eu fui missionário em nações muito pobres da África. Por que a teologia da prosperidade não funciona lá? Para responder essa questão, o teólogo da prosperidade não está preparado. Se não funciona lá, ela é antibíblica. Jesus falou que é mais fácil um camelo passar pelo fundo da agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus. Ora, se a teologia da prosperidade fosse bíblica, todos seriam ricos e quase ninguém acabaria salvo. Pregar e acreditar na teologia da prosperidade é como construir um castelo na areia ou fazer um gigante com pés de barro – mais cedo ou mais tarde, tudo cairá.

Mas durante muito tempo o senhor militou em igrejas propagadoras da teologia da prosperidade… Quem mudou, suas ex-igrejas ou o senhor?
Não mudei o meu pensamento. Foi a obra do Espírito Santo que me amadureceu. Sou muito grato por tudo que recebi na Igreja Universal e na Igreja da Graça. Não tenho nada contra essas instituições e nem contra seus líderes. Minha diferença é doutrinária. Uma coisa é enxergar, e outra é mudar, se for preciso, sair do sistema, quando ele se torna mais poderoso do que a Bíblia. O catolicismo está cheio de exemplos assim. Todos os padres sabem que não é uma bula papal que pode dizer que o líder é infalível ou que Maria subiu ao céu com seu corpo. Mas o sistema Católico Apostólico Romano requer que essa doutrina seja aceita, e muitos a defendem em nome desse sistema.

O senhor não teme ser considerado ingrato por seus ex-líderes?
Como eu disse, nada tenho contra Macedo ou Soares. Tanto, que quando eu saí da Universal, foi como que se perdesse meu chão. A Iurd para mim era mais importante que qualquer outra coisa na vida; eu amava aquele ministério, dava minha vida por ele. Depois, conheci a Igreja da Graça. O missionário Soares me ajudou muito naquela época, pastoreando minha vida por dois anos. Foi um verdadeiro pai, preocupando-se com minha alma, porque eu não estava bem espiritualmente. A teologia da prosperidade me fez um mal tremendo. Continuei caindo e bati no fundo do poço quando abri a igreja lá em Portugal [a Igreja do Caminho, inaugurada por Didini em Lisboa em 2003]. Estava sozinho com minha mulher e duas malas de roupas começando uma igreja na periferia. Então, aprendi que ou dependia de Deus ou o meu ministério ia acabar. Deus me ensinou muito naqueles cinco anos, até me colocar ao lado do apóstolo Valdemiro.

O bispo Renato Suhett, que saiu atirando na Universal e até abriu uma igreja onde criticava abertamente o que chamava de “sistema religioso” montado por Edir Macedo, acaba de voltar à Iurd. O senhor já foi chamado para retornar á Universal?
Nunca fui chamado para retornar à Igreja Universal, até porque já disse publicamente que não tenho interesse em regressar. Aqui, na Mundial, é como que se eu tivesse voltado para a Iurd em que comecei nos anos 80, uma igreja viva. Creio que, se o Suhett voltou, sabe o que está fazendo. Mas eu estou em casa agora.

Rupturas no seio neopentecostal são comuns. Macedo e Soares começaram juntos na Cruzada do Caminho Eterno, saíram e fundaram a Universal, de onde o último desligou-se para fundar a Igreja da Graça. Valdemiro também é oriundo da Universal; o próprio Macedo começou na Nova Vida, de onde também saiu Miguel Ângelo, que dali fundou a Cristo Vive. As justificativas para a dança de cadeiras são sempre semelhantes, como a de divergências teológicas ou mudanças de visão – contudo, as novas igrejas que surgem acabam trazendo muito das denominações de origem, inclusive os aspectos que criticavam. O que acarreta tantas rupturas?
Uma árvore pode ter muitos ramos, muitos galhos. O importante é observar o que Jesus fala em João 15, e estar alicerçado nos ensinos de Cristo e na prática da verdade. Quando a igreja nasce pela vontade humana, para ser uma maneira de levar a vida, é complicado. Paulo também defende sua autoridade apostólica em Cristo. Por isso, não interessa quem pregou, se foi Paulo, Pedro ou Apolo – o importante é estar firmado em Jesus. No fim das contas, vejo que muitas ramificações poderiam ser evitadas se houvesse menos vaidade humana e mais compromisso com a videira verdadeira que é Jesus.

Então, as divisões acontecem porque cada um quer ter seu próprio espaço?
Nem sempre. O que o dedo faz, os olhos não podem fazer. Não importa a função de cada um; importa que Cristo seja o cabeça do corpo. A Igreja Mundial, por exemplo, tem uma função que as outras igrejas mais tradicionais ou adeptas de ensinos não ortodoxos não podem cumprir. Mas no momento em que algum órgão do corpo adoece, todo o organismo passa a sofrer. A Igreja de Cristo hoje precisa se voltar para a mensagem original e entender o recado: o agricultor é o Pai e a videira aqui é Jesus. Então, vamos parar de vaidade! Eu, por exemplo, quando assumi a Igreja Internacional da Graça de Deus em Portugal, tornei-me vice-presidente vitalício da denominação. Poderia hoje reivindicar isso, já que nunca renunciei. Mas jamais chegaria lá e tentaria tomar a igreja. O verdadeiro pastor é Jesus. Acredito que se existir essa consciência, haverá menos ramificações.

Pode explicar como foi sua adesão à Igreja Mundial?
Sou amicíssimo do apóstolo Valdemiro. Talvez seja uma das pessoas mais chegadas a ele, fora sua família. Mas não vim para cá só pela amizade. Nunca daria certo. Primeiro, reconheci que a Mundial era um movimento de fé muito forte, e depois comecei a observá-la. Fiz quatro viagens para o Brasil e observei claramente o reavivamento bíblico no século 21. Depois veio a fase mais difícil, a de submeter-me à autoridade espiritual dele, sendo seu amigo. Então, peguei a chave da minha igreja e dei na mão dele, dizendo: “Seu trabalho é maior que o meu. Você é mais importante que eu em Portugal”. E vim para ajudá-lo com os dons que Deus me deu. Acredito que estou em uma fase na qual Deus não quer me ensinar mais. É hora de dar frutos, pois ele já investiu muito em mim.

O senhor tem salário na igreja?
Não. Tenho funções executivas na Igreja Mundial, mas não sou funcionário, não recebo qualquer benefício financeiro.

Então, de onde vem seu sustento?
Sou contratado como jornalista pela Rede Bandeirantes. Pela misericórdia de Deus, eu moro numa boa casa, tenho um bom carro, visto boas roupas; mas nada disso me pertence, tudo é dado pelo Senhor. Por isso, posso exercer com liberdade minha vocação. Aliás, esse foi o motivo por que saí da Graça. Comecei a me sentir um funcionário da igreja, sem aquele algo mais, sem um desafio. Eu tinha o mais alto salário, carro à disposição, liberdade para pregar em qualquer lugar; todos os pastores da Graça me tratavam muito bem, eu era sempre recebido com festa. Mas não me sentia bem como executivo, com tarefas meramente burocráticas dentro de uma organização. Resolvi sair. Hoje, aprendi a lição.

Quando estava em Portugal, o senhor se queixava de que os evangélicos brasileiros enfrentavam muitas restrições lá. Essa situação ainda persiste?
Persiste e piora. Digo isso por causa dessa lei xenófoba da imigração. Quase não são liberados vistos para brasileiros. O segundo problema gravíssimo que presenciei lá, quando participei de um congresso da Assembléia de Deus portuguesa, é que não há comunhão entre a Assembléia de Deus brasileira e a de lá. O pastor Joel, filho do José Wellington [presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil], esteve presente também. As lideranças portuguesas não aceitam os pastores brasileiros que são enviados para lá. Como o Brasil se tornou um exportador de missionários, maior é a rejeição. No mundo inteiro, especialmente na Europa, igrejas com lideranças brasileiras atraem apenas público brasileiro. As únicas exceções são trabalhos com negros, que são imigrantes também, vindos de lugares como Cabo Verde, Quênia, Jamaica, Nigéria.

Fonte: Cristianismo Hoje
Correções: Gospel+
Via: Notícias Cristãs

Igreja é lacrada em Rangoon


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida em Mianmar
MIANMAR (25º) - Representantes do regime ditatorial lacraram uma igreja no distrito de Dagon do Sul, cidade de Rangoon em 22 de dezembro. Eles acusaram a igreja de ter sido construída sem permissão.

Ko Ko Hlaing, do Comitê de Paz e Desenvolvimento do distrito, e seus homens foram à igreja por volta das 18 horas e lacraram a entrada.

As informações foram dadas pelo pastor Joy, de 36 anos. Seu nome verdadeiro não pode ser publicado por questões de segurança.

O pastor e os membros da igreja, todos da etnia chin, não puderam celebrar o Natal e nem o Ano Novo.

"Nossa igreja funciona há dois anos e temos dez mil pessoas não-evangelizadas em nossa vizinhança. A igreja está fechada agora. Precisamos de sua oração e apoio urgentemente para que o prédio seja reaberto e para que desenvolvamos nossas atividades", disse o pastor.

A igreja pediu, por diversas vezes, a licença de construção, mas esta nunca foi lhe concedida.

Segundo o pastor e ativista chin Shwekey Hoipang, amigo íntimo do pastor Joy, não é estranho ouvir falar que “ainda há perseguição religiosa em nosso país”.

Tradução: Daila Fanny

Fonte: Chinland Guardian

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Apresentada a primeira Bíblia traduzida por Católicos e Protestantes juntos

Depois de 30 anos de intenso trabalho, foi apresentada na Espanha, nesta quarta-feira, a primeira Bíblia interconfissional em castelhano, um texto elaborado por uma equipe composta de católicos e protestantes espanhóis.

Trata-se da primeira tradução interconfissional da Bíblia, feita a partir das línguas originais do texto: hebraico, aramaico e grego. A obra, de 2.200 páginas, que será vendida por €21,00 (R$ 63,00), inclui um vocabulário de termos bíblicos e uma cronologia histórico-literária.

O volume contém também tabelas de equivalências de pesos, medidas e moedas, uma resenha do calendário judaico e mapas que orientam sobre os lugares onde ocorreram os acontecimentos narrados na Bíblia. A tradução e a supervisão do texto foram coordenadas e dirigidas pela Casa da Bíblia e pela Sociedade Bíblica da Espanha.

Antes da apresentação da obra ao público, o teólogo e catedrático da Faculdade de Teologia da Pontifícia Universidade de Salamanca, José Manuel Sánchez Caro, disse que a Bíblia Interconfissional em castelhano é “um feito” e um “dos grandes eventos da história da Igreja na Espanha”.

Por sua vez, o professor de Teologia da mesma Universidade, Fernando Rodríguez Garrapucho, ressaltou o tempo da elaboração da obra − 30 anos – sublinhando a importância de que ela seja fruto do trabalho conjunto de católicos e protestantes.

O biblista e teólogo protestante, José Luis Andavert, explicou que, na tradução, “não há grandes diferenças”, mas salientou – no contexto da obra – as notas, os comentários e as introduções, que “não são de caráter confissional, mas sim histórico, lingüístico e literário” ao contrário do que acontecia até agora.

Andavert ressaltou que “a verdade pública” oferecida no novo texto “é fundamental” para compreender “nossa cultura, nossas ideias, nossa música e nossa literatura”.

Fonte: AF/RV/NC e Gospel+
Via: Notícias Cristãs

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Vitória para igrejas domésticas em Karnataka

ÍNDIA (30º) - Quatro meses após o fechamento de várias igrejas domésticas no Estado de Karnataka, o tribunal do Estado deu-lhes permissão para reabrir e realizar seus cultos normalmente.

A decisão foi dada após pastores e cristãos do distrito de Davanagere enviarem uma petição por escrito ao tribunal de Karnataka.

O Conselho Geral dos Cristãos da Índia (CGCI) ofereceu representantes legais e apoio logísticos aos pastores envolvidos no processo.

Nos últimos quatro meses e meio, foram fechadas 12 igrejas em Davanagere.

Após ataques realizados em 17 de agosto de 2008, a administração de distrito emitiu informes buscando por igrejas que funcionassem irregularmente. No início de setembro, várias igrejas já haviam sido lacradas.

O vice-comissário K. Amar Narayan instruiu o Departamento de Polícia a inspecionar igrejas e salas de oração a fim de verificar quantos tinham autorização.

A imprensa indiana observou que os templos de outras religiões não estavam sendo checados.

Líderes cristãos locais dizem que por trás dos fechamentos das igrejas havia extremistas hindutvas influenciando o governo.

Durante 2008, grupos extremistas como o RSS e o Bajrang Dal agrediram cristãos, incendiaram igrejas, fizeram acusações falsas contra pastores e abriram processos contra eles. Como isso, houve poucas reuniões cristãs, pois a Igreja vivia com medo.

O chefe de Justiça do tribunal foi duro com o administrador do distrito, dizendo “Em um país democrático, ninguém tem poder para impedir outra pessoa de cultuar segundo os preceitos da fé que professa. O credo pode ser uma igreja ou qualquer outro centro de culto”.

Hoje, o CGCI alegra-se com os cristãos de Davanagere com a vitória legal. As 12 igrejas que haviam sido fechadas estão abertas, e o governo talvez solicite que as igrejas queimadas sejam indenizadas. Todas as acusações falsas registradas contra pastores foram automaticamente retiradas com o veredicto do tribunal.

Durante a audiência, o promotor público se comprometeu a dar melhor proteção aos cristãos e às minorias no Estado de Karnataka.

Dr. Joseph D’souza, presidente do CGCI, comenta: “Os planos dos grupos extremistas hindus foram frustrados. Eles não sabem que as igrejas, em seus 2 mil anos de existência, se reúnem em casas, células, esconderijos subterrâneos, salões, campos e quaisquer outros lugares onde possam realizar seus cultos”.

Tradução: Daila Fanny

Fonte: ANS

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Duas igrejas são atacadas na véspera do Ano Novo


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida no Paquistão
PAQUISTÃO (15º) - Fundamentalistas islâmicos da cidade de Karachi, Província de Sindh, atacaram duas igrejas na véspera do Ano Novo.

Militantes não-identificados arrombaram a Igreja Cristo Awami, localizada na colônia Xá Rasool, na noite de Ano Novo. Eles ordenaram que as pessoas reunidas interrompessem seus cultos na igreja.

Quando encontraram resistência, os militantes profanaram Bíblias, uma cruz e hinários, além de quebrar janelas e uma porta do templo.

Radicais também atacaram uma igreja protestante na colônia Zia, em Karachi. Quebraram a porta e as janelas da igreja e jogaram lixo dentro do prédio.

Cristãos da localidade informaram a agência de notícias ANS que os policiais da delegacia de Boat Basin ficaram indiferentes ao ataque contra a Igreja Cristo Awami.

Reagindo à apatia da polícia, os cristãos protestaram na estrada Clifton e dispersaram-se pacificamente depois que altos oficiais da polícia asseguraram-nos de que tomariam ações severas contra os culpados.

A polícia registrou um boletim de ocorrência no dia 2 de janeiro, um dia depois do acontecido.

Falando com ANS por telefone, Michael Javaid, antigo membro da Assembléia da Província de Sindh, disse que visitara as igrejas atacadas na cidade de Karachi.

Ele disse ser solidário aos pastores das igrejas atingidas.

Questionado sobre o motivo do ataque contra as igrejas, Michael sugeriu que poderia ser uma reação muçulmana ao conflito entre Palestina e Israel.

Ele criticou a polícia por não ter registrado um caso de blasfêmia contra os invasores.

Tradução: Daila Fanny

Fonte: ANS

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Muçulmanos bengaleses ameaçam pastor evangelista


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida em Bangladesh
BANGLADESH (48º) - A tortura e o assédio que um pastor do distrito de Meherpur tem enfrentado por mais de um ano assomaram novamente no mês passado. Uma multidão de 4 mil muçulmanos, que comemoravam uma festa islâmica, acusaram-no de “iludir” muçulmanos.

Jhontu Biswas, 31 anos, disse que os moradores da cidade de Fubaria, 270 quilômetros a oeste de Daca, acusaram-no de iludir muçulmanos por meio de distribuição de livretos cristãos. Ele foi confrontado no dia 9 de dezembro, quando islâmicos se reuniram para a festa de sacrifício islâmica Eid al-Adha.

“Eles também me acusaram de converter os pobres, oferecendo-lhes dinheiro”, disse Jhontu. “Eles convocaram diversos jornalistas para publicar notícias contra mim e minhas atividades. Eles me fotografaram e me entrevistaram, mas não publicaram nada em seus jornais.”

Jhontu negou as acusações e os muçulmanos ameaçaram prejudicar ele e os demais que se convertessem ao cristianismo, principalmente no caso de um governo islâmico radical assumir o poder após as eleições de 29 de dezembro, disse ele.

“Eles disseram: ‘Você terá grandes problemas nesse tempo’”, disse Jhontu.

Felizmente para ele, a Grande Aliança, conduzida pela liga esquerdista Awami, obteve uma vitória esmagadora nas eleições, e ela não inclui nenhum partido fundamentalista islâmico, como o Jamaat-e-Islami.

Antes das eleições nacionais de Bangladesh, em 29 de dezembro, durante dois anos, o país foi dirigido por um governo provisório apoiado pelo exército, que impôs estado de emergência em todo o território nacional.

Caso o anterior governo de coalizão do Partido Nacionalista de Bangladesh, incluindo o Jamaat-e-Islami, assumisse o poder, os cristãos estariam em um perigo ainda maior.

“Esperamos poder exercer nossas atividades religiosas normalmente durante o período deste governo, e também esperamos que ele nos garanta todos nossos direitos constitucionais no que se refere às atividades religiosas”, disse Jhontu.

Agredido na mesquita

O pastor disse que tem estado sob pressão contínua para desistir de sua fé e não difundir o cristianismo desde que foi batizado em 14 de fevereiro de 2007.

Ele contou que estava em uma reunião com membros de sua igreja, em 31 de dezembro de 2007, quando a polícia, de repente, cercou o prédio e levou-o para fora.

Uma mulher de 36 anos, traficante de drogas, chamada Fulwara Begum, deixara uma bolsa cheia de drogas atrás de sua igreja, de acordo com um plano tramado por muçulmanos. Eles informaram à polícia, que prendeu Jhontu por posse e venda de drogas.

Mas, em vez de o levarem à delegacia, eles o levaram para uma mesquita próxima.

“Foi uma armação para me prender e difamar minha reputação, a fim de que não pudesse realizar atividades evangélicas aqui”, disse Jhontu. “Eles me disseram: "Se você aceitar o islã e pedir perdão a Alá, não faremos nada e o liberaremos." Eles me bateram com varas na mesquita, após minha veemente recusa à sua proposta.”

A polícia chamou um clérigo muçulmano para encorajar Jhontu pedir perdão por ter abraçado o cristianismo.

No dia seguinte, 1º de janeiro de 2008, a polícia enviou-o para a prisão central de Meherpur sob acusações de envolvimento com drogas, mas o carcereiro não o admitiu devido aos ferimentos que apresentava.

A polícia levou-o para um hospital próximo, onde ele recebeu tratamento por cinco ou seis horas, sendo colocado na prisão em seguida.

“Sempre que não concordava com ela, a polícia me agredia de forma desumana na delegacia”, disse ele. “Durante quase toda a noite, tentaram fazer uma lavagem cerebral para que eu aceitasse o islã. Eu não concordei com eles. Então, me torturaram.”

Após 20 dias na prisão, Jhontu foi liberado sob fiança.

Agressão a idoso

Em 16 de agosto, extremistas muçulmanos destruíram uma mercearia próxima à igreja de Jhontu. O proprietário de 78 anos, Abdus Sobhan, disse à agência de notícias Compass Direct que ele fora agredido e sua mercearia, saqueada. Arremessaram pedras e tijolos na igreja.

“Foram meus vizinhos muçulmanos que fizeram isso”, disse Abdus. “Cerca de sete ou oito pessoas vieram naquela noite e destruíram a mercearia. Sou pobre. Aquela mercearia era minha única fonte de sustento. Eles a demoliram e saquearam coisas no valor de 30 mil takas (US$ 443).”

Os muçulmanos colocaram um cartaz próximo à mercearia, designando-a como sendo de um cristão e declarando: “Não compre nada aqui”.

Abdus foi à polícia para registrar o caso. Em vez disso, os policiais lhe fizeram um monte de perguntas sobre o porquê ele se tornara um cristão. Resignado, ele saiu da delegacia.

Pai de nove filhas e dois filhos, Abdus disse que se tornara um cristão em 24 de fevereiro de 2007 juntamente com sua esposa.

O presidente da igreja da Assembléia de Deus na divisão ao sul de Khulna, Jonathan Litu Munshi, disse a Compass Direct que Jhontu foi o primeiro convertido dessa área. Através dele, de 200 a 230 pessoas receberam Cristo como seu salvador na área predominantemente muçulmana nos últimos 18 meses.

“Algumas pessoas registraram uma falsa acusação contra ele para torturá-lo, de forma que não prosseguisse com suas atividades religiosas”, disse Jonathan. “Infelizmente, um convertido septuagenário também foi surrado naquela área por sua fé em Cristo.”

O partido político islâmico Jamaat-e-Islami está influenciando os moradores, disseram os cristãos, acrescentando que funcionários do partido têm persuadido muçulmanos a não empregarem convertidos cristãos que são, em sua maioria, diaristas que ganham a vida com dificuldade.


Tradução: Getúlio Cidade

Fonte: Compass Direct
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