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quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Grupo cristão sugere maior opressão contra cristãos

MUNDO MUÇULMANO - Uma associação de agências cristãs e de indivíduos que defendem os direitos humanos dos cristãos no Oriente Médio e no Norte da África, se mostraram preocupados com a situação de vários prisioneiros cristãos. Alguns deles podem ser executados por causa de uma lei recentemente adotada. Através de pedidos de oração enviados pela internet aos seus intercessores, o grupo cristão Middle East Concern (MEC) disse que está particularmente preocupado com os cristãos detidos no Irã que podem ser sentenciados à pena de morte.

“Cristãos iranianos pediram a nossa oração por Ramtin, um cristão iraniano preso no dia 21 de agosto, na área de Mashad. Ele é filho do pastor Hussein Soodmand que foi executado em 1990.” “Ramtin é casado e tem dois filhos pequenos. “No mês de agosto, sua mulher foi informada que ele poderia ficar na prisão por muito tempo. Por todo o mês de setembro, ela recebeu permissão para manter um pequeno contato com ele, apenas pelo telefone, por um minuto ou dois a cada semana. Mas isso parou de acontecer recentemente, e entende-se que Ramtin está na solitária”, afirmou o MEC.

“Um relatório recente informa que ele está sendo acusado de promover propaganda contra o governo e que deve comparecer ao tribunal em 20 dias”, continuou o grupo. Apesar de dois cristãos que foram detidos em maio terem sido soltos, pelo menos outros 40 cristãos devem estar na cadeia em diversas cidades do Irã, de acordo com o MEC e outras fontes. Um caso confirmado é o de três cristãos que foram aprisionados na área de Urumieh, no fim de setembro. Estes eventos têm ocorrido dentro do contexto de uma nova lei que fará que a apostasia e o abandono do islã sejam crimes capitais.

O projeto de lei adotado pelo Parlamento espera a aprovação do Conselho dos Guardiões, responsável por verificar se a leis iranianas estão de acordo com os princípios islâmicos. Problemas financeiros O MEC relatou que estava investigando casos similares na região. “Os cristãos de um país árabe pediram nossas orações por um ex-muçulmano que foi supostamente avisado por um grupo extremista que deve se converter ao islã até o final de setembro ou será morto. Cristãos próximos a esse irmão estão investigando algumas opções para garantir a segurança dele.”

Além disso, outros trabalhadores cristãos no Oriente Médio estão na prisão, incluindo um ex-muçulmano que já foi aprisionado por causa da sua fé algumas vezes. Em 2004, ele foi solto e começou a reconstruir a sua vida, inclusive contou com empréstimo para abrir uma loja. Mas a sua família e a polícia têm se voltado contra ele por causa da sua fé, atrapalhando o seu negócio, o que levou este irmão a contrair dívidas. O MEC informou que o cristão não conseguiu pagar essas dívidas e perdeu a data de reembolso. Ele está se escondendo da polícia, com medo de ser preso. Outro cristão norte-africano está na prisão desde 2001, quando requisitou materiais de uma organização de mídia cristã.

O grupo não especificou o país, nem o nome do cristão, aparentemente por estarem negociando com as autoridades para que ele seja solto. “Ele escreveu em inglês, mas o grupo cristão viu seu endereço e lhe enviou materiais em árabe. Quando nosso irmão foi para o correio pegar o material, foi preso por importar material evangelístico”. Apesar de o homem não ler nem falar árabe, as autoridades se negaram a achar que era um erro, afirmou o MEC. Esse cristão que ainda está preso é o líder de um pequeno grupo de adoração na cadeia. Para o MEC, esses dois casos enfatizam uma hostilidade maior contra o cristianismo em todo o Oriente Médio e no Norte da África, em um momento marcado pela crescente influência de grupos e radicais islâmicos.

Tradução: Claudia Skobelkin


Fonte: BosNewsLife

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Campanha ateísta quer colocar pôsteres em ônibus

Alguns ônibus de Londres poderão levar, a partir de janeiro, pôsteres com um slogan pouco comum: "Provavelmente, Deus não existe". A campanha ateísta é da British Humanist Association (BHA, na sigla em inglês) e tem o apoio do acadêmico britânico Richard Dawkins, autor do livro “Deus, um delírio” e conhecido pelos seus documentários questionando o papel das religiões.O objetivo da BHA com a campanha é "promover o ateísmo na Grã-Bretanha, encorajar mais ateístas a assumirem publicamente a sua posição e elevar o astral das pessoas a caminho do trabalho". Com o dinheiro levantado em doações, o grupo quer colocar pôsteres em dois grupos de 30 ônibus por quatro semanas. O slogan completo diz: "There's probably no God. Now stop worrying and enjoy your life" ("Provavelmente, Deus não existe. Agora, pare de se preocupar e curta a vida", em tradução livre). "Nós vemos tantos pôsteres divulgando a salvação através de Jesus ou nos ameaçando com condenação eterna, que eu tenho certeza que essa campanha será vista como um sopro de ar fresco", disse Hanne Stinson, presidente da BHA. "Se fizer com que as pessoas sorriam, além de pensar, melhor", concluiu. Como os organizadores conseguiram arrecadar mais do que planejavam, eles pretendem colocar os pôsteres também do lado de dentro dos ônibus. A BHA também estuda a possibilidade de estender a campanha para outras cidades, incluindo Birmingham e Manchester, na Inglaterra, e Edimburgo, na Escócia. "A religião está acostumada a usufruir de benefícios tributários, respeito não merecido, o direito de não ser ofendida e o direito de fazer lavagem cerebral nas crianças", disse Dawkins. "Mesmo nos ônibus, ninguém pensa duas vezes quando vê um slogan religioso. Esta campanha fará com que as pessoas pensem - e pensar é um anátema perante a religião", completou. Mas Stephen Green, da organização Christian Voice (Voz Cristã, em uma tradução livre), disse que "ficará surpreso se uma campanha como essa não atrair pichação". "As pessoas não gostam de receber sermão. Às vezes, é bom para elas, mas, ainda assim, elas não gostam", afirmou. No entanto, a Igreja Metodista agradeceu Dawkins por incentivar um "interesse constante em Deus". "Esta campanha será uma coisa boa se fizer com que as pessoas pensem nas questões mais profundas na vida", disse Jenny Ellis, reverenda metodista. "O Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e seu significado", completou a religiosa.
Fonte: BBC Brasil

Líderes eclesiásticos pedem intervenção do Exército em Mosul

ISRAEL (*) - Em meio à crescente violência contra os cristãos iraquianos, líderes da Igreja no país apelaram diretamente ao primeiro-ministro Nuri al-Maliki, pedindo mais ações para acabar com os ataques na cidade de Mosul. Nessa reunião de 16 de outubro, dez líderes eclesiásticos pediram ao premiê que enviasse o Exército para Mosul. Mil policiais foram enviados à região na semana passada, com objetivo de proteger os cristãos. Segundo os líderes, o trabalho dos policiais tem sido insuficiente, e é preciso de mais ações para estabilizar a cidade. Estima-se que 1.500 famílias já fugiram da cidade em razão dos recentes assassinatos de cristãos (leia mais). Al-Maliki assegurou aos líderes de que ele fará o que estiver ao seu alcance para ajudá-los, e que esperava mandar soldados a Mosul “imediatamente”. Shlemon Warduni, auxiliar de um dos líderes presentes, disse: “Ele está preocupado e triste com o que está acontecendo. Vai fazer o que pode juntamente com quem trabalha com ele”. A comunidade cristã acredita que a polícia enviada à cidade tem feito pouca diferença, e que se precisa de mais forças militares para assegurar a paz. “Espero que façam alguma coisa; que prossigam, como eles mesmos disseram, até que haja paz”, disse Shlemon. Famílias em pânico O padre Basher Warda, do seminário São Pedro vê a mesma urgência. Funcionários do governo visitaram Mosul e as vítimas, fazendo promessas de que iriam ajudar, “mas, até agora, nada”, disse Basher. “Há umas iniciativas aqui e ali, mas elas não conseguem dar conta de toda a crise.” Ele salientou o fato de que nenhum representante militar falou que Mosul está agora segura. “O sistema todo precisa ser reconsiderado” Basher comentou. “Em uma crise, o governo não deveria sair de férias, nem descansar. Mas eles dizem: ‘Nos próximos dias a gente vê o que faz’. Não é uma questão de ‘nos próximos dias’; trata-se de famílias que deixaram tudo para trás.” Segundo Basher, famílias continuam a fugir enquanto ainda há ameaças, explosões e mortes em Mosul. Ele disse que 20% dos desabrigados com os quais falou foram diretamente ameaçados antes de sair de Mosul. Outros descreveram as ameaças que viram seus vizinhos recebendo, “o assassinato de um homem, de seu pai e de seu filho” nas ruas. “Esses [relatos] (...) mostram que há planos de tirar os cristãos de Mosul. Eles dizem: ‘Não podemos arriscar’”.
Tradução: Daila Fanny

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Pastor da mãe de Eloá aconselha que família se mude

Após a confirmação da morte cerebral de Eloá Cristina Pimentel (foto), de 15 anos, a família da jovem cogita mudar do Conjunto Habitacional do Jardim Santo André, em Santo André. A idéia foi sugerida quando a adolescente recebeu, no início da noite de sábado, o serviço de unção na UTI do Centro Hospitalar Municipal de Santo André

Coube ao religioso da Congregação Cristã do Brasil, Josoel de Oliveira, sugerir a mudança para que se possa "reduzir o sofrimento" da família.

"Falei isso para eles e o pai disse: ‘O pensamento nosso é proceder assim’. Mas a mãe falou: ‘A gente tem muitos amigos lá’ Sei que é uma situação difícil. Mas é importante sair para eliminar um pouco daquele sentimento", afirma o líder da igreja freqüentada pela família. "A mãe resistiu um pouquinho por causa da amizade com as vizinhas. Mas vai ficar uma seqüela daquele lugar", observou. Apesar de nós termos a nossa fé, é sempre bom a gente tentar ir para um lugar para poder esquecer. Só vai diminuir o sofrimento com o passar do tempo. Agora, estando naquele lugar, é como sempre olhar para uma cruz: vai ter um sentimento de recordação", afirmou o religioso.

Eloá morava com os pais e dois irmãos no segundo andar (terceiro piso) do bloco 24 do prédio da CDHU. Desde a sexta-feira, o apartamento da família, que teve a porta arrombada na invasão policial, está fechado. Evangélicos, os pais da jovem estão abrigados na casa de "irmãos" da Igreja. "Futuramente, esses estragos vão passar. Deve-se recompor novamente esse apartamento Mas sugeri que eles procurassem, com o tempo, sair daquele lugar para outro. Quando se põe o pé na entrada da casa, é inevitável pensar que ali houve um problema", diz Oliveira.

Segundo o religioso, a mãe, Ana Cristina, é quem mais demonstra o sofrimento com o desfecho trágico do seqüestro de Eloá. O irmão caçula, Douglas, de 14 anos, que participou da negociação com o ex-namorado da irmã, Lindemberg Alves, está inconformado. "O pai está bem consciente. A mãe não está muito bem preparada porque é a única filha. Havia uma amizade íntima", diz Oliveira.

O religioso fez a unção de Eloá às 18h30 de anteontem, dentro da Unidade de Terapia Intensiva, acompanhado de Aldo e Ronikson da Silva, pai e irmão mais velho da adolescente, respectivamente. O serviço de unção da Igreja evangélica, explica Josoel, equivale à extrema unção dos católicos, dada a doentes terminais. O ato consiste na aplicação de um óleo consagrado na pessoa. "Fizemos aquilo que está dentro da doutrina", diz o religioso, que aprovou a doação de órgãos feita pela família.

"Somos a favor da doação de órgãos nesse caso da Eloá, com morte cerebral. É maravilhoso ajudar alguém. Vamos fazer que nem o elo de uma corrente e nos juntar para o bem. Isso é importante."

O funeral de Eloá, que deve ser iniciado até terça-feira, será acompanhado por um ancião, religioso mais antigo da Igreja na região. O local em que a jovem será sepultada ainda não foi definido.
Fonte: Folha Gospel

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Felizes os que têm fome?





A crise financeira nos EUA impactou o mundo. Bolsas despencaram como nunca, os bancos tiveram suas estruturas abaladas e as pessoas se vêem perplexas e aturdidas.

De repente, começam a aparecer caminhões e mais caminhões de dinheiro dos cofres bem-guardados dos governos das nações mais ricas e a gente ouve falar em bilhões disponibilizados (e que chegam à casa dos trilhões). De onde apareceu tanto dinheiro meu Deus?

Inevitável não pensar na fome no mundo. Um problema crônico, aparentemente insolúvel, recorrente, persistente, quase que já integrado à nossa visão conformista da realidade, ecoando as palavras de Jesus (“Os pobres sempre os tereis convosco”), talvez porque ele conhecesse como ninguém o coração ganancioso do homem.

O fato é que um pequeno porcentual de todos esses recursos, disponibilizados com uma rapidez impressionante, resolveria por completo o problema da fome no mundo.

Surgem, é claro, as racionalizações. Os sistemas políticos e econômicos de muitos dos países mais afetados pela carestia impedem a ajuda pronta e definitiva.

E assim seguimos, explicando o inexplicável, complicando o simples, dificultando o fácil e tornando a vida na Terra uma expressão coletiva de esquizofrenia.

Só nos resta a utopia de Jesus: “Felizes os que têm fome, porque serão saciados”.


• Jorge Camargo, mestre em ciências da religião, é intérprete, compositor, músico, poeta e tradutor. www.jorgecamargo.com.br

Depois de 40 anos, cristãs descobrem seus registros muçulmanos

EGITO (19º) - Uma cristã copta do Egito foi sentenciada a três anos de prisão por não confirmar sua identidade islâmica – uma identidade que ela, há mais de quatro décadas, não sabia ter. As irmãs Shadia e Bahia Nagy El-Sisi, ambas no fim de seus 40 anos de idade e moradoras de uma pequena cidade do Delta chamada Mit-Ghamr, foram presas e levadas a julgamento por afirmarem que sua identidade religiosa oficial é cristãs.
Suas identidades religiosas, até então desconhecidas para elas, foram mudadas há 46 anos, devido à conversão do pai delas ao islã. As duas são analfabetas. Shadia foi julgada por declarar o cristianismo a sua religião oficial em sua certidão de casamento e sentenciada a três anos de prisão em 21 de novembro de 2007.
Ela foi liberada dois meses depois. Mas no último dia 23 de setembro, um juiz condenou sua irmã Bahia a três anos de prisão por “falsificar” sua certidão de casamento ao declarar sua religião como cristã. O pai delas, Nagy El-Sisi, se converteu ao islã em 1962, durante um litígio matrimonial, apenas com a finalidade de se divorciar de sua esposa e ganhar, potencialmente, a guarda das filhas, contou o advogado das irmãs, Pedro Ramsés, ao Compass.
A lei egípcia é influenciada pela jurisprudência islâmica (sharia), que concede automaticamente a guarda dos filhos a qualquer um dos pais que tenha uma religião “superior”, e prescreve a ordem de “nenhuma jurisdição de um não-mulçumano sobre um mulçumano”. Se a identidade de Bahia como uma mulçumana continua válida, então seu status religioso poderia potencialmente exigir a conversão de seu marido – caso contrário, o casamento seria anulado. Seus filhos, igualmente, seriam registrados como mulçumanos.
As duas irmãs são casadas com cristãos. “Todos os seus filhos e netos seriam registrados como mulçumanos”, disse o advogado Pedro. “[A decisão judicial] afetaria muitas pessoas.” Outras fontes dizem que é muito cedo para determinar o destino do casamento e das famílias das irmãs, já que nenhum dos casos chegou ao fim. “Mas eu sou uma cristã” Poucos anos depois de sua conversão, Nagy retornou para sua família e para o cristianismo. Ele buscou a ajuda de um empregado mulçumano no Cartório de Registro Civil, Ramadan Muhammad Hussein, que concordou em falsificar seu documento de identidade.
A volta de um convertido ao islã para o cristianismo é praticamente impossível nos tribunais egípcios. As irmãs descobriram que tinham sido registradas como mulçumanas quando Hussein foi preso por falsificação em 1996 e confessou ter ajudado Nagy a obter documentos falsos três décadas atrás. Depois, Nagy foi preso. De acordo como o jornal Watani, quando as duas irmãs o visitaram na prisão, elas foram provisoriamente presas e acusadas de falsificar seus documentos. Um tribunal criminal deu a elas a sentença de três anos de prisão in absentia em 2000.
Shadia foi presa em agosto de 2007, três dias depois do casamento de seu filho. Sua primeira audiência foi em 21 de novembro do mesmo ano, no tribunal criminal de Shobra El-Khema. Ela afirmou não ter a mínima idéia acerca de sua suposta conversão ao islã, mas o juiz Hadar Tobla Hossan a condenou a três anos de prisão. De acordo com Watani, confrontada com a sentença, Shadia continuou a repetir:
“Mas eu sou uma cristã, eu sou uma cristã”. Ela ficou na prisão até o dia 13 de janeiro de 2008, quando o promotor-geral Abdel Meged Mahmood fez a retratação da sentença, pois Shadia não tinha sido advertida de sua conversão. O grupo de defesa “Egípcios contra a discriminação” também pressionou o judiciário por meio de um abaixo-assinado para libertá-la da prisão.
Em seguida à prisão de sua irmã, Bahia passou a se esconder, mas reapareceu depois da libertação. Especialistas legais acreditam que, quando o caso de Bahia estiver diante do Supremo Tribunal, sua sentença será retratada como foi a de sua irmã, uma vez que seus casos não têm fundamentação legal. No entanto, na manhã de 5 de maio de 2008, a polícia prendeu Bahia e a manteve presa até sua audiência em 20 de junho, depois do que ela foi solta para aguardar o veredicto.
No dia 23 de setembro, ela foi sentenciada a três anos de prisão por “falsificação de um documento oficial”, já que sua certidão de casamento apresenta sua religião como “cristã”. Bahia havia se casado anos antes de ter conhecimento acerca da conversão temporária de seu pai. O advogado Pedro apelará ao Supremo Tribunal do Egito nesta semana. Ele disse que teme que o caso possa corroer ainda mais a precária situação das minorias religiosas no país. A população de 79 milhões do Egito é de maioria mulçumana.
“Como o governo pode dizer para [uma pessoa] que tem vivido como cristã há 50 anos que ela deve se tornar mulçumana, que seus filhos devem ser mulçumanos e que toda a sua família deve ser mulçumana?”, disse ele. “Isso é muito importante para a liberdade religiosa.” A Constituição do Egito garante a liberdade de crença e prática religiosa para a minoria cristã do país, que compõe 10% da população.
O islã, no entanto, é a religião do Estado e influencia fortemente o governo e o sistema judiciário. Este caso é um exemplo da pressão social colocada sobre os egípcios não-mulçumanos para se converterem quando um dos pais abraça o islã, apesar de a Constituição garantir igualdade, disse Youssef Sidhom, diretor-chefe do Watani. “Este é um ambiente doentio que lutamos para mudar”, afirmou Youssef.
“De acordo com o que tem acontecido aqui, a liberdade é protegida e concedida a cristãos que se convertem ao islã, enquanto que o inverso não é concedido”. Os tribunais egípcios continuam a discriminar cristãos que têm um dos pais mulçumano, segundo os relatórios dos direitos humanos, uma vez que o judiciário não dá nenhuma outra escolha a eles, a não ser de se converterem ao islã.
Em 24 de setembro, um tribunal de Alexandria concedeu a guarda de gêmeos cristãos de 14 anos ao pai mulçumano, embora eles tenham dito que eram cristãos e que queriam ficar com a mãe (leia mais). A lei civil egípcia permite a guarda da criança para a mãe até a idade de 15 anos.
Tradução: Helena Maria Silva

Pastor pode ser julgado a qualquer momento

AZERBAIDJÃO (22º) - O pastor batista Hamid Shabanov continua sob a custódia da polícia no distrito de Balakan. Sua prisão provisória foi estendida por mais dois meses, enquanto a investigação do seu caso é concluída. O resultado deve ser apresentado amanhã. No entanto, protestantes de Baku, capital do país, disseram que as ações da promotoria não estão claras.
"Recusamo-nos a tomar parte nesta investigação, já que não há provas contra o pastor. Um protestante disse que sua igreja tem pedido a liberdade de Hamid, ou que, pelo menos, ele seja colocado sob prisão domiciliar. Até agora, os pedidos não foram atendidos. "Eles querem encenar uma audiência imprevista, mas continuamos dizendo que, se ele tem de ser julgado, que isso seja feito de forma aberta e justa”, disse o protestante.
O pastor Hamid dirigia uma igreja batista de língua georgiano no distrito de Balakan. Ele está sendo acusado de porte ilegal de armas – sua família e igreja insistem em que essa acusação foi forjada. Veja mais sobre a prisão dele aqui.
Tradução: Daila Fanny

Fonte: Forum18 News Service (em inglês)
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