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sábado, 27 de setembro de 2008

Mais igrejas são atacadas, ministro se pronuncia

ÍNDIA (30º) - Nesta semana, extremistas atacaram três igrejas no Estado de Karnataka, ao sul do país, onde a violência atingiu a níveis mais altos depois do começo das tensões em Orissa. Duas igrejas foram vandalizadas no domingo, 21 de setembro, na capital do Estado (Bangalore). Outra foi atacada no distrito de Kodagu, a 300 quilômetros de distância. Em Bangalore, as igrejas afetadas foram a Igreja de São Tiago e a Igreja Santo Nome de Jesus. A polícia disse que sete pessoas foram detidas; um vigia foi demitido por negligenciar a proteção das igrejas. Em Kodagu, os membros da Igreja dos Irmãos encontraram pedaços de vidro da fachada da igreja na manhã do domingo. O ato se deu a despeito dos dois vigias que guardavam a igreja. Na noite de 19 de setembro, a polícia de Karnataka prendeu a autoridade do Bajrang Dal no Estado, Mahendra Kumar. O Bajrang Dal é a ala jovem do partido hindu Bharatiya Janata (BJP). Mahendra foi acusado de ter ligações com os ataques a diversas igrejas em todo o Estado de Karnataka. Extremistas do Bajrang Dal depredaram inúmeras igrejas e instituições cristãs no começo de setembro. O ministro-chefe de Karnataka, B.S. Yeddyurappa, assegurou a comunidade cristã de que a segurança sobre igrejas e instituições cristãs havia sido duplicada. Ele também alegou que os ataques fazem parte de uma conspiração para incriminar o BJP. Na segunda-feira, dia 22, Yeddyurappa disse que a polícia havia prendido três pessoas, inclusive um líder do Partido do Congresso (partido que governa a Índia), todas ligadas a um violento incidente que se deu no distrito de Shimoga. O ministro havia colocado a culpa dos ataques em um suposto livreto produzido por uma organização cristã. O conteúdo do livreto teria ferido os sentimentos dos hindus. No entanto, uma equipe de investigação da Comissão Nacional das Minorias acusou o governo do BJP de “estar em comum acordo com os grupos extremistas hindus. Ele falhou em não investigar os ataques contra os cristãos e as igrejas”, relatou o Hindustan Times. A Comissão irá apresentar esse relatório ao primeiro-ministro, Manmohan Singh.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Grupo armado expulsa pastores e fecha igrejas

COLÔMBIA (50º) - O pastor William e sua família fugiram de sua cidade no Departamento de Meta, região central do país em 30 de agosto, depois de receber uma ameaça de um grupo guerrilheiro. Guerrilhas seguiram o pastor William até sua fazenda e o “aconselharam” a fechar sua igreja e parar com os estudos bíblicos que dirige nas casas. Caso não obedecesse, os guerrilheiros bombardeariam a igreja durante um culto. O comandante da guerrilha dera ordem para o pastor ser expulso. Ele estaria proibido de visitar outros cristãos e de pregar o evangelho. Além disso, o pastor, sua esposa e seus três filhos menores de idade deveriam deixar sua vila localizada na área rural do município de La Macarena, no sul de Meta. No dia 30 de agosto, a família fugiu apenas com a roupa do corpo. O pastor e sua família perderam todos os animais e a safra que possuíam em sua fazenda. Eles estão, no momento, em um local seguro enquanto o pastor tenta encontrar um trabalho e um local para morar. Apesar de triste, o pastor está motivado a continuar trabalhando. Ele deseja aprender atividades que vão além do trabalho na fazenda porque, na área urbana, seu conhecimento como fazendeiro não abre muitas possibilidades de emprego. O pastor William serviu como presidente do Conselho Comunal de sua vila. Sua posição possibilitou que ele falasse a outras pessoas sobre as Boas-Novas de Jesus Cristo. Esse duplo cargo que exercia, de pastor e líder comunitário, pode ter levado os guerrilheiros a ameaçá-lo e aos membros de sua igreja, contam alguns moradores de La Macarena. A mesma guerrilha também fechou igrejas em pequenos municípios próximos àquele, tais como El Ruby, San Francisco de la Sombra, Playa Rica, Los Posos, El Recreo e La Tunia. O crescimento do cristianismo tem sido restringido na maior parte das 160 vilas do município de La Macarena, e a presença de um representante da guerrilha é obrigatória em todos os cultos. O motivo principal que leva os grupos ilegais armados a fechar as igrejas é por discordarem da pregação e do ensino feitos pelos pastores e líderes da igreja. Os guerrilheiros acreditam que o cristianismo contraria a doutrina marxista e que os pastores apóiam e procuram avançar o “imperialismo” norte-americano. Os guerrilheiros acreditam que a solução de todos os problemas não está em Deus, em quem eles não acreditam, mas na revolução armada. Segundo registros, nos últimos cinco anos, cinco famílias do município de La Macarena foram expulsas por causa de sua fé. Um número muito maior de cristãos foi ameaçado, mas impossibilitado de deixar a região por dificuldades financeiras e familiares. Eles estão sendo forçados a se submeter aos padrões determinados pela guerrilha. Em algumas vilas, a igreja se reúne de maneira clandestina, mas por causa do risco que correm as reuniões não são freqüentes.
Tradução: Priscila Figueiredo
Missão Portas Abertas

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O que vamos dizer ao Senhor?

Para o pastor Josué Martins dos Santos, a Igreja brasileira tem pecado pela omissão na obra missionária.
Quando se trata de missões, o pastor Josué Martins dos Santos não está para brincadeira. Profundo conhecedor do assunto, ele fala com a paixão de quem se dedica à obra missionária há mais de 30 anos. “é impossível ser um pastor de ovelhas e não se importar com aqueles que vão para o inferno porque o Evangelho não lhes está disponível”, sentencia. Para ele, não há justificativa para a igreja que não se envolve com a pregação da Palavra até os confins da Terra, como ordenou Cristo. “Temos um tremendo potencial espiritual, numérico, econômico e vocacional”, argumenta. “Mas, mesmo com 40 milhões de evangélicos, não somos uma Igreja missionária porque estamos em pecado, doentes, não temos santidade.” Paulista de Santos, 58 anos de idade, Josué é ligado à denominação Batista e preside a Missão Avante, entidade que atua junto às igrejas na questão do despertamento, preparo e envio de novos obreiros. Foi com essa disposição no coração e com a experiência de quem tem posto a mão no arado – e também com uma boa dose de sinceridade – que o pastor Josué respondeu às perguntas formuladas por CRISTIANISMO HOJE:
CRISTIANISMO HOJE – Muitos dizem que, antes de se fazer missões transculturais, é preciso evangelizar o Brasil. O que o senhor pensa sobre isso?JOSUé MARTINS DOS SANTOS – é preciso deixar bem claro que, em nosso país, o Evangelho já está disponível a todos os brasileiros, com exceção de uma parte das áreas indígenas. Portanto, a prioridade missionária da Igreja brasileira não pode ser o Brasil.Como tem sido a atuação brasileira nos campos transculturais? Ouvi de um líder indiano a seguinte declaração: “Vocês, brasileiros, têm entusiasmo, alegria e sabem fazer amigos, mas algo está errado. Vocês não estão plantando igrejas autóctones, e isso é uma falha”. De fato, o trabalho missionário é este – plantar novas igrejas que sejam autóctones entre o povo que está sendo alcançado. A igreja que será plantada em outra cultura precisa ser autogovernada e auto-sustentada. Deve ter uma “cara” local e poder, sozinha, evangelizar seu próprio povo. Se não for para gerar igrejas autóctones entre o povo a ser alcançado, então não há necessidade de missionários naquela cultura. E os brasileiros não fazem isso? Os missionários brasileiros trabalham de forma descontextualizada. Nossa eclesiologia precisa ser repensada. Como Igreja, continuamos à procura de modelos importados, de pacotes prontos. A Igreja brasileira não sabe quem ela é e também não sabe para quê existe; somos superficiais e nossa profundidade bíblica é a de um pires. Muitos missionários brasileiros chegam ao campo e sua primeira iniciativa é procurar um salão ou local para reuniões, equipá-lo e colocar uma placa com o nome do feudo eclesiástico a que pertencem. Essa prática nada tem a ver com missões transculturais; é uma repetição do modelo americanizado e de outros sistemas que erroneamente se preocupam com o crescimento quantitativo, e não qualitativo. A pregação do Evangelho, em qualquer cultura, deve gerar uma conversão genuína e um crescimento saudável. Mas uma boa parte dos missionários brasileiros que trabalham em outras culturas não estão evangelizando nem discipulando. Isso ocorre porque os missionários são produtos da sua igreja local; eles repetem no campo o modelo onde foram gerados na fé. Mas a falha, então, é de quem envia...Claro. A corrida pelos resultados numéricos nos campos acontece porque a igreja que envia, ou a organização parceira, precisa apresentar resultados para justificar, digamos assim, o investimento feito. Cada um está competindo para abrir mais campos missionários que as outras denominações e organizações. O negócio é estabelecer sua placa em mais lugares. O comportamento de muitas igrejas com seus missionários é semelhante ao trabalho escravo: exige-se tudo e investe-se uma miséria. Em razão disso, há missionários abandonados, com baixos salários, doentes, desanimados, frustrados, largados nos campos. Muitos não voltam por vergonha e medo de enfrentar os “coronéis” que os enviaram mas nunca os visitaram. Isso é uma pseudovisão missionária. Além dessa excessiva vinculação denominacional, quais são os outros equívocos?Há um bom número de missionários brasileiros trabalhando com a nova onda do Evangelho integral. São obreiros envolvidos em projetos sociais, esportivos e educacionais, mas que não estão evangelizando e discipulando os locais. Estão curando as pessoas, ensinando práticas comunitárias, trabalhando com crianças abandonadas – porém, não estão plantando igrejas. Afinal, o que é o trabalho missionário? Ora, o Evangelho é integral em si mesmo, mas em muitos lugares os missionários cuidam de coisas e estruturas, mas não têm tempo para cuidar de vidas. Nosso chamado fundamental é para salvar pessoas e levá-las ao céu. Os enviados são mal escolhidos?O problema é que enviamos pessoas que eram líderes em nossas igrejas. São pastores, professores de Escola Bíblica, músicos, enfim, pessoas que exercem uma série de funções eclesiásticas, mas que nunca evangelizaram, nunca discipularam. Gente que tinha cargo na igreja, mas não tinha ministério. Sua atividade não era com pessoas, no sentido de restaurar e capacitar outros para o serviço cristão. Porém, em nossa visão equivocada de reconhecer um obreiro aprovado, enviamos gente com base no seu ativismo e na religiosidade. Nestes últimos 22 anos, tenho visitado muitos campos missionários. E encontro pessoas brincando de fazer missões, com motivações equivocadas, fazendo da obra um trampolim para alcançar seus interesses. Há missionários nos campos que nunca se submeteram a ninguém, não respeitam a liderança nacional existente e também não respeitaram os missionários que já estavam trabalhando ali antes deles. Parte dos nossos missionários comporta-se de forma ufanista, crendo que já sabem tudo, conhecem tudo e não precisam de ajuda de ninguém. Isso é soberba, é pecado.Há problemas na formação dos obreiros? Eu creio que sofremos da síndrome da Coréia, onde a preocupação maior era com a capacitação acadêmica. Ninguém poderia ser enviado se não recebesse um sólido preparo teórico. Hoje, no Brasil, temos centenas e centenas de acadêmicos de missões, mas não temos missionários para enviar. Aqui, temos muitos doutores em missões que nunca visitaram um campo missionário, nunca pastorearam, nunca deram um centavo à obra; no entanto, estão escrevendo e ensinando sobre missões. São os burocratas em missões. Em outro extremo, enviamos pessoas analfabetas de Bíblia, frutos de uma educação missiológica deficiente e de uma formação acadêmica mais voltada para a defesa da fé denominacional do que do Evangelho. Em razão da inexistência de um treinamento bíblico, missiológico e antropológico equilibrado e sadio, a Igreja brasileira enviou gente que cria que, pelo fato de ser batizada com o Espírito Santo e falar em outras línguas, estava capacitada. Outros iam para o campo porque eram bons soldados denominacionais, acreditando que conhecer as doutrinas e a visão de seu grupo seria suficiente para a realização da tarefa. Assim, enviamos pessoas que não tinham um caráter restaurado e por isso pecaram no campo, quebraram suas famílias, envolveram-se com coisas escusas. Em determinados locais, esses desacertos prejudicaram o trabalho missionário como um todo e a comunicação do Evangelho levou anos para ser restaurada, com conseqüências até hoje. Estima-se que o Brasil tenha hoje algo em torno de 40 milhões de evangélicos. Por que o país não é a maior potência missionária do planeta? Creio que existem três questões fundamentais para tal paradoxo. Primeiro, a nossa teologia não é cristocêntrica. Estudamos teologia e não percebemos que a Bíblia foi escrita em razão do projeto missionário de Deus. Isso revela que a nossa exegese do texto não está clara. Nós estamos apenas repetindo o modelo de teologia sistemática que recebemos; não fizemos nenhuma reflexão sobre o que cremos. Quando nossos irmãos e irmãs terminam seus cursos de teologia, o que receberam da parte do Senhor? No que crêem? Certamente, não crêem na Bíblia, pois com 180 mil igrejas evangélicas no país, o número de missionários não cresceu, os vocacionados para missões transculturais desapareceram, o dinheiro para missões não chega aos campos. A segunda questão é moral – não há santidade no ministério e na liderança. Pastores e líderes estão envolvidos com todo tipo de sujeira e coisas escusas. Vemos casamentos quebrados, pastores divorciados indo para o segundo, terceiro, quarto matrimônio. Pastores e líderes estão envolvidos com imoralidade e pornografia, fazem da igreja uma escada para conquistar poder e dinheiro. Como uma igreja com esse perfil de liderança vai evangelizar o mundo perdido? Missões resultam de uma vida santa e piedosa. A vocação missionária é resultado da intimidade com Deus.E quanto à terceira questão?A terceira está relacionada ao foco ministerial de cada pastor e igreja. Este foco está errado. Estamos construindo grandes templos, estruturas enormes, sem nos perguntarmos por que estamos investindo milhões naquilo que nosso Senhor não mandou fazer. Para algumas mentes doentias, o pastor bem-sucedido é aquele que reúne o maior número de pessoas no domingo à noite ou tem a maior igreja da cidade. Não importa o estado das ovelhas, não importa se as famílias vão bem, não importa se as atitudes são espúrias. Contanto que a igreja cresça, “Deus está abençoando”. As igrejas cheiram mal e ouvimos os ufanistas dizerem que “o Brasil é do Senhor Jesus”. Quantos somos realmente? Podemos ser 40 milhões, mas não somos uma Igreja missionária porque estamos em pecado, doentes, não temos santidade. Qual sua expectativa acerca do 5º Congresso Brasileiro de Missões, o CBM, que acontece agora em outubro, em São Paulo? Vamos participar do 5º CBM e nossa expectativa é ver uma ação do Espírito Santo trazendo um real e verdadeiro retorno ao compromisso com o término da tarefa proposta em Mateus 28.18 a 20. Para isso, precisamos de quebrantamento, confissão, arrependimento, perdão e restauração; se isso acontecer, então o fogo do Espírito Santo virá sobre nós. Todo movimento missionário na história da Igreja, desde Atos, foi fruto do derramar do fogo do Espírito Santo no coração de homens e mulheres que tinham fome e sede de Deus. E nós podemos fazer mais, muito mais. Temos um tremendo potencial espiritual, numérico, econômico e vocacional. Mas, se não houver um retorno à visão de Deus para os povos não-alcançados, a nossa parte em missões será dada a outras nações. Temos homens e mulheres de Deus realizando um trabalho sério e pagando um alto preço para obedecer ao Senhor em todos os continentes. A questão é se queremos pôr a tarefa de missões como prioridade em nossa vida, ministério e igreja. Se a igreja não prega o Evangelho aos que não o ouviram, ela está em pecado. Se o pastor não tem no coração uma profunda compaixão pelos perdidos, quero encorajá-lo a deixar o ministério e fazer outra coisa. é impossível ser um pastor de ovelhas e não se importar com aqueles que vão para o inferno porque o Evangelho não lhes está disponível. O que vamos dizer ao nosso Senhor no dia da prestação de contas?
Fonte: Cristianismo Hoje

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Governo iraniano estuda projeto de lei contra apostasia




IRÃ (3º) - O Parlamento Iraniano aprovou, em 9 de setembro, um projeto de lei que estipula a pena de morte por apostasia. O projeto foi aprovado por 196 votos, sete contra e duas abstenções. A minuta do projeto de lei adicionará muitos crimes na lista que resultam em execução, entre eles: estabelecer blogs e sites promovendo a corrupção, prostituição e apostasia. O progresso desse projeto no Parlamento Iraniano deixa preocupado um crescente número de iranianos que trocam o islamismo por outra religião – além de representar um significante regresso aos direitos humanos no Irã. Comissão de refugiados da ONU preocupa-se Que a apostasia é um enorme risco em qualquer país muçulmano não é novidade para nenhum apóstata. Que o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (UNHCR) nem sempre compartilhe essa visão, entretanto, é novidade para muitos. Nos últimos anos, muitos países ocidentais têm enviado de volta para o Irã cristãos que buscam abrigo, incluindo os apóstatas, uma vez que o UNHCR declara que eles não serão perseguidos. Implicações No dia 10 de setembro, Compass Direct noticiou que dois cristãos iranianos foram oficialmente acusados de apostasia (ver mais). Mahmood Matin Azad (52) e Arash Basirat (44) estão presos desde sua detenção em Shiraz, em 15 de maio “sob suspeita de apostasia”. Os dois homens foram acusados com “Propaganda contra a República Islâmica do Irã”. Com o projeto de lei sobre a apostasia sendo discutido no Parlamento, alguns cristãos iranianos temem que as autoridades façam dos dois prisioneiros um exemplo, ou usem a lei como “teste”.
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: ANS

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Punição para os religiosos que pregam intolerância

O ministro da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Edson Santos, defendeu uma punição mais rigorosa para quem defende a intolerância religiosa. O ministro defendeu a criação de um dispositivo "claro", que criminalize o preconceito por parte de outras religiões.- As religiões de matriz africana são as mais vulneráveis ao preconceito, principalamente por parte de outras religiões. Talvez seja necessário um dispositivo legal, que criminalize de forma muito clara essas manifestações religiosas, punindo seus responsáveis - disse. Na maioria das situações, os lideres não aparecem, mas seus seguidores são instrumentalizados e orientados a ofender e agredir as religiões, em especial, as de matriz africana - afirmou o ministro. Em entrevista à imprensa, antes de participar da Caminha pela Liberdade Religiosa, em Copacabana, no Rio, o ministro Edson Santos disse que a legislação atual não é aplicada com rigor. Mas, ponderou que a intolerância é praticada por uma pequena parte da população. - Tenho certeza de que a sociedade de vários matizes se coloca de forma contrária e dura contra a discriminação - disse. A caminhada, que reuniu dez mil pessoas, segundo os organizadores, na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, tinha como objetivo mostrar que pessoas que têm visões diferentes sobre Deus podem conviver em harmonia. A idéia, é que a discriminação religiosa seja punida de acordo com a lei Caó, uma lei federal que determina pena de um a três anos de prisão para quem praticar o preconceito de raça, cor, etnia ou religião. Atualmente, a maioria dos crimes de preconceito religioso no país são enquadrados no Artigo 208 do Código Penal, que estabelece detenção de um mês a um ano, ou multa - que pode ser aumentada em até um terço, no caso do emprego da violência -, para os casos de intolerância, como o dos jovens que destruíram um centro espírita no Rio, em junho passado.
Fonte: Folha Gospel

Testemunhos mostram que assassinatos em Malatya foram premeditados


TURQUIA (34º) - Um depoimento sobre o caso do assassinato de três cristãos indica que o ataque foi premeditado por dois suspeitos, pelo menos, a despeito da defesa do grupo que insiste em que os assassinos agiram espontaneamente. A 11° audiência sobre os homicídios em uma editora dessa cidade do sudeste, 17 meses atrás, aconteceu sexta-feira (12 de setembro) na 3° Corte Criminal de Malatya. Mahmut Kudas, uma das três testemunhas convocada para testemunhar, disse que o suspeito Ozdemir Cuma se encontrou com ele uma semana antes do assassinato e disse-lhe que lhe falaria uma coisa importante. “Caso você não me ouça na sexta-feira, alguém irá chamá-lo e falar de uma carta. Pegue a carta e a entregue à pessoa que lhe chamou” – disse Cuma a Mahmut em 13 de abril, 2007, a sexta-feira anterior ao ataque na quarta-feira seguinte, de acordo com sua testemunha. Quando Kudas perguntou a ele o porquê, Cuma respondeu: “Existem 49 igrejas e sacerdotes domésticos em Malatya”. Quando Mahmut perguntou sobre o que ele pretendia fazer, ele disse: “Aqueles que sabem que isso terá fim, eu me tornarei um mártir”. Mahmut, 20, vivia em alojamentos da universidade, bem como alguns dos suspeitos. Quando ele perguntou a Ozdemir se Emre Gunaydin – o suposto cabeça dos assassinos – era o líder da operação, Cuma Ozdemir afirmou. Os quatro assassinos acusados são Hamit Ceker, Cuma Ozdemir, Abuzer Yildirim, Salih Gurler e Emre Gunaydin. Eles tinham, todos, entre19 e 21 anos no momento do assassinato. Outra testemunha, Mehmet Uludag, antigo colega de classe de alguns dos suspeitos, alegou também ter falado com Ozdemir antes dos homicídios. Uludag disse que Ozdemir lhe falou que, juntamente com dois outros, estariam para fazer algo grande. Ozdemir então instruiu Uludag, 20, para levar uma carta a um lugar secreto, e de que deveria chamar Muammer Ozdemir – que deverá testemunhar em uma futura audiência – para entender o paradeiro da carta. Os dois deveriam então entregar a carta à polícia, disse Cuma Ozdemir a Uludag. “Caso eu venha, explicarei tudo a você. Caso eu me perca, então leia a carta, ela explicará tudo”, disse ele a Uludag, segundo notícias. No dia do crime, Uludag mandou uma mensagem de texto a Muammer Ozdemir perguntando sobre o conteúdo da carta. Este lhe disse que a carta estava sob uma cama no dormitório, mas Uludag não a encontrou até ter sido questionado pela polícia, no mesmo dia. Auxílio aos assassinos As cartas em questão são similares às mencionadas pelo suspeito Hamit Ceker, em uma audiência anterior. Ele disse naquela audiência que, na noite anterior ao assassinato, ele e outro dos réus sentaram no hall do alojamento, escrevendo uma carta as suas famílias, caso as coisas não corressem conforme o esperado. Ambos, Kudas e Uludag, disseram não ter externado esse comportamento receoso, já que acreditavam que Cuma Ozdemir estava mais exagerando do que engajado em uma conspiração. A terceira pessoa a testemunhar no julgamento foi a ex-namorada de Gunaydin, Turna Isikli, 21. Ela disse que no dia anterior ao assassinato Gunaydin mandou-lhe uma mensagem de texto e disse, “Amanhã serei interrogado”. Ela disse ter pensado que isso se referia a uma reunião com seu pai acerca de assuntos relacionados à escola. A próxima audiência no caso do assassinato em Malatya está programada para 16 de outubro.
Tradução: Luis Felipe Carrijo Silva
Fonte: Compass Direct

Igrejas protestantes em cidade histórica estão ameaçadas


ETIÓPIA (43º) - Em 6 de setembro, líderes das igrejas protestantes na cidade histórica de Lalibela, norte da Etiópia, receberam ordem de parar todos os cultos das igrejas. A ordem foi baseada na alegação de que estas igrejas são ilegais em Lalibela. Esta foi a segunda vez que funcionários do governo tentaram pôr um fim nas atividades das igrejas. Anteriormente, funcionários do governo reuniram os líderes das igrejas protestantes e lhes disseram para pararem seus cultos. Eles se basearam no fato de que seguidores da Igreja Ortodoxa da Etiópia (EOC) supostamente organizaram ataques contra as protestantes; assim, desencorajavam reuniões na igreja protestante. Os líderes protestantes, em ambos os casos, recusaram-se a interromper os cultos, já que não eram ilegais. Eles já haviam se inscrito para obter a licença federal. Durante o mês de julho, em outra tentativa de acabar com as atividades protestantes, autoridades advertiram Yirdaw Geta, que abriga uma igreja em sua casa, a não disponibilizar sua casa para essas atividades ilegais. Os evangélicos disseram que os padres e líderes da EOC também convocaram seus membros a expulsar inquilinos protestantes. O nascimento do protestantismo em Lalibela Lalibela é conhecida por suas igrejas encravadas nas rochas, que datam do século XII, propriedade da EOC. Por centenas de anos, a cidade foi centro de treinamento de padres, monges e outros ministros ortodoxos. A peregrinação a Lalibela é sagrada para os seguidores da EOC, pois consideram esta a segunda Jerusalém. A comunidade local se orgulha muito da herança de Lalibela e trabalha duro para manter qualquer outra religião fora da região. No entanto, dez anos atrás alguns cristãos protestantes que eram professores começaram reuniões de oração em Lalibela. O Senhor abençoou o grupo e ele cresceu em número. O crescimento foi seguido por perseguição dos padres e da comunidade ortodoxa. Muitos protestantes foram apedrejados, espancados, até presos e discriminados na sociedade. As autoridades locais os proibiriam de possuir terras. A razão por trás da perseguição foi que Lalibela foi dedicada exclusivamente à Igreja Ortodoxa pelo Rei Lalibela. A terra é considerada tão “santa” que não pode ser maculada por seguidores de religiões estrangeiras. Infelizmente, a pressão da EOC para destruir a associação dos protestantes foi tão severa que muitos deixaram a área. Aqueles que ficaram enfrentaram discriminação. Mas permaneceram com fé e nunca pararam de orar e testemunhar do amor de Cristo para seus vizinhos, parentes e colegas de trabalho. A Portas Abertas se deparou com o pequeno grupo de cristãos protestantes em 2002 que estava reunido secretamente na casa de um irmão. De acordo com sua visão, a Portas Abertas encorajou esses protestantes, através da Palavra de Deus, a permanecerem firmes em sua fé em Cristo como único Senhor e Salvador. Logo depois, ela se envolveu mais na região, conduzindo vários seminários e treinamentos teológicos. Em janeiro deste ano, 13 estudantes completaram o curso de Licenciatura. O treinamento teológico da Portas Abertas aparentemente produziu um grande impacto nas vidas e ministérios destes 13 estudantes, assim como dos demais cristãos perto deles. Os estudantes relataram que o treinamento teológico da Portas Abertas os ajudou a se manter firmes na fé. “Se não fosse o treinamento teológico da Portas Abertas, eu não estaria aqui hoje”, compartilhou um estudante agradecido. O treinamento inspirou e motivou os estudantes a compartilhar o amor de Cristo com seus amigos, parentes e outras pessoas, apesar das circunstâncias. O crescente número de cristãos evangélicos, apesar da perseguição em Lalibela, é um testemunho encorajador do impacto que o treinamento teológico teve. O grande número de protestantes em Lalibela deseja nossas orações para que eles continuem firmes em face da oposição: • Membros da EOC ameaçam atacar igrejas e crentes protestantes em Lalibela. A tensão aumenta e as pessoas não sabem o que virá. Ore pelos cristãos protestantes em Lalibela, para que permaneçam calmos. Ore para que continuem colocando sua confiança em Deus. • Ore também pelos funcionários do governo para que entendam que os cristãos protestantes não são cidadãos de segunda classe e que têm direito à mesma proteção e ao mesmo tratamento que os outros cidadãos. • Ore para que os corações dos ortodoxos se abram para Deus de tal forma que entendam que a salvação vem através somente de Jesus Cristo, e não por rituais ou sacrifícios. • Ore pelo irmão Yimer Bante e sua família. Ele é o líder da Igreja protestante. Ore para que permaneça firme em Cristo e continue a testemunhar e dar bom exemplo neste tempo difícil. Ore para que ele tenha sabedoria em suas ações e mantenha sua família em segurança. • Ore também pelo irmão Yirdaw que abriu sua casa para os cultos da igreja. Louve ao Senhor pela firmeza de Yirdaw em continuar com as atividades da igreja protestante em sua casa, apesar das ameaças de ataque. Ore por ele e sua família para que tenham paz e força para apoiá-lo em suas decisões.
Tradução: Cláudia Veloso
Missão Portas Abertas
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