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sábado, 18 de abril de 2009

Um país em oração

Campanha 40 Dias de Jejum e Oração, que começa em 19 de abril, já mobiliza centenas de igrejas.

Uma mobilização espiritual de grandes proporções está tomando corpo no Brasil. Cerca de 300 mil crentes já se comprometeram a orar e jejuar simultaneamente entre os dias 19 de abril e 31 de maio. A iniciativa, denominada 40 Dias de Jejum e Oração – Por um novo Brasil, é a maior do gênero já intentada no país se forem considerados o número de pessoas e organizações envolvidas, a simultaneidade da campanha e seu tempo de duração. O período não foi escolhido por acaso. Quarenta dias foi o tempo que Jesus Cristo passou em oração e jejum no deserto, no início de seu ministério terreno. Quarenta também foi o número de anos que Moisés e o povo de Israel passaram em peregrinação antes de entrar na Terra Prometida. Com tanto simbolismo bíblico, o idealizador do projeto, o pastor batista Edison Queiroz, está com as mais altas expectativas. “Vamos orar e jejuar até que as comportas do céu sejam abertas e Deus derrame sobre o Brasil tamanhas bênçãos que o país venha a ser reconhecido mundialmente como a nação do Senhor Jesus”, empolga-se.

Queiroz é um entusiasta da missão evangelizadora da Igreja (ver entrevista abaixo). Foi um dos organizadores do I Congresso Missionário Ibero-Americano, o Comibam, realizado em 1987, e presidente, por oito anos, da Cooperação Missionária dos Hispanos da América Latina (Comhina). Líder da Igreja Batista de Santo André (SP), ele iniciou o movimento lá, em 2006. Em sua primeira edição, os quarenta dias de consagração e intercessão se restringiram aos membros de sua congregação. Em 2008, mais de 650 igrejas de diversas denominações já estavam integradas ao projeto, numa grande rede de fé envolvendo 180 mil pessoas. Agora, é hora de alargar as tendas. “Em 2009, igrejas dos Estados Unidos, Alemanha, Portugal, Bolívia, Chile, Paraguai e Argentina também aderiram à campanha”, celebra Queiroz. “A melhor forma de mudar a nação é primeiramente mudando o interior do homem, com busca por consagração e santidade.”

O movimento de fé tem caráter não só de consagração, mas também evangelístico. Outra diretriz do projeto é que, no início da campanha, cada participante faça uma lista de, no mínimo, três, e no máximo, dez nomes pelos quais vai orar e jejuar durante o período. O objetivo das orações é que se abram oportunidades para que essas pessoas sejam evangelizadas, ganhas para Cristo e discipuladas. “Já pensou no caráter multiplicador se cada uma das pessoas convertidas através da campanha saírem por aí anunciando a Palavra de Deus?”, comenta o pastor. Ele reconhece que o projeto tem muito de sonho e utopia, mas não esmorece na fé: “O Evangelho tem um poder capaz de mudar o mundo”, destaca.

Esforço intercessório – Apesar das dimensões da campanha, os organizadores estão fazendo de tudo para que haja concordância nos pedidos. Um livro de autoria de Queiroz, contendo 40 devocionais – um para cada dia da mobilização –, numa tiragem de 100 mil exemplares, já está sendo distribuído. O livro inclui pedidos diários de oração por missões, pelo avivamento no país e por quarenta etnias indígenas brasileiras. “Cada dia os participantes clamarão por um tema específico. Essa oração conjunta é muito poderosa”, explica o pastor. No ano passado, foram vendidos 55 mil exemplares, e para 2009, o manual também tem edições em inglês, espanhol e alemão. A publicação também conta com temas semanais e sugestões aos pastores das igrejas participantes, que podem fazer suas pregações alusivas à campanha. Já o jejum poderá ser feito de acordo com as possibilidades pessoais. “Às pessoas impossibilitadas de ficar determinado período sem comer, estamos sugerindo que ao menos orem. A oração é a parte mais importante da campanha”, diz.

O pastor Queiroz enxerga no cenário nacional uma série de fatos que considera resultados da campanha do ano passado. “Oramos pela economia do país e riquezas minerais, como as gigantescas jazidas de petróleo do pré-sal foram descobertas. Clamamos também pela derrocada da corrupção no nosso país e uma sucessão de fatos inéditos começaram a ocorrer, como o desbaratamento de grandes esquemas criminosos que culminaram na prisão e condenação de empresários, magistrados e policiais corruptos”, diz. O lançamento do projeto 40 Dias de Jejum e Oração está previsto para acontecer dia 19 de abril em todas as igrejas participantes. O esforço intercessório termina em 31 de maio, data que, não por coincidência, é considerada o Dia Mundial de Oração. A mobilização conta com parceiros como Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Ministério de Louvor Diante do Trono, Missão Portas Abertas, Servindo Pastores e Líderes (Sepal), AMME Evangelizar e Ministério Propósitos. Quem quiser saber mais sobre a campanha ou inscrever sua igreja pode acessar o site www.jejum40dias.com.br.

“A igreja local é a protagonista das missões”

Desde que foi ordenado pastor, em 1976, Edison Queiroz está envolvido em desafios evangelísticos. Um dos organizadores do I Congresso Missionário Ibero-Americano, o Comibam (1987), o religioso presidiu, durante oito anos, a Cooperação Missionária dos Hispanos da América Latina (Comhina). Autor de vários livros, sua obra mais conhecida é Igreja local e missões, na qual defende a importância fundamental da igreja local na obra missionária. Agora, seu objetivo é que a campanha de quarenta dias de intercessão, surgida em sua igreja em 2006, se espalhe pelo país e no exterior. Edison Queiroz concedeu a seguinte entrevista a CRISTIANISMO HOJE:

CRISTIANISMO HOJE – Quais foram os resultados da campanha de oração em Santo André?

EDISON QUEIROZ – Formamos um conselho de pastores que articula estratégias para ganhar o município para Cristo. Uma delas vai mobilizar cerca de 250 igrejas e um verdadeiro exército de Deus numa grande corrente de oração pelas ruas da cidade. Dividimos o mapa de Santo André e cada igreja se responsabilizará por um bairro. Nossa meta é orar em todas as localidades da cidade. Também investiremos numa forte campanha de comunicação.

Obra missionária e evangelismo são a mesma coisa?
Muitos missiólogos fazem distinção entre missionário e evangelista. Eles defendem que o missionário é quem cruza barreiras geográficas e culturais para anunciar o Evangelho. Mas em Atos 1.8, vemos que a Palavra de Deus deve ser levado não só aos confins da Terra, mas também a Jerusalém, Judéia e Samaria – ou, em outras palavras, à nossa cidade, estado e país. Resumindo, os missionários também são os membros da igreja.

Qual é o papel da igreja local em missões?
Um papel fundamental, de protagonista. É óbvio que as instituições missionárias também são importantes e devem dividir a responsabilidade pela obra, mas tanto a “matéria-prima” das missões – ou seja, as pessoas – como os recursos e as orações para este tipo de trabalho saem das igrejas. Então, elas estão na base de qualquer projeto missionário.

E as igrejas estão desempenhando este papel?
Infelizmente, não. Nossas igrejas não estão vivendo o Evangelho por falta de visão e acomodação dos pastores. Se existem igrejas, não é normal, por exemplo, haver bêbados e mendigos pelas ruas. Não dá para aceitar isso! Há muita gente se dizendo cristã e evangélica e não vivendo como Jesus. A Igreja brasileira é igual ao Mar do Caribe: grande, mas rasa, tanto intelectual como espiritualmente.
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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Apaziguar o Irã?

Depois de Hitler, a política de apaziguar ditadores — ridicularizada como alimentar um crocodilo por Winston Churchill, na esperança de ser a última vez — parecia estar permanentemente desacreditada. Entretanto esta política tem desfrutado algum sucesso e continua hoje sendo uma viva tentação no trato com a República Islâmica do Irã.

Há muito tempo que acadêmicos têm desafiado a simples vilificação do apaziguamento. Já em 1961, A.J.P. Taylor, da Oxford, justificou os esforços de Neville Chamberlain, ao passo que Christopher Layne, do Texas A&M, presentemente sustenta que Chamberlain "fez o melhor que pôde com as cartas que tinha". Daniel Treisman, cientista político da UCLA, acha a suposição geralmente aceita contra o apaziguamento de ser "forte demais" enquanto seu colega da Universidade da Flórida, Ralph B. A. Dimuccio a chama de "simplista".
Neville Chamberlain declarou erroneamente "paz para o nosso tempo" no dia 30 de setembro de 1938.

Talvez a forma mais convincente de tratar a tese pró-apaziguamento, do historiador britânico Paul M. Kennedy, que leciona na Universidade de Yale, é a sua proposição de que o apaziguamento tem uma longa e crível história. No seu artigo de 1976, "A Tradição de Apaziguamento na política externa britânica, 1865-1939", Kennedy definiu apaziguamento como um método de resolver disputas, "admitir e saciar queixas através de negociações racionais e fazer concessões, evitando assim os horrores de guerra". Consiste numa abordagem otimista, observa ele, presumindo que os seres humanos sejam razoáveis e pacíficos.

Desde o ministério do primeiro-ministro William Gladstone até ser desacreditado no final dos anos trinta, apaziguamento era, na descrição de Kennedy, "um termo perfeitamente respeitável" e até mesmo "uma forma particularmente britânica de diplomacia", serviu bem ao caráter e circunstâncias do país. Kennedy acha que a política tem quatro bases quase-permanentes, das quais, todas se aplicam especialmente bem aos Estados Unidos de hoje:
Moral: Depois que o movimento evangélico varreu a Inglaterra no início do século XIX, a política externa britânica tinha uma forte necessidade de resolver disputas de forma razoável e não-violenta.

Econômica: Como líder do comércio mundial, o Reino Unido tinha o interesse nacional vital de evitar interrupções comerciais das quais iria sofrer de forma desproporcionada.
Estratégica: O império global britânico denotava que era super extenso (tornando-o, nos termos de Joseph Chamberlain, um "titã cansado"); conseqüentemente, tinha que escolher cuidadosamente suas batalhas, fazendo da concessão um modo rotineiro e aceitável de lidar com os problemas.

Doméstica: A extensão da área do monopólio fez da opinião pública um fator cada vez maior na sua tomada de decisões e o público não gostava de guerras, especialmente as dispendiosas.
Como resultado, durante mais de sete décadas, Londres prosseguiu, com raras exceções, com uma política externa que era "pragmática, conciliatória, e razoável". Mais uma vez e mais outra vez, as autoridades achavam que "o acordo pacífico de disputas era muito mais vantajoso para a Inglaterra do que o recurso da guerra". Em particular, o apaziguamento influenciou de maneira contínua a política britânica em relação aos Estados Unidos (por exemplo, em relação ao Canal do Panamá, as fronteiras do Alasca, a América Latina como esfera de influência dos Estados Unidos) e o império alemão (a proposta do "feriado naval", as concessões coloniais e as restrições nas relações com a França).

Kennedy julgava esta política de forma positiva, como útil no manejo das relações exteriores do estado mais poderoso do mundo durante décadas e "encapsula muitos dos melhores aspectos da tradição política britânica". Se não foi um sucesso brilhante, o apaziguamento permitiu a Londres acomodar a influência da expansão de seus rivais não-ideológicos como os Estados Unidos e a Alemanha Imperial, que em geral poderiam ser levados em conta quanto à aceitação de concessões sem ficarem inflamados. Desta forma, reduziu a velocidade do suave declínio do Reino Unido.

Porém, após 1917 e a Revolução Bolchevique, as concessões falharam em aplacar um novo tipo de inimigo, motivado ideologicamente – Hitler nos anos trinta, Brezhnev nos anos setenta, Arafat e Kim Jong-Il nos anos noventa e agora, Khamenei e Ahmadinejad. Estes ideólogos exploram as concessões e desonestamente oferecem um quid pro quo que não pretendem cumprir. Abrigando aspirações para uma hegemonia global, eles não podem ser apaziguados. Fazer concessões a eles equivale a alimentar o crocodilo.

O apaziguamento atrai nos dias de hoje a psique ocidental moderna a despeito de sua anormalidade, que surge inevitavelmente quando os estados democráticos enfrentam inimigos ideológicos agressivos. Com referência ao Irã, por exemplo, George W. Bush pode ter bravamente condenado "o falso conforto do apaziguamento, desacreditado repetidamente através da história", mas o editor Michael Rubin do Middle East Quarterly discerne corretamente as realidades da política dos Estados Unidos, "agora Bush está apaziguando o Irã".
Resumindo, a política de apaziguamento vem se estendendo por um século e meio, desfrutou algum sucesso e sempre permanece viva. Mas com inimigos ideológicos deve ser conscientemente rechaçada, para que as lições trágicas dos anos trinta, anos setenta e anos noventa não sejam ignoradas. E repetidas.
* Daniel Pipes é diretor do Fórum do Oriente Médio e colunista premiado dos jornais New York Sun e The Jerusalem Post. Este artigo foi publicado no The Jerusalem Post em 25 de setembro de 2008 e o original em inglês Appease Iran? Está também publicado no site http://pt.danielpipes.org/article/5933 Tradução de Joseph Skilnik.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Homem sobrevive após ser ressuscitado cinco vezes nos EUA


Médicos americanos conseguiram salvar a vida de um homem após ressuscitá-lo cinco vezes em um hospital de Houston, no Estado americano do Texas.

Os cardiologistas consideraram o episódio um “milagre”.

“Quanto mais se tenta trazer o paciente de volta, menos chances você tem de conseguir”, afirmou Lynne Jones, diretora do departamento de cardiologia, em entrevista à TV local KPRC.

“Era para ele estar aqui. Há uma razão para que ele tenha sobrevivido”, disse a médica.

Em entrevista à KPRC, Tim Maxwell contou que na semana passada foi trabalhar se sentindo mal. Seu chefe, então, teria insistido que ele fosse para o hospital depois que Tim relatou estar sentindo dores no peito e nos braços.

Pouco mais de um minuto após ser admitido na emergência do Memorial Hermann Southwest Hospital, Maxwell desmaiou e seu coração parou de bater.

Durante os 30 minutos que se seguiram ele foi ressuscitado cinco vezes. Ele conta ter tido momentos de consciência a cada vez que voltava à vida.

“Eu via pessoas em cima de mim com instrumentos”, disse.

Maxwell já teve alta e diz que “não desperdiçará sua nova chance de viver”.

Fonte: BBC Brasil

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Polícia continua repressão a cristãos, incluindo crianças


AZERBAIJÃO (27º) - A polícia da cidade de Agdash, próxima a Göycay, recusa-se a explicar porque oito oficiais, incluindo seus comandantes, invadiram uma reunião religiosa pacífica que ocorria em uma residência particular no dia 25 de março. O chefe do departamento de comunicação com o público da polícia secreta na capital Baku, Arif Babaev, negou que o Ministério de Segurança Nacional tenha algum envolvimento: “Nunca nos envolvemos em tais atividades”, disse ele. “Nós não conduzimos esse tipo de operação – Essa é uma informação falsa.” Ao ser informado de que a imprensa cita autoridades policiais locais que declaram a participação de oficiais do Ministério em uma “operação conjunta”, ele voltou a negar.

Babev também negou que seu Ministério esteja envolvido no impedimento de reabertura da mesquita Abu Bekr em Baku. “Não faz parte da nossa competência abrir ou fechar mesquitas”, declarou ele.

Outros permanecem descrentes sobre as negativas de envolvimento do ministério nesses dois casos e em outras restrições de liberdade religiosa. “Seu trabalho é secreto – eles nunca dizem quando estão envolvidos em atividades contra organizações religiosas”, afirmou um comentarista de Baku que pediu anonimato.

Os batistas disseram que os oficiais os insultaram por causa de sua fé. Durante a invasão, um dos policiais disseram: “Estávamos atrás de vocês, e agora os pegamos! O grupo de cristãos informa ainda que os pais haviam sido convidados a enviar seus filhos para a casa de Vera Zhuchaeva para ouvir histórias bíblicas no período do feriado de primavera Novruz. Eles afirmam que 12 crianças estavam presentes mediante permissão específica de seus pais.

“A polícia entrou e reuniu todas as crianças em uma sala”, informou Lilia Hudaverdieva, membro da congregação batista em Baku e visitante em Agdash. “Um oficial da polícia, um representante do Comitê estadual e um professor fizeram perguntas às crianças sem que os pais estivessem presentes, ainda que as crianças chorassem a ponto de serem ouvidas na vizinhança. Eles não permitiram a entrada dos pais para retirar as crianças”. Somente após terem anotado seus nomes, os pais puderam buscar os seus filhos.

A polícia confiscou 508 livros, 40 filmes, bem como o aparelho de vídeo. Os cristãos reiteram que não há nada de ilegal nos livros e nos filmes – eles destacam que muitos filmes são de Hollywood com temas bíblicos.

Lilia Hudaverdieva e outras duas visitantes da congregação de Baki, Sara Babaeva e Ofelia Yakulova, foram levadas à delegacia de polícia. Elas foram interrogadas por quatro horas e tiveram seus documentos de identidade apreendidos. Lilia disse que a polícia fazia perguntas “provocativas”, mas que ela e suas amigas “disseram a absoluta verdade”. Ela informou que só foram liberadas pela polícia depois da meia-noite.

As três tiveram que retornar à delegacia no dia seguinte para retirar seus documentos. A polícia as levou ao escritório do promotor, onde foram novamente insultadas por sua fé e multadas. O promotor distrital de Agdash, Munis Abuzarli, disse que as três foram penalizadas por violarem o artigo 199 do código de ofensas administrativas por “disseminarem ilegalmente o cristianismo e outras crenças”. Ele disse que cada uma foi multada em 10 Manats (equivalente a 9 Euros ou 12 Dólares americanos).

Ao ser questionado sobre como as três batistas violaram a lei, Munis argumentou que elas ensinavam religião às crianças. “Não se pode atrair crianças para atividades religiosas”, destacou ele. Questionado por que as mulheres cometeram tal violação, já que as crianças tinham permissão de seus pais, ele respondeu: “A lei trata disso como uma violação. Se elas cometeram essa ofensa, elas devem ser multadas de acordo com a lei”.

Lilia Hudaverdieva reclamou que como os bancos estavam fechados por ocasião do feriado de Novruz, a polícia solicitou às três mulheres o pagamento da multa em dinheiro. “Não recebemos nenhum documento ao sermos multadas e nenhum recibo de pagamento”, informou.

Ela também questionou sobre como a polícia de Agdash apresentou as informações para a imprensa local sobre as atividades dos batistas. A invasão foi mostrada inúmeras vezes na televisão, incluindo no jornal da noite do canal privado ATV no dia 27 de março. Uma matéria também foi publicada no site da Agência de Imprensa Azeri (APA) no dia 26 de março, que serviu como base para outros sites de notícias, afirmando a ação em conjunto entre a polícia de Agdash e o Ministério de Segurança Nacional.

Na matéria da APA constavam as idades e endereços completos de Vera Zhuchaeva e das três mulheres de Baku. “Isso foi uma infelicidade”, afirmou Lilia.

O secretário-geral da União Batista do Azerbaijão, Elnur Jabiev, foi além. “Isso é um perigo”, disse ele diretamente de Baku no dia 31 de março. “Nacionalistas saberão os seus endereços. A polícia não deveria ter dado essa informação aos jornalistas”. Devido à recusa da polícia de Agdash em tratar da invasão, permanece não esclarecido se isso foi feito deliberadamente para intimidar outros batistas. As autoridades têm utilizado jornalistas com frequência para intimidar membros de religiões minoritárias, incluindo crianças.

Lilia se deparou com outros problemas quando retornou ao trabalho após o feriado de Novruz.
Ela disse que o Ministério de Segurança Nacional contou à matriz da empresa estatal onde ela trabalha sobre suas atividades em Agdash e sobre a penalidade administrativa. Ela disse que a matriz contatou seu superior, informando-o que a empresa não deveria ter empregados com esse tipo de comportamento. “Eu fui ameaçada de perder meu emprego”, disse ela. “Mas meu chefe é bom e eu pude esclarecer que tudo isso era uma difamação e contei o que de fato ocorreu. Eu disse a ele que não sou criminosa”.

Ilya Zenchenko, chefe da União Batista, disse que os lideres da Igreja Batista de Baku continuarão a visitar membros de igrejas em sua congregação em Agdash.

Tradução: Cecília Padilha
Fonte: Forum18 News Service (em inglês)
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