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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Pastor Hua Huiqi é preso e agredido

CHINA (12º) - Na manhã de 5 de junho, o pastor Hua Huiqi foi preso e brutalmente agredido por policiais de Shaanxi e Fengtai, Pequim, enquanto ele trabalhava na estação de Taiyuan Railroad. Um integrante do Grupo de Proteção e Segurança Particular declarou, enquanto batia no pastor Hua Huiqi:

“Eu vou estrangular você, e quero ver se continuará pregando o evangelho. Se você sair da cidade novamente, quebrarei suas pernas.” Ele também ameaçou o pastor, dizendo: “Estou batendo em você porque Deus me mandou fazê-lo. Em três meses, preparei os materiais e conseguirei prender você e sua esposa como castigo. Nosso grupo de segurança foi montado para conter vocês, seguidores de Jesus.”

Antes de sua prisão, o pastor Hua Huiqi foi enviado para Shaanxi para pregar o evangelho. Na tarde de 4 de junho, enquanto o pastor Hua Huiqi ainda viajava, um cristão foi visitá-lo em sua casa, que estava sob constante vigilância da polícia. Os policiais o levaram para a delegacia de Pequim, onde foi interrogado e então, liberado.

No dia 5 de junho, Wei Jumei, esposa do pastor Hua Huiqi ligou para o Escritório de Segurança Pública para saber sobre a prisão de seu marido. Ela pode falar com ele. Hua Huiqi disse: Minhas roupas foram rasgadas, e estou preso com as tropas armadas de Huairou”. Quando sua mulher perguntou: “Eles bateram em você?” a linha foi imediatamente cortada.

Depois da divulgação na mídia local chinesa, o pastor Hua Huiqi foi solto em 7 de junho. Agora, o pastor está se recuperando em casa, e suas atividades são restringidas pelas autoridades.

Tradução: Portas Abertas

terça-feira, 9 de junho de 2009

As tentativas de vincular assassinatos ao governo fracassam


TURQUIA (39º) - Adiaram-se as tentativas do processo judicial de vincular os assassinos de três cristãos a mentores do crime ligados ao governo após o suposto líder da quadrilha ter contradito, inesperadamente, seu depoimento anterior que envolvia a existência de um “intermediário”.
Huseyin Yelki, intermediário suspeito entre os assassinos e altos funcionários do governo, estava depondo na audiência de 22 de maio, quando o suposto líder da quadrilha, Emre Gunaydin, cujo depoimento particular levara à prisão de Huseyin, levantou-se e disse: “Huseyin Yelki não é culpado. Não há motivo para ele estar preso”. A equipe de promotores e os juízes do Terceiro Tribunal Penal de Malatya pasmaram-se diante da declaração e exigiram que ele dissesse por que havia envolvido Huseyin anteriormente.
Emre disse que assim o fizera porque Huseyin era um missionário cristão. Emre também envolveu Varol Bulent Aral, um jornalista supostamente ligado a uma conspiração política de grande influência conhecida como Ergenekon. Varol é o segundo intermediário suspeito. De sua parte, Huseyin afirmou em seu depoimento que havia se encontrado com Emre somente uma vez antes dos assassinatos. De acordo com o depoimento anterior de Emre, o irmão de Huseyin facilitara vários encontros entre Emre e Huseyin, onde planejaram o ataque com faca contra os três cristãos em uma editora cristã.
Durante uma audiência privada no inverno passado, um juiz mostrou fotos de pessoas diferentes a Emre e ele identificou imediatamente o irmão de Huseyin. O recuo da declaração anterior de Emre levantou suspeitas entre os juízes de que, nos últimos meses, ele tenha recebido visitas na prisão daqueles que estão por trás dos assassinatos e estes o pressionaram a mudar seu depoimento. “Diga-me a verdade, você falou com alguém?”, vociferou o juiz para ele. “Eu juro por Deus que não!”, disse Emre. Os juízes requisitaram uma lista de todos os que visitaram Emre e os outros quatro suspeitos, Salih Gurler, Cuma Ozdemir, Hamit Ceker e Abuzer Yildirim, durante os dois últimos anos em que têm estado na prisão.
Outros questionamentos feitos a Huseyin não puderam fornecer respostas incriminatórias e claras, e os juízes o liberaram. O líder dos advogados da acusação, Orhan Kemal Cengiz disse a Compass Direct que os registros das visitas à prisão de Emre podem ser inconclusivos. “Estas visitas podem não ter sido registradas, não sabemos”, disse Orhan. “Mas temos uma minúscula esperança de que possamos conseguir algo através desses registros.” Huseyin, um ex-voluntário da Zirve Publishing Co., foi detido em fevereiro por suspeita de ter incitado os cinco jovens suspeitos de matar os três cristãos, Necati Aydin e Ugur Yuksel (turcos), e Tilmann Geske (alemão), em abril de 2007.
Orhan chamou o depoimento de Huseyin de um “desastre”. Ainda que seja aparente para o tribunal que Huseyin tenha tido muitos contatos com membros da inteligência do gendarmerie (braço policial da forças armadas turcas), disse Orhan, ele não pôde explicar a natureza de seus telefonemas, afirmando que queria falar com eles sobre a Bíblia. “Estamos muito desconfiados dele”, disse Orhan. “Todos estão desconfiados.” Como consequência da última audiência, o tribunal também requereu um registro com todos os extratos bancários dos últimos anos para ver se eles apontam para alguma ligação com o gendarmerie ou outras atividades suspeitas. “Para nós, é óbvio que Huseyin é um dos elos que ligam esses jovens a níveis mais elevados”, disse Orhan.
“Mas ele se recusou a cooperar e, no meu ponto de vista, também é óbvio que Emre foi pressionado a mudar seu depoimento porque, em seu depoimento inicial dado ao promotor, ele acusou Huseyin de instigá-los a cometer o crime. Mas ele mudou depois disso.” Orhan disse que Huseyin adulterou alguns fatos como sua afirmação no tribunal de que permanecera de cama por dois meses se recuperando de uma cirurgia na perna, quando registros telefônicos mostram que ele passou por diferentes cidades no sudeste da Turquia durante esse tempo. “Era óbvio que estava contando muitas mentiras porque ele disse que, após a liberação do hospital, descansou por dois meses”, disse Orhan, “mas, de acordo com seu telefone, ele estava viajando intensamente.
” Tradução: Getúlio Cidade

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Colunista Analisa discurso de Obama no Egito: Islã, Israel, Hamas...

É, meus caros, eis um daqueles textos longos, longuíssimos, do tipo, dizem, que não se deve escrever em blogs. Ok. Eles ficam com os blogs deles, com textos curtinhos. Eu fico com o meu. Cada um no seu quadrado. Vamos lá.
Barack Obama é mesmo um fenômeno. Ninguém faz “discursos históricos” como ele. É você se distrair um pouco, e tome “discurso histórico”. E é também fascinante porque a fala se torna “histórica” ante de a história acontecer. Não foi diferente com o, bem…, “histórico” discurso feito no Cairo, Egito, em que propôs um “novo começo” nas relações entre os EUA e mundo islâmico. Mais um pouco, e suas falas e realizações já nascerão como ruínas… (leia INTEGRA DO DISCURSO na seção “Documentos” do blog).
Depois do ovacionado “assalaamu alaykum”, o presidente americano lembrou que o momento é de tensão entre os EUA e o mundo islâmico, observando:
“As relações entre o Ocidente e o Islã incluem séculos de co-existência e cooperação, mas também de conflitos e guerras religiosas. Mais recentemente, a tensão foi alimentada pelo colonialismo, que negou direitos e oportunidades a muitos muçulmanos, e pela Guerra Fria, que tratou os países de maioria muçulmana como meros figurantes. Ademais, as mudanças trazidas pela modernidade e pela globalização levaram muitos muçulmanos a ver o Ocidente como hostil às tradições do Islã.”

Olhem, só o trecho acima poderia render um tratado. É claro, sei disto, que parece haver algo de ridículo em criticar o discurso de ninguém menos do que o presidente dos Estados Unidos, não é? Isso só fazia sentido quando o homem era Jorjibúxi, o bestalhão, o sanguinário, o invasor. Com Obama, a única coisa legítima a fazer é classificar a fala de “histórica”. Pouco me importa quem tenha escrito ou lido o discurso. O fato é que algumas coisas acima precisam ser esmiuçadas. Com efeito, aconteceu aquela tal cooperação de que ele fala. Terminou mais ou menos com as… Cruzadas!!! Adiante.

Obama tangeu uma corda que é a mãe de todos os equívocos mesmo do islamismo moderado: os países islâmicos são vistos sempre como vítimas e entes meramente reativos. No caso das “guerras religiosas”, não fica claro se ele considera os islâmicos agredidos ou agressores — mas posso imaginar… Será que ele se lembra que os discípulos de Maomé chegaram, em nome de sua particular noção de paz, até a Península Ibérica? Será que alguém arrumaria para ele uma versão em inglês do romance Eurico, O Presbítero, de Alexandre Herculano? Vejam lá: no colonialismo do século 19 — um tempo que ele classifica de “recente” —, os islâmicos são vítimas. Na Guerra Fria, foram ignorados. Agora, é a globalização que os leva, coitadinhos!, a ver o Ocidente como inimigo. Pergunta besta: por que os países islâmicos veriam essa “modernidade” como inimiga? Bem, o judaísmo se reformou; o cristianismo vive em permanente reforma; o hinduísmo, à sua maneira, mudou. Onde estão os reformadores do Islâ? A única forma de dialogar com aquele mundo é o Ocidente declarar a sua culpa?

A questão é meramente intelectual? Não é. Esse tipo de conversa não tem futuro. Obama encerrou a sua fala citando palavras de tolerância do Corâo, do Talmud e da Bíblia. Bacana. As três religiões, de fato, trazem senhas para a paz e para a guerra. Mas é preciso ver se todas elas podem conviver, por exemplo, com alguns direitos que, no chamado mundo ocidental, consideramos inegociáveis. O Islã pode?

Depois daquele trecho que destaco, Obama condenou o extremismo islâmico e os atentados de 11 de Setembro, mas pronunciou uma só vez a palavra “terrorismo” (na verdade, “terroristas”), como se ela ofendesse os ouvidos da audiência. O que não deixa de ser um sinal de rendição. Ou bem aquelas pessoas que ouviam também repudiam o “mau Islã” — e, pois, não há óbice em dizer a palavra — ou bem não repudiam tanto assim, e aquela conversa é absolutamente inútil. Mais adiante, mandou ver nas glórias do Islã — não sem antes lembrar do pai islâmico e de sua infância na Indonésia:

“Como estudante de história, reconheço a dívida que a civilização tem com o Islâ. Foi o Islã, em lugares como a Universidade Al-Azhar, que levou a luz do conhecimento ao longo de muitos séculos, pavimentando o caminho do Renascimento e do Iluminismo na Europa. Foi a inovação nas comunidades islâmicas que desenvolveu a álgebra, a bússola e outras ferramentas de navegação; nosso domínio da escrita e a imprensa; a compreensão de como se desenvolvem as doenças e como podem ser combatidas. A cultura islâmica nos deu arcos majestosos e torres elevadas; poesia atemporal e música inesquecível; caligrafia elegante e lugares para pacífica contemplação. E, ao longo da história, o Islã demonstrou, por meio de palavras e atos, as possibilidades da tolerância religiosa e da igualdade racial”.

Muito bem! Obama, ou quem quer que tenha feito o discurso, estudou direitinho a Enciclopédia Britânica. Qual é o problema de um discurso como esse? Ele assimila como verdadeira a crítica falaciosa que se faz ao Ocidente — “é contra o Islã” — e jura de pés juntos que não é. Para tanto, presta o seu tributo: vejam lá, a religião foi vital, lembra Obama, para o… Renascimento!!! Logo ali, como se sabe. O ponto definitivamente não é esse. Afirmar que o Islã é isso ou aquilo seria como afirmar as virtudes do Cristianismo, o que, diga-se, nenhum líder árabe — ou, mais amplamente, islâmico — faria em terras ocidentais (sem contar o fato de que o cristianismo é ILEGAL em boa parte os países que seguem o Corão…). Ora, é óbvio que ninguém está em guerra com o Islã. O que parece, às vezes, é que o Islã é que está em guerra consigo mesmo, contra aquelas “modernidades” da globalização. E o Ocidente não pode responder por isso, não.
“Tolerância religiosa e igualdade racial”? Pois é… De que Islã Obama está falando? Os nazistas — e não estou fazendo comparação entre nazis e islâmicos; apelo ao extremo para evidenciar o erro — se diziam cristãos. E era inútil demonstrar que sua prática não correspondia ao, vá lá, livro-texto. O Islã da bússola é o de Osama Bin Laden ou, se quiserem, o de qualquer outro país islâmico, Egito incluído? Tenham paciência, né? Por que os países árabes se negam, por exemplo, a conceder cidadania aos palestinos, ainda que eles a queiram, tratando-os como refugiados e praticamente confinando-os nos campos? Ora, o Islã da álgebra e da filosofia não está em questão. Infelizmente, ele não serve de referência hoje a nenhum dos países islâmicos. Não será o Ocidente — ou um líder ocidental — a ensinar àqueles países qual é a vertente virtuosa de sua religião.

Esse é um discurso histórico, claro, como todos os de Obama, mas já nasce como ruína. Não tem futuro.

Questões contemporâneas

E daria, sinceramente, para esmiuçar suas incongruências e erros trecho a trecho. Mas levaria mais de uma noite. Por isso, opero aqui uma mudança na trajetória para tratar, no fim das contas, do que interessa: a questão israelo-palestina. Afinal, a grande mudança em relação a seu antecessor, o Jorjibúxi, estaria justamente aí. Antes e chegar a essa questão, Obama justificou a guerra no Afeganistão, afirmando que seu país não teve escolha, e relativizou os motivos da guerra no Iraque — nesse caso, sim, disse, uma escolha. Mas lembrou que os iraquianos estão melhores sem a tirania de Saddam Hussein. Então truco.

Agora a questão central. Obama estava lá para pôr um peso em cada prato da balança. Vamos ver:

“Os fortes laços da América com Israel são bastante conhecidos. Esse elo é inquebrável. Está baseado em laços culturais e históricos e no reconhecimento de que a aspiração por uma pátria judia está fundada numa história trágica, que não pode ser negada.

O povo judeu foi perseguido em todo o mundo por séculos, e o anti-semitismo na Europa culminou num Holocausto inédito. Amanhã, vou visitar Buchenwald, um dos campos onde judeus eram escravizados, torturados, fuzilados e mortos com gás pelo Terceiro Reich. Seis milhões de judeus foram mortos, mais do que toda a população judia de Israel hoje. Negar aqueles fatos não faz sentido, é ignorante e odioso. Ameaçar Israel com a destruição ou repetir estereótipos vis sobre os judeus é profundamente errado e serve apenas para evocar nos israelenses a mais dolorosa das memórias, criando obstáculos à paz que merece a população dessa região”.

Como se vê, Obama exalta os judeus que sofreram. No passado.

E era a hora de pôr peso no outro prato. E ele lembrou também o sofrimento do povo palestino, espalhado nos campos de Gaza, Cisjordânia e terras vizinhas. Criticou os que atacam Israel, mas também censurou a expansão das colônias na Cisjordânia. E, bem, aí fez o que me parece realmente do arco da velha: abriu uma espécie de diálogo, retórico ao menos, com o… Hamas! Hamas que os próprios EUA consideram terroristas. Isso, de fato, é inédito. A questão é saber se é bom. Leiam.

“Agora é a hora de os palestinos se concentrarem no que podem construir. A Autoridade Palestina precisa desenvolver sua capacidade de governar, com instituições que sirvam às necessidades do povo. O Hamas de fato tem apoio entre alguns palestinos, mas ele também tem responsabilidades. Para desempenhar o papel que lhe cabe nas aspirações palestinas e para unificar o povo, o Hamas precisa pôr fim à violência, reconhecer acordos anteriores e reconhecer o direito que Israel tem de existir.”

E agora o pito em Israel:

“Ao mesmo tempo, os israelenses precisam reconhecer que, assim como não se pode negar seu direito de existir, não se pode negá-lo também aos plaestinos. Os Estados Unidos não aceitam como legítima a continuidade dos assentamentos [na Cisjordânia]. Eles violam acordos anteriores e minam os esforços para alcançar a paz. É tempo de parar com esses assentamentos”.

Aí a vaca foi para o brejoNo afã de igualar os desiguais, quem sai perdendo é a razão. Não, este escriba não considera a continuidade dos assentamentos uma boa política. De jeito nenhum! Mas é uma estupidez suprema — além de contraproducente e inútil — sugerir que a eles estão para os israelenses como a violência está para o Hamas. Quem criou tal correspondência foi Barack Obama, não fui eu. Se ele estivesse certo, bastaria que, amanhã, o governo Israelense determinasse a suspensão dos ditos-cujos, e o Hamas, em contrapartida, pararia de jogar foguetes em Israel. Mas isso não aconteceria. Ainda que os assentamentos sejam condenáveis e só extremem o que já é ruim, eles não são o correspondente oposto dos atos terroristas dos palestinos.

Mas, para Obama, cada coisa é um peso em cada lado da balança. Assim, a despeito desse seu discurso grandiloqüente, estupidamente chamado de histórico, dá para antecipar: nada vai acontecer. E nada vai acontecer enquanto as facções palestinas não renunciarem à violência. É patético que o presidente americano peça ao Hamas que reconheça Israel. Nas considerações iniciais de seu estatuto (ÍNTEGRA DO ESTATUTO na seção “Documentos”) lê-se:
“Israel existirá e continuará existindo até que o Islã o faça desaparecer, como fez desaparecer a todos aqueles que existiram anteriormente a ele.”

É só isso? O Hamas aceita a presença de judeus por ali? De novo, apelo a sua carta:
“Assim, com todo o nosso apreço pela Organização para a Libertação da Palestina, e o que ela posa vir a se tornar, e sem desprezar o seu papel no conflito árabe-israelense, não podemos eliminar a identidade islâmica da Palestina, que é parte da nossa fé, e quem negligencia essa fé está perdido. “Quem rejeita a religião de Abrahão é alguém que ficou um tolo”. (Alcorão 2-130).
O Hamas seria só um movimento nacionalista, localista, descolado do terrorismo islâmico? O Hamas responde com seu estatuto:

“Exigimos que os países árabes em torno de Israel abram as suas fronteiras aos árabes e muçulmanos combatentes da Jihad, a fim de cumprirem sua parte, juntando suas forças às forças dos seus irmãos – a Fraternidade Muçulmana na Palestina. Dos demais países árabes e muçulmanos, exigimos que, no mínimo, facilitem a passagem através de seus territórios dos combatentes da Jihad.”

Há ao menos chance de esse discurso de Obama sensibilizar as lideranças políticas de Israel? Não! Zero! Nenhuma! E eu diria que não se trata apenas dos radicais da direita e outras figuras satanizadas mundo afora. Qualquer israelense sabe que igualar o terrorismo e a pregação da destruição de Israel à expansão de assentamentos é contribuir com aqueles que querem… o fim de Israel. Se Obama não quer, tem de mudar o discurso.

Ademais, essa fala que põe um peso em cada balança fornece aos radicais a certeza de que, enfim, estão ganhando a guerra de propaganda.

Há uma questão lógica inegável: o que levou Obama fazer esse discurso não foi a disposição dos árabes para negociar, mas o terrorismo. Não por acaso, se vocês fizerem uma pesquisa nos jornais mundo afora, os radicais criticaram a fala do presidente dos EUA. Ora, são espertos: no dia em que não estiverem mais no lugar das vítimas, acusando o Ocidente, terão perdido poder. É preciso atacar os Baracks Obamas da vida para que possam ser mimados por eles.
Sim, foi um discurso, a seu modo, histórico.

Por Reinaldo Azevedo
Fonte:http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/ Via VINACC - Visão Nacional Para a Consciência Cristã
Título original: OBAMA FAZ MAIS UM DISCURSO HISTÓRICO PRÉ-HISTÓRIA. E SOBRARAM SIMPLIFICAÇÃO E BOBAGEM
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