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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

PL 122 – Definição foi adiada mais uma vez

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) decidiu nesta quarta-feira (18) adiar a decisão sobre o substitutivo da senadora Fátima Cleide (PT-RO) a projeto da Câmara dos Deputados, que pune com pena de um a três anos de prisão a discriminação contra pessoa idosa ou com deficiência e ainda em razão da orientação sexual. O acerto foi para que o texto (PLC 122/06) só seja votado depois da realização de audiência pública.

O debate será mais uma tentativa para se chegar a um consenso em torno do conteúdo da proposta, motivo de controvérsia nos últimos dias, tendo sido inclusive objeto de fortes discursos em Plenário. O presidente da CDH, senador Cristovam Buarque (PDT-DF), concedeu pedido de vista coletiva, para abrir espaço para o debate.

Os críticos do projeto argumentam que, se ele for aprovado, pais e líderes religiosos podem até ser presos por dizer que a homossexualidade é pecado. Na reunião, com grande presença dos membros da comissão, a relatora sustentou que as reações ao projeto levam em conta o texto que saiu da Câmara dos Deputados, e não o seu substitutivo, segundo ela com redação mais simples e objetiva e que atende às diferentes demandas.

A relatora reafirmou, no entanto, a necessidade de medidas para punir condutas que apresentam a intenção explícita, motivada por preconceito, de vitimar pessoas. Segundo ela, essa situação ainda permeia o dia-a-dia de milhões de brasileiros, atingidos em seus direitos básicos, até no direito à vida. Em relação aos homossexuais, ela afirmou que a intolerância é evidente e deixou como saldo, somente no último ano, de 122 assassinatos.

- Se essas vidas não importam, nós poderemos dizer que não existe homofobia no país – declarou a relatora.

Pelo texto do substitutivo, a lei que define e pune atos de preconceito de raça ou de cor (Lei 7.716, de 1989), e que também aborda a intolerância em razão da etnia, religião ou origem, passa a também tratar da discriminação contra pessoa idosa ou com deficiência, por orientação sexual, sexo ou identidade de gênero. Em relação ao projeto da Câmara, houve a inclusão dos idosos e das pessoas com deficiência.

Um dos artigos prevê pena, de um a três anos, para quem impedir, a pessoas desses grupos, o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares ou locais semelhantes abertos ao público. Outro dispositivo fixa a mesma pena a quem impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos e privados abertos ao público entre pessoas desses mesmos grupos.

O dispositivo que mais preocupa os parlamentares opositores ao projeto é o que define pena de até três anos de prisão para quem praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceitos semelhantes. Depois de observar que os livros sagrados de diversos credos condenam o homossexualismo, o senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) avaliou que, nos termos previstos no projeto, os religiosos estariam impedidos de fazer qualquer menção a isso.

- Eu não posso ensinar o que está na Bíblia a alguém de minha igreja? Serei proibido? O texto diz que o homossexualismo é uma abominação, mas estarei incitando o ódio se fizer tal menção? – indagou Crivella.

Clareza em questão

Já no início da reunião, o senador Magno Malta (PR-ES) afirmou que o substitutivo havia sido aprovado antes na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) de maneira “inexplicável”, tendo sido colocado em votação sem divulgação e acordo prévio, o que foi negado pela senadora Fátima Cleide. Tanto ele quanto Crivella fizeram questão de assinalar que são contrários à discriminação contra os homossexuais. A discordância seria apenas com relação à falta de clareza da proposta, que daria margem a interpretações e punições exageradas.

- Não adianta tentarem passar o recado de que somos homofóbicos, pois não somos – reagiu Magno Malta.

Serys Slhessarenko (PT-MT) concordou com o novo debate, contanto que depois disso o projeto não permaneça engavetado. Conforme a senadora, o país precisa avançar no combate à intolerância e à violência contra os homossexuais. Na defesa do substitutivo, Patrícia Saboya (PDT-CE) leu artigo assinado pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), em que ele destaca que o Brasil está no quinto lugar no ranking da homofobia, com os mais de cem assassinatos de homossexuais. De acordo com o ministro, os homossexuais pagam impostos, votam, sujeitam-se a normas legais, mas, ainda são “vítimas de preconceitos, discriminações, insultos e chacotas”.

O senador Valter Pereira (PMDB-MS) condenou a discriminação e apontou avanços no substitutivo, mas considerou que ainda há pontos muito subjetivos, que demandam ajustes. Para Mão Santa (PSC-PI), o projeto em exame é desnecessário, pois a Constituição e a legislação penal já oferecem recursos para a defesa jurídica das pessoas que se sintam ofendidas por atos de discriminação.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Adolescente cristã envia carta para presidente Obama

EGITO (21º) - Dina el-Gohary, uma garota egípcia de 15 anos que se converteu do islamismo ao cristianismo, enviou um pedido para o Presidente Barack Obama, falando sobre os abusos do governo egípcio quanto à liberdade religiosa e pedindo sua intervenção.

O fato foi revelado em uma matéria de Mary Abdelmassih, e publicado no site da agência de notícias Assyrian International.

Dina escreveu: “Senhor presidente Obama, somos minoria no Egito. Somos muito maltratados. O senhor disse que a minoria muçulmana na América é bem tratada, então por aqui não é da mesma forma? Estamos aprisionados em nossa própria casa porque os clérigos muçulmanos pediram que meu pai fosse morto, e agora o governo nos colocou em outra prisão: estamos cativos em nosso próprio país”.

Mary Abdelmassih afirmou que a carta escrita à mão, em árabe, publicada em sites coptas (cristãos egípcios), também declara: “Eu tenho 15 anos, mas ainda tenho esperança de que minha carta chegue até o presidente Obama”.

Ela continua: “A família el-Gohary foi proibida de deixar o Egito no dia 17 de setembro de 2009, sem razões legais. No entanto, disseram que a ordem veio das autoridades”.

“Dina é a filha de Maher el-Gohary, 57, também conhecido por seu nome cristão, Peter Athanasius, que se converteu secretamente ao cristianismo há 35 anos. Em agosto de 2008, ele abriu o segundo processo de um muçulmano egípcio contra o governo para alterar, oficialmente, seus documentos de identificação para demonstrar sua nova identidade cristã. Ele perdeu o caso em junho deste ano.

“De acordo com a decisão do juiz, a conversão de um muçulmano é contra a sharia (lei islâmica) e representa uma ameaça à “ordem pública” no Egito.”

Mary Abdelmassih disse que apelou da decisão e que Maher e Dina estão “escondidos” desde que ele abriu esse processo, pois os muçulmanos o chamaram de apóstata, e emitiram diversos fatwas (editos religiosos), para que ele fosse morto. Ele muda de casa diversas vezes para impedir qualquer ataque, e amigos fornecem o alimento para a família”.

Maher el-Gohary (Peter Athanasius) disse: “Não podemos dormir, comer ou sair”, pois acredita que as autoridades querem que eles (ele e Dina) se convertam novamente ao islamismo. No entanto, ele declara: “Isso nunca vai acontecer, mesmo se tivermos que morar nas ruas. Nós amamos o Senhor Jesus e deixamos o islamismo para sempre”.

Maher pediu ao governo que sua nacionalidade egípcia fosse revogada, se for isso que o impede de exercer seus direitos de cidadão.

“Se minha nacionalidade é a causa de meu aprisionamento, então não quero ser egípcio.”

Para ele, seria mais honroso ter a nacionalidade de qualquer outro país do que do Egito, “onde vivo com minha filha, presos em nosso apartamento e sem nenhuma liberdade”.

Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: ANS

Em 2009, ataques a igrejas somam 56 casos em Karnataka

ÍNDIA (22º) - Na noite de 17 de novembro, um grupo de desconhecidos atacou a Igreja de Deus Beersheba de Humanabad, no distrito de Bidar, em Karnataka. Às 3h, pessoas não identificadas invadiram a igreja, arrombaram a porta principal, destruíram janelas e móveis e removeram a cruz do topo do prédio.

A comunidade cristã da igreja Beersheba, 80 fieis liderados pelo pastor de 32 anos, Chandrapa Devadas, informou a polícia de Humanabad e a mídia local sobre o incidente. O comissário N. Sathish Kumar se reuniu com os cristãos e garantiu a investigação e a prisão dos responsáveis em um prazo de três dias, e também uma atenção especial à segurança dos cristãos locais.

Esse é o mais recente em uma série de atos de vandalismo contra um local de culto cristão registrados em Karnataka nas últimas semanas.

Sajan K. George, presidente do Conselho Global de Cristãos Indianos (GCIC), comenta os eventos em Humanabad, dizendo que “a quantidade de incidentes contra cristãos está aumentando em Karnataka e outros estados governados pelo Bharatiya Janata Party (BJP), o que causa um crescimento também na intolerância religiosa”.

Com o ataque em Humanabad, o número de episódios violentos contra igrejas em Karnataka aumentou para 56, somente neste ano.

O presidente do GCIC afirma: “O governo tem falhado em seu dever de proteger as minorias cristãs e pressionar os radicais hindus. Manoj Pradhan, um dos principais instigadores da violência em Kandhamal, deixou claro que eles (do BJP) podem escapar impunes de qualquer coisa, sem ter que enfrentar a justiça”.

Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: AsiaNews

Advogado de direitos humanos é agredido e preso

CHINA (12º) - No dia 19 de novembro, Jiang Tianyong e sua esposa tentaram sair de casa para levar sua filha para a escola, quando foram barrados por oficiais do Escritório de Segurança Pública, que estavam reunidos no portão do edifício. Antes de Jiang conseguir falar qualquer coisa, quatro policiais o seguraram e começaram a agredi-lo. Um deles, chamando Wang Tao, atirou a esposa de Jiang no chão e começou a bater nela também. A filha do casal chorou muito ao ver seu pai, ensanguentado, sendo arrastado até a delegacia. Agora, Jiang Tianyong está preso no PSB no distrito de Haidian, Pequim, sob a guarda de Li Aimin e Wang Tao.

Jiang Tianyong havia retornado de Pequim na terça-feira, dia 17 de novembro, depois de passar quatro semanas nos Estados Unidos, falando sobre o tratamento injusto recebido pelos advogados de direitos humanos na China. Em diversas ocasiões, ele e outros cinco advogados aconselharam o presidente Obama a se encontrar com os representantes de Direitos Humanos para discutir sobre liberdade religiosa enquanto visitava a China.

A vice-diretora da organização Tom Lantos temia que os advogados se tornassem alvos quando voltassem ao país: “Se algum deles for preso ou agredido quanto retornarem, farei tudo o que puder para criar o maior problema possível para a administração do presidente Obama e para o governo chinês”.

Ontem, 18 de novembro, Jiang Tianyong e um companheiro tentaram agendar uma visita com o presidente Obama antes que ele deixasse o país, esperando esclarecer para os EUA a terrível situação da China. Após receber um telefonema da Embaixada americana, informando que o presidente Obama não poderia se reunir com os cinco advogados, 200 policiais interrogaram Jiang e um colega no hotel por mais de uma hora. Eles foram informados que “não poderiam se encontrar com o presidente Obama” e ficariam “detidos até que ele fosse embora”.

Tradução: Missão Portas Abertas

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Pastor é obrigado a se esconder por causa de ameaças

BANGLADESH (43º) - Suzil Jiwon Talugda, pastor da Igreja Batista Modyo Lemazuri, no distrito de Khagrachari Hill, 300 km a sudeste de Dhaka, tem procurado abrigo na casa do pastor Agamuzi Chakma desde 9 de setembro, para escapar dos olhos observadores do United People’s Democratic Front (UPDF), um partido político sediado no distrito de Chittagong. O UPDF tem agredido os cristãos em Khagrachari durante os últimos dois anos.

A situação desagradável da igreja batista Modyo Lemazuri começou em 6 de abril de 2007, quando integrantes do UPDF ameaçaram enterrar os cristãos a menos que eles retornassem para o budismo e entregassem suas Bíblias e hinários num prazo de nove dias. Dez se reconverteram ao budismo, mas muitos deixaram suas casas e famílias, somente para manter sua fé. O incidente levou ao fechamento da igreja no mesmo ano.

Este ano, o pastor Talugda buscou se aconselhar com seus líderes da comunidade de igrejas batistas em Bangladesh, com a intenção de reabrir sua congregação. De 85 famílias que frequentavam a igreja em 2007, o número caiu para cerca de 17 famílias quando voltaram a se reunir na casa do cristão Dimorkanti Chakma.

Assim que eles se encontraram, o UPDF ligou para todos os cristãos e os proibiu de praticar sua fé, ordenando que eles se tornassem monges budistas ou seriam mortos. O pastor Agamuzi Chakma, que já havia sido agredido pelo UPDF em 2004, lamenta que cinco cristãos tenham cedido à pressão, incluindo o filho do pastor Talugda, de 22 anos. No mesmo mês, os pastores realizaram uma reunião com os líderes do UPDF em favor do pastor Talugda, que já deixou o vilarejo em que morava por temer por sua vida.

A reunião mostrou ser um grande risco para o pastor Talugda, quando este tentou retornar para sua casa no dia 14 de setembro de 2009. Por volta da meia-noite, ele recebeu uma mensagem SMS de sua esposa, dizendo que integrantes do UPDF foram até sua casa e revistaram todos os seus pertences. O pastor Talugda foi forçado a dormir na casa de um amigo para não se arriscar.

Com a saída do pastor Talugda do vilarejo, o crescimento espiritual dos cristãos está estagnado, pois eles pararam de se reunir para cultuar. “Os cristãos aqui não sabem se praticam o cristianismo ou o budismo. Eles não podem ser cristãos, mas não estão dispostos a voltar para o budismo”, declara o pastor Chakma. Apesar disso, os líderes afirmam que o número de cristãos tem aumentado nas áreas não alcançadas pelo UPDF.

Pedidos de oração

• Ore para que Deus continue protegendo o pastor Suzil Jiwon Talugda. Ore por sabedoria e discernimento, para que ele possa dar o próximo passo em seu ministério, apesar das ameaças.

• Ore para que, nas próximas reuniões com os líderes do UPDF, os cristãos digam palavras que amenizem o ódio do grupo e promovam a paz.

• Mantenha em suas orações todos os cristãos do distrito de Chittagong Hills, para que o temor seja transformado em fé. Que eles possam se manter firmes em sua caminhada com Deus, e que aqueles que se reconverteram ao budismo reconheçam a Cristo novamente como seu Salvador.

Tradução: Missão Portas Abertas

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Fundadores da Renascer em Cristo são absolvidos por Ministros pelo crime de lavagem de dinheiro, assista

Dois ministros do Supremo Tribunal Federal decidiram que os fundadores da Igreja Renascer em Cristo não cometeram crime de lavagem de dinheiro. A acusação foi feita pelo Ministério Público de São Paulo, que também denunciou o casal Estevam e Sônia Hernandes de comandarem uma organização criminosa.

O ministro Marco Aurélio Mello, relator do processo no Supremo, entendeu que não se pode falar em lavagem de dinheiro porque não teve crime anterior. Ou seja, o dinheiro não foi arrecadado por uma organização criminosa. E pediu o fim da ação penal:

- A historinha contata pelo Ministério Público na denúncia não configura no Brasil crime, e foi a base do meu voto.

O ministro Dias Toffoli endossou o voto de Marco Aurélio Mello e reforçou a tese da defesa. O julgamento acabou sendo suspenso depois de a ministra Carmem Lúcia pedir vista do processo. Isso significa um prazo maior para apresentar sua decisão.

Os dois ministros da mais alta corte da Justiça brasileira foram objetivos: pela lei federal, uma pessoa precisa cometer um crime antes de ser acusada de lavagem de dinheiro. Segundo a denúncia, esse crime seria o de “organização criminosa”. Um crime que nem é previsto no Código Penal.

Para o advogado do casal, esta tese vai criar precendente “para um sem número de outros processos onde a mesma questão é debatida”:

- Alguém pode ser processado no Brasil por crime organizado enquanto não houver legislação específica sobre isso? não pode.





Igreja Universal: Estados Unidos decide investigar Edir Macedo e mais 9 por vários crimes em território americano, assista

Os Estados Unidos decidiram abrir investigação criminal contra Edir Macedo e mais nove representantes da Igreja Universal do Reino de Deus. Eles são suspeitos de estelionato, de desvio de recursos e de lavagem de dinheiro em território americano.

A investigação vai ser comandada por promotores de Nova York, com quem autoridades brasileiras fecharam um acordo de cooperação para este caso específico. O acordo estabelece a quebra de sigilo de contas bancárias ligadas à igreja.

Os promotores americanos decidiram fazer essa investigação a pedido do Ministério Público de São Paulo, que denunciou à Justiça o fundador da Universal, Edir Macedo, e outros integrantes da igreja, por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

As investigações em Nova York serão feitas pela promotoria criminal, que funciona em um prédio, em Manhattan. O chefe da Divisão de Combate a Fraudes e a Crimes Financeiros é o promotor de Justiça Adam Kaufmann. Ele colaborou outras vezes com autoridades brasileiras.

Foi o promotor Kaufmann quem pediu, e conseguiu, que a Justiça americana decretasse a prisão do ex-governador de São Paulo, Paulo Maluf, por desvio de dinheiro público e lavagem. E foi por meio da equipe de Kaufmann que as contas do banqueiro Daniel Dantas acabaram sendo bloqueadas.

O promotor americano também já apurou crimes envolvendo igrejas, como contou em entrevista no mês passado, quando esteve no Brasil. “Há casos de igrejas que arrecadam doações de fiéis e depois usam esse dinheiro para financiar TVs, carros, um estilo de vida pessoal que nada tem a ver com a caridade. Esse é um tipo de fraude bem conhecida e bem documentada nos Estados Unidos”, diz ele.

No caso da Igreja Universal do Reino de Deus, os americanos vão se concentrar em Edir Macedo, o fundador, e nos outros nove réus que respondem a processo no Brasil por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

Os promotores vão conferir ainda as contas bancárias de cinco empresas ligadas à Universal: duas estão registradas em um prédio em São Paulo. Outra é a Rede Record de Televisão, que tem escritório também em Nova York. E as outras duas são a Investholding e a Cableinvest, elas foram abertas em paraísos fiscais, mas movimentam dinheiro nos Estados Unidos. Segundo o Ministério Público de São Paulo, elas fazem parte do esquema de desvio de doações da igreja.

A acusação sustenta que o dinheiro doado legalmente pelos fiéis da igreja é desviado para empresas brasileiras ligadas à Universal. Depois, é mandado para as contas da Investholding e da Cableinvest lá fora. Mais tarde, o dinheiro volta na forma de empréstimos para a compra de bens que nada têm a ver com a igreja e com obras sociais. De acordo com a promotoria, foi assim, escondendo a origem do dinheiro, que Edir Macedo comprou propriedades, inclusive empresas de comunicação. A conclusão é que o dinheiro da igreja serviu para enriquecimento pessoal.

O objetivo da quebra do sigilo de contas é saber exatamente de onde vêm e para onde vão os recursos que passam por bancos americanos, e juntar essas informações ao inquérito civil, ao procedimento investigatório e ao processo criminal em curso no Brasil.

A promotoria de Nova York também decidiu abrir investigação nos Estados Unidos contra Edir Macedo e outros representantes da Igreja Universal, por suspeita de estelionato, de desvio de dinheiro de entidade religiosa e de lavagem de dinheiro em território americano.

Logo no começo da apuração, 15 contas ligadas à igreja serão vasculhadas em Nova York, Miami e Jacksonville.

Na entrevista que concedeu há um mês, antes da decisão sobre essa investigação, o chefe dos promotores americanos disse que só aceita cooperar com outros países nos casos em que considera as provas consistentes. E completou: “Quando o dinheiro se move pelo mundo, há uma grande chance de que ele passe por Nova York. Os criminosos não respeitam fronteiras e buscam todos os meios para salvar o que mandaram para fora. Mas o dinheiro deixa pistas pelo caminho, e o fundamental é seguir esses rastros”.

O advogado Arthur Lavigne, que representa Edir Macedo, o fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, e a própria igreja disse que não tem conhecimento da cooperação entre autoridades brasileiras e americanas. Ele afirmou ainda que está tranquilo diante das investigações nos Estados Unidos.

Responsável por ataques anticristãos é acusado na justiça

ISRAEL (*) - Em uma manhã, durante a semana de 10 de março de 2008, em Ariel, Israel, David Ortiz abriu sua Bíblia ao acaso, leu as páginas abertas diante dele e ficou cheio de temor.

“Abri a Bíblia em Jeremias, e um versículo se destacou”, conta David, referindo-se a Jeremias 9.21: “A morte subiu e penetrou pelas nossas janelas e invadiu as nossas fortalezas, eliminando das ruas as crianças e das praças, os rapazes”.

“Fiquei com medo”, disse ele. “Recebi como uma promessa, mas incomum.”

Durante semanas, David sentiu que algo terrível iria acontecer com sua família. Seis meses antes, enquanto estava na Noruega, David presenciou uma terrível tempestade na zona rural. O vento arrancou árvores e as atirou no campo. Ainda assim, algumas continuaram firmes. David sentiu que Deus estava usando a tempestade para falar com ele.

“As árvores que estavam enraizadas permaneceram”, conclui.

No dia 20 de março de 2008, o que David temia aconteceu. Quando seu filho de 15 anos abriu uma cesta, deixada como presente no apartamento em Ariel, uma bomba, que estava dentro da cesta, explodiu.

A bomba danificou o apartamento da família Ortiz e destruiu grande parte do que eles tinham. Quando o jovem Ami Ortiz foi levado para o hospital, estava cego, coberto de sangue e queimaduras em todo o corpo, e agulhas e parafusos vindos da bomba. Os médicos disseram para a mãe do menino, Leah Ortiz, que Ami estava “Anush”.

“Literalmente, em hebreu, significa que o espírito está deixando o corpo”, ela diz.

Atualmente, 20 meses depois do incidente, Ami está com 16 anos, na escola e jogando basquete. Na semana passada, o homem que a polícia diz ter cometido o crime foi acusado por tentativa de assassinato.

Além do que foi registrado nos documentos legais, pouco se sabe sobre Jack Teitel, o homem acusado de bombardear o apartamento da família Ortiz. Uma coisa é certa: ele acredita ter agido de acordo com a vontade de Deus. Ao entrar no tribunal, o americano, morador da Cisjordânia, gritava que Deus tinha orgulho dele.

“Foi um prazer honrar e servir meu Deus”, declarou. “Deus tem orgulho do que eu fiz. Não me arrependo.”

A polícia afirma que Jack é um judeu nacionalista ultra-ortodoxo que escolhe seus alvos baseado em sua filosofia. Além do caso de David, Jack é responsável pela morte do taxista Samir Bablisi, do pastor Isa Jabarin, pelo ataque a Zeev Sternhell, da Universidade Hebraica de Jerusalém, pela tentativa de incêndio a um monastério e por diversas bombas.

Jack disse para a polícia que estava tentando matar David Ortiz, pastor de uma igreja judia messiânica denominada Congregação de Ariel, e não pretendia machucar seu filho.

Adi Keidar, advogado de Jack, disse que seu cliente é “mentalmente instável”. Ele mencionou atos que Jack confessou sem ter cometido. Após uma avaliação psicológica feita pelo Estado, Jack foi declarado apto para comparecer ao julgamento.

David Ortiz disse não estar surpreso por Jack afirmar que Deus está orgulhoso dele. David citou diversos versículos bíblicos que alertam para um tempo em que as pessoas matariam e pensariam estar agradando a Deus. Segundo David, Jack o via como inimigo da nação de Israel.

“Ele pensou que o professor e eu fôssemos falsos profetas.”

Apesar de toda a dor que a família Ortiz enfrentou, Leah Ortiz afirma ter visto muitas coisas boas nessa tragédia, incluindo curas milagrosas. Ela disse que o bombardeio amenizou a opinião das pessoas em relação aos judeus que acreditam que Jesus é o Messias prometido pelos profetas.

“O ataque fez com eles fossem confrontados com a maneira como veem Jesus.”

Tradução: Missão Portas Abertas

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Missionário é agredido e pede oração

SUDESTE ASIÁTICO - Um missionário apoiado pelo ministério Gospel for Asia, Sandeep Gupta, foi brutalmente agredido enquanto ia para casa após realizar um culto.

Sandeep esperava pelo ônibus quando seis homens de um grupo anticristão reconhecido o cercaram e, sem dizer nada, começaram a agredi-lo. Quando o ataque atraiu a multidão, os radicais disseram:

“Esse homem está convertendo nosso povo para uma religião estrangeira."

Motivados pela atenção que atraíam para si, os radicais rasgaram a camisa de Sandeep, o atiraram no chão e começaram a chutá-lo. Quando a raiva dos agressores chegou em seu limite, eles ameaçaram matá-lo.

Sandeep tentou fugir, mas estava sozinho.

Os radicais começaram a zombar de Sandeep, dizendo que ele adorasse a um deus local, mas o cristão se recusou.

“Mesmo se vocês me matarem, eu não farei isso”, declarou Sandeep.

Finalmente, os radicais recuaram e foram embora, abandonando Sandeep no ponto de ônibus, muito ferido. Ninguém foi ajudá-lo.

Quando voltou para casa, ele entrou em contato com seus líderes, que o ajudaram a ir até o médico. Ele também fez alguns pedidos de oração para seus irmãos em todo o mundo:

• Sandeep recebeu muitos golpes na cabeça, e perdeu a audição em seu ouvido direito. Ore para que seu corpo se recupere completamente do ataque.

• Ore pelos 15 cristãos que frequentam a nova igreja liderada por Sandeep. Ore para que eles não fiquem assustados por causa desse incidente.

• Ore por Sandeep, para que Deus dê paz e consolo, para que ele possa continuar firme, com ousadia para trabalhar para a expansão do Reino de Deus.

Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: ANS
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