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sábado, 7 de março de 2009

Líderes religiosos se unem em prol de pastor


CUBA (33º) - O Conselho de Igrejas de Cuba (CIC) enviou carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo que ele intervenha a favor do pastor afro-americano Lucius Walker, diretor da Fundação Interreligiosa para a Organização da Comunidade, que poderá ser processado por sua ajuda ao povo cubano, desafiando o "embargo" contra Cuba.

Na carta, o organismo de Cuba destaca o trabalho do Movimento de Pastores pela Paz, encabeçado por Walker. O grupo ajuda na construção de escolas e envia donativos, como ônibus escolares, medicamentos e alimentos à população cubana.

O presidente do CIC, reverendo Marcial Miguel Hernandez, da Igreja Evangélica Livre, pede que sejam consideradas as conseqüências desta injusta situação. A carta inicia com uma saudação e o anúncio de que cristãos de Cuba oram para que Deus abençoe o presidente estadunidense, “nestes momentos tão críticos para a humanidade e a vida no planeta".

Sublinha que a eleição de Obama “abriu uma perspectiva de fé e de esperança para os povos, que, como o nosso, sofreu durante quase 50 anos as medidas de administrações anteriores de seu país, que afetaram a qualidade de vida do povo cubano".

Manifesta, não por último, a preocupação com o pastor Walker, que deverá se apresentar perante juiz, podendo ser preso.

A carta foi apoiada por unanimidade por todos os líderes de igrejas evangélicas, protestantes e de movimentos ecumênicos, inclusive por um representante da Une Islâmica de Cuba, presentes numa Assembléia de Estudo do CIC, realizada nesta terça-feira, 3, no Seminário Teológico da Igreja do Nazareno, situado em Ponta Brava, nas proximidades da capital, sob o lema da primeira epístola de Pedro: "Temos esperança”.

A Assembléia que reuniu líderes religiosos das províncias ocidentais da Ilha teve como objetivo estudar o significado do I Congresso Evangélico, realizado em Havana em 1929, e a realização, há dez anos, da Celebração Evangélica Nacional Cubana, acontecimentos de grande importância na história do evangelismo na Ilha.

Fonte: ALC notícias

sexta-feira, 6 de março de 2009

Membros de igreja destruída em 2008 ainda esperam solução


QUÊNIA (49º) - Seis meses após uma gangue de jovens muçulmanos destruírem uma igreja no norte do Quênia, os cristãos, que ainda cultuam a céu aberto no calor intenso, dizem estar desapontados, pois os oficiais não fizeram nada para punir os culpados ou reconstruir o prédio.

Em um dia ensolarado de setembro, quando jovens muçulmanos enfurecidos expulsaram mais de 400 membros da igreja Redeemed Gospel de seu templo (saiba mais), os cristãos esperavam que pudessem retornar a seu prédio reconstruído. Essa expectativa deu lugar à raiva, desesperança e desespero.

“Depois de seis meses ao ar livre, a igreja se sente cansada e enganada”, conta o pastor David Matolo. “Estamos cheios de promessas vazias feitas pela administração do governo.”

“Nossa membresia diminuiu muito, e estou muito preocupado”, afirma. “A igreja acha que o governo está ganhando tempo – quase todos os meses tenho reuniões com as autoridades, que, em muitas ocasiões se fizeram de surdos conosco.”

Desde o ataque, os membros da congregação tem se reunido em um local para shows da cidade. Próximo a fronteira da Somália, o terreno tem algumas árvores para proteger as pessoas do sol escaldante, com temperaturas que vão de 30º a 40º Celsius.

Quando questionado sobre o porquê de os oficiais estarem relutantes em garantir um local permanente para a igreja como prometido, Matolo não hesitou em responder. “A administração decidiu ‘kutesa’ [nos fazer sofrer], sempre fazendo promessas que nunca cumprem”, diz. “Há momentos que o diretor decide simplesmente não atender meus telefonemas. Eu tive uma experiência muito dolorosa.”

Matolo disse ter pedido para que a administração permita que a igreja construa um novo templo em uma nova propriedade, ou que devolvam o terreno anterior. “Estamos preparados para qualquer eventualidade. Sentimos que a administração não está preocupada com nosso bem-estar espiritual”, declara.

Quanto às queixas feitas pelo pastor, o delegado da província disse: “A questão não está registrado em minha agenda, mas a autoridade provincial deverá resolver.”

Mas a autoridade da província, Stephen Maingi, disse que o oficial do distrito é que deveria solucionar o caso: “Deixe que o distrito resolva esse problema com o pastor.”

Por sua vez, o oficial do distrito, Onyango Ogango, indicou a igreja como a principal fonte de problemas: “Se a igreja puder voltar para seu terreno antigo, vai irromper uma disputa com os muçulmanos. A igreja iniciou muito bem, com cultos controlados, mas depois, as orações eram barulhentas e as músicas muito altas”.

A situação dos convertidos confirma a preocupação do pastor. Eles estão muito cansados e ansiosos com as chuvas que virão em abril. Matolo diz que sua congregação sabe que logo será muito difícil cultuar.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Compass Direct

quinta-feira, 5 de março de 2009

Cristãos cubanos pedem ajuda a Obama

Conselho de Igrejas quer que presidente dos EUA impeça punição a pastor que contrariou embargo à ilha.

O Conselho de Igrejas de Cuba (CIC) enviou carta ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pedindo que ele intervenha a favor do pastor afro-americano Lucius Walker. Diretor da Fundação Interreligiosa para a Organização da Comunidade, o religioso pode ser processado por sua ajuda ao povo cubano, atitude que contraria o embargo americano à ilha, estabelecido na época da Guerra Fria e que até hoje não foi revogado. Na mensagem, o CIC destaca a importância do trabalho do Movimento de Pastores pela Paz, encabeçado por Walker. O grupo ajuda na construção de escolas e envia donativos, como ônibus escolares, medicamentos e alimentos à população cubana.

O presidente do CIC, pastor Marcial Miguel Hernandez, da Igreja Evangélica Livre, pede a Obama que sejam consideradas as consequências de uma eventual punição, que no seu entender seria uma injustiça. A carta inicia com uma saudação e o anúncio de que cristãos de Cuba oram para que Deus abençoe o novo presidente americano “nestes momentos tão críticos para a humanidade e a vida no planeta”. De acordo com os líderes cristãos da ilha comunista, a eleição de Barack Obama “abriu uma perspectiva de fé e de esperança para os povos, que, como o nosso, sofreu durante quase 50 anos as medidas de administrações anteriores de seu país, que afetaram a qualidade de vida do povo cubano”.

A carta, que contou com o apoio até do diretor da Unidade Islâmica de Cuba, foi assinada nesta quarta-feira no Seminário Teológico da Igreja do Nazareno, nas proximidades da capital Havana. A Assembleia do CIC, que reuniu líderes religiosos das províncias ocidentais do país, teve como objetivo estudar o significado do I Congresso Evangélico, realizado em Havana em 1929, e a realização, há dez anos, da Celebração Evangélica Nacional Cubana, acontecimentos de grande importância na história do evangelismo nacional.

(Com reportagem da Agência Latino-americana e Caribenha de Comunicação – ALC)

Apesar da perseguição, número de convertidos cresce no Irã


IRÃ (3º) - Uma grande mudança espiritual no Irã tem feito muitos negarem o islamismo tradicional, resultando em um número crescente de conversões. O presidente do ministério Words of Hope, Lee DeYoung, afirma que essas conversões são vistas como uma séria ofensa ao Irã, e o governo continua a perseguir os suspeitos de se converterem ao cristianismo.

“Ainda ouvimos relatos de investigações do governo”, diz DeYoung, “e as pessoas são chamadas para responder por supostas atividades cristãs”.

Muitos convertidos são obrigados a exercer sua fé em igrejas clandestinas, para evitar os olhos observadores dos oficiais.

“Parece que o governo iraniano ainda está muito preocupado e vigilante.”

DeYoung acrescenta que, no Irã, a conversão pode ser punida com morte. Muitos iranianos estão cansados da desilusão associada ao islã e o governo, e isso faz com que haja uma grande “sede” espiritual no país. Conforme essa “sede” cresce, o número de convertidos também. A igreja de Cristo está crescendo, apesar da constante perseguição.

“A obra de Deus no Irã testifica o poder do evangelho”, diz Victor Atallah, fundador do Middle East Reformed Fellowship (MERF).

O MERF colabora com o Words of Hope no Irã para difundir programações cristãs no país. Toda noite, os iranianos ouvem o programa de rádio na God’s Word, em sua língua nativa, o farsi. Os convertidos também são encorajados através do treinamento bíblico oferecido pelo Words of Hope.

DeYoung pede orações pelos cristãos iranianos, pois a pressão do governo continua. “As pessoas do país são muito corajosas”, diz. “Elas precisam de sabedoria e da proteção de Deus para que possam continuar a ministrar o nome de Jesus na rádio e em outros meios de comunicação.”

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Mission Network News

quarta-feira, 4 de março de 2009

Polêmica no quadro negro


Início do ano letivo reacende discussão sobre ensino religioso.
Às vésperas das comemorações do bicentenário do nascimento de Charles Darwin – o naturalista inglês que, há 150 anos, ao escrever A Origem das Espécies e propor a Teoria da Evolução, mudou totalmente a forma de a humanidade entender a natureza –, as escolas confessionais brasileiras têm sido alvo de pesadas críticas da imprensa secular por ensinar também o criacionismo nas aulas de Ciências. De tempos em tempos o debate sobre o assunto volta à tona. Desta vez, tudo começou quando um colunista do jornal Folha de São Paulo reproduziu em seu blog na internet uma lição de criacionismo do Colégio Presbiteriano Mackenzie, um dos mais conceituados do país, para turmas da quarta série do ensino fundamental. Foi a deixa para o debate se espalhar pela mídia, o que pressionou o Ministério da Educação (MEC) a tomar uma posição contra a inclusão, em aulas de Ciências ou de Biologia, de qualquer perspectiva criacionista, mesmo em escolas confessionais. A autonomia dessas instituições para definir sua grade curricular chegou a ser questionada, num tom fortemente anti-religioso.

Mas, ao contrário do que veicularam alguns blogs mais apressados, em nenhum momento o ministério atuou para engessar ou interferir na grade dos colégios. A diretora de Educação Básica do MEC, Maria do Pilar Lacerda, declarou que o órgão é contrário a ensinos criacionistas nas aulas de Ciências ou de Biologia. “A nossa posição é objetiva: criacionismo pode e deve ser discutido nas aulas de religião, como visão teológica, nunca nas aulas de ciências”, disse, reconhecendo, porém, a autonomia das escolas.

No ano passado, a filial de Brasília do Colégio Mackenzie aceitou mudar uma apostila após questionamento do ministro da Educação, Fernando Haddad, que tem uma filha matriculada na escola. O colégio ensina o evolucionismo normalmente, a partir da sexta série do ensino básico, obedecendo às exigências curriculares do MEC, mas também dá espaço para o criacionismo e para o chamado “design inteligente” – concepção segundo a qual a complexidade dos organismos deriva de uma base pré-existente. O ministro teria se queixado do fato de o material não ter sido apresentado aos pais no início do ano letivo. A assessoria de imprensa da instituição negou qualquer pressão do MEC ou de Haddad e explicou que se trata de material destinado ao ensino fundamental, recentemente adaptado do exterior, e que cabiam correções de português. O conteúdo religioso também foi amenizado. E o ministro manteve sua filha na instituição.

Convicções e diversidade – As escolas adventistas, que seguem a mesma linha do Mackenzie quanto ao ensino do criacionismo, também foram criticadas pela imprensa, mesmo tendo seu desempenho educacional reconhecido. “A educação confessional é um direito constitucional e reconhecido na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”, lembra, em entrevista a CRISTIANISMO HOJE, o reitor do Centro Universitário Adventista de São Paulo (Unasp), Euler Pereira Bahia. “Nossos constitucionalistas foram sábios o suficiente para compreender que aqueles que desejam educar os seus filhos em um ambiente escolar cujos valores se harmonizam com suas convicções devem ter o direito de fazê-lo dentro da diversidade que o sistema escolar reconhece”, ressaltou.

Euler, que também é o presidente da Associação Brasileira das Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE), não vê motivos para o criacionismo não ter espaço nas escolas. “Aquilo que é ciência, ou seja, aquilo que corresponde aos fatos observáveis e suas leis no mundo natural e que são abordados dentro do chamado método científico, é perfeitamente compatível com a visão criacionista da realidade”, declara o educador. “O que distingue os dois modelos [criacionismo e evolucionismo] é, precisamente, o fato de que, no modelo criacionista, se admite a existência de um Deus Criador, conforme revelado nas Sagradas Escrituras, que planejou a criação do Universo e estabeleceu leis para governarem o seu funcionamento. Ao contrário desta cosmovisão, os evolucionistas defendem que tudo veio à existência através das leis naturais, sem mesmo sequer admitir a existência de um Legislador”.

Para Bahia, é preciso ensinar as duas possibilidades. Ele diz que é um erro confundir criacionismo com religião: “Vale dizer que o evolucionismo não é, na melhor das hipóteses, nem mais científico e nem menos religioso que o criacionismo”, destaca. “Não vejo qualquer razão que não seja a discriminatória para impedir que o aluno tenha o direito de conhecer estas duas estruturas conceituais a respeito das origens e suas implicações sobre as demais áreas do conhecimento e comportamento humanos.”

O assunto interessa particularmente aos religiosos. Neste ano, a Unasp, em parceria com a Sociedade Criacionista Brasileira (SCB), já promoveu o seu sexto Encontro Nacional de Criacionistas, com o tema “Evidências e especulações sobre as origens”. Em abril, a Universidade Presbiteriana Mackenzie deve realizar o “II Seminário Internacional Darwinismo Hoje”, para discutir design inteligente, evolucionismo e criacionismo. E em março, no Vaticano, a Igreja Católica vai realizar o seminário “Evolução biológica, fatos e teorias”.

Mas o assunto não é ponto pacífico nem entre as escolas confessionais. “Um professor bem formado e consciente não vai falar sobre criacionismo em aula de ciência”, diz José Carlos Barbosa, que é pastor metodista, historiador e autor de vários livros, dentre os quais Lugar onde amigos se encontram – Caminhos da Educação Metodista no Brasil (Editora Unimep). “Lembro de uma palestra que ouvi no salão nobre do Colégio Piracicabano, ministrada pelo professor Warwick Kerr, membro da Igreja Metodista e importante cientista. Ele disse em 1979 que era cristão e que não via nenhuma incompatibilidade entre a Bíblia e os ensinos de Darwin. Penso como ele”, frisa.

Ciência e fé – Desde que foi proposta, em 1859, a Teoria da Evolução, concebida a partir da observação científica da adaptação das espécies de plantas e animais ao seu habitat, provocou um terremoto. Como resultado dos acirrados debates entre cientistas e teólogos da época, consolidaram-se grandes fissuras na relação entre a ciência e a fé. Teólogos defensores da interpretação literal do relato do livro bíblico de Gênesis para a criação do mundo condenaram de pronto a teoria alicerçada na seleção natural das espécies.

O que muitos se esquecem é que, mesmo naquele momento, diversos teólogos cristãos de fé firme e ortodoxa não viram problemas em crer na revelação bíblica e explicar o desenvolvimento das espécies pelo prisma da teoria de Darwin. Em O deus de Dawkins: Genes, memes e o sentido da vida (Shedd Publicações), o biólogo e também teólogo Alister McGrath lembra que o anglicano John Henry Newman (1801-1890), contemporâneo do naturalista britânico, já criticava as tentativas da época de confinar e diminuir a fé cristã a uma determinada visão apologética: no caso específico, a então “teologia física” construída pelo religioso William Paley para explicar a adaptação das espécies ao meio ambiente.

Ainda de acordo com Alister McGrath, mesmo o fundamentalismo nor¬te-americano, em seus pri¬mór¬dios, no início do século passado, aceitava a Teoria da Evolução de Darwin. James Orr, um dos autores fundamentalistas, chegou então a escrever que a “evolução viria a ser reconhecida como apenas um novo nome para criação, só que com o poder criador operando de dentro, e não, como na antiga concepção, de uma forma externa e plástica”. Perspectiva semelhante à de muitos pensadores evangélicos contemporâneos, como John Stott, que apesar de não se alinhar com o liberalismo teológico, não tem dificuldades com a Teoria da Evolução. Em seu livro Entenda a Bíblia, Stott diz que “é uma infelicidade que alguns que debatem essa questão comecem por pressupor que as palavras ‘criação’ e ‘evolução’ são mutuamente exclusivas”, para depois afirmar também que “não parece haver nenhuma razão bíblica para negar que alguma espécie de desenvolvimento evolutivo, servindo a um propósito, possa ter sido o recurso empregado por Deus na Criação”. Entre os teólogos católicos, o evolucionismo tem sido largamente acolhido, e já é oficialmente aceito pelos papas. Bento XVI afirmou que o debate entre o criacionismo e o evolucionismo é “um absurdo”, já que a concepção da evolução pode, no seu entender, coexistir com a fé.

Da mesma forma, cientistas respeitados, apesar de trabalharem com a teoria evolucionista – que ao longo do tempo se tornou muito mais complexa e hoje abrange diversos campos do conhecimento –, afirmam sua fé cristã sem qualquer medo ou constrangimento. É o caso do biólogo norte-americano Francis Collins, chefe do Projeto Genoma, empenhado em mapear o conjunto de genes da humanidade. Ele anunciou sua conversão ao Cristianismo, mas defende as descobertas modernas da biologia molecular, alicerçadas na Teoria da Evolução. Outro cientista, Kenneth R. Miller, professor de biologia da Universidade de Brown, nos EUA, também tem publicado livros afirmando que não vê confronto entre o evolucionismo e a Bíblia.

Coisa rara no momento em que cresce o clima de antagonismo entre Ciência e Religião, atiçado especialmente pela pregação ateísta do biólogo inglês Richard Dawkins, que combate a fé com a gana de um cruzado medieval rumo a Jerusalém. Na Inglaterra, o clima de caça às bruxas vitimou Michael Reiss, sacerdote da Igreja Anglicana – onde é larga a aceitação da Teoria da Evolução. Reiss teve que deixar a função de diretor de educação da Royal Society depois de defender a liberdade do ensino criacionista pelas escolas inglesas. Saiu sob uma saraivada de críticas.

Uma teoria contestada - Muito do criacionismo moderno, não exatamente o teológico, mas o científico, tem base nos escritos de Henri Morris (1918-2006), fundador do Creation Research Society e do Institute for Creation Research, instituição sediada no Texas (EUA). Ele questionava a idade do material fóssil encontrado. Suas teorias, no entanto, nunca foram aceitas pela comunidade científica internacional. Ainda nos anos 80, a Suprema Corte americana proibiu o ensino do criacionismo em escolas públicas.

Da mesma forma, o chamado design inteligente não recebeu o reconhecimento desejado. O termo, como é atualmente usado, surgiu com a publicação, em 1989, do livro Of pandas and people: The central question of biological origins (“Sobre pandas e pessoas: A questão central das origens biológicas”), de Percival Davis e Dean Kenyon. Muitas outras publicações e idéias apoiando o design inteligente surgiram desde então. Apesar de ter se popularizado rapidamente, a idéia de que a complexidade dos organismos vivos exigiria a existência de um design pré-existente não foi acolhida pela comunidade científica, por não ser passível de comprovação pelos métodos da ciência. Em 2005, a controvérsia foi para os tribunais. Pais de alunos e diversas associações defenderam o ensino da concepção nas escolas públicas como alternativa ao evolucionismo, mas foram derrotados.

Clique aqui e leia também a matéria Na base da educação brasileira.
Fonte: Cristianismo Hoje

terça-feira, 3 de março de 2009

Menino de 11 anos é pastor na Flórida


MIAMI - Na primeira vez que Terry Durham pregou ele não estava diante de um grupo de pessoas ou mesmo dentro de uma igreja. Ele estava no banheiro da casa de sua avó em Fort Lauderdale, fazendo seu primeiro sermão cercado por escovas de dentes, sabonetes e toalhas. Ele tinha seis anos.
Cinco anos depois, Terry foi ordenado ministro e prega quase todos os domingos no Ministério da Verdade Gospel, uma igreja de 20 lugares fundada por sua avó em 2000.

"Eles dizem, 'Como pode um pastor ser tão jovem?'", disse Terry, agora com 11 anos. "Mas quando me ouvem, ficam chocados".

"Deus colocou seu espírito em mim", disse Terry, que vestia um terno azul claro com sapatos combinando, seu traje típico para o domingo. "Ele disse, 'Eu colocarei meu espírito sobre toda carne'. Mas ele não disse quantos anos você teria que ter para ser algo assim".

Durante a semana, Terry frequenta a quinta série da Escola Elementar Liberty, joga Uno com seus amigos e faz aulas de coro. Terry disse que lê a Bíblia todos os dias além de estudar teologia em aulas oferecidas por uma universidade online.

Mas Terry disse que fica mais feliz quando está pregando.

"Quando estou no púlpito, é como se algo tomasse conta de mim", ele disse, "e eu me transformo em um homem de Deus. E quando estou fora do púlpito, me transformo em uma criança sem fala".

Ele não escreve nada, contou. Ele simplesmente lê a Bíblia no dia anterior ao serviço e espera que o espírito o guie.

"Eu não planejo dizer aquelas coisas", ele disse, "mas quando Deus as oferece a mim, eu as digo corretamente para obedecer".

Entregar o púlpito a um ministro tão jovem quanto Terry não é incomum em igrejas de negros que não são fiscalizadas por um corpo central, disse Christine Gudorf, presidente do departamento de religião da Universidade Internacional da Flórida.

Terry viajou além da Flórida para fazer sermões, duas vezes ao Ministério do Templo Tiaise em Allentown, Pensilvânia. A pastora local, Donna Morgan, disse que Terry apela aos adultos porque os inspira a transcender supostas limitações.

"As pessoas o ouvem e dizem, 'Meu Deus, veja o que o Senhor pode fazer quando estamos dispostos a seu ferramentas usadas por Deus para transmitir sua mensagem'", disse Morgan.

Por ADOLFO FLORES

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segunda-feira, 2 de março de 2009

Cristãos na Índia sofrem com perseguição religiosa


Saiba mais sobre a Igreja Perseguida na Índia
ÍNDIA (22º) - A impunidade encoraja grupos extremistas e violentos na Índia, segundo país mais populoso do mundo, com mais de 1 bilhão de habitantes.

A relatora especial do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas sobre a liberdade de religião, Asma Jahangir, fez um relatório sobre o país. No Estado de Orissa, ataques aos cristãos, causaram inúmeras mortes, fenômeno que se desencadeou após a morte do líder religioso hindu Swami Laxamananda Sararwati.

A violação dos direitos humanos afeta não apenas os cristãos, mas também os muçulmanos. Desde 1996, as organizações cristãs AICC – All India Christian Council e CSW – Christian Solidarity Worldwide são encarregadas da defesa da liberdade religiosa.

O presidente da AICC, Joseph D´Souza, pediu às autoridades civis e o governamentais que levem seriamente em consideração os dados do relatório. Por sua vez, a diretora da CSW, Alexa Papadouris, vê com atenção a forte violência seguida de impunidade.

Em Orissa, seguem episódios de violência, sem que exista justiça contra os culpados. A última denúncia, como mostra o L´Osservatore Romano, feita pelo presidente do Global Council of Indian Chiristians, havia alertado sobre o seqüestro e tortura de um cristão a mando de fundamentalistas hindus, sem a intervenção da polícia.

O Governo de Orissa, com sede na capital Bhubaneswar, havia assegurado a proteção da comunidade cristã, aumentando as tropas nas ruas. Agora, porém, o número foi drasticamente reduzido, deixando a comunidade cristã com medo.


Fonte: Rádio Vaticano
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