Leia diariamente as mensagens aqui expostas, além de notícias em geral.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Cristãos fazem declaração pelos 20 anos do massacre na China


CHINA (12º) - Uma declaração sem precedentes sobre o massacre do dia 4 de junho de 1989 na Praça da Paz Celestial foi liberado por mais de 80 líderes chineses. A declaração era um pedido por perdão, arrependimento, verdade, justiça e reconciliação. A maioria dos signatários estava envolvida diretamente com o movimento estudantil e sofreu severas perseguições nas mãos das autoridades por conta de seu engajamento. Após o massacre, o fracasso do movimento e sua busca pela verdade, esses antigos líderes encontraram a realidade e a esperança em Jesus Cristo.

Em sua declaração, os agora líderes cristãos, se pronunciaram sobre como o massacre “Fez com que seu senso de justiça despertasse e destruiu os sonhos de uma utopia na terra”. Durante a crise, eles viram que não eram apenas “Espectadores inocentes dos pecados cometidos e da tragédia acontecida”. O manifesto declara: “Em relação à natureza pecaminosa, percebemos que não somos diferentes daqueles que tomaram as decisões, dos comandantes ou dos negociantes do massacre”, com a exceção de que encontramos a graça e o perdão de Deus. A declaração convoca os cristãos chineses a buscar a reconciliação sob o argumento de que a verdade seja revelada e a justiça feita. A declaração traz uma lista com algumas ações específicas a serem tomadas, incluindo: confissão de pecados de silêncio e hipocrisia; revelação da verdade; ajuda àqueles que ainda sofrem por causa da tragédia e oração pelas autoridades chinesas. Os signatários também pedem que as autoridades chinesas investiguem o massacre, compensem e cuidem das famílias das vítimas.

O Massacre da Praça da Paz Celestial, conhecido na China como “o incidente de 4 de junho”, foi o trágico fim de um movimento estudantil e intelectual que pedia por liberdade de imprensa e por um diálogo entre autoridades e representantes eleitos pelos estudantes. Entre os dias 15 de abril e 4 de junho, aproximadamente 10 mil cidadãos chineses, a maioria deles estudantes universitários, protestaram pacificamente na famosa Praça da Paz Celestial, em Beijing. No dia 4 de junho, o governo chinês enviou tanques blindados e, como assistido pelo mundo inteiro, matou centenas de manifestantes. De acordo com o governo chinês, o número de mortes foi entre 200 e 300. Entretanto, a Cruz Vermelha chinesa estima que o número de mortos seja de 2.000 a 3.000. Mais de 10 mil cidadãos chineses de todo país que estavam envolvidos no movimento foram condenados a morte pelo governo como uma forma de retaliação. O dia 4 de junho de 2009 marcará os 20 anos do massacre.

Bob Fu, presidente e fundador do ChinaAid, foi um dos líderes estudantis do movimento na Praça da Paz Celestial. “O fato de que o massacre tenha acontecido há 20 anos e o governo ainda não permitir que haja nenhuma celebração deveria ser visto pela comunidade internacional como um indício de que a estrada para a liberdade do povo chinês não é fácil”, declara ele. “Nos sentimos encorajados porque a Igreja Perseguida na China e seus líderes estão sendo despertados para o arrependimento por seu silêncio em relação ao massacre e se movendo em direção a uma justiça e reconciliação verdadeiras”.

A declaração contém, ainda, um pedido para que todas as igrejas cristãs chinesas, dentro e fora do país, orem entre os dias 12 de maio – o aniversário de terremoto Sichuan – e 4 de junho – aniversário do massacre. Eles pedem para que as igrejas façam dos dias 12 de maio a 4 de junho o periodo de “oração pela China” e para que preparem reuniões especiais de oração durante esse período.

ChinaAid convova a comunidade internacional para se posicionar junto aos signatários da declaração – orando por e com eles e agindo por uma reconciliação verdadeira.

Tradução: Priscilla Figueiredo

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conectado com a esperança

John Ortberg fala sobre como igrejas locais podem controlar e prevenir a depressão.
Jonh Ortberg é um pregador popular e autor. O que muitos não sabem é que além de ter um M.Div, Ortberg também é Ph.D. em Psicologia pelo Seminário Teológico Fuller e escreveu dois livros sobre depressão. Quem melhor para entrevistar, então, sobre como a igreja local pode responder melhor a essa doença debilitante, do que o pastor da Igreja Presbiteriana de Menlo Park na California?
CHRISTIANITY TODAY - Como as igrejas podem ajudar as pessoas a entender melhor a depressão?Jonh Ortberg - Vivemos em dias onde pessoas tendem a usar a linguagem psicológica para questões espirituais.
Mas existem linhas divisórias não claras entre o que é fisiológico, o que é psicológico e o que é espiritual. Estas são linguagens dominantes que fazem sentido e têm integridade, mas coincidem significativamente.É importante para as igrejas admitir essa complexidade. O que influencia nosso comportamento, e o que nosso nível de responsabilidade é, são questões muito complexas. E em todo tempo tentamos tornar isso simples, não servimos bens as pessoas.
O que o ministério da Menlo Park faz para as pessoas depressivas da congregação?Um dos ministérios mais apreciados na nossa igreja é nosso ministério HELP (“Esperança, Encorajamento, Amor, Oração”) para quem está sofrendo de questões de saúde mentais e emocionais. Tem envolvido um grupo de suporte para eles e suas famílias. Essas pessoas irão dizer que a coisa mais importante para elas é fazer parte de uma comunidade onde outras pessoas dividem as mesmas lutas, falam a mesma linguagem e são capazes de suportar as cargas dos outros.
A conscientização desse ministério tem se propagado sobretudo na palavra dos lábios, apesar de periodicamente alguém que faz parte do HELP contar sua história para a nossa igreja.
Por que vocês têm pessoas que contam essas histórias publicamente?Em qualquer hora que você nomeia a condição humana, a experiência humana e a realidade do sofrimento, tem um jeito de ser iluminador e prestativo para cada pessoa que ouve isso, mesmo se ele ou ela possam não lutar dessa forma. Quando você ouve a história, quando você vê a face, a epidemia da depressão vai de uma estatística num artigo da revista Time para uma pessoa real, e isso expande o seu coração.
A Menlo Park tem um programa de aconselhamento formal? Nós temos o ministério HELP, o ministério Stephen, e um ministério de diáconos que providenciam vários níveis de cuidado. Também nos referimos a essas pessoas como conselheiros profissionais, e provemos financiamento do nosso comitê de benevolência, se isso for necessário, para ajudar as pessoas a começar. Em geral, igrejas têm se afastado de tentar fazer trabalho um por um para fazer mais pequenos grupos, porque eles são capazes de ajudar a mais pessoas desse jeito e porque é mais acessível.Então você pensa que as igrejas locais são melhores servidas pelo trabalho externo um por um?
Eu penso que é necessário. Se igrejas se envolvem pesadamente em prover cuidado um por um para pessoas severamente angustiadas, isso é um recurso intensivo que limita grandemente o número de pessoas que você pode ajudar. E desenvolver uma forte rede de remessa é uma parte significante do ministério da igreja. Que medidas preventivas a igreja pode tomar?Quando igrejas estão sendo eficazes em criar comunidades autênticas onde uma conexão íntima é oferecida, isso é a maior contribuição que podem fazer.
Uma socióloga clínica chamada Janice Egeland fez uma pesquisa realmente interessante sobre depressão entre os Amish. Uma das suas descobertas foi que as taxas de depressão reativa são significantemente mais baixas entre os Amish do que entre todos os outros segmentos da população. Em comparação, entre os evangélicos como um todo, não existe diferença virtual na incidência de depressão reativa comparada com a população em geral. Parte da explanação é que nós, evangélicos, somos muito mais parte da nossa cultura, e temos caminhos para criar uma comunidade onde pessoas estão tão conectadas que há uma diferença significante na incidência da depressão.
Os Amish, é claro, têm grandes dores por se separar da cultura externa. Para evangélicos como um todo, a separação tão radical é não provável. Vemos nosso chamado para estar “no mundo, mas não ser dele”. No entanto, é possível estar no mundo, como muitos evangélicos estão, mas ainda fazer parte de uma comunidade que é alternativa o bastante que mudaria de verdade a incidência de depressão? Esse seria um experimento realmente interessante.
Copyright © 2009 por Christianity Today International
(Traduzido por Sulamita Ricardo)













Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...