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segunda-feira, 18 de maio de 2009

Conectado com a esperança

John Ortberg fala sobre como igrejas locais podem controlar e prevenir a depressão.
Jonh Ortberg é um pregador popular e autor. O que muitos não sabem é que além de ter um M.Div, Ortberg também é Ph.D. em Psicologia pelo Seminário Teológico Fuller e escreveu dois livros sobre depressão. Quem melhor para entrevistar, então, sobre como a igreja local pode responder melhor a essa doença debilitante, do que o pastor da Igreja Presbiteriana de Menlo Park na California?
CHRISTIANITY TODAY - Como as igrejas podem ajudar as pessoas a entender melhor a depressão?Jonh Ortberg - Vivemos em dias onde pessoas tendem a usar a linguagem psicológica para questões espirituais.
Mas existem linhas divisórias não claras entre o que é fisiológico, o que é psicológico e o que é espiritual. Estas são linguagens dominantes que fazem sentido e têm integridade, mas coincidem significativamente.É importante para as igrejas admitir essa complexidade. O que influencia nosso comportamento, e o que nosso nível de responsabilidade é, são questões muito complexas. E em todo tempo tentamos tornar isso simples, não servimos bens as pessoas.
O que o ministério da Menlo Park faz para as pessoas depressivas da congregação?Um dos ministérios mais apreciados na nossa igreja é nosso ministério HELP (“Esperança, Encorajamento, Amor, Oração”) para quem está sofrendo de questões de saúde mentais e emocionais. Tem envolvido um grupo de suporte para eles e suas famílias. Essas pessoas irão dizer que a coisa mais importante para elas é fazer parte de uma comunidade onde outras pessoas dividem as mesmas lutas, falam a mesma linguagem e são capazes de suportar as cargas dos outros.
A conscientização desse ministério tem se propagado sobretudo na palavra dos lábios, apesar de periodicamente alguém que faz parte do HELP contar sua história para a nossa igreja.
Por que vocês têm pessoas que contam essas histórias publicamente?Em qualquer hora que você nomeia a condição humana, a experiência humana e a realidade do sofrimento, tem um jeito de ser iluminador e prestativo para cada pessoa que ouve isso, mesmo se ele ou ela possam não lutar dessa forma. Quando você ouve a história, quando você vê a face, a epidemia da depressão vai de uma estatística num artigo da revista Time para uma pessoa real, e isso expande o seu coração.
A Menlo Park tem um programa de aconselhamento formal? Nós temos o ministério HELP, o ministério Stephen, e um ministério de diáconos que providenciam vários níveis de cuidado. Também nos referimos a essas pessoas como conselheiros profissionais, e provemos financiamento do nosso comitê de benevolência, se isso for necessário, para ajudar as pessoas a começar. Em geral, igrejas têm se afastado de tentar fazer trabalho um por um para fazer mais pequenos grupos, porque eles são capazes de ajudar a mais pessoas desse jeito e porque é mais acessível.Então você pensa que as igrejas locais são melhores servidas pelo trabalho externo um por um?
Eu penso que é necessário. Se igrejas se envolvem pesadamente em prover cuidado um por um para pessoas severamente angustiadas, isso é um recurso intensivo que limita grandemente o número de pessoas que você pode ajudar. E desenvolver uma forte rede de remessa é uma parte significante do ministério da igreja. Que medidas preventivas a igreja pode tomar?Quando igrejas estão sendo eficazes em criar comunidades autênticas onde uma conexão íntima é oferecida, isso é a maior contribuição que podem fazer.
Uma socióloga clínica chamada Janice Egeland fez uma pesquisa realmente interessante sobre depressão entre os Amish. Uma das suas descobertas foi que as taxas de depressão reativa são significantemente mais baixas entre os Amish do que entre todos os outros segmentos da população. Em comparação, entre os evangélicos como um todo, não existe diferença virtual na incidência de depressão reativa comparada com a população em geral. Parte da explanação é que nós, evangélicos, somos muito mais parte da nossa cultura, e temos caminhos para criar uma comunidade onde pessoas estão tão conectadas que há uma diferença significante na incidência da depressão.
Os Amish, é claro, têm grandes dores por se separar da cultura externa. Para evangélicos como um todo, a separação tão radical é não provável. Vemos nosso chamado para estar “no mundo, mas não ser dele”. No entanto, é possível estar no mundo, como muitos evangélicos estão, mas ainda fazer parte de uma comunidade que é alternativa o bastante que mudaria de verdade a incidência de depressão? Esse seria um experimento realmente interessante.
Copyright © 2009 por Christianity Today International
(Traduzido por Sulamita Ricardo)













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