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sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Violência pode atrapalhar processo de paz no Sudão

SUDÃO (30º) - Vários ataques violentos no sul do Sudão deixaram o temor de que a implementação do Acordo de Paz Inclusivo esteja em risco.

A agência de notícias Reuters disse que cem pessoas morreram que quando membros da comunidade Lou Nuer atacaram a aldeia Duk Padiet no domingo passado. Duk Padiet é a casa da tribo Dinka.

O ataque aconteceu enquanto muitos aldeões estavam na igreja. Os dados quanto ao número de feridos são conflitantes, mas de acordo com Kuol Diem Kuol, representante do Exército do sul, morreram 51 aldeões e 28 soldados, tanto da força nacional como policiais que guardam a aldeia.

"Foram encontrados os corpos de 23 agressores. Eles estavam com uniformes e armas, organizados em pelotões com rifles G3”, Kuol disse.

Embora cristãos tenham sido mortos no incidente, os líderes da igreja não veem isso como um ataque contra os cristãos, mas antes como uma tentativa de estorvar o processo de paz.

"Esta é uma campanha contra o Acordo de Paz Inclusivo e contra o povo de Duk", Mayen Ngor, comissário do município de Duk, disse a Reuter. Ngor afirmou que os agressores queimaram 260 cabanas, a delegacia e edifícios do governo, ferindo 46 pessoas e desalojando milhares.

Políticos do sul acusaram seus antigos inimigos de guerra, os líderes do norte, de dar armas às tribos rivais, a fim de desestabilizar a região para as eleições de 2010 e o referendo de 2011. Cartum nega a acusação.

Esse é o segundo incidente violento que acontece em Jonglei em menos que um mês. No dia 29 de agosto, 40 pessoas foram mortas em um ataque semelhante em Wernyol. Entre os mortos estava Joseph Mabior Garang, vice-bispo de Wernyol. Ele foi baleado durante um culto matinal.

De acordo com Daniel Deng Bul Yak, arcebispo episcopal da Igreja do Sudão, dezenas de outros foram feridos, alguns baleados e outros com membros quebrados.

De acordo com o arcebispo, esses assaltantes estavam também bem-armados, com armas automáticas novas, com uniformes do exército, bem-organizados e corretamente treinados.

"Na visão da igreja, esse não foi um conflito tribal, como informado, mas um ataque organizado contra civis por aqueles que são contra a paz no sul do Sudão", disse o arcebispo.

Ele concluiu, dizendo: "Enquanto continuar a violência, como essa que aconteceu em Jonglei, não haverá esperança de realizar eleições livres e justas nessas áreas em 2010, e nem de fazer o referendo em 2011".

Tradução: Texto traduzido pela fonte / Missão Portas Abertas

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

China aumenta perseguição ao celebrar 60 anos de comunismo

CHINA (12º) - Enquanto a China comemora 60 anos de governo comunista, líderes de igrejas não registradas enfrentam um grande aumento na perseguição.

Dia 1° de outubro marca o 60° aniversário da tomada de poder comunista na China. Enquanto o país planeja uma série de eventos e atividades, policiais e oficiais do Escritório de Segurança Pública (PSB em inglês) estão oprimindo alguns líderes de igrejas não registradas.

Na semana passada, nove líderes de igrejas não registradas foram sequestrados por oficiais do PSB. Os líderes, dos quais não há notícias desde então, iam para Pequim para pedir justiça ao governo por causa do ataque a uma igreja em Fushan (saiba mais).

Annee Kahler, da ChinaAid, diz que, embora os líderes do governo celebrem o comunismo, eles estão tentando silenciar centenas de cristãos.

“Tenho certeza que, durante a celebração, veremos grandes comemorações. Eles estão preparando grandes eventos para esse dia. Mas esteja certo de que as imagens de celebração e festas não poderão esconder as injustiças cometidas na China para sempre”, ela diz.

Tradução: Portas Abertas

Líder cristã corre perigo; igreja é incapaz de ajudar

COLÔMBIA (*) - Ludy, líder de uma Assembleia de Deus no Depto de Arauca, teve de fugir de sua cidade para proteger sua vida. Ela é irmã de José Rodriguez-Gamboa, líder da mesma denominação, que foi assassinado em abril de 2008.

Ludy foi informada de que um provável membro do ELN (Exército de Libertação Nacional da Colômbia) estava de tocaia em frente a sua casa. O homem estaria armado, esperando ela chegar.

Um amigo dela viu o homem e a avisou antes que chegasse em casa. Ludy saiu de Las Esmeraldas, cidade onde morava, e fugiu para outra, em outro Departamento.

Seu marido, professor do ensino fundamental, concordou com a fuga da esposa para outro Departamento. A igreja se reuniu e levantou uma oferta urgente para ajudá-la com o transporte.

Infelizmente, depois de umas semanas, Ludy teve de voltar porque sua situação financeira não era boa. Ela esperava ficar ausente por três meses, mais no dia 10 de setembro ela teve de voltar.

Atualmente, Ludy está com seu marido e sua filha Mônica (12), sendo protegida pela família. Ela fez um boletim de ocorrência pedindo proteção, mas não foi tomada nenhuma ação.

Os membros da igreja de Ludy se empenharam em ajudar financeiramente outros membros da igreja que sofreram ataques ou que tiveram de se realocar. “Por isso, agora é difícil para a igreja assistir Ludy nessa situação”, disse o pastor Fidel Montañez.

“A maioria das pessoas aqui trabalhavam nos campos e são pagas por dia de trabalho. Outros membros da igreja estão fugindo também da violência e, portanto, encontram-se em condições econômicas críticas. Fazemos o que podemos”, ele acrescentou.

Algo que preocupa a família é o fato de um dos tios de Ludy querer levar Mônica para regiões onde a presença da guerrilha é forte, e animar a garota a se juntar aos rebeldes.

“Ajude-nos a orar”, disse Maria del Carmen, mãe de Ludy. “A situação é muito delicada; minha filha está protegida, mas ficamos nervosos com a hipótese de algo lhe acontecer.”

Tradução: Texto traduzido pela fonte / www.portasabertas.org.br

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Cristãos expulsos ainda passam necessidades

MÉXICO (*) - Recentemente, colaboradores da Portas Abertas visitaram os cristãos da comunidade de Tenango Tepeshi,que foram expulsos em fevereiro de 2008 por não participar de festas pagãs de sua comunidade (saiba mais).

Hoje, mais de um ano depois da expulsão, eles moram em terreno em Ahuetepec, na municipalidade de Tlapa de Comonfort.

Três famílias cristãs foram saqueadas pelos próprios vizinhos, tentando obrigá-las a fugir da comunidade. Depois, as três famílias foram colocadas em um furgão e deixadas perto do rio "El Jale", próximo à capital de Tapla de Comonfort. Considerando que o rio estava seco por falta de chuva, as famílias conseguiram atravessá-lo e chegar à capital.

Na capital, eles buscaram abrigo no palácio do governo de Tlapa de Comonfort. Pouco depois, já familiarizados com a cidade, as famílias procuraram refúgio em uma igreja chamada Igreja do Deus da Profecia do Santuário de Cristo. Um generoso membro da igreja doou, do pouco que tinha, o terreno onde as famílias vivem atualmente.

Infelizmente, as condições de vida deles não são boas. Suas casas foram feitas a partir de entulho e não têm quase nada. Eles adotaram um estilo de vida extremamente pobre desde que foram expulsos de sua comunidade.

A única ajuda que receberam foram filtros para armazenar água. Embora precisem de apoio para retomar sua vida, eles agradecem o que receberam e são zelosos pela Palavra de Deus.

Em uma ocasião, colaboradores da Portas Abertas no México deram Bíblias e materiais de estudo para essas famílias. Eles, entretanto, respeitosamente devolveram os itens no dia seguinte. Eles disseram que sentiam muitos, mas a Bíblia que usam é e diferente da que receberam.

Aparentemente, eles usam uma tradução de 1909, e rejeitaram a nova versão porque viram diferença em alguns termos.

Essa experiência mostrou que essas pessoas levam a Palavra de Deus a sério. Também ilustrou a carência que existe de treinamento e ensino bíblico.

Tradução: Texto traduzido pela fonte / Missão Portas Abertas

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Lobo ou ovelha? Eis a questão

Disfarçados de inocentes cordeirinhos, escondidos sob o manto do anonimato e do silêncio, enrustidos em personalidades afáveis e cativantes, mascarados por um véu de aparente "santidade" e "piedade", escondem-se indivíduos perigosos e cruéis, que à semelhança de lobos ferozes, não terão quaisquer escrúpulos de demonstrar o seu lado mais vil quando o momento for propício para tal.

O Apóstolo Paulo, referindo-se a um tempo posterior a sua partida para a eternidade, adiantou que lobos ferozes surgiriam e não poupariam o rebanho de Deus. Sobre isso Paulo advertiu: "Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a Igreja de Deus, que Ele resgatou com seu próprio sangue. Porque eu sei isto que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não pouparão ao rebanho" (At 20.28,29).

As suas palavras de advertência eram solenes avisos, que tinham o intuito de abrir os olhos dos fiéis sobre o surgimento de falsos mestres e ensinos destruidores, que emergiriam do seio da própria Igreja e causariam danos terríveis as ovelhas do Senhor. “E que dentre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos a si” (At 20.30).

Os apelos do apóstolo dos gentios são tão reais e atuais, que ainda podemos ouvi-los em nosso espírito, clamando aos fiéis do século 21 que estejam despertos e com os olhos bem abertos; e, acima de tudo, examinando as escrituras para não serem em nenhum momento enredados ou feitos presas fáceis de lobos vorazes travestidos de ovelhas. “Tende cuidado, para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo” (Cl 2.8).

Jesus falando aos seus discípulos deixou bem claro que pelos frutos tais indivíduos seriam conhecidos e detectados. Os ensinos do mestre demonstram com clareza que tais homens teriam um caráter duvidoso e que suas próprias ações dariam testemunho contra eles mesmos. “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis” (Mt 7. 15,16 a).

As evidências do avanço do engano e de toda sorte de desvios doutrinários dão um claro aviso a todos nós da existência de um complô das trevas nestes tempos finais visando destruir os alicerces da verdade e, também, desferir terríveis golpes contra a palavra de Deus.

Não devemos nos esquecer que o espírito do erro como precursor do Anti-Cristo está no mundo. O apóstolo Paulo afirma que este espírito atua agora sobre os filhos da desobediência. Vejamos: “Porque já o mistério da injustiça opera” (Ts 2.7). E ainda: “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira” (Ts 2.11).

Estando sob a influência do erro, esses indivíduos se tornam potenciais instrumentos usados pelo inimigo de nossas almas para disseminar toda sorte de malefícios e enganos sedutores com o único alvo de confundir ou causar danos à verdade. Judas sobre esses apóstatas assevera: “Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para esse mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus” (Jd4).

Estejamos, portanto, precavidos e prontos para defender o estandarte da fé através da espada do Espírito. A seu tempo os lobos serão desmascarados e as ovelhas poderão descansar seguras no aprisco do bom Pastor.

Por: Geovani Figueiredo Dos Santos
Cabo Frio - RJ
Participações: 12 [ver]

Pastor é assassinado em frente à família

COLÔMBIA (*) - No dia 21 de setembro, o pastor Manuel Camacho, 33 anos, do Movimento Missionário Mundial morreu após ser baleado seis vezes no rosto.

O crime aconteceu em frente à sua casa, às 10 horas, na vila de Choapal, Departamento de Guaviare. O assassino é membro de um grupo guerrilheiro local.

O pastor recebeu o telefonema de um homem que pediu para se encontrar com ele. Glória, a esposa, estava do lado de fora da casa quando foi abordada por três homens. Eles lhe perguntaram se ela tinha gasolina.

A mulher se virou para entrar na casa e o pastor caminhou na direção dos homens. Então ele foi baleado.

Não se sabe se os dois filhos do casal, que também estavam fora da casa, testemunharam o tiroteio, mas eles ouviram os seis tiros.

Acredita-se que o pastor Manuel foi assassinado por pregar e evangelizar na cidade e seus arredores, levando pessoas a Cristo. Sua igreja cresceu bastante para os padrões rurais: 60 membros batizados e 30 frequentadores novos. Igrejas grandes na têm cerca de 50 membros.

Por que vocês estão chorando?

O pastor já havia sofrido ameaças e estava preocupado com a segurança de seus filhos. Ele estava discutindo a possibilidade de mandá-los para a Casa Abrigo da Visão Ágape (mantida pela Portas Abertas Internacional), e esperava que os filhos pudessem se mudar antes do começo do próximo ano letivo.

Glória foi a primeira a ver o corpo do marido dela. Quando ela viu o rosto do assassino, percebeu que estava branco, e que o homem tremia muito. Ele saiu de lá. Para Glória, o homem percebeu o pecado grande que havia cometido.

Bem cedo naquela manhã, depois de acordar, Glória sabia que seu marido iria morrer. Ela, entretanto, ficou em silêncio. Ela havia tido uma visão de que Manuel fora assassinado e que ela ficou só, com os dois filhos.

Glória disse: "Muitas vezes quando conversávamos, Manuel falava que pregaria até chegar o tempo do Deus. Ele disse à congregação que, se ele um dia morrer, eles teriam de continuar, sem perder o ânimo".

A liderança da igreja sentiu muito a morte de Manuel, pois ele era um exemplo de fidelidade. Nunca houve uma reclamação contra ele.

O coordenador do Movimento Missionário Mundial em Guaviare viajou à comunidade a fim de ver o que pode ser feito. A comunidade está esperando para ver como os cristãos reagirão a esse ato violento. É um grande desafio, mas se esperam que as atitudes dos cristãos abram o coração as pessoas, já tão endurecidas pela violência na região.

Ultimamente, o chefe nacional das guerrilhas vem tentando reduzir o número de assassinatos, pois o grupo tenta emancipar-se como força política. Esse caso, porém, é um exemplo de como os chefes regionais diferem no tratamento dado aos evangélicos.

Em algumas áreas controladas por guerrilheiros, a existência da igreja tem sido aceita. No entanto, em outras regiões, os guerrilheiros ainda atacam cristãos e fecham igrejas.

O governo colombiano continua a negociar com as forças rebeldes. Mas, mortes como a do pastor Manuel Camacho, prejudicam o processo para ambas as partes.

Tradução: Texto traduzido pela fonte:
Missão Portas Abertas



domingo, 27 de setembro de 2009

Médico cristão sequestrado é liberado em estado crítico

IRAQUE (16º) - No dia 16 de setembro, sequestradores islâmicos largaram um médico cristão em condições críticas em frente a uma mesquita em Kirkuk, após 29 dias de tortura e ameaças a ele e sua família.

Graças às negociações de sua filha de 23 anos com os terroristas, Sameer Gorgees Youssif, de 55 anos, foi liberado com o corpo coberto de ferimentos e hematomas. Durante o cativeiro, ele permaneceu amarrado e amordaçado.

Ele foi sequestrado cerca de 8:15 hs do dia 18 de agosto enquanto caminhava de seu consultório pediátrico para casa, no distrito relativamente “seguro” de Kirkuk, ao norte do Iraque, disseram fontes à agência de notícias Compass Direct News.

Os sequestradores, aparentemente insurgentes, surraram-no e o enfiaram no porta-malas de um carro em meio a um blecaute nas redondezas. Enquanto aceleravam, eles mataram um dos vizinhos do médico, identificado apenas como Askar, com um único tiro no coração. Ele morreu imediatamente.

Fontes disseram que Askar, um cristão na faixa dos 50 anos, ouvira o médico gritando por socorro e, pensando que era um de seus filhos, correu para o carro enquanto este arrancava a fim de pará-lo.

Sameer, pai de dois filhos, é o quarto médico cristão sequestrado em Kirkuk nos últimos dois anos. Sequestrar cristãos em geral e mantê-los cativos por resgate é uma ocorrência regular no Iraque. Salem Barjo, outro cristão sequestrado em agosto, em Mossul, foi encontrado morto em 3 de setembro.

Exigências de Resgate

A família do médico não relatou o incidente à polícia por temer repercussões negativas no caso de haver funcionários do governo envolvidos no crime.

Os sequestradores ligaram para a esposa de Sameer alguns dias depois, exigindo meio milhão de dólares de resgate e ameaçaram matá-lo se não recebessem o dinheiro.

Quando perguntou onde encontraria tão enorme quantia, os insurgentes teriam respondido: “Você é mulher. Pode pedir nas mesquitas ou igrejas”, disse uma fonte cristã anônima de Erbil.

Após ter falado por duas vezes com os sequestradores, a esposa de Sameer começou a sentir dormência em seu lado direito devido ao estresse. Ela foi incapaz de retomar as negociações e sua filha de 23 anos começou a barganhar pela vida de seu pai.

“Eu era a única que falava e negociava com eles”, disse ela. “Tudo está nas mãos de Deus. Ele me deu forças para conversar com eles. Eu lhes implorava, dizendo, ‘Não façam nada com ele.’”

A filha do médico, que pediu para que seu nome fosse mantido em sigilo, disse que, por duas semanas, os sequestradores insistiram em 500 mil dólares e, então, baixaram a quantia para 300 mil.

“Eu disse: ‘Nós não temos isso. Por favor, tenham misericórdia de nós’”, disse ela.

Os terroristas encontraram números telefônicos de amigos no celular do médico e ligaram para eles, instruindo-os para dizerem a sua família que, se não arrumassem o dinheiro, eles matariam o médico. No final, os sequestradores baixaram a quantia para 100 mil dólares.

“Eles nos ameaçavam o tempo todo e estávamos vivendo em um inferno”, disse sua filha. “Nós permanecemos em casa, oramos, jejuamos e trancamos as portas. Tínhamos medo de que talvez eles viessem aqui e matassem a todos nós. Deus era a nossa única esperança.”

A família disse que conseguiu ajuntar o dinheiro através da generosidade de amigos. Eles não estão certos de como irão pagá-los.

Irreconhecível

O médico, que foi torturado e passou fome até se tornar irreconhecível, foi largado em frente a uma mesquita no dia 16 de setembro, horas após seu sogro ter entregue o dinheiro do resgate em uma localidade não revelada de Mossul. Amigos dos familiares disseram a Compass Direct News que havia um carro da polícia estacionado próximo aos insurgentes no momento do pagamento do resgate. Os insurgentes chegaram armados em dois carros.

“Existe corrupção”, disse uma fonte anônima em Erbil. “Isto é normal aqui, em Mossul ou Bagdá. As pessoas são sequestradas em carros da polícia.”

Parentes que foram pegar Sameer apressaram-se com ele para o hospital.

Fontes disseram que o médico fora amarrado, amordaçado e vendado, tendo permanecido deitado sobre seu lado direito por 29 dias, desenvolvendo úlceras de pressão graves em sua coxa e braço direitos, e um ferimento profundo em seu ombro direito. Ele tinha uma ferida profunda na parte posterior do pescoço e um hematoma no braço esquerdo.

Havia ferimentos abertos ao redor de sua boca e dos pulsos, onde fora atado com força durante todo o tempo em que foi mantido refém, disseram as fontes. Seu olho esquerdo estava infectado. A testa e o nariz foram golpeados repetidas vezes, e o resto de seu corpo, especialmente a parte superior do tronco, estava coberta de hematomas.

“Quando o vi, não pude aguentar. Não era o homem que eu conhecia”, disse sua filha. “Ele parecia um velho, tinha uma barba e estava tão magro que parecia anoréxico.”

Familiares disseram que ele temia falar de sua experiência porque os terroristas tinham ameaçado matá-lo com sua família. Quando conseguiu falar, perguntou a sua família por quanto tempo ficara fora de casa.

“Ele disse que orava, dizendo: ‘Eu sei que Deus não me abandonará’, disse sua filha. “Ele ficava recitando o salmo 23. Ele o ama, é seu salmo favorito.”

O pastor de Sameer disse a Compass que não há proteção para as comunidades cristãs no Iraque e que, em Kirkuk, somente médicos cristãos, em vez de muçulmanos, foram sequestrados.

A filha de Sameer disse que está convencida de que seu pai foi sequestrado porque é cristão e médico. “Os cristãos não têm proteção. Por isso somos perseguidos aqui”, disse ela. “Somos fracos e é por isso que eles tiram vantagem de nós.”

O médico ainda estava no hospital no momento dessa reportagem, mas, de acordo com a família, sua condição está melhorando.

Tradução: Getúlio Cidade
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