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sábado, 12 de julho de 2008

Grupos religiosos defendem direito à vida do feto e deputados arquivam projeto que legalizaria o aborto

Representantes evangélicos, católicos e espíritas manifestaram-se contrários ao projeto que tornaria legal o aborto realizado apenas pela vontade da mãe nas discussões que antecederam a decisão dos deputados pelo arquivamento da proposta, no dia 9 de julho. O direito à vida, defendido na Constituição, foi o principal argumento utilizado pelos parlamentares que derrubaram a proposta e coincide com a posição defendida pelos grupos religiosos. Atualmente, a lei brasileira considera que o aborto pode ser realizado se a gravidez colocar em risco a vida da mãe, quando o feto apresenta deformações graves ou é fruto de estupro. Em outras situações, o ato é considerado crime à vida. Apesar das polêmicas geradas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, o projeto recebeu apenas quatro votos favoráveis de um universo de 61 votantes. Os debates foram promovidos pela própria Comissão e acompanhados principalmente pelos religiosos e por movimentos feministas.

Os pastores evangélicos defenderam que o aborto não é uma questão religiosa, mas do direito à vida e que a descriminalização não resultará na diminuição de mortes de mulheres por aborteiros clandestinos. Alegaram também que pelo menos 25% das mulheres que abortaram freqüentam a psiquiatria e são vítimas de depressão, além de estarem mais propensas ao suicídio.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi representada pela presidente do Movimento Nacional de Cidadania, Lenise Garcia. Ela defendeu que os milhões de dados do genoma humano já estão presentes no zigoto – que é o óvulo fecundado e, por isso, ele tem predominância sobre a mãe. Esta opinião foi reiterada pelos espíritas, representados pela Associação Médico-Espírita do Brasil (AME-Brasil). Eles apresentaram um estudo britânico sobre gestação que atesta o funcionamento do sistema nervoso desde a fecundação e o aparecimento dos batimentos cardíacos a partir do vigésimo primeiro dia do feto.

Já os movimentos feministas defenderam a descriminalização do aborto como uma questão social e de saúde da mulher. Estes grupos destacaram que a maioria das mortes com abortos clandestinos ocorre nas camadas mais pobres da população, que não têm acesso às “clínicas” mais sofisticadas. Também apresentaram outros dados, como a redução de 95% da mortalidade de mulheres na África do Sul depois da legalização do aborto naquele país.

Aborto e crime

Atualmente, o artigo 124 do Código Penal prevê pena de detenção de um a três anos para mulheres que provocarem o aborto e os cúmplices do ato. Apesar disso, números do Ministério da Saúde revelam que o Sistema Único de Saúde (SUS) realizou, em 2007, 2.128 abortos legais e mais de 213 mil curetagens pós-aborto. Ou seja, foram realizados pelo menos 210 mil abortos clandestinos. A representante do Ministério no debate, Regina Coeli Viola, defendeu que “o abortamento seguro é um problema de saúde pública” e salientou que o aborto é a quarta causa de mortalidade materna no Brasil.

O site da Câmara Federal apresenta cobertura com matérias sobre a decisão final da Comissão, as atividades anteriores à votação e os debates sobre o aborto.



Fonte: Agência Soma

sexta-feira, 11 de julho de 2008

A legislação atual, incluindo a Lei de Religião, é criticada há muito tempo pelas comunidades religiosas, que por sua vez, vêm pressionando as autorid

CHINA (10º) - Na véspera do lançamento dos Jogos Olímpicos de Pequim, em 8 de agosto, a Anistia Internacional enviou ao presidente chinês, Hu Jintao, uma carta aberta, sugerindo cinco medidas para melhorar a situação dos direitos humanos nesse país. "Acho que satisfazer esses cinco pontos fará muito para que as pessoas se lembrem dos Jogos não apenas como um progresso esportivo, mas também no campo dos direitos humanos", escreve a secretária-geral da organização, Irene Khan, em carta divulgada na madrugada de terça-feira (8).
A responsável pela organização, com sede em Londres, pede ao presidente Jintao que "liberte os ativistas, impeça a polícia de fazer detenções arbitrárias de signatários de abaixo-assinados, torne público o conjunto de estatísticas sobre a pena de morte e faça uma moratória das execuções". Khan deseja ainda que Pequim ofereça à imprensa "uma liberdade total" e divulgue "todos os que foram mortos, ou interrogados após as manifestações de março de 2008, no Tibete". Ela reconhece "os esforços" do governo chinês em matéria de direitos humanos, dizendo-se, particularmente, "animada com o progresso aparente feito na redução do recurso à pena de morte". Irene lamenta, contudo, "o efeito negativo que a preparação dos Jogos teve em alguns campos dos direitos humanos", citando a "perseguição" de militantes, religiosos e a "limpeza" de Pequim, graças ao emprego crescente da "reeducação pelo trabalho". Tradução: Texto traduzido pela fonte
Fonte: AFP

País não pretende mudar sua lei de religião

AZERBAIDJÃO (22º) - Apesar de discussões nos últimos anos, o Azerbaidjão não pretende mudar sua Lei de Religião agora, disse um funcionário sênior do Comitê Estatal para Trabalho com Organizações Religiosas, em declaração ao Forum 18. "Não haverá nenhuma nova Lei de Religião", afirmou categoricamente Jeyhun Mamedov. Ele se recusou a especificar por que tomou esta decisão.
A legislação atual, incluindo a Lei de Religião, é criticada há muito tempo pelas comunidades religiosas, que por sua vez, vêm pressionando as autoridades e pedindo por mudanças. ReclamaçõesAs principais reclamações da lei atual são: censura compulsória de todos os textos religiosos; negação arbitrária de status legal para as comunidades religiosas; restrições à entrada de estrangeiros e a detenção ou prisão de cristãos. Fazil Gazanfaroglu Mustafaev, um deputado de oposição do Parlamento, também está preocupado com as ações arbitrárias das autoridades contra as comunidades religiosas. "É ilegal a invasão policial a comunidades religiosas", disse ele. "Mas ainda se faz isso. É o mesmo problema para com partidos políticos, jornalistas e organizações não-governamentais, isso não está na lei, mas é amplamente praticado”, afirmou.Após a declaração do funcionário do governo, alguns cristãos se sentiram desanimados, mas garantem que continuarão em luta pela defesa da liberdade de culto no Azerbaidjão. Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Para Magno Malta, acordo com o Google para abrir dados do Orkut terá impacto em todo o mundo

Nossa vitória foi criar uma nova lógica de relação da empresa com o país. O que se determinou que será aberto no Brasil também terá que ser aberto no mundo inteiro", afirmou Magno Malta (PR-ES), referindo-se ao acordo que permitirá o acesso da Justiça brasileira aos álbuns fechados do Orkut suspeitos de conter pornografia infantil. O senador, que preside a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia , comemorou a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) pelo Ministério Público Federal e o Google Brasil. O ato foi realizado durante reunião do colegiado realizada nesta quarta-feira (2).- Hoje é um dia importante para o mundo, para o Brasil e para as crianças. A assinatura do TAC foi resultado de luta, de enfrentamento e de coragem.Como se trata de uma empresa com atuação mundial, quando se mexe numa lógica adotada pelo Google em um país, também haverá impacto nas relações da empresa nos outros países onde ela atua - ressaltou Magno Malta.Também o relator da CPI, senador Demóstenes Torres (DEM-GO), elogiou os esforços que levaram ao entendimento. O parlamentar destacou a importância do Google, lembrando seu papel como canal de comunicação e informação para milhões de pessoas. Destacou ainda a ação do Ministério Público Federal na defesa e na proteção da sociedade brasileira e a seriedade do trabalho da SaferNet, entidade da sociedade civil que investiga crimes cometidos na Internet.- Com a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta, vamos ter um ganho substancial no combate à pedofilia no Brasil. Vão se beneficiar a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e, especialmente, a sociedade brasileira. Será uma contribuição valiosa, porque noventa por cento do que temos apurado em termos de pedofilia na Internet acontece no site de relacionamento Orkut - salientou Demóstenes.Durante a audiência, o senador Romeu Tuma (PTB-SP) defendeu a criação de uma legislação comum de combate à pedofilia no âmbito do Mercosul.- Precisamos trabalhar internacionalmente, pois a troca de informação é muito importante para combater os criminosos que usam a Internet - frisou o senador por São Paulo.Tuma elogiou ainda a firmeza da atuação dos procuradores do Ministério Público Federal em São Paulo e a disposição da direção do Google na busca do entendimento que levou à assinatura do TAC.- Todo o esforço será essencial para a proteção das crianças e das famílias - disse.Já o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) lembrou que o combate à pornografia infantil deve ser um esforço coletivo, feito em várias frentes, "sempre prevalecendo o interesse público". Azeredo destacou ações já realizadas no Senado, como o trabalho feito pela senadora Patrícia Saboya (PDT-CE), que presidiu a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 2003. Ele também defendeu a realização de ações integradas de educação, tecnologia e legislação.- Sabemos que os esforços devem ser pela construção de uma legislação integrada. Também devemos buscar a integração com organismos internacionais para ampliar a eficiência do combate à pedofilia - afirmou Azeredo.Os esforços da senadora Patrícia Saboya também foram lembrados por Magno Malta e Romeu Tuma.Agência SenadoCPI da Pedofilia aprova projeto que amplia punição à exploração sexual de criançasOs senadores que integram a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia aprovaram nesta quarta-feira (2) projeto que determina a perda de imóveis utilizados para a prática de exploração sexual contra menores. A proposta também altera artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90) para ampliar as penas para aliciadores de crianças, criminalizando a facilitação para a exploração sexual de menores.A CPI também votou requerimento determinando a quebra de sigilo de mais 18 mil álbuns fechados do Orkut, site de relacionamento mantido pelo Google. As matérias foram votadas em reunião da CPI na qual foi assinado Termo de Ajustamento de Conduta entre o Google e o Ministério Público Federal. Ao encerrar os trabalhos, o presidente do colegiado, senador Magno Malta (PR-ES), destacou a importância do ato para a proteção das crianças brasileiras.
Agência Senado

China faz tudo para evitar que visitantes entrem com Bíblias no país

CHINA (10º) - A China resolveu adotar uma estratégia simpática aos olhos do mundo, que na prática esconde a sua política de impedir que os seus cidadãos tenham livre acesso às Escrituras: vai disponibilizar cópias gratuitas da Bíblia aos atletas, espectadores, turistas e aos estrangeiros que pedirem o livro sagrado, durante o período dos Jogos Olímpicos.
Segundo informações divulgadas ontem pela imprensa estatal chinesa, cerca de 10 mil cópias em duas línguas vão ser distribuídas na Aldeia Olímpica, casa de atletas e jornalistas entre 8 e 24 de agosto.Li Chunnong, diretor geral da Amity Printing Co., a maior editora de livros cristãos do país, disse ao jornal “China Daily”, que mais 30 mil cópias do Novo Testamento também vão estar disponíveis. No entanto, os exemplares só estarão disponíveis nas igrejas e na Aldeia Olímpica, não em hotéis.A Aldeia Olímpica também vai ter um centro religioso para prestar serviços de culto a seguidores de outras religiões, afirmou Chen Guangyan, presidente da Associação Islâmica na China. O reverendo Xu Xiaohong, do Conselho Cristão Chinês, baseado em Xangai e responsável pela publicação dos livros, adiantou que 50 mil cópias dos quatro evangelhos, em dois idiomas, serão enviadas para as seis cidades onde vão decorrer eventos olímpicos. A capa dos livros dessa edição vai incluir um logotipo olímpico, acrescentou Xu. "Isto é particularmente significativo porque tanto quanto sei, é a primeira vez que um logotipo olímpico vai ser incluído num livro religioso", observou Xu, citado pelo “China Daily”. A estratégia é muito bem fundamentada. Com a distribuição gratuita, o país evita que os turistas entrem no país com novos exemplares, e acaba por estimulá-los a pedir um exemplar na Vila Olímpica e a levar para casa como uma espécie de souvenir, de modo a maquiar a ausência de liberdade religiosa no país.Em "nome" do espírito olímpicoSegundo o reverendo, o logotipo inscrito na Bíblia representa a combinação entre "o espírito olímpico e o espírito de levar uma vida orientada para um objetivo, que é algo em que os cristãos acreditam". Em novembro do ano passado, notícias deram conta de que as Bíblias seriam proibidas durante os Jogos Olímpicos. A organização dos Jogos desmentiu terminantemente as informações, apesar de constarem na primeira versão do manual do Comitê Olímpico.O Ministério para assuntos Estrangeiros chinês afirmou que " falsos relatos de uma agência de notícias religiosa e de um meio de comunicação europeu foram divulgadas por pessoas que pretendiam sabotar os jogos". Uma Bíblia por pessoa Os atletas e os visitantes podem trazer textos e objetos religiosos para uso pessoal quando estiverem em Pequim durante a Olimpíada, afirmou a organização, recomendando, entretanto, num comunicado publicado na sua página da internet, que "cada viajante não traga mais que uma Bíblia para a China". Mas esta permissão não se estende ao movimento espiritual Falun Gong, proibido pelo governo comunista chinês por ser um "culto maligno". A China é alvo de críticas freqüentes no que se refere à violação dos direitos humanos e à repressão da liberdade religiosa. Liberdade religiosa em xequeAs autoridades chinesas só permitem manifestações cristãs no âmbito das igrejas aprovadas e controladas pelo Estado, mas milhões de fiéis são membros na clandestinidade, celebram reuniões em casas particulares e se recusam a aceitar a liderança religiosa do Estado. A Constituição chinesa permite a existência de cinco igrejas oficiais cujos líderes são escolhidos e precisam ser membros do partido Comunista: budista, taoísta, muçulmana, católica e protestante. Estima-se que a comunidade protestante na clandestinidade seja formada por cerca de 30 milhões de pessoas, e, segundo fontes do Vaticano, a igreja católica clandestina tem mais de oito milhões de fiéis. Muitos dos líderes destas igrejas são regularmente presos, enquanto as autoridades fecham periodicamente as igrejas e locais de culto clandestinos, prendendo religiosos e fiéis.
(Com informações das agências Angola Press e do China Daily)

Hamid vive de modo restrito, mas conta com a nossa intercessão

IRÃ (3º) - O cristão iraniano Hamid Pourmand voltou a se reunir com sua família em julho de 2006, depois de 22 meses de prisão. Naquele momento ele foi informado pelo governo iraniano de que não precisaria ficar mais 14 meses preso até cumprir o restante da pena de três anos.
Desde a liberação dele, a Portas Abertas não divulgou nada a fim de protegê-lo, uma vez que ele continua vivendo sob forte opressão das autoridades. Mas agora que já se passaram dois anos optamos por atualizar os irmãos e pedir orações. Ele havia sido condenado a três anos de prisão pela Corte Militar, por supostamente "enganar as forças armadas iranianas" ocultando sua conversão de 25 anos ao cristianismo. A lei iraniana proíbe não-muçulmanos de obter cargos como oficiais nas Forças Armadas ( leia mais). Devido a ordens do governo, Hamid está morando com a família dele no Teerã. Ele não pode voltar para a cidade natal dele, Busher. Isso significa que a família não pode comparecer à igreja que freqüentava nem rever os membros da igreja. Eles realmente perderam os contatos com os colegas cristãos de Busher. Dificuldade para arranjar empregoEstá muito difícil para Hamid arranjar um trabalho porque agora ele possui antecedentes criminais. É um ex-detento. Toda a vez que ele solicita um emprego, o empregador logo vai pedindo as referências dele e os documentos, nos quais está escrito que ele foi condenado e preso. Por isso a dificuldade em obter alguma renda e ter dinheiro suficiente para as despesas diárias de sustento. Tudo foi confiscadoApesar disso, a família está contente com a possibilidade de todos estarem juntos novamente. A família tem esperança no futuro, embora tenha perdido tudo. A casa deles foi fechada pelo governo, os pertences deles foram confiscados, incluindo a pequena poupança. A família não tem nenhum auxílio financeiro em casos de urgência. Hamid e a família dele estão dependendo completamente de Deus, em todos os aspectos das vidas deles. Eles enfrentam tempos difíceis, mas dizem que têm aprendido muito com essa situação. O futuro de Hamid e da família dele é incerto, mas todos os integrantes estão prontos a fazer a vontade de Deus, seja o que for. Deus tem se mostrado fiel a Hamid e sua família. E eles estão contentes com isso. Vigilância e impossibilidade de ter uma vida normalHamid vive de modo restrito. As autoridades não permitem que ele vá à igreja. Ninguém pode visitá-lo e ele não pode deixar a cidade. Ele não tem mais passaporte e por isso não pode deixar o país. Hamid e a família vivem debaixo de uma opressão constante. Hamid e a família sabem que há pessoas no mundo orando por eles e isso os encoraja muito. É dessa forma que eles têm forças e coragem para continuar. Não deixe de continuar intercedendo por Hamid e pela família dele, peça por mais liberdade e oportunidades a fim de que ele cresça na fé, prospere e dê muitos frutos em ações de graça.
Tradução: Tsuli Narimatsu
Fonte:Missão Portas Abertas

Paquistaneses temem retrocesso após libertação de cristãos

PAQUISTÃO (15º) - Paquistaneses, cristãos ou não, temem uma reação violenta por parte de grupos extremistas à repressão do governo que aconteceu poucas semanas após a libertação de 16 cristãos seqüestrados pelo grupo extremista Lashkar-e-Islam (Exército do Islã) na cidade de Peshawar, no noroeste do Paquistão. No dia 21 de junho, 16 cristãos foram seqüestrados em plena luz do dia em Academy Town, bairro rico de Peshawa, cidade da Província da Fronteira do Noroeste (NWFP, em inglês) ( leia mais). Os cristãos, a maioria católica, viviam em um prédio onde antes funcionara uma madrassa (escola religiosa muçulmana) e que fora alugado para eles por um muçulmano morador do local.
Os extremistas, acompanhados do homem que havia alugado o prédio, invadiram o condomínio onde o grupo estava reunido para louvar a Deus e empurraram os cristãos para dentro de vans. Os extremistas agrediam fisicamente os homens que ofereceram alguma resistência, segundo informou a imprensa local. O Partido do Povo Paquistanês, que está no governo desde fevereiro, agiu prontamente, garantindo a libertação dos cristãos depois de 10 horas de seqüestro e exigindo um pedido de desculpas do grupo extremista Lashkar-e-Islam, que fez uma coletiva à imprensa no dia 23 de junho. Entretanto, a comunidade cristã local não tem certeza da sinceridade do pedido de desculpas. Durante toda a primavera, um grupo islâmico que não se identificou mandou cartas ameaçando a comunidade cristã de Peshawar, se desculpou e depois continuou mandando cartas desse tipo, disse Ashar Dean, diretor assistente de comunicação da diocese, citando um exemplo de “desculpas não sinceras”. Os cristãos que foram seqüestrados tiveram que se mudar com suas famílias para áreas mais próximas no centro de Peshawar por motivos de segurança. Em busca da lei islâmica O grupo extremista Lashkar-e-Islam reforçou com violência a já severa lei islâmica em sua fortaleza em Khyber Agency, uma região semi-autônoma localizada entre Peshawar e a fronteira afegã, e nas áreas próximas. O novo governo se esforçou para reduzir a violência por meio de tratados de paz entre as tribos e os militantes extremistas. Mas, há uma semana, quando o governo jogou uma bomba na casa do comandante do Lashkar-e-Islam, Mangal Bgh, desmantelando o núcleo extremista e prendendo suspeitos, tudo mudou. As terras de Pashtun em NWFP são território dos extremistas que acreditam em estabelecer uma lei islâmica linha dura no Paquistão e a militância é grande no local. Noor Alam Khan, parlamentar do PPP, representante de Peshawar, disse que os esforços do governo para reprimir a ação dos extremistas que começou no dia 28 de junho são importantes. “O PPP tentou negociar com os extremistas do local, pedindo que eles entregassem as armas, mas eles não quiseram”, disse o parlamentar. Nos últimos dias, não apenas os militantes têm sido presos, mas seqüestrados têm sido libertados, disse ele, explicando os cristãos não são o único alvo dos grupos que querem uma lei islâmica mais severa. “Todos os cidadãos estão sendo ameaçados pelos extremistas, não apenas os cristãos, então precisamos combatê-los”, disse o parlamentar ao Compass, por telefone. “Cortar gargantas, matar pessoas e impedir que meninas assistam às aulas não está certo. O governo precisa tomar uma atitude contra isso”. E acrescentou que os grupos que praticam esse tipo de injustiça estão agindo contra a soberania do Paquistão e violando suas leis. Teme-se reação Os moradores não estão certos de que a operação surta efeito, relatou o jornal “Pakistani Daily Dawn” e a imprensa local na semana passada. Ashar Dean, da igreja do Paquistão, disse que muita gente acredita que a repressão militar é resultado direto do seqüestro dos cristãos. A ação militar do governo paquistanês na NWFP “é considerada mais como política, para acalmar a pressão por parte do governo e da comunidade internacional”, disse Ashar. Uma semana depois do seqüestro, o governo atacou a fortaleza do grupo extremista Lashkar-e-Islam. Não está claro se a comunidade cristã que sofreu uma invasão por parte dos extremistas islâmicos na NWFP será atacada novamente. Os cristãos relatam que haviam recebido ameaças para que deixassem a vizinhança, e que o grupo Lashkar-e-Islam exigiu que o proprietário do imóvel onde os cristãos se reuniam parasse de alugar o local para os cristãos. Minoria cristã“Os cristãos e pessoas de outras minorias religiosas são em pequeno número no estado da NWFP”, disse Ashfaq Fateh, ativista pelos direitos dos cristãos no Paquistão. Porém, segundo ele, “os cristãos são, das minorias, os que mais sofrem desde que a guerra contra o terror foi declarada”. Os cristãos da região da NWFP são freqüentemente alertados a se converterem ao islã com ameaça de morte. O Compass documentou quatro casos desde maio de 2007, além de outros não confirmados. Os cristãos moradores do local se sentem aliviados pelo fato dos seqüestrados terem retornado em segurança, disse um líder governamental do distrito de Peshawa, Yusef George. “Eles estão felizes”, afirmou. Alguns moradores, entretanto, temem que o ataque contra os extremistas não cause um impacto duradouro e nem garanta segurança para os moradores, especialmente os cristãos, que temem uma reação por parte dos grupos extremistas. “A situação em Peshawar continua tensa, e todas as agências de segurança estão em alerta”, disse Ashar Dean, que descreveu as barreiras de entrada e saída de Peshawar. “Os cristãos estão em choque e angustiados, mas continuam fiéis à sua fé”. “Mas teremos que esperar para ver o que os aguarda”, alerta Ashar. Ele disse que a operação militar é limitada e está quase no fim. A questão para ele e os outros cristãos é o que acontecerá quando o governo parar de pressionar os grupos extremistas. “Para ser honesto, o seqüestro aconteceu há tanto tempo, e tantas coisas já aconteceram desde então, que agora pensamos quais serão conseqüências”, disse Ashar, que teme que o Lashkar-e-Islam reaja. “Ele vão querer se vingar.”Tradução: Priscilla Figueiredo
Fonte: Compass Direct

Autoridades exigem licença absurda da Igreja da Graça

O Cazaquistão continua tentando fechar todos os lugares de adoração. O último incidente foi levado à Corte contra a Igreja Protestante da Graça, em Semey, no lado oriental. A reivindicação do Corpo de Bombeiros era de que o lugar recentemente construído para cultos não satisfaz as exigências de segurança contra incêndio. Os bombeiros declararam que deve haver uma abertura de seis metros entre o edifício deles e o outro edifício. Porém, um membro da igreja contou que o terreno em volta do local da igreja está completamente vazio. Não há esse outro edifício.Membros da igreja e o advogado deles insistem que todas as licenças necessárias para o edifício foram providenciadas, incluindo a do Corpo de Bombeiros, mas alegam que o tribunal simplesmente as ignorou. Um integrante da igreja contou Forum 18: "Parece que estão tentando fechar nossa igreja com uma desculpa qualquer." As longas tentativas do estado para intimidar a comunidade cristã continuam. Em um caso separado, o prisioneiro soviético por consciência, Yegor Prokopenko, pastor de uma igreja batista não registrada, foi multado pela segunda vez em três anos por manter atividades religiosas não registradas. O promotor local, Tatyana Semynina, comentou que "eles podem acreditar tem todo o que quiserem, mas não podem organizar reuniões religiosas." E avisou que a repressão continuará.Tradução: Tsuli NarimatsuFonte:Forum18 Ne(em inglês)
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