Leia diariamente as mensagens aqui expostas, além de notícias em geral.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Lobos em pele de cordeiro

Aumento dos casos de pedofilia no país assusta a sociedade, leva ao endurecimento da legislação e desafia Igreja a uma tomada de posição.
No Rio, o animador de festas infantis Rogger Peixoto Lucas, de 40 anos, foi preso em novembro sob a acusação de usar sua atividade para aproximar-se de crianças, aliciá-las e cometer abusos sexuais. Algumas dessas crianças eram internas de um abrigo de meninas, onde ele realizava trabalho sociais. Um dia depois, foi a vez de o americano Andrew Kenneeth Grayg ser detido pela polícia fluminense. A acusação – pedofilia, praticada durante anos no seu país de origem, e a suspeita de que tenha seviciado crianças também aqui. Na semana anterior, o país horrorizou-se com uma série de crimes brutais praticados contra crianças no Paraná. Ao longo de 12 dias, quatro meninas foram mortas, não sem antes serem estupradas, por diferentes criminosos. Uma delas, a pequena Rachel Maria de Oliveira Genofre, de nove anos, foi violentada, estrangulada e teve o corpo deixado dentro de uma mala na rodoviária.

A sucessão de casos é apavorante, muitos deles com detalhes bizarros. Em Brasília, um graduado servidor do Senado Federal foi flagrado com imagens no seu computador onde aparece abusando sexualmente de bebês e crianças de até quatro anos de idade. Em São Paulo, um empresário de 32 anos abusava da própria filha de nove transmitia as cenas de sexo ao vivo, através de uma webcam, para centenas de outros pedófilos conectados ao seu programa de mensagens simultâneas.

O que acontece no país são indícios de uma verdadeira tragédia: estima-se que, a cada oito minutos, uma criança é violentada. Todos os anos, são cerca de 60 mil vítimas, segundo a Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH), órgão da Presidência da República. Isso sem falar, claro, nos casos que nunca chegam ao conhecimento da polícia e da Justiça, e que podem bem chegar ao dobro disso. A maioria das vítimas, cerca de 80%, é de meninas entre dois a dez anos idade. E os abusadores quase nunca levantam suspeitas, ao contrário – como no caso do animador de festas. A situação levou o diretor do Abrigo de Meninas Leylá, no Rio, onde Rogger aliciou algumas de suas vítimas, a dar o tom exato da situação: “Jamais poderíamos imaginar que ele fazia isso. Trata-se de um lobo em pele de cordeiro.”

No país do carnaval, onde a sensualidade é tratada como commoditie brasileiro, cada vez mais a sociedade se assusta com a escalada de notícias sobre crimes sexuais contra crianças. É bem verdade que a maior parte desses abusos ocorrem no ambiente doméstico, entre pessoas da mesma família, amigos ou vizinhos. Estima-se que oito em 10 casos ocorram nestas circunstâncias. “Mas isso não é coisa de bêbado. Há muita gente boa na sociedade, inclusive com militância religiosa, envolvida em crimes de pedofilia”, diz o senador Magno Malta (PR–ES), presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia.

Criada em março deste ano, a CPI conseguiu, após um intenso braço-de-ferro com a gigante Google, o acesso aos dados de mais de 18 mil perfis do site Orkut, que continham imagens pornográficas de crianças. Cerca de 80% das denúncias sobre pedofilia na internet referem-se ao site de relacionamentos. “O precedente foi aberto com a assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta assinado pelo Google Brasil e o Ministério Público Federal na CPI da Pedofilia. Agora, eles terão de abrir as portas para outros países. Essa luta em favor da criança é uma causa mundial”, discursou o senador, que é evangélico.

Um dos objetivos da CPI alcançado recentemente, no dia 11 de novembro, foi a aprovação de um Projeto de a Lei que atualiza o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e prevê a tipificação de práticas que, até então, não eram consideradas crimes no Brasil. A partir da sanção presidencial e publicação no Diário Oficial da União, quem produz, reproduz, dirige, fotografa, filma, vende, adquire, armazena ou troca arquivos virtuais com pornografia infantil estará sujeito à prisão de até oito anos. Nos últimos anos, o governo federal e diversas entidades têm promovido diversas campanhas incentivando a população a denunciar casos de abusos contra crianças e adolescentes.

“Lacunas inaceitáveis” – De acordo com Thiago Tavares, presidente da Safernet, uma organização não-governamental que atua na defesa dos Direitos Humanos na internet, a aprovação da lei preenche “lacunas inaceitáveis” que consistiam numa das principais causas de impunidade em relação à pedofilia. Ele lembra que em duas grandes investidas da Polícia Federal contra a pornografia infantil na web, através das operações Carrossel 1 e 2, foram expedidos mais de 200 mandados de busca e apreensão. “E toda essa mobilização só conseguiu prender cinco pessoas. Por quê? Porque não se podia dar voz de prisão para quem apenas portava esse material. O crime era somente para casos de publicação e distribuição”, lamenta.

Fundada em dezembro de 2005, a Safernet criou a Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, que recebe cerca de 2, 5 mil denúncias por dia, das quais cerca de 60% são referentes à pornografia infantil. “Infelizmente, muitas crianças possuem acesso a sites de relacionamentos, ficando expostas ao assédio de pedófilos e também a sites com conteúdo impróprio para crianças”, comenta o psicólogo Rodrigo Nejm, coordenador da área de prevenção da ONG.

É justamente na rede mundial de computadores onde os crimes sexuais envolvendo crianças mais proliferam. Para se ter uma idéia, nas salas de bate-papo do portal UOL, havia uma com o título “incesto”. Mas, é nas salas de bate-papo infantil e nas redes sociais que as pequenas vítimas costumam ser aliciadas e, de forma ingênua, repassam informações pessoais para desconhecidos. “Nós sempre perguntamos durante as palestras: você deixaria seu álbum de fotografias no meio de uma praça? Sua agenda com endereços e informações pessoais? Pois é preciso saber que o Orkut também é um espaço público e pode estar sendo vasculhado por criminosos”, alerta Rodrigo.

Tavares acredita que a internet mudou o perfil das vítimas e potencializou a prática criminosa da exploração sexual infantil. “Antes, as vítimas de abusos pertenciam, em sua maioria, a classes sociais como a D e E. Com a internet, as vítimas geralmente são crianças de classe média, com acesso fácil aos computadores e com conexão banda-larga”. Ele lembra que, se há alguns anos os consumidores de pornografia infantil tinham que se associar a redes criminosas e descobrir fontes para obter vídeos e fotos, hoje ela pode, através da facilidade do mundo virtual, obter isso sem sair de casa. “Mas com as mudanças na legislação, quem obtém esse tipo de material também será criminalizado”, comenta Tavares.

Fragilidade – Os efeitos nas crianças vitimadas pela ação de pedófilos são avassaladores. “É aí que entra a importância da igreja. É lá que muitas famílias buscam ajuda”, destaca Débora Kornfield, autora do livro Vítima, sobrevivente, sofredor – Perspectivas sobre o abuso. Para a escritora, que também é missionária da organização Servindo Pastores e Líderes (Sepal), cuja editora publicou seu livro, é aí que reside um grande conflito: os líderes das igrejas geralmente não estão preparados para atender um problema tão complexo como o abuso sexual infantil. Para tentar dar respostas a este problema, ela ajudou a criar grupos de apoio às vítimas de abuso sexual nas igrejas evangélicas. “É necessário que os líderes desses grupos tenham um grande equilíbrio emocional e sejam dignos de confiança. As vítimas estão muito fragilizadas, seja pela circunstância atual ou mesmo por uma dolorosa recordação do passado”.

Seu envolvimento com tema começou quando se preparava para a conclusão de seu curso de pós-graduação em Assessoramento Familiar. “Em três meses, recebi 17 mulheres de igrejas evangélicas, que me relataram histórias de abusos na infância”. Foi quando se deu conta do tamanho do problema, que castigava também famílias evangélicas. “Muitos abusos tinham suas origens até mesmo dentro do ambiente das igrejas e com a família de líderes cristãos”, destaca. Débora também ouviu o outro lado, o do abusador. “Conheci um rapaz que, na adolescência, havia abusado de crianças. Ele jamais havia contado isso para ninguém, nem mesmo para sua mulher. Um dia, ele teve um colapso nervoso e precisou ser internado num hospital psiquiátrico. A culpa era intensa e, só após esse episódio, ele contou sua história”.

Mas as maiores marcas ficam mesmo nas pequenas vítimas. Que o diga a pedagoga evangélica Marisa Mello Mendes, vítima de abuso pelo próprio pai, quando tinha 11 anos. “Durante muitos anos, associei a imagem do pai como a sendo de um violentador. Foi quando Deus se revelou a mim como Pai, curando minhas feridas. É isso que procuro repassar para as crianças e jovens que nos procuram todos os dias”. Ela se refere à instituição que dirige, a Parábola, que funciona na cidade de São Paulo. A entidade é premiada internacionalmente e reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) por seu trabalho junto a jovens e crianças vitimas da violência. “São cerca de duas mil crianças atendidas todos os anos, e oitenta por cento delas têm histórico de violência sexual.”

Marisa analisa os caminhos trilhados pelas vítimas: “Podem se tornar extremamente tímidas, ter problemas com obesidade, tendências depressivas e comportamento apático. Por outro lado, podem se tornar agressivas, desenvolver compulsão sexual e reproduzir a violência sofrida.” Marisa garante que, em 20 anos de experiência com casos de abusos de crianças, nunca encontrou um agressor sexual que não tenha sofrido a mesma violência na infância ou juventude.

Do carinho ao abuso – Combater o crime sexual contra crianças e adolescentes ou identificar um possível caso de abuso é uma tarefa árdua. Isso porque o tema ainda é tratado como tabu, e apenas uma fração dos casos chega a ser denunciada. “A dificuldade de identificar um agressor sexual é que, muitas vezes, ele é um sujeito comum e acima de qualquer suspeita. Por isso, é preciso dedicar atenção às crianças, perceber mais do que ela demonstra”, explica a psicóloga e pastora evangélica Télcia Lamônica de Azevedo Oliveira, coordenadora do projeto Sentinela, de Londrina (PR). A dica, segundo ela, vale tanto para os contatos virtuais como os físicos. “A gente explica, na linguagem da criança, o que é um carinho, um abraço. Mas quando o adulto começa a passar a mão pelo corpo da criança ou pedir que ela tire a roupa, isso já passa a ser abusivo”.

O Sentinela é um programa federal que, em parceria com os municípios, desenvolve ações de prevenção e assistência às crianças e adolescentes vítimas de abuso sexual. Para a pastora, que coordena também o Núcleo Social Evangélico de Londrina (Nuselon), ligado a Igreja Casa de Oração para Todos os Povos – Ministério Sagradas Missões, é preciso de um envolvimento maior dos evangélicos acerca dessa “cruel realidade brasileira”. “Muitos chegam às igrejas com um histórico de violência sexual na infância, mas não são poucos os casos de abusos que acontecem através de agressores ditos evangélicos”, aponta. A escalada de crimes sexuais contra crianças demonstra bem o tamanho do desafio para a sociedade e a Igreja.

Longa história de abusos - Logo após ser preso, há dez anos, por ter filmado, fotografado e mantido relações sexuais com crianças, o biólogo Leonardo Chain, que trabalhava como instrutor de acampamentos para crianças, defendeu-se de maneira insólita: “Na Grécia Antiga, a pedofilia era comum. Platão nunca foi condenado pelo que eu fiz”. O bizarro é que ele tinha razão. Tão antigo quanto a humanidade, o uso de menores para satisfação sexual de adultos foi um costume tolerado e até mesmo incentivado na Grécia e no Império Romano. Na China, durante milênios, castrar meninos e vendê-los a ricos pederastas foi um comércio legalizado. Conta-se até que Maomé, o profeta do Islã, tinha 53 anos quando casou-se com uma menina de apenas oito. Em casas européias de prostituição, eram celebres os leilões de meninas virgens que, depois de suas primeiras experiências sexuais, eram colocadas para viver nos prostíbulos. Os termos “meninas” ou “raparigas” denotam bem a idade precoce das prostitutas.

No mundo da literatura, o flerte entre arte e sedução muitas vezes saía da mera ficção. O escritor inglês Lewis Carrol (1862-1898), autor de Alice no País das Maravilhas, inspirou-se numa garotinha de 4 anos, chamada Alicia Lidll. O assédio dele pela menina era tão intenso que os pais da criança o proibiram de aproximar-se da filha. Já o romance Lolita, do russo Vladmir Nabokov (1899-1977), retrata a história de um padrasto europeu que se apaixonou pela enteada adolescente. Mais recentemente, o cineasta polonês Roman Polanski admitiu ter feito sexo com uma menina de 13 anos, quase trinta anos mais jovem que ele. Desde então, Polanski é considerado foragido pela polícia norte-americana.

Em artigo publicado pelo jornal carioca O Globo, o filósofo Olavo de Carvalho escreveu que “por toda parte onde a prática da pedofilia recuou, foi a influência do cristianismo – e praticamente ela só – que libertou as crianças desse jugo temível”.

Mundo perdido - Se no Brasil os pedófilos se esgueiram entre as conexões de internet e muitos casos envolvem raptos seguido de abusos contra crianças, em países como os Estados Unidos e a Holanda eles chegam a se organizar oficialmente. Na América, há uma associação gay conhecida como North American Man and Boy Love Association, a Nambla, cuja tradução literal já explicita as intenções: “Associação do amor entre homem e garoto”. A entidade conta com o apoio de intelectuais, como a polêmica escritora Camille Paglia, e já teve seus membros denunciados por participação em redes de pedofilias internacionais.

Na Holanda, a coisa vai além. Homologado pelo Tribunal Internacional de Haia em 2006, um grupo fundou um partido político assumidamente pedófilo. Com o singelo nome de Partido Para o Amor Fraternal, Liberdade e Diversidade, a primeira meta proposta pelos pedófilos é apresentar um projeto legislativo que autorize crianças de 12 anos a manterem relações sexuais com adultos.
Fonte: Cristianismo Hoje

Ameaças aos cristãos na época de Natal

IRÃ (3º) - Segundo o Middle East Concern (MEC), ex-muçulmanos de diversas cidades do Irã foram intimados às delegacias da polícia secreta, onde eram forçados a assinar documentos afirmando que não se reuniriam para celebrar o Natal.

Também foi noticiado que líderes de igrejas domésticas formadas por ex-muçulmanos, em três províncias do país, estão sendo acusados de espionagem internacional e, por conta disso, sofreram sérias ameaças caso entrem em contato com outros líderes cristãos, tanto dentro como fora do Irã.

O MEC pede orações:

1. Que os irmãos ameaçados experimentem o amor profundo do Deus Pai, a paz e a presença do Deus Filho e a sabedoria do deus Espírito.
2. Que os líderes de igrejas domésticas recebam a proteção de Deus durante essa época de festas.
3. Que as autoridades envolvidas nesses casos conheçam as boas novas de Jesus e se abram a elas.


Tradução: Daila Fanny

Fonte: Middle East Concern

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Regulamentações dificultam a legalização de Igrejas Protestantes


TURQUIA (34º) - Na cidade de Samsun, na costa ao norte da Turquia, a congregação da Associação da Igreja Ágape esta cercada e resiste à hostilidade islâmica contra sua presença.

Nos últimos três anos, os membros da igreja Ágape têm suportado abusos verbais e alegações falsas da parte de vizinhos nacionalistas e muçulmanos.

O pastor recebeu ameaças de morte e o edifício da igreja foi alvo de vandalismos, tudo numa tentativa de impedir aproximadamente 30 cristãos de fazerem uma reunião.

As autoridades locais também tomaram parte na oposição contra a igreja, ameaçando-a com ações legais baseadas em acusações falsas.

Apesar de ser uma “associação”, status que permite alguma proteção legal, a Igreja Ágape foi ameaçada com um processo, devido ao fato de seus membros penduraram nas paredes da igreja alguns versículos das Escrituras e uma cruz.

A secretaria provincial de Associações inspecionou o prédio e ordenou que retirassem os artigos, porque eles faziam as salas alugadas parecerem uma igreja.

“Não mudamos a decoração, pois ter uma cruz ou versículos nas paredes não é crime”, disse Orhan Picaklar, pastor da igreja. “Se assim fosse, então associações muçulmanas teriam de retirar suas decorações: versos do Alcorão, bênçãos e imagens da caaba em Meca. Não alteramos nada”.

Atitude discriminatória

Foi esse tipo de perseguição que levou a Aliança das Igrejas Protestantes da Turquia a escrever seu último relatório, publicado no mês passado. A Aliança, fundada em 1989, representa 34 igrejas por toda a Turquia e atua como um grupo de suporte e apoio legal.

O relatório foca as obstruções legais infundadas que as congregações cristãs têm enfrentado na hora de construir prédios de igrejas. Os autores do relatório disseram ao jornal Compass que as congregações não deveriam, em princípio, ter de se reunir como “associação”, uma vez que a lei proporciona, pelo menos teoricamente, a possibilidade de se estabelecer “lugares de culto”.

Segundo o relatório, o fato de as igrejas terem de se cadastrar como associações é, na verdade, uma atitude essencialmente discriminatória.

“Um lugar de culto para grupos religiosos é de importância crucial; eles precisam desses lugares de culto para sobreviver e se desenvolver”, disse um membro do comitê legal da Aliança.

“O processo para tornar-se um lugar de culto, apesar de legalmente possível, é, na prática, quase impossível. Por causa disso, percebemos a necessidade de discutir esse assunto. Gostaríamos de trazer o assunto à atenção de entidades nacionais e internacionais”.

O Estatuto 3194 de Assuntos Públicos, de 2003, que regulamenta a construção de prédios para fins religiosos, recebeu emenda devido às pressões da União Européia. A regulamentação revisada usa atualmente a frase “lugares de culto” em lugar de “mesquitas”. Isso levou os cristãos a solicitar a alteração do status de suas igrejas, que antes eram cadastradas como “escritórios”, “residências” e “depósitos”.

Essa mudança na lei abriu caminho para que esses lugares de culto cristãos pudessem ser “re-zoneados” e registrados legalmente como igrejas.

Mudança impossível

No entanto, as solicitações para mudança de status têm sido até agora, rejeitadas pelas municipalidades alegando-se várias razões.

A igreja protestante Besiktas está esperando o resultado da solicitação que fez para mudar seu status. Nenhuma igreja jamais teve este tipo de pedido atendido.

“Todos os documentos foram entregues há dois anos; mas a resposta simplesmente não chega”, disse um membro da igreja Besiktas. “Não querem dar a decisão. O fato de um grupo conseguir que um prédio comum receba um novo zoneamento seria um precedente que realmente não desejam ver”.

“O governo recomenda isso: ele quer que as igrejas se tornem associações”, disse o membro da igreja Besiktas. “Podemos muito bem fazer isso”.

Apesar de esse ser um grande passo na luta das igrejas da Turquia para alcançar legitimidade, o fato de estarem registradas como associações não as livra de perseguições e maus-tratos.

“Estar organizado como associação não muda o zoneamento do prédio”, disse um membro da igreja Besiktas. Somente recebendo o status legal de “lugar de culto” a celebração de um culto se tornaria legal. “Só assim você celebrará cultos em um lugar separado para esse propósito”.

Além da igreja Besiktas, o relatório da Aliança também cita os casos de mais quatro outras congregações ameaçadas de fechamento devido a processos baseados em violação das leis de zoneamento. É esse tipo de perseguição que as congregações têm esperança de prevenir com a mudança da classificação de seus prédios.

Quatro outras congregações tiveram suas petições para construir “lugares de culto” rejeitados; em cada um dos casos as autoridades disseram que não havia um local adequado disponível.

Tradução: Celiz Elaine

Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

O Escândalo do Natal

“Para nossos midiáticos dias, onde pregadores se travestem de mariposas espirituais - sempre em busca das luzes de um palco onde possam ser a estrela principal do show, o quase anonimato do nascimento de Jesus é um escândalo”. Lembrando-se do texto bíblico que diz que o evangelho é “...escândalo para os judeus e loucura para os gregos” (I Co. 1.23), o pastor e escritor Philippe Leandro, comenta os fatos relatados na narrativa do Novo Testamento do nascimento de Cristo e faz uma reflexão contextualizada sobre o Natal. Leia o artigo, na íntegra.

Nossos ouvidos, moucos - pela enxurrada de sermões açucarados, do tipo auto-ajuda, que atualmente assolam os púlpitos - são despertados pela declaração de Paulo: “...escândalo para os judeus e loucura para os gregos” (I Co. 1.23).

Desacostumados à contundência das verdades bíblicas, parece um exagero do apóstolo. Não é não. O Espírito Santo relembra que, sete séculos antes, o profeta Isaías já o havia predito, no que é corroborado pelo apóstolo Pedro (Is. 8.14-15 e I Pd 2:8). Repetições não são acidentes na Bíblia, ainda mais em livros e testamentos diferentes. Certamente é algo importante, que Deus quer enfatizar.

Prestamos atenção ao texto e já destacamos na primeira palavra. Escândalo é um daqueles morfemas que tiveram sentido alterado. Recorda-nos o mestre Barclay que “skandalon” já é uma apócope de “scandalethron”, que significa o gatilho da armadilha, a parte ligada à isca, onde, ao pisá-la, o animal fica preso ou morto. No sentido teológico é o que aprisiona, o que impede o progresso; aquilo que associado à uma isca, leva à ruína, à morte espiritual.

O escândalo inclui não só a cruz, mas toda a vida de Cristo, iniciando com seu nascimento.

É ou não escândalo, a gestação fora dos padrões do matrimônio? Até José, mesmo justo, ficou abalado. Se não fosse o anjo lhe aparecer em sonho, teria desfeito o contrato de casamento. Simpatizamos com ele. Imagine, pessoalize a situação: sua noiva, ou a noiva do seu filho, retorna da casa de parentes, e lhe comunica: estou grávida de três meses! Não duvido que, em moralismo farisaico, propuséssemos o apedrejamento dela (Lc. 1.26-45 e v.56; Mt. 1.18-25 e Dt. 22.20-21).

Para nossos hiper-modernos e midiáticos dias, onde pregadores se travestem de mariposas espirituais - sempre em busca das luzes de um palco onde possam ser a estrela principal do show, o quase anonimato do nascimento de Jesus é um escândalo. Se o Jerusalem Post já existisse, não lhe dedicaria uma mísera linha.

Mais ainda, que desperdício! Além de não escolher os magníficos templo e palácio existentes em Jerusalém, o Natal ocorre numa cidade dormitório, em um subúrbio, uma periferia da capital! E nem ao menos numa maternidade ou num hospital de primeira classe – mas num estábulo, verdadeiro desacato às normas sanitárias.

Enxoval de luxo? Que nada! Diversamente dos profetas que servem Mamom mais que a Deus, que valorizam tanto as riquezas que elas ocupam a maior parte de suas prédicas, O criador do universo, o doador de todas as riquezas, resolve ser pobre. É vestido com roupas de pobre, e a oferta que seus pais oferecem é a prescrita para os mais pobres (Lc. 2.7, 22-24 e Lv. 12.8). Nem berço teve, foi adormecer num cocho.

Suas primeiras visitas? Nenhuma figura importante. Nenhum sacerdote, bispo, primaz, cardeal, apóstolo, semideus, ou sei lá mais que títulos fariam parte da nossa lista. Ao contrário, uma caterva de pastores – cidadãos de baixa classe, gente humilde, trabalhadora, sempre cerimonialmente impuros, desqualificados para as celebrações religiosas. As visitas seguintes – um escândalo maior. Gentios, de outra religião, envolvidos com astrologia e magia, Os magos eram uma casta sacerdotal do Zoroastrismo medo- persa; equivalente aos levitas no Judaísmo israelita.

Que nascimento! O registro dos discursos é um paradigma do que se evita apresentar aos auditórios atualmente. Chamá-lo rei e Senhor - politicamente incorreto, é subversão a Herodes e a César; chamá-lo Messias – religiosamente incorreto, é ofensivo aos judeus.

Completamente inverso aos deuses mitológicos, o verdadeiro Deus, o Onipotente, o Onisciente, o Onipresente, escolhe se tornar frágil, um bebê dependente dos cuidados de sua jovem mãe; escolhe se tornar um aprendiz e se limitar ao Oriente Médio. O Eterno se torna mortal.

Nesse espírito, desejo a você, caro leitor: um feliz - e escandaloso – Natal, com celebrações reformuladas, se pretendemos coerência ao homenagear o aniversariante. (Por Philippe Leandro)
Fonte: Agência Soma

Repercute a anunciada separação de Igreja e Estado

A decisão do Reino Unido de instaurar a separação entre Igreja e Estado, anunciada esta semana, pode significar que a Igreja Anglicana perderá seus privilégios num prazo de 50 anos.

O anúncio, feito pelo secretário de Estado de Imigração, Phil Woolas, no sítio “Religión Digital” do dia 18 de dezembro, apresenta a consistente razão de que o país tornou-se “multiconfessional”. Conquanto essa posição possa significar um avanço há muito aguardado, mesmo que os motivos estejam bem sustentados por razões de Estado, deve ter efeitos positivos no tempo atual, por causa da realidade há muito marcada pela pluralidade.

A decisão anunciada certamente provocará reações antagônicas, apesar de aguardada, podendo criar espaços de liberdade para a vida religiosa e a política, incluída a resultante das relações Estado-Igreja, avaliam especialistas. Entre as primeiras conseqüências, previsíveis, estarão a dessacralização dos assuntos de Estado e a desestatização dos assuntos eclesiais, a um só tempo.

Mesmo que esse tema e a decisão de agora já tenha provocado debates, ainda será alvo de muitas discussões na Igreja, no governo e na sociedade. É possível entender que o tema volte ao debate de tempos em tempos, bem como explique o prazo de meio século destinado à implantação, a ser usado para a preparação da Igreja, da monarquia parlamentarista e da sociedade, ponderou o reverendo Eduardo Grillo, da Paróquia São Lucas, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. O maior impacto certamente não será a compreensão dos princípios, mas as implicações práticas para a comunidade de fé e dentro das instituições governamentais e eclesiais.

Já pensando nos impactos da desvinculação da Igreja Anglicana do Estado, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, adiantou que tal fato “não seria o fim do mundo”, mas, pelo contrário, poderia ser benéfica. O líder da comunhão anglicana mundial afirmou, em entrevista à revista “New Statesman” que, com a separação, algumas confissões poderiam inclusive beneficiar-se, ao se desvincularem do governo. Mesmo assim, ele que não acredita que seja o momento de fazê-lo, porque a posição da fé na vida pública não está muito segura.

Um efeito poderá ser uma percepção mais verdadeira da realidade, para a Igreja, destacou Grillo, apesar do impacto financeiro que ela poderá ter em algumas situações específicas. Ao mesmo tempo, ele entende que uma decisão dessa natureza poderá levar tempo para ser efetivada, porque a tradição britânica é de estudar demoradamente uma situação, procurando ver todos os lados, antes de efetivá-la.

As declarações de Williams surgem semanas depois de dizes que entende porque alguns defendem a desvinculação da Igreja do Estado, fato que pode acabar com a atual posição da rainha como chefe da Igreja da Inglaterra e também com o direito dos bispos ocuparem cadeiras na Câmara dos Lordes.

Ele lembrou que recebeu formação numa Igreja separada do Estado, como é a de Gales, assinalando possíveis vantagens burocráticas para a Igreja, como o sínodo não precisar apresentar uma decisão eclesial ao Parlamento regional, após ter aprovado ou rejeitado algum assunto.

Williams mostrou-se preocupado, contudo, com os motivos de muitos dos que defendem essa separação, assinalando que há quem queira expulsar a religião da vida pública, algo com o que não concorda. Já o pároco brasileiro admitiu não saber o significado mais amplo da decisão, mas disse que tal situação pode colocar a Igreja mais próxima da realidade, com os pés mais firmes no chão em que deve anunciar o evangelho, e perder um pouco desse ar de corte e de palácio, que surge em alguns espaços eclesiais.

Fonte: ALC

Polícia secreta obriga cristãos a não comemorar o Natal

IRÃ (3º) - Com a aproximação das festas de Natal e de Ano Novo, o Ministério de Informações (polícia secreta islâmica) começou a intimidar e ameaçar os cristãos iranianos, em especial os novos convertidos, como fez nos anos anteriores,

Nos últimos dias, oficiais de agências de inteligência intimaram muitos cristãos nas províncias de Tabriz, Shiraz, Sanandaj, e obrigaram-nos a garantir por escrito que não celebrariam o Natal.

A FCNN (Rede de Notícias Cristãs em Farsi) também informa que em Tabriz e Shiraz, alguns líderes da rede de igrejas domésticas Nedjat foram intimados pelo Ministério de Informações e acusados de espionagem para estrangeiros.

Com muita violência, foram obrigados a não ter contato com outros líderes cristãos dentro e fora do país.

Essa mesma situação se repetiu em outras partes do país.

Tradução: Daila Fanny

Fonte: FNCC

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Livro-texto encoraja discriminação religiosa


TURQUIA (34º) - O Ministério da Educação da Turquia introduziu um livro-texto escolar que estimula a discriminação da pequena comunidade cristã do país.

Isso aconteceu apesar de ser cada vez maior a atenção que a comunidade internacional sobre a violência contra não-muçulmanos na Turquia.
O livro – Educação Primária: a História das Reformas da República e Atatürkizmo – é dirigido para alunos de 13 anos e foi publicado neste ano pelo Devlet Livros [Estatais].

O controverso texto descreve a atividade missionária como ameaça à unidade nacional, destruindo valores nacionais e culturais pela conversão do povo a outra religião.

O texto acusa missionários de usar catástrofes naturais, como terremotos, para servir seus próprios interesses e alerta as crianças da intenção subversiva dos missionários. O livro também dá dicas de como reconhecer suas atividades.

Um representante da Aliança de Igrejas Protestantes da Turquia disse: "Para o Estado e a sociedade turcos, as palavras ‘atividade missionária’ encapsulam não só o trabalho de missionários estrangeiros, mas toda a atividade cristã no país. Durante anos, o Estado e outros grupos têm espalhado o boato de que os cristãos turcos são parte de uma conspiração estrangeira para destruir a Turquia. Essa é a mesma mentalidade destorcida que levou jovens a praticarem numerosos ataques contra nossas igrejas, jovens que acham que somos agentes de CIA ou algo similar”.

A comunidade cristã forma menos de 1% da população da Turquia de 70 milhões de pessoas. Há preocupação de que o sistema de educação irá marginalizar a população cristã local.

Desde o ano 2000, o governo turco tem usado campanhas estatais para influenciar a opinião pública a respeito de muçulmanos apóstatas e atividades cristãs no país.

As autoridades informam as forças de segurança sobre atividades missionárias; produzem e publicam relatórios, conduzem seminários e pregam sermões em mesquitas sobre o assunto, além de ordenar que funcionários públicos falem publicamente sobre os perigos que essa atividade representa.

Tal atitude continuou vigorosamente em 2006 e 2007, quando houve alguns ataques fatais contra cristãos. Um pouco depois do episódio de Malatya, Niyazi Guney, do Ministério da Justiça, declarou diante da Comissão de Justiça na Assembléia Nacional que a atividade missionária na Turquia era mais perigosa que ataques terroristas, e comparou essa atividade com os últimos dias do Império de Otomano.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: Christian Solidarity Worldwide

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Ataques contra cristãos devem ser tidos como terrorismo

Os ataques contra os cristãos na Índia devem ser reconhecidos pelo governo como verdadeiros atos de terrorismo. É o que pedem os bispos indianos, comentando a aprovação na última quarta-feira, 17, de dois projetos de lei sobre o tema.

Segundo os bispos, a definição de terrorista que os projetos de lei apresentam é limitada e deveria, ao invés, aderir àquela indicada no National Security Guard Act de 1986, que define terrorista quem realiza “atos com o objetivo de intimidar o governo, semear o terror entre as pessoas ou desestabilizar a harmonia social”, utilizando “bombas, dinamites, substâncias explosivas ou inflamáveis, armas de fogo ou outros instrumentos que sejam capazes de matar ou destruir propriedades essenciais para a vida da comunidade”.

“Uma definição que corresponde às violências dos fundamentalistas hindus contra os cristãos em Orissa. Além do mais, em relação às vítimas das perseguições e dos ataques terroristas de Mumbai, os bispos pedem que o Natal seja festejado sem exageros, evitando ostentações”, sublinham os bispos.

Enquanto isso, as violências anti- religiosas no país não cessam. No último dia 16 de dezembro, foi seqüestrado um líder cristão muito estimado no distrito de Kandhamal, em Orissa. “O homem foi agredido por um grupo de 50 pessoas quando estava em companhia de seu filhos, que conseguiram escapar”, diz a agência Asianews.

Padre Ajay Singh, da Arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, refere que após as violências desencadeadas no último mês de agosto por causa do assassinato do líder hindu Swami Saraswati no país, “a situação não mudou muito, e nos campos de refugiados o inverno está tornando as condições de vida ainda mais difíceis. São mais de 11 mil as pessoas acampadas nos centros”.

Fonte: Gnotícias

sábado, 20 de dezembro de 2008

Decreto restringe entrada de missionários e ONGs em terras indígenas.

BRASIL (*) - Já está na Casa Civil, aguardando a assinatura do Presidente, mais um decreto de lei que restringe a entrada de missionários, pesquisadores e ONGs em terras indígenas.

Se assinado, pessoas físicas e jurídicas que queiram desenvolver atividades nas reservas indígenas terão que enviar ao Ministério da Justiça um plano de trabalho que especifique o objetivo do projeto. Dependendo da área, também será obrigada a entrega do plano ao Ministério da Defesa e ao Conselho de Defesa Nacional. Aqueles que já estão em área terão 180 dias para submeter seus projetos a tais órgãos e, possivelmente, terão que deixar a área até sair a aprovação.

Leia notícia completa em Cristianismo Hoje.



Fonte: Cristianismo Hoje

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Vila cristã nas Molucas é alvo de incêndio


INDONÉSIA (47º) - Uma vila predominante cristã em Masohi, Ilhas Molucas, foi incendiada no dia 9 de dezembro. O incidente causou a destruição de 67 casas, dois edifícios da Igreja Protestante das Molucas (GPM), um salão da vila, dois carros e uma motocicleta.

Na manhã daquele dia, cerca de 500 manifestantes se reuniram no escritório da Secretaria de Educação e do quartel-general da polícia. Eles tinham recebido um folheto que acusava a professora cristã de uma escola primária, Welhelmina Holle, de insultar o islamismo enquanto monitorava uma de suas alunas.

“Welhelmina negou veementemente a alegação. É possível que o caso tenha sido inventado a fim de estimular o ódio”, disse a pastora Sarah Latuny, da GPM de Masohi.

“Mas, mesmo se a acusação fosse verdadeira, não justifica a violência. A questão deve ser resolvida pelos meios legais”. A polícia manteve a professora sob sua custódia.

O protesto pacífico logo se tornou um conflito feroz. A multidão – armada com instrumentos afiados, pedras e bastões – feriram três pessoas (duas foram internadas no hospital local), e atearam fogo aos estabelecimentos. Um policial foi gravemente ferido ao tentar conter os agressores.

“Em meio ao caos, nossa prioridade foi proteger os moradores da vila. Como representantes da igreja, pedimos-lhes que fossem pacientes e que evitassem retaliação. O ciclo de violência nunca vai terminar se combatermos a violência com violência”, disse a pastora Sarah.

A situação se acalmou no fim da tarde.

No momento, há militares na área. As pessoas estão amedrontadas e evitam lugares públicos, como o mercado, relatou a pastora Sarah. Mais de 300 cristãos e muçulmanos que perderam suas casas estão refugiados na casa de parentes, em uma vila próxima, ou em tendas, atrás da infantaria de Masohi.

Visita aos desabrigados

Autoridades governamentais, incluindo o governador das Molucas e o chefe regente das Molucas centrais, visitaram os aldeões desalojados no dia 10 de dezembro. Eles lamentaram o fato de as autoridades não impedirem o ataque e terem sido lentas para conter os protestos.

Eles também exigiram que o governo reconstruísse sua vila e suas casas.

Nesse ínterim, a polícia prendeu Asmara Wasahua, candidato a senador do Partido Islâmico do Bem-Estar e da Justiça, na noite do protesto. “Ele é acusado de mobilizar a multidão a protestar e a distribuir os folhetos”, disse o chefe de polícia das Molucas, Mudji Waluyo, como relatado em um artigo de notícia online.

A professora cristã Welhelmina é também considerada suspeita. Ela foi acusada de desrespeitar o Artigo 156-a do código penal sobre a blasfêmia. Blasfemadores podem ser sentenciados a, no máximo, cinco anos na prisão.

Cenário de violência

Antes desse incidente, outra vila cristã nas Molucas foi saqueada e queimada em maio de 2008, matando três pessoas e destruindo 116 casas. As Ilhas Molucas foram campo de batalha de conflitos religiosos intensos entre as comunidades cristãs e muçulmanas de 1999 a 2002, matando 7 mil pessoas.

“Interceda pelas Molucas Centrais, para que o governo seja justo ao considerar nosso pedido, responda nossas necessidades, sirva a seu povo de todo o coração e, mais importante ainda, mantenha a paz, impedindo que tais atrocidades aconteçam outra vez”, disse a pastora Sarah. “Nós precisamos de suas orações para nos fortalecer.”


Tradução: Simone Camillo



Missão Portas Abertas

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Manifesto defende missionários em campos indígenas

Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lança manifesto respondendo às principais críticas feitas à evangelização indígena.
Três recorrentes questionamentos são feitos com relação à presença missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil. O primeiro é de que tal presença destrói a cultura dos índios, o segundo acusa os missionários de utilizarem o trabalho social como fachada para a evangelização e, o terceiro, aponta a presença missionária em área indígena como ilegal.

Foi para responder a tais acusações que a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lançou, na última semana, seu manifesto oficial.

O manifesto começa com um resumo da situação atual dos índios no Brasil. Ressalta o quanto o universo indígena é heterogêneo, sendo formado por uma grande diversidade cultural e lingüística. “A realidade de um grupo indígena não é a realidade de todos, bem como sua jornada”, explica o relatório. “O universo indígena é formado tanto pelos índios citadinos semi integrados ao ambiente não indígena, quanto pelos índios da floresta que desejam manter distância, e por um leque enorme de categorias entre estes dois pontos”, completa.

Seu relatório segue com a demonstração de como a cultura humana é dinâmica provocando e sofrendo processos de mudanças. Seja por motivações internas ou a partir de trocas interculturais, “cabe ao próprio grupo refletir sobre sua organização social, tabus e crenças. Cabe também ao próprio grupo promover, ou não, ajustes sociais que julguem de benefício humano”, ressalta a AMTB.

O antropólogo Rouanet também é citado no manifesto, bem como sua visão de que “a cultura humana não é o destino do homem e sim seu meio de liberdade”. Dessa maneira, “é também respeito cultural conceber ao indígena o direito de realizar escolhas, voluntárias e desejadas, dentro de seu próprio bojo pessoal e social”, afirma o relatório da AMTB.

Em outras palavras, toda e qualquer sociedade e cultura está em constante transformação e exposta a diversas influências e, a cultura indígena, não é exceção. Sendo que a influência religiosa, e, no caso, das missões evangélicas, trata-se de apenas mais uma entre tantas, não sendo nem mesmo a principal. Assim, ela não deve ser condenada desde que esteja ocorrendo de forma aceitável, isto é, sem imposição.

O manifesto ressalta como toda “imposição é nociva e desrespeitosa” e “nenhum elemento deve ser imposto a uma sociedade, seja indígena ou não indígena, sob nenhum pressuposto”.

Assim, “as motivações missionárias evangélicas para o relacionamento com as sociedades indígenas devem ser igualmente respeitadas. Motivação religiosa não deve ser confundida com imposição religiosa”, observa a AMTB.

Catequização X Evangelização - Tal confusão é feita com freqüência pela sociedade e órgãos responsáveis. O manifesto aponta o quanto há grave diferença entre a catequese e a evangelização.

A evangelização difere-se da catequese em relação ao conteúdo, abordagem e comunicação. O conteúdo da catequese é a Igreja, com seus símbolos, estrutura e práticas, sua eclesiologia. O conteúdo da evangelização é o evangelho, os valores cristãos centrados em Jesus Cristo. A abordagem da catequese é impositiva e coercitiva. A abordagem da evangelização é dialógica e expositiva. A catequese se comunica a partir dos códigos do transmissor, sua língua e seus costumes importando e enraizando valores. A evangelização se dá com a utilização dos códigos do receptor, sua língua, cultura e ambiente, respeitando os valores locais e contextualizando a mensagem.

Bráulia Ribeiro, missionária e ex-presidente da Jocum (agência missionária Jovens com Uma Missão), em entrevista para o CRISTIANISMO HOJE (confira a entrevista), observou que “o trabalho considerado `religioso´ só acontece em populações aculturadas e a pedido destas mesmas populações. Não existe, pelo menos de nossa parte, uma `catequese´ sistemática. Tudo acontece no contexto de relacionamento”.

A diferenciação entre catequese e evangelização torna-se essencial visto que sua não clareza é fonte para diversas criticas às missões indígenas evangélicas. Além disso, o histórico das relações catequistas no passado entre colonizadores e índios, também geram controvérsia em relação às influências para as culturas indígenas.

O manifesto afirma que a postura antropológica brasileira, não intervencionista, é, em grande parte, “influenciada também pela culpa coletiva pelo passado, pela forma desastrosa como os indígenas foram julgados e condenados”, o que é compreensível. Porém, a AMTB também atenta para o fato de que “postura semelhante se viu na Alemanha pós-nazista que, de uma xenofobia causticante, se extremou por algum tempo nos caminhos de uma tolerância radical ao diferente, qualquer diferente, mesmo o nocivo socialmente”.

“O mito da tolerância cultural absoluta nos tirou a capacidade de perceber os seres humanos por trás da coletividade indígena”, afirma Bráulia. Assim, o manifesto defende a idéia de que as chamadas mudanças culturais, em lugar de causar rápida rejeição, devem ser observadas de forma mais íntegra, ou seja, se tais mudanças são voluntárias e desejadas.

“O machismo, na América Latina, embora seja cultural, é atacado e limitado por políticas públicas que vêem neste elemento cultural um dano ao próprio homem e sociedade. O jeitinho brasileiro, que patrocina a corrupção e tolerância de pequenos delitos, apesar de ser resultante de elementos também culturais não deixa de ser compreendido como nocivo ao homem. Como tal não é aceito pela sociedade como desculpa para a continuidade de práticas danosas à vida. O mesmo poderíamos falar a respeito do racismo. Nestes três casos a universalidade ética é evocada e aceita de forma geral pela sociedade e os direitos humanos são reconhecidos. Por que não no caso de elementos culturais nocivos à vida, como o infanticídio e conflitos étnicos, em contexto indígena?”, questiona a AMTB.

Missionários e a conservação da cultura indígena - Aryon Rodrigues, autor de Línguas indígenas — 500 anos de descobertas e perdas, estima que, na época da conquista, eram faladas 1.273 línguas, ou seja, perdemos 85% de nossa diversidade lingüística em 500 anos. “Precisamos perceber que a perda lingüística está associada a perdas culturais complexas, como a transmissão do conhecimento, formas artísticas, tradições orais, perspectivas ontológicas e cosmológicas”, observa o relatório. Aqui, mais uma vez compreendemos o “medo histórico” da influência na cultura dos índios.

“Mas, em uma observação imparcial, destituída de pressupostos discriminatórios quanto à evangelização, perceberíamos que diversas sociedades indígenas que mantém um relacionamento mais próximo com missionários evangélicos valorizam mais sua própria cultura e língua do que no passado”, observa o manifesto.

O que é justificável se considerarmos que “muitas línguas teriam desaparecido se não houvesse o trabalho lingüístico feito pelos missionários. No esforço para alfabetizar e traduzir a Bíblia, é preciso fazer a análise lingüística e a descrição gramatical dos idiomas nativos. Então, essas línguas são estudadas profundamente”, como afirma o pastor Edward Gomes da Luz, presidente da MNTB (Missão Novas Tribos do Brasil).

“Nenhum lingüista de qualquer universidade se aprofunda tanto nesse trabalho quanto os missionários cristãos. Finalmente, vem a tradução da Bíblia, a escrita de histórias pela própria comunidade, os mitos etc. Com isso, acontece o registro dos códigos daquela língua – e efetivamente, a sua perenização”, completa Edward Gomes, também em entrevista ao CRISTIANISMO HOJE (confira a entrevista).

O pastor completa que “a língua é a expressão da alma, da cultura de um povo, e evidentemente é preciso conhecer profundamente a cultura também'. Além disso, 'é sabido que a lingüística e a antropologia têm o seu berço nos relatos dos missionários. Provavelmente, o último símbolo lingüístico descoberto, a `glotal sonora´, foi descrito por um missionário chamado Valteir, que trabalhou com o povo dow do Amazonas”, exemplifica Edward.

Segundo a AMTB, muitas línguas com risco de extinção ou experimentando épocas de desvalorização junto ao próprio grupo foram e são alvo de projetos lingüísticos que tendem grafá-las, produzir cartilhas de alfabetização, fomentar o seu uso e garantir sua existência para a próxima geração. O manifesto mostra como os lingüísticos evangélicos atuam na produção de material de relevância para a preservação lingüística e seu uso em meio ao próprio povo em cerca de 80 idiomas no momento. 'Trabalho este nem sempre reconhecido pelo segmento acadêmico, por discriminação religiosa e pela intenção de tradução da Bíblia para tais línguas”, lamenta o relatório.

Presença missionária ilegal?- O manifesto da AMTB afirma ter seguido as orientações da IN 2 expedida pela presidência da FUNAI em 1994, ao ingressar com pedido, em tempo hábil, de celebração de convênios. No entanto, “esse órgão, aparentemente, não deu o devido valor à própria legislação que expediu”, conforme afirma o relatório, já que até hoje as agências missionárias não obtiveram resposta quanto a este processo.

Os missionários, porém, receberam abaixo-assinados de várias comunidades indígenas solicitando sua permanência nas aldeias. “Portanto, se nenhum missionário está em área indígena portando documento de permissão de ingresso emitido pela FUNAI-Brasília, possui a documentação mais importante de todo o processo de concessão de entrada nas áreas indígenas: a permissão dos próprios indígenas”, afirma a AMTB em seu relátório.

“Além do mais, no geral, as atividades missionárias são desenvolvidas em harmonia com as diversas ADRs [Agência de Desenvolvimento Regional] ao redor do país. Em outras palavras, os missionários não estão ilegais nas aldeias, embora não estejam regulamentados pelo órgão oficial responsável pela política indígena do Brasil”, completa o manifesto.

Edward Gomes da Luz observa que “infelizmente, existe uma discriminação contra os missionários, e sempre somos vistos como maléficos e prejudiciais aos índios. É este conceito que tem influenciado as decisões dos juízes – e não os fatos, a verdade”.

Projetos sociais - “Quando fizemos o contato com os zo’é, eles estavam sendo dizimados por malária Falciparum, endêmica na região. Com um tratamento intenso, conseguimos reverter o quadro e a população passou a crescer 10% ao ano. Se não tivéssemos feito o contato, eles teriam desaparecido em pouco tempo”, observa o presidente da MNTB.

Baseado em exemplos como este, o manifesto da AMTB afirma estar certo de que “as centenas de ações sociais, sobretudo nas áreas de saúde, educação e valorização cultural, coordenadas por missionários evangélicos têm contribuído, e muito, para o aumento populacional e melhor qualidade de vida entre as etnias indígenas em nosso país”.

Segundo o relatório, “há dezenas de casos, como os Dâw, Wai-Wai, Nadëb e tantos outros que passaram por um verdadeiro ciclo de crescimento populacional, restauração da valorização da cultura e língua e melhoria de qualidade de vida através de projetos missionários durante décadas em seu meio”.

Em 2007 as agências missionárias evangélicas promoveram mais de 50.000 atendimentos médicos e odontológicos entre as populações indígenas em nosso país através de agentes de saúde permanentes ou clínicas móveis em terra indígena.

“Atualmente a Igreja evangélica tem repensado cada vez mais o seu papel como agente de transformação Social. Numa visão de evangelho integral, iniciativa e projetos surgem a cada dia, é natural que tais iniciativas contemplem também os povos indígenas”, observa o manifesto.

O relatório também lamenta que a linha de isolamento da política indigenista seja uma barreira para que recursos humanos, materiais e de tecnologia social, oriundos dos segmentos evangélicos possam chegar aos indígenas que, como seres humanos e brasileiros têm direitos e necessidades.


Clique aqui para ler o manifesto da AMTB na íntegra

Fonte: Cristianismo Hoje

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Site com conteúdo cristão é bloqueado


MALDIVAS (4º) - No dia 29 de novembro, o Ministério de Assuntos Islâmicos das Maldivas anunciou que bloquearia um site nos idiomas dhivehi e inglês que estaria promovendo o cristianismo entre os maldívios.

Quando a agência de notícias independente Minivan News, das Maldivas, procurou interrogar o ministro de Assuntos Islâmico, Dr. Abdul Majeed Abdul Bari, sobre a censura e o conteúdo do site, o ministro não quis se pronunciar.

Fazendo, então, sua própria averiguação, Minivan News fez uma busca pelo site na internet e descobriu o www.sidahitun.com, que continha material sobre Jesus Cristo e canções cristãs em dhivehi. Na manhã seguinte, o acesso ao site estava bloqueado.

Minivan News relatou: "O xeique Ibrahim Fareed Ahmed, conhecido por seus sermões inflamados, concordou que todos os sites anti-islâmicos fossem censurados. Embora essa seja uma sociedade islâmica, a fé de alguns maldívios no islamismo não é muito forte”.

Sendo assim, a agência de notícias concorda que se essas pessoas tiverem acesso a sites como esse, poderiam ser impactadas.

Segundo Minivan News, o erudito xeique Usman Abdullah também disse que, uma vez que a Maldivas é reconhecida como uma sociedade inteiramente muçulmana, todas as atividades anti-islâmicas, inclusive sites que promovem o cristianismo, devem ser proibidas.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: ANS

domingo, 14 de dezembro de 2008

Incêndio criminoso destrói igreja freqüentada por Sarah Palin no Alasca

Ninguém ficou ferido, mas prejuízo é estimado em US$ 1 milhão. Governadora e ex-candidata a vice-presidência pediu desculpas.




Do G1, com agências internacionais


Exterior da Igreja da Bíblia em Wasilla, no Alasca. A igreja, que é freqüentada pela governadora e ex-candidata a vice-presidente Sarah Palin, foi seriamente danificada por um incêndio criminoso na noite de sexta-feira. Ninguém se feriu, apesar de que havia pessoas dentro do prédio durante o fogo. O prejuízo, segundo a igreja, chega a US$ 1 milhão. A governadora pediu aos fiéis que a perdoassem caso o fogo tenha tido conexão com a fama nacional que ela atingiu com a candidatura à vice-presidência. (Foto: AFP)

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Família cristã é agredida em Bangladesh

BANGLADESH (48º) - O assédio sofrido pelos ex-muçulmanos em Bangladesh por parte dos vizinhos muçulmanos, na região próxima ao Bazar de Cox, pode se tornar bastante sério, como aconteceu no mês passado, quando mais de dez muçulmanos deixaram uma família cristã ferida por machadadas.

Em 1º de novembro, a ex-muçulmana Laila Begum, 45 anos, foi cercada por 10 a 15 vizinhos muçulmanos que exigiam dela 200 takas (3 dólares), na cidade de Chakari.

Laila fazia os pagamentos de uma agência não-governamental de micro-crédito chamada Darpan.

Ela contou à agência de notícias Compass que ela havia tomado emprestado 2.000 takas (30 dólares) de uma vizinha muçulmana, no ano anterior. Laila pagou a quantia toda neste ano, acrescentando os juros.

Sendo assim, ela disse ao grupo de muçulmanos que não lhe daria nenhum dinheiro a mais, pois já tinha pagado pelo empréstimo, e perguntou o porquê de exigirem mais.

Eles começaram a agredi-la, arrancando-lhe um brinco de ouro.

“De repente, apareceram com paus, barras de ferro, facas e machados”, ela contou. “Tive ferimentos graves em vários lugares na cabeça. Eles também cortaram dois dedos meus quando tentei me defender de seus ataques.”

Laila disse que seu marido, Abdur Rahman, 48 anos, porteiro do Hospital Batista Memorial, e seu filho Selim Rahman, de 27 anos, ouviram seus gritos. Quando chegaram para ajudá-la, também foram agredidos.

“Eles atacaram meu filho e o esfaquearam na coxa”, ela disse.

Quando sua filha de 18 anos, Rosy Rahman, chegou para ajudá-los, eles a golpearam com socos no pescoço e no queixo.

“Eles removeram a capa que lhe cobria os seios e a expuseram à vergonha diante de dezenas de observadores”, Laila disse.

Um dos agressores lhe disse: “Ninguém virá defendê-los, pois vocês se converteram ao cristianismo”.

Laila, seu marido e seu filho Selim receberam tratamento em um hospital próximo. Seu marido ainda está mancando e precisa de uma bengala para caminhar.

Agredidos e processados

“Os vizinhos muçulmanos registraram uma acusação contra nós, dizendo que os tínhamos espancado – isso é uma acusação falsa”, Laila disse. “Eles nos agridem e ainda nos processam falsamente!”

Manjurul Alam, subinspetor de justiça, confirmou que vizinhos muçulmanos tinham dado queixa contra a família Rahman, e que esta também havia registrado uma queixa contra os agressores.

“Nós estamos investigando”, ele disse.

Laila afirmou que os muçulmanos daquela região ameaçaram agredir os cristãos novamente se fizessem uma acusação formal contra eles.

“Ameaçaram incendiar nossa casa se déssemos queixa na polícia. Vão nos expulsar da vizinhança e nos espancar novamente. Nossas vidas correm perigo”.

A família informou os membros do conselho governamental sobre o ataque, que exigiu 20 mil takas (300 dólares) para resolver o problema, além de ameaçá-los, explicou.

“O conselho local também nos disse que, se abríssemos qualquer queixa na polícia, nossas casas seriam queimadas e seremos expulsos da região”, comentou Laila. “Nossos vizinhos estão espalhando o boato de que eles que foram agredidos, que nos emprestaram 22 mil takas e que não devolvemos o dinheiro. Nós, porém, não temos ninguém que fique do nosso lado e nos escute.”


Tradução: Celiz Elaine



Fonte: Compass Direct

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Cristãos oprimidos nas ilhas de Comores e da Tanzânia

ÁFRICA - Os cristãos das Ilhas Pemba e do arquipélago de Comores, lugares predominantemente muçulmanos, são agredidos, presos e marginalizados por causa de sua fé.

Essas informações foram fornecidas por líderes da igreja que viajam regularmente para as ilhas do Oceano Índico na costa leste da África.

Essas violações de liberdade religiosa ameaçam a sobrevivência do cristianismo em Pemba e em Comores que, juntamente, têm pouco menos de 300 cristãos em uma população de 1,1 milhão de pessoas.

Pemba, com cerca de 300 mil habitantes, é parte da Tanzânia, enquanto a União de Comores é uma nação com aproximadamente 800 mil habitantes.

Deixar o islamismo em troca do cristianismo explica a maioria dos danos causados aos cristãos; neste ano houve um aumento dos casos de agressão, uma vez que a relação entre as duas comunidades, já hostil, deteriorou depois da conversão em agosto do xeique Hijah Mohammed, um líder da uma importante mesquita em Chake-Chake, capital de Pemba.

A notícia da conversão de Hijah se espalhou e os muçulmanos começar a procurá-lo, uma vez que o islamismo exige a morte de acordo com a sharia (lei islâmica). Uma igreja Assembléia de Deus em Pemba rapidamente o escondeu no vilarejo de Chuini, a 20 quilômetros do aeroporto.

Boatos sobre o esconderijo vazaram aos muçulmanos, obrigando a igreja a levar Hijah a outro local. Porém, dessa vez, os líderes da igreja não revelaram para onde o levaram. A agência de notícias Compass não teve acesso ao xeique.

Passaporte confiscado

Um cristão de Zanzibar, ilha da Tanzânia, recentemente visitou os moradores de Comores e disse que os suspeitos de se converterem ao cristianismo enfrentam restrições para viajar e seus documentos são confiscados.

Ele relatou, sob anonimato, que os agentes de segurança que monitoram o ministério de um cristão de 25 anos confiscaram seu passaporte no aeroporto em julho.

Esse cristão, desprovido de seu passaporte, tentava encontrar outra maneira de deixar o país para estudar teologia na Tanzânia.

No início deste ano, autoridades expulsaram um missionário de Comores quando descobriram que ele realizava reuniões de oração às sextas-feiras.

“A polícia invadiu a reunião, revistou a casa e encontrou Bíblias que havíamos escondido, depois nos prenderam”, disse uma fonte que não quis ser identificada. “Ficamos presos por três meses.”

O estudante de direito Musa Kim, que se converteu há nove meses, tem sofrido nas mãos de seus parentes em Comores. Eles o agridem com bastões e socos e até queimaram suas roupas, disse ele.

Vizinhos gentis o resgataram e amigos cristãos alugaram uma casa para ele, em uma localização secreta, enquanto se recupera de seus ferimentos. Em 15 de outubro, entretanto, alguns muçulmanos da ilha descobriram seu esconderijo e destruíram completamente a casa alugada.

Questionado se ele relatou o caso para a polícia, Musa foi enfático: “Não – delatar essas pessoas só vai me trazer mais problemas”.

Mais procurados

O cristão anônimo de Zanzibar denominou Comores como “um ambiente horrível para quem pratica o cristianismo”, dizendo que, assim que chegou à ilha, percebeu que estava sendo monitorado. Ele decidiu encurtar sua viagem feita no mês passado.

“Planejei pegar três diferentes táxis para ir ao aeroporto” para despistar os espiões. “Mas, graças a Deus, naquele dia conheci um padre católico que me deu uma carona com alguns soldados da Tanzânia para o aeroporto.”

Ele deixou a ilha rapidamente, ainda que tivesse um visto de trabalho com validade de 45 dias. No fim de outubro, um contato o alertou de que as autoridades de Comores o consideravam um dos “mais procurados” da ilha.

Em maio de 2006, quatro homens foram sentenciados a três meses de prisão por envolverem-se com o cristianismo. Os cristãos são amplamente discriminados pela sociedade, mas esse nível de perseguição não é relatado nos Comores desde o fim da década de 1990.

Uma grande comunidade árabe em Comores, o maior produtor mundial de cravo-da-índia, veio originalmente de Omã. A população consiste de árabes e de waswahili, a etnia nativa.

A Constituição de Comores provê liberdade religiosa, embora esta seja constantemente violada. O islamismo é a religião oficial da população comorense e qualquer um que pratique uma religião diferente enfrenta perseguição.


Tradução: Vanessa Portella



Fonte: Compass Direct

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Bush: Evolução não chega para explicar a Criação do Mundo

O presidente norte-americano George W. Bush declarou segunda-feira que a Evolução é uma realidade científica provada, mas não é suficiente para explicar o “mistério” da Criação.

“Penso que se pode acreditar nos dois”, disse Bush em declarações à cadeia ABC, segundo um excerto de uma entrevista difundida pela cadeia.

“Penso que Deus criou a Terra, criou o Mundo; penso que a Criação do Mundo é tão misteriosa que reclama algo tão grande como um “Todo-Poderoso”, e não penso que isso seja incompatível com a prova científica de que a Evolução existe”, afirmou Bush, um cristão convicto.

Bush assumiu não ter uma leitura literal da Bíblia. “Provavelmente não. Não, não sou ‘um literalista’, mas creio que há muito a aprender”, disse.

(Fonte: Jornal de Notícias)Via O Verbo

‘Microondas’ na areia

Movimento Rio de Paz realiza protesto pelas mortes e desaparecimentos na cidade; Para o pastor que dirige a ONG, passividade da sociedade agrava o problema.
Quem passou pela Praia de Copacabana estranhou – e se chocou. Na areia, vários manequins jaziam num valão e, envolvidas por pneus, diversas pessoas tostavam ao sol. A performance não tinha nada de artística. Era um protesto contra a violência organizada pela ONG Rio de Paz, liderada pelo pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa. A entidade reproduziu um cemitério clandestino e um “forno microondas”, método cruel usados por traficantes para executar inimigos e desafetos – caso do jornalista Tim Lopes, torturado e morto por criminosos quando fazia uma reportagem sobre prostituição infantil nos morros do Rio. As vítimas são queimadas vivas dentro de pneus.

Na véspera do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a idéia do grupo foi lembrar as pessoas mortas e desaparecidas na cidade, em crimes ligados ao narcotráfico e a assaltos. Foram 9 mil entre os anos de 2007 e 2008, e a maioria das ocorrências não foi solucionada pela polícia. Além dos manequins, voluntários, inclusive o pastor, ficaram dentro dos pneus e dos buracos feitos pelos organizadores do protesto. No entender do religioso, os direitos humanos têm sido constantemente desrespeitados na cidade. “Queremos mostrar às autoridades e à sociedade que não é possível continuar convivendo passivamente com tanta violência”, defende Antônio.

Segundo o pastor, a passividade da sociedade é uma das causas do problema. Ele comparou a situação do Rio, que convive com crimes constantes e diários – em alguns fins de semana, o número de assassinatos chega a 30 –, com o que está acontecendo na Grécia, onde a morte de um adolescente pela polícia desencadeou furiosos protestos que já duram quatro dias nas principais cidades do país. Em 2009, o Rio de Paz fará uma pesquisa para tentar chegar às causas e ao real número de desaparecimentos, já que acredita-se que muitas dessas pessoas estão mortas.

(Com reportagem do G1)

Garotas se refugiam em igreja no Quênia

Pelo menos 300 meninas no sul do Quênia fugiram de suas casas e buscaram refúgio em igrejas para tentar escapar de rituais de mutilação genital feminina, de acordo com a polícia queniana.

Fontes policiais da província de Nyanza disseram à BBC que meninas de até nove anos de idade estão refugiadas nas duas igrejas, que funcionam como centros de apoio às meninas na região.

A mutilação genital feminina, ou circuncisão, é proibida no Quênia, mas continua sendo praticada em áreas rurais do país, onde é considerada um rito de passagem para a vida adulta.

Os rituais acontecem geralmente entre novembro e dezembro.

Tradição

A polícia vem protegendo as duas igrejas para impedir que as garotas sejam removidas.

Segundo a integrante do governo local e ativista em defesa dos direitos das mulheres, Beatrice Robi, cerca de 200 meninas vêm sendo circuncidadas por dia, inclusive uma de sete anos de idade teve seus órgãos genitais mutilados.

"Um número ainda maior de garotas, que estão em suas casas, estão sendo mutiladas, seja voluntariamente ou à força", disse ela.

O administrador do distrito de Kuria, Paul Wanjama, disse que, geralmente, as meninas fogem de casa nesta época, esperando o fim da temporada.

"Alguns dos pais são contra (a mutilação) mas são pressionados pelos tradicionalistas", disse ele.

Números

Perda do prazer sexual, infecções urinárias, relações sexuais dolorosas e infertilidade estão entre as conseqüências da mutilação para a saúde das mulheres, sem contar uma série de problemas psicológicos, como ansiedade e depressão.

A prática é justificada como forma de promover a virgindade, a fertilidade e prevenir a promiscuidade feminina.

A cada ano, cerca de 2 milhões de mulheres são vítimas de algum tipo de mutilação genital em todo o mundo, a maioria na África.

Estima-se que cerca de 130 milhões de mulheres vivam com o clitóris e os lábios vaginais parcialmente ou totalmente removidos.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Novas leis religiosas em discussão na Ásia Central

ÁSIA CENTRAL - Desde 1991, quando o Quirguistão se tornou independente, houve grande liberdade religiosa, mais do que qualquer outro país da Ásia Central. O cristianismo cresceu entre a população quirguiz e há cada vez mais igrejas cuja maioria de membros é quirguiz.

Entretanto, muitos cristãos na região temem que essa fase chegue ao fim. Eles têm sido alertados a não evangelizar mais a fim de evitar problemas. As autoridades também se preocupam com a influência crescente de grupos fundamentalistas islâmicos, como o Hizb ut Tahrir, na Ásia Central.

Um novo conjunto de leis foi redigido para evitar dissensão e conflito entre os grupos religiosos. A nova lei religiosa foi aprovada pelo Parlamento quirguiz em 6 de novembro. Espera-se que o Presidente Kurmanbek Bakiev assine-a em meados de dezembro ou devolva-a ao Parlamento.

O texto exato da lei ainda não está disponível, mas está claro que, a partir de agora, qualquer organização religiosa que quiser permissão para atuar terá de ter, no mínimo, 200 membros, cuja identidade deverá ser confirmada pela administração local. Esse será o maior obstáculo para muitos grupos de cristãos no país, geralmente pequenos.

Outras cláusulas preocupantes são:

• Crianças estão proibidas de serem envolvidas em organizações religiosas;
• Também são proibidas ações agressivas com fins evangelísticos – conversão de pessoas de uma fé para outra – e proibição de discipulado individual;
• Será proibido distribuir publicações e materiais audiovisuais religiosos em locais públicos, como ruas, parques, casas, instituições infantis, escolas e instituições de educação superior ;
• As organizações religiosas deverão entregar um relatório financeiro completo para um determinado número de agências estatais;
• As atuais licenças de organizações religiosas serão adaptadas à nova lei, resultando em um novo registro de todos os grupos.

Muitos líderes cristãos estão preocupados com a nova lei.

Comunidades religiosas e os defensores de direitos humanos têm se queixado do segredo feito sobre vários textos da lei proposta e da falta de consulta pública.

A União Batista declara que não deram ouvidos “às importantes colocações feitas pelas igrejas protestantes e de outra organização religiosa foi ouvida. Propomos um sistema de dois cadastros para aqueles que querem ser uma comunidade religiosa e para aqueles que querem permanecer como um pequeno grupo. Isso não foi ouvido pelas autoridades”.

Mudanças no Cazaquistão

Ao mesmo tempo, no vizinho Cazaquistão, o Parlamento cazaque adotou emendas para a lei religiosa em 26 de novembro. O presidente Nursultan Nazarbaev também pode assiná-las ou enviá-las para o Conselho de Constituição para revisão.

Caso seja adotada, a lei proibirá:

• Todas as atividades religiosas não-registradas;
• Indivíduos que queriam compartilhar sua fé sem a permissão por escrito de uma associação religiosa registrada e sem o cadastro de missionário.

Outros pontos de atenção são:

• Os pequenos grupos religiosos só serão autorizados a realizar atividades religiosas com os membros já existentes. Eles não poderão desenvolver atividades de evangelismo;
• Toda publicação religiosa importada deverá ter a aprovação de um perito em avaliação religiosa;
• Será mais severa a pena para quem realizar cultos religiosos, conduzir trabalhos de caridade, importar, publicar ou distribuir material religioso e construir ou abrir novos locais para cultos em violação à lei estabelecida;
• A nova lei requer que todas as comunidades religiosas se registrem novamente.

Representantes islâmicos e ortodoxos russos aprovam a nova lei porque “há muitas religiões que têm causado situações indesejáveis não só para o Cazaquistão, mas também para a Rússia e o Uzbequistão. Elas causaram problemas às famílias, quando um parente muda de religião. Os filhos e os casamentos sofrem com isso. Não se pode deixar de considerar isso. Não temos o direito de nos calar.”

Os cristãos em ambos os países estão preocupados com o futuro da liberdade religiosa em sua terra natal.

Esther Amado, coordenadora do ministério da Portas Abertas na Ásia Central, comenta: “Se essas leis forem aprovadas, serão grande empecilho aos cristãos em ambos os países e restringirão suas atividades. Entretanto, a Igreja já está enraizada e funcionando, vai sobreviver e se adaptar à nova situação e continuará a crescer.”


Tradução: Vanessa Portella



Missão Portas Abertas

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Cristãos em Orissa temem outro Natal violento

ÍNDIA (30º) - Os cristãos do Estado de Orissa aguardam a chegada do Natal com medo, pois extremistas hindus convocaram um bandh (greve geral) de todos os setores da sociedade para o dia 25 de dezembro.

Essa medida pode fornecer aos extremistas hindus pretexto para atacar qualquer pessoa que esteja celebrando o nascimento de Cristo publicamente.

No ano passado, o maior número de atos violentos no Estado se deu na época do Natal.

O ministro chefe do Estado disse que não deve haver greve, mas não proibiu o plano dos extremistas hindus. O governo federal desaprovou a proposta, mas a organização extremista hindu Sangh Parivar prometeu continuar com a declaração de greve, relatou o jornal Outlook India em 20 de novembro.

Apesar de greves desse tipo terem sido declaradas ilegais pelo Supremo Tribunal da Índia em 1998, o presidente da Sociedade de Condolência por Laxmanananda Saraswati ameaçou o governo de Orissa em 15 de novembro, alertando que o grupo extremista hindu irá impor uma greve no Natal a menos que o governo prenda os assassinos do líder hindu Laxmanananda Saraswati.

Ratnakar Chaini, presidente da Sociedade de Condolência, exigiu a libertação de líderes hindus presos em ligação às mortes dos cristãos na onda de violência após o assassinato de Laxmanananda.

Em um grande comício em Déli,em 15 de novembro, Ratnakar convocou a greve para garantir “um Natal completamente pacífico”.

O secretário geral, Tehmina Arora, da Associação Legal Cristã interpretou o comentário do extremista como sarcástico.

“Como será um Natal pacífico se haverá greve?”, disse Tehmina ao Compass. “Não poderá haver nenhuma celebração, não vai ser possível sair de casa. Assim, não é uma questão de paz.”

Os discursos inflamados de Ratnakar e outros extremistas hindus contra o cristianismo e seus líderes na Índia levaram os cristãos a acreditar que a greve servirá de pretexto para outra onda de violência contra aqueles que celebrarem o feriado publicamente.

O comício dos extremistas hindus também incluiu promessas de que todos os cristãos serão “re-convertidos” ao hinduísmo.

“Se os hindus decidirem enfrentar qualquer um a fim de proteger nossa religião e cultura, nada poderá nos deter”, disse Ratnakar. “As crescentes conversões para as igrejas serão contestadas com unhas e dentes”.

O Sangh Parivar, incluindo a unidade estadual do VHP, declarou num relise à imprensa que o governo tem protegido os culpados pelo assassinato de Saraswati.


Tradução: Cláudia Veloso



Fonte: Compass Direct


sábado, 6 de dezembro de 2008

400 universitários cristãos são detidos e interrogados

CHINA (10º) - Depois de investigações detalhadas, a agência de ajuda ChinaAid confirmou que, do final de setembro ao começo de novembro deste ano, foi designada uma força-tarefa da polícia para invadir reuniões privadas em Pequim e em áreas próximas a universidades em Hangzhou, província de Zhejiang.

Mais de 400 universitários cristãos foram detidos e interrogados. Líderes de igreja não-registradas que conduziam as reuniões foram detidos – quatro deles foram condenados a um ano e meio de reeducação pelo trabalho.

Membros da rede de igrejas não-registradas que promovia as reuniões foram acusados de “pregar a estudantes” e “estar engajados em seitas.” A rede em questão foi fundada pelo famoso pregador cristão Witness Lee.

Acredita-se que essa ampla opressão contra universitários cristãos de Pequim e Hangzhou é parte da tentativa do governo de limitar a liberdade religiosa dos cidadãos depois dos Jogos Olímpicos.


Tradução: Daila Fanny



Fonte: China Aid Association

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Obama reafirma retirada de tropas e promete visita ao Iraque após a posse

colaboração para a Folha Online

O presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, telefonou nesta quarta-feira para o primeiro ministro iraquiano, Nouri al Maliki, para reforçar seu compromisso de retirar as tropas americanas do país.

Segundo nota divulgada pelo governo iraquiano, Obama agradeceu os esforços do parlamento, que aprovou na semana passada o acordo entre Washington e Bagdá.

O texto prevê que "todas as forças americanas", ou seja, todos os 150 mil militares do país, "deverão ter deixado o território iraquiano até o dia 31 de dezembro de 2011". Além disso, todas as forças de combate americanas deverão ter-se retirado das cidades e aldeias do Iraque até o dia 20 de junho de 2009.

"O território iraquiano, assim como seu espaço aéreo e suas águas, não poderão mais ser utilizadas como ponto de partida ou de passagem para ataques contra outros países. Os Estados Unidos tomarão todas as medidas diplomáticas, econômicas ou militares necessárias para enfrentar eventuais ameaças ou agressões internas ou externas contra o Iraque", informa o documento.

O democrata expressou o desejo de reforçar a cooperação bilateral, confirmou seu respeito da soberania e da unidade do Iraque, reiterou sua vontade de trabalhar contra os terroristas e defendeu uma retirada responsável dos militares do país.

Obama também comunicou al Maliki sobre a intenção de viajar ao Iraque após a posse, marcada para o dia 20 de janeiro. A última visita de Obama ao país ocorreu em 22 de julho passado.

Plano

Assim como Obama, o atual secretário de Defesa, Robert Gates, que permanecerá no cargo no futuro governo, defendem a reorganização da tropas do Iraque para o Afeganistão, assim como um programa para expandir as forças de segurança afegãs e um plano estratégico mais amplo que envolva o Paquistão. Segundo relatos dos serviços de inteligência americanos, o Paquistão se converteu em refúgio para a Al Qaeda e lugar estratégico para a preparação de ataques talebans no Afeganistão.

Gates e Obama também defendem o fechamento do centro de detenção de Guantánamo, em Cuba, símbolo dos excessos cometidos durante a "guerra ao terrorismo" americano e onde permanecem ainda 250 detentos à espera de julgamento.

Com Efe e Associated Press

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Casas de culto incendiadas e mais de 300 pessoas mortas na Nigéria

Mais de 300 pessoas morreram em confrontos entre Muçulmanos e Cristãos na pior violência sectária na Nigéria desde 2004, quando cerca de 700 pessoas foram mortas.

Multidões iradas queimaram casas, igrejas e mesquitas no Sábado, no estado central do Planalto, no segundo dia de tumultos, de acordo com a Associated Press. Embora a violência tenha começado inicialmente após a eleição como um confronto entre apoiantes dos dois principais partidos políticos da região, cedo se dividiu em linhas étnicas e religiosas.

A tensão começou quando trabalhadores eleitorais não afixaram os resultados nos centros eleitorais, levando muitos habitantes locais a assumirem que as eleições iriam ser mais um fraude político.

Depois dos motins eclodirem, foi declarado um recolher obrigatório e o governador do estado do Planalto ordenou as tropas para disparar à vista para impor o recolher obrigatório em bairros afectados pela violência, de acordo com a Reuters.

Cerca de 7000 pessoas em zonas de conflito deixaram as suas casas e estão procurando refúgio em edifícios públicos e centros religiosos, relatou a Cruz Vermelha.

A violência sectária não é novidade no estado do Planalto, com mais de 1,000 pessoas mortas em Jos – a capital do estado – em Setembro de 2001 devido à hostilidade entre Cristãos e Muçulmanos.

A violência sectária deste fim-de-semana foi o pior conflito nesta nação da África Ocidental desde 2004, quando cerca de 700 pessoas morreram no Planalto e mais de 100 igrejas foram destruídas. A violência de 2004 foi alegadamente desencadeada por disputas de terras entre membros da tribo Tarok predominantemente Cristã, e os agricultores Muçulmanos Hausa-Fulani.

A Nigéria encontra-se dividida quase igualmente entre um norte predominantemente Muçulmano e um sul Cristão. De acordo com a Compass Direct, os conflitos religiosos entre Muçulmanos e Cristãos já provocaram mais de 10,000 vidas desde 1999.

Fonte: Christian Today Portugal

domingo, 30 de novembro de 2008

Autoridades indianas renunciam após atentados em Mumbai

Patil assumiu a 'responsabilidade moral' pelos atentados. O ministro do Interior indiano, Shivraj Patil, entregou neste domingo seu pedido de renúncia e assumiu a "responsabilidade moral" pelos atentados em Mumbai que deixaram cerca de 200 mortos.
O pedido foi aceito e ele foi substituído pelo ministro das Finanças, P. Chidambaram.
Além de Patil, o conselheiro de Segurança Nacional, MK Narayanan, também pediu a renúncia neste domingo.

Ainda não se sabe o primeiro-ministro, Manmohan Singh, aceitou o pedido de Narayanan.

Segundo o correspondente da BBC em Nova Déli Sanjoy Majumder, a substituição de Patil deve ser o primeiro passo de uma extensa revisão do sistema de segurança e inteligência da Índia.

Pressionado para explicar porque não conseguiu impedir os atentados, o governo convocou um encontro multipartidário para discutir novas medidas antiterroristas, como a possível criação de uma agência especial e a adoção de leis mais rigorosas para combater o terrorismo.

Majumder afirma ainda que mais pedidos de renúncia podem acontecer nos próximos dias.

Paquistão

No sábado, as forças de segurança indianas mataram os últimos três atiradores que estavam no interior do prédio do hotel Taj Mahal Palace desde quarta-feira.

O vice-ministro do Interior indiano, Shakeel Ahmad, disse à BBC que quase todos os atiradores seriam paquistaneses treinados em uma ilha no Paquistão.

Ele disse ainda que houve uma falta de coordenação entre as autoridades federais e estaduais de Maharashtra na prevenção dos ataques em Mumbai.

Apesar da afirmação de Ahmad, o governo ainda não divulgou a identidade ou nacionalidade dos responsáveis pelo ataques. No entanto, os três dias de cerco contribuíram para um aumento da tensão entre a Índia e o Paquistão.

Islamabad nega qualquer envolvimento com os atentados e ofereceu apoio incondicional ao governo indiano nas investigações.

O presidente do Paquistão, Asif Ali Zardari, disse que seu governo vai cooperar integralmente com a Índia e prometeu agir duramente se receber qualquer prova de envolvimento de grupos ou indivíduos paquistaneses nos atentados.

O ministro do Exterior paquistanês, Shah Mahmood Qureshi classificou os ataques de "bárbaros". Segundo ele, as próximas 48 horas serão cruciais para avaliar em que nível pode chegar a tensão entre os dois países.

Um grupo até então desconhecido, o Deccan Mujahedin, reivindicou a autoria dos ataques - os piores na capital comercial da Índia desde que 200 pessoas foram mortas em uma série de explosões em 2006.

A maioria dos mortos e dos 295 feridos são cidadãos indianos, mas pelo menos 22 estrangeiros foram mortos, incluindo vítimas da Alemanha, Japão, Canadá, Austrália, Itália, Cingapura, Tailândia, França e Grã-Bretanha.

Fonte: BBCBrasil

sábado, 29 de novembro de 2008

Batalhas sobre guarda colocam o direito islâmico em questionamento

EGITO (19º) - Defensores egípcios de direitos humanos procuram o apoio de organizações internacionais contra juízes muçulmanos que usam a sharia (lei islâmica) para enfraquecer os direitos de guarda de mães cristãs.

A despeito de previsões legais como o Artigo 20 da lei egípcia, que determina que menores permaneçam com suas mães até a idade de 15 anos, juízes consistentemente preconizam a favor de pais muçulmanos contra mães cristãs, em casos da guarda de seus filhos. Juízes islâmicos normalmente baseiam-se no Artigo 2 da Constituição egípcia que diz que “os princípios da lei islâmica são a principal fonte da lei”.

Decisões baseadas na sharia, que vão contra a lei estatal egípcia, levaram a Iniciativa Egípcia para Direitos Pessoais (IEDP), uma organização de direitos humanos independente, a protestar perante a Comissão Africana de Direitos Humanos e dos Povos, formada para assegurar a implementação de sua Carta de Direitos Humanos e dos Povos.

Uma investigação, decisão ou recomendação da Comissão Africana ao governo egípcio daria considerável peso ao trabalho da IEDP para reforçar a Lei Egípcia de Estado Pessoal, que determina explicitamente o direito de guarda da mãe sobre seus filhos até que atinjam a idade de 15 anos.

A ação proposta pela IEDP perante a Comissão Africana acusa o governo egípcio de violar a Carta Africana de Direitos Humanos e dos Povos, ratificada pelo Egito em 1984. A IEDP menciona o caso dos gêmeos de 13 anos Andrew e Mario Medhat Ramsés, cuja guarda foi dada a seu pai Medhat Ramsés Labib pelo tribunal em 24 de setembro.

“O tratamento dado pelo governo à mãe dos garotos, Kamilia Lotfy Gaballah, constitui discriminação baseada na sua religião e violação de seu direito de receber tratamento igual pela lei”, disse a IEDP. “O caso também denuncia o governo por violar o direito dos dois garotos de ter liberdade religiosa e violou a obrigação legal do Estado de proteger os direitos da criança.”

O pai dos garotos, Labib, converteu-se ao islã em 1999, depois de se divorciar de Kamilia e casar-se com outra mulher. Em 2006, Labib alterou o estado religioso oficial dos garotos e depois ajuizou a guarda.

“Obviamente, nesta decisão de guarda, há uma flagrante inobservância da Lei de Estado Pessoal, que garante a guarda para mães até que seus filhos tenham 15 anos”, disse Hossam Bahgat da IEDP. “Nesse caso, o judiciário escolheu ignorar a lei estatal e aplicar sua própria interpretação da sharia.”

O longo caso dos gêmeos exemplifica o problema, mas não é, de forma alguma, único. As irmãs Ashraqat Gohar, 12 e Maria Gohar, 8, foram retiradas de sua mãe cristã em janeiro e colocadas sob a guarda de seu pai muçulmano, Wafiq Gohar, a despeito de sua ficha criminal e de a filha de 12 anos afirmar que ele é alcoólatra.

A sentença do tribunal teve como fator determinante o temor de Wafiq Gohar de que “[as garotas] praticassem uma religião diversa do islã, comessem alimentos proibidos pelo islã e fossem à igreja”.

“É um grande problema que enfrentamos no Egito”, disse Naguib Gobrail, presidente da União Egípcia de Organizações de Direitos Humanos. “A decisão do tribunal claramente determinou que, de acordo com o Artigo 2, a principal fonte [da legislação] é a sharia.”

Mais recentemente, Bathenia Rezqallah de 3 anos, da cidade de Tanta, próxima ao Cairo, permanece sob a guarda de seu pai, a despeito de uma ordem do tribunal de que a menina deveria ser devolvida para a mãe até que houvesse uma sentença final. A polícia ignorou a ordem do tribunal, receando que a criança praticasse o cristianismo em vez do islamismo, disse Naguib.

Naguib disse que pressão internacional talvez seja a solução.

“Talvez a conexão com alguém de caráter internacional ligado ao presidente [Hosni] Mubarak seja a única maneira”, disse ele, “porque ele tem a autoridade de dar ordens à Assembléia Nacional para publicar uma lei que estabeleça equidade entre muçulmanos e cristãos, especialmente para as crianças.”


Tradução: Carina Barbosa



Fonte: Compass Direct

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Líderes religiosos se reúnem na Suécia para discutir clima

Centenas de representantes das principais religiões do mundo reúnem-se nesta sexta-feira em Uppsala, na Suécia, para um encontro ecumênico sobre mudanças climáticas - tida como a primeira do tipo.
A reunião, de dois dias, inclui cristãos, muçulmanos, judeus, chineses daoístas e um representante dos povos indígenas dos Estados Unidos.

O encontro deve produzir um manifesto, a ser assinado por 30 líderes religiosos, que terá o objetivo de encorajar a Organização das Nações Unidas a buscar medidas mais rigorosas para lidar com as mudanças no clima do planeta.

Os líderes também querem incentivar o envolvimento pessoal de fiéis nos temas relacionados à causa.

O repórter da BBC no encontro, Christopher Landau, disse que será abordada na conferência a falta de entusiasmo em relação a medidas contra mudanças climáticas em alguns setores religiosos.

"Eis uma grande emergência humana", disse o bispo anglicano de Londres, Richard Chartres.

"Várias de nossas paróquias ainda encaram isto como um assunto periférico, de segunda ordem. Tem que subir nas prioridades."

Os delegados na Suécia acreditam que se apresentarem uma mensagem unificada para o mundo, as comunidades religiosas podem fazer uma contribuição real.

Fonte: BBC Brasil

Jornais mexicanos noticiam perseguição a evangélicos

MÉXICO (*) - À medida que o número de cristãos evangélicos tem crescido no sul do México, hostilidades de “católicos tradicionais” acompanham o ritmo, segundo matérias publicadas.

De acordo com as matérias, o comportamento predominante nas comunidades indígenas na região sul do México consiste em que apenas os seguidores do catolicismo tradicional (uma mescla de rituais nativos com o catolicismo romano) têm direitos a praticar sua religião.

As matérias também indicam que os moradores católicos tradicionalistas acreditam possuir o direito de forçar os outros a seguir sua religião.

Presos por não festejarem

No Estado de Oaxaca, quatro evangélicos foram presos em 16 de novembro no distrito de Ixtlan de Juarez. O crime foi não terem participado de uma festa católica tradicional e não pagarem as cotas que lhes foram designadas para cobrir os custos do festival, informou a agência de notícia La Voz.

Seus vizinhos, pouco menos que os180 evangélicos da cidade, têm tentado forçá-los a praticar o culto a santos e outros rituais contrários à fé evangélica.

Como resultado de tal pressão, de acordo com La Voz, os não-católicos da região, incluindo crianças, vivem sob o temor de serem expulsos de suas propriedades.

No município de Zinacantán, Chiapas, cinco evangélicos indígenas foram presos por 24 horas em 4 de novembro, por não aceitarem trabalhar nas festas tradicionais católicas, segundo a Confraternidade Nacional de Igrejas Cristãs Evangélicas. A prefeitura ordenou-lhes que abandonassem o protestantismo, ou “inventaria alguns crimes, pelos quais os acusaria e os prenderia”, segundo o jornal Expreso de Chiapas.

Também em Chiapas, Estado localizado no extremo sul do México, caciques (chefes políticos) negaram o direito de 24 famílias evangélicas a participar de programas sociais públicos, no município de San Andrés Larrainzar, segundo notícias. No dia 3 de novembro, os caciques decidiram multá-las em 3 mil pesos mexicanos (220 dólares) caso se recusem a contribuir com os festivais católicos, de acordo com o Expreso.

Os caciques também ameaçaram cortar o suprimento de energia elétrica e água dos evangélicos, informou o evangélico Pertenceu Vasquez ao jornal La Jornada.

Cortes e seqüestro

No mês passado, caciques forçaram famílias evangélicas da comunidade de Nicolás Ruiz, Chiapas, a assinar documentos comprometendo-os a realizar cultos apenas às quartas-feiras, sábados e domingos. A violação disso acarretaria em multas de até mil pesos mexicanos (74 dólares) por família. Sete famílias evangélicas já foram expulsas da cidade, deixando para trás todos os seus pertences e propriedade, e se refugiando no município de Acara, reportou o jornal Cuarto Poder.

No Estado de Guerrero, foi cortado o fornecimento de água e eletricidade a duas famílias evangélicas que se recusaram a participar de rituais religiosos do município de comunidades, publicou o La Jornada. As famílias são pressionadas a abandonar a fé desde 2006.

“Elas foram ameaçadas de enforcamento por causa de sua crença religiosa, caso não obedecessem às ordens das autoridades municipais”, informou Jorge Garcia Jimenez, do Foro Nacional de Advogados Cristãos, ao jornal Guerrero.

Como em outras partes do México, as autoridades em Olinala justificaram o fato de forçar os evangélicos a contribuir e a participar dos festivais com base em uma provisão constitucional, que protege “usos e costumes” das comunidades. Mas, elas violaram a liberdade religiosa também garantida na Constituição

Advogados evangélicos dizem que a proteção de “usos e costumes” tem a finalidade de evitar que o governo proíba práticas nativas, e não de forçar os moradores a participar das mesmas.

Ameaças e corte de serviços básicos em Guerrero aconteceram logo após o seqüestro do filho adolescente de um proeminente pastor evangélico do mesmo Estado. Os seqüestradores claramente ignoraram o resgate pago pela família e mantiveram o garoto preso por dois meses.

Perseguição também no norte

Até mesmo em Estados ao norte, como Hidalgo, um conflito de longa duração explodiu neste mês. Após anos de hostilidades entre católicos tradicionalistas e evangélicos, informou La Jornada, autoridades do município de Ixmiquilpan finalmente cederam aos protestantes a permissão para construir uma igreja.

Mas moradores – afirmando que construir sem = votação em assembléia local viola um acordo anterior –, fizeram com que os trabalhadores da construção parassem suas atividades no dia 7 de novembro. Autoridades tiveram de chamar a polícia estadual para evitar um violento confronto, e, desde então, não foi permitido construir mais.

O pastor e advogado Esdras Alonso González, de Chiapas, informou em uma coletiva de impressa nesta semana que casos de intolerância a evangélicos – todos autorizados e encorajados por autoridades locais – também acontecem no município de Zinacantán, e nas comunidades de Nachig, Pasté, Chiquinivalvó, Pestó e Buonchén, em Chiapas.

Em Pasté, afirmou, quatro famílias permanecem sem água desde o dia 14 de outubro por se recusarem a contribuir para os festivais tradicionalistas católicos, que freqüentemente envolvem a fabricação e venda de fortes bebidas alcoólicas.

“As autoridades de Zinacantán não estão fazendo nada para resolver o problema”, disse ele aos repórteres.


Tradução: Cecília Padilha


Fonte: Compass Direct
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...