
Essas informações foram fornecidas por líderes da igreja que viajam regularmente para as ilhas do Oceano Índico na costa leste da África.
Essas violações de liberdade religiosa ameaçam a sobrevivência do cristianismo em Pemba e em Comores que, juntamente, têm pouco menos de 300 cristãos em uma população de 1,1 milhão de pessoas.
Pemba, com cerca de 300 mil habitantes, é parte da Tanzânia, enquanto a União de Comores é uma nação com aproximadamente 800 mil habitantes.
Deixar o islamismo em troca do cristianismo explica a maioria dos danos causados aos cristãos; neste ano houve um aumento dos casos de agressão, uma vez que a relação entre as duas comunidades, já hostil, deteriorou depois da conversão em agosto do xeique Hijah Mohammed, um líder da uma importante mesquita em Chake-Chake, capital de Pemba.
A notícia da conversão de Hijah se espalhou e os muçulmanos começar a procurá-lo, uma vez que o islamismo exige a morte de acordo com a sharia (lei islâmica). Uma igreja Assembléia de Deus em Pemba rapidamente o escondeu no vilarejo de Chuini, a 20 quilômetros do aeroporto.
Boatos sobre o esconderijo vazaram aos muçulmanos, obrigando a igreja a levar Hijah a outro local. Porém, dessa vez, os líderes da igreja não revelaram para onde o levaram. A agência de notícias Compass não teve acesso ao xeique.
Passaporte confiscado
Um cristão de Zanzibar, ilha da Tanzânia, recentemente visitou os moradores de Comores e disse que os suspeitos de se converterem ao cristianismo enfrentam restrições para viajar e seus documentos são confiscados.
Ele relatou, sob anonimato, que os agentes de segurança que monitoram o ministério de um cristão de 25 anos confiscaram seu passaporte no aeroporto em julho.
Esse cristão, desprovido de seu passaporte, tentava encontrar outra maneira de deixar o país para estudar teologia na Tanzânia.
No início deste ano, autoridades expulsaram um missionário de Comores quando descobriram que ele realizava reuniões de oração às sextas-feiras.
“A polícia invadiu a reunião, revistou a casa e encontrou Bíblias que havíamos escondido, depois nos prenderam”, disse uma fonte que não quis ser identificada. “Ficamos presos por três meses.”
O estudante de direito Musa Kim, que se converteu há nove meses, tem sofrido nas mãos de seus parentes em Comores. Eles o agridem com bastões e socos e até queimaram suas roupas, disse ele.
Vizinhos gentis o resgataram e amigos cristãos alugaram uma casa para ele, em uma localização secreta, enquanto se recupera de seus ferimentos. Em 15 de outubro, entretanto, alguns muçulmanos da ilha descobriram seu esconderijo e destruíram completamente a casa alugada.
Questionado se ele relatou o caso para a polícia, Musa foi enfático: “Não – delatar essas pessoas só vai me trazer mais problemas”.
Mais procurados
O cristão anônimo de Zanzibar denominou Comores como “um ambiente horrível para quem pratica o cristianismo”, dizendo que, assim que chegou à ilha, percebeu que estava sendo monitorado. Ele decidiu encurtar sua viagem feita no mês passado.
“Planejei pegar três diferentes táxis para ir ao aeroporto” para despistar os espiões. “Mas, graças a Deus, naquele dia conheci um padre católico que me deu uma carona com alguns soldados da Tanzânia para o aeroporto.”
Ele deixou a ilha rapidamente, ainda que tivesse um visto de trabalho com validade de 45 dias. No fim de outubro, um contato o alertou de que as autoridades de Comores o consideravam um dos “mais procurados” da ilha.
Em maio de 2006, quatro homens foram sentenciados a três meses de prisão por envolverem-se com o cristianismo. Os cristãos são amplamente discriminados pela sociedade, mas esse nível de perseguição não é relatado nos Comores desde o fim da década de 1990.
Uma grande comunidade árabe em Comores, o maior produtor mundial de cravo-da-índia, veio originalmente de Omã. A população consiste de árabes e de waswahili, a etnia nativa.
A Constituição de Comores provê liberdade religiosa, embora esta seja constantemente violada. O islamismo é a religião oficial da população comorense e qualquer um que pratique uma religião diferente enfrenta perseguição.
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: Compass Direct
Um comentário:
Olá irmão.
São perto de 2 000 000 000 (2 biliões) de muçulmanos no mundo com um crescimento espantoso!
O que fizemos nós nestes 20 séculos de cristianismo? o dever é sempre dos outros mas Deus vai chamar-nos à responsabilidade naquele dia que Ele preparou...
A minha constante oração é que O senhor aumente o meu amor pelos muçulmanos. Junte-se a mim em oração!
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