Jesus tinha razão. Viriam dias difíceis.
O mundo não é capaz de evoluir para a paz por si mesmo.
As boas intenções estão sempre cheias de inferno. Pedro que o diga. Ali juntinho do Mestre supremo foi capaz de negá-lo e Judas, seu companheiro de jornada, de traí-lo.
Não somos melhores nem piores que nenhum deles. Somos apenas diferentes.
Continuamos a negá-lo e traí-lo, agora sutilmente. Somos humanos. Somos fracos. Somos carne. Somos pecadores.
Apenas o Deus encarnado foi tentado e não caiu. As mesmas tentações que acometeram Aquele que é perfeito nos assolam o dia todo, todos os dias. E caímos.
Diariamente negamos a fome que assola os nossos irmãos desfavorecidos ao mesmo tempo que sustentamos homens e mulheres que vivem da exploração comercial da crença cega do povo, de seu desespero e de suas dores.
Sustentamos organizações milionárias com patrimônios tão valiosos que poderiam assegurar o abrigo dos milhares de sem teto e suas famílias.
Individual e coletivamente, não resistimos ao desejo de poder que agora passou a ser sinônimo de bem aventurança. Quanto mais alto se sobe na escada do sucesso mais inspirado por Deus acreditamos que seja. O púlpito é o posto máximo e o número de seguidores o seu troféu.
Ainda não satisfeitos, começamos a almejar o controle do cidadão através da ascensão a liderança máxima do Estado. O fundamentalismo religioso se instala sob a lógica do capital. Cresce o desamor, aparece o ódio.
É nesta onda que algumas pessoas começam a se perguntar: E agora, o que fazer para impedir que o mundo entre na grande tribulação?
Percebe-se que o trem está fora dos trilhos: - não há saída, vamos ter que encarar o grande sofrimento que está por vir. Ele sabia que não daríamos conta. Ele conhecia a massa fermentada que existe em cada um de nós.
Só nos resta crer na vida vindoura e, de joelhos, orarmos para que o Senhor tenha misericórdia!
Graça Serrano
Fonte:www.ultimato.com.br
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