Movimento Rio de Paz realiza protesto pelas mortes e desaparecimentos na cidade; Para o pastor que dirige a ONG, passividade da sociedade agrava o problema.
Quem passou pela Praia de Copacabana estranhou – e se chocou. Na areia, vários manequins jaziam num valão e, envolvidas por pneus, diversas pessoas tostavam ao sol. A performance não tinha nada de artística. Era um protesto contra a violência organizada pela ONG Rio de Paz, liderada pelo pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa. A entidade reproduziu um cemitério clandestino e um “forno microondas”, método cruel usados por traficantes para executar inimigos e desafetos – caso do jornalista Tim Lopes, torturado e morto por criminosos quando fazia uma reportagem sobre prostituição infantil nos morros do Rio. As vítimas são queimadas vivas dentro de pneus.
Na véspera do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a idéia do grupo foi lembrar as pessoas mortas e desaparecidas na cidade, em crimes ligados ao narcotráfico e a assaltos. Foram 9 mil entre os anos de 2007 e 2008, e a maioria das ocorrências não foi solucionada pela polícia. Além dos manequins, voluntários, inclusive o pastor, ficaram dentro dos pneus e dos buracos feitos pelos organizadores do protesto. No entender do religioso, os direitos humanos têm sido constantemente desrespeitados na cidade. “Queremos mostrar às autoridades e à sociedade que não é possível continuar convivendo passivamente com tanta violência”, defende Antônio.
Segundo o pastor, a passividade da sociedade é uma das causas do problema. Ele comparou a situação do Rio, que convive com crimes constantes e diários – em alguns fins de semana, o número de assassinatos chega a 30 –, com o que está acontecendo na Grécia, onde a morte de um adolescente pela polícia desencadeou furiosos protestos que já duram quatro dias nas principais cidades do país. Em 2009, o Rio de Paz fará uma pesquisa para tentar chegar às causas e ao real número de desaparecimentos, já que acredita-se que muitas dessas pessoas estão mortas.
(Com reportagem do G1)
Quem passou pela Praia de Copacabana estranhou – e se chocou. Na areia, vários manequins jaziam num valão e, envolvidas por pneus, diversas pessoas tostavam ao sol. A performance não tinha nada de artística. Era um protesto contra a violência organizada pela ONG Rio de Paz, liderada pelo pastor presbiteriano Antônio Carlos Costa. A entidade reproduziu um cemitério clandestino e um “forno microondas”, método cruel usados por traficantes para executar inimigos e desafetos – caso do jornalista Tim Lopes, torturado e morto por criminosos quando fazia uma reportagem sobre prostituição infantil nos morros do Rio. As vítimas são queimadas vivas dentro de pneus.
Na véspera do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a idéia do grupo foi lembrar as pessoas mortas e desaparecidas na cidade, em crimes ligados ao narcotráfico e a assaltos. Foram 9 mil entre os anos de 2007 e 2008, e a maioria das ocorrências não foi solucionada pela polícia. Além dos manequins, voluntários, inclusive o pastor, ficaram dentro dos pneus e dos buracos feitos pelos organizadores do protesto. No entender do religioso, os direitos humanos têm sido constantemente desrespeitados na cidade. “Queremos mostrar às autoridades e à sociedade que não é possível continuar convivendo passivamente com tanta violência”, defende Antônio.
Segundo o pastor, a passividade da sociedade é uma das causas do problema. Ele comparou a situação do Rio, que convive com crimes constantes e diários – em alguns fins de semana, o número de assassinatos chega a 30 –, com o que está acontecendo na Grécia, onde a morte de um adolescente pela polícia desencadeou furiosos protestos que já duram quatro dias nas principais cidades do país. Em 2009, o Rio de Paz fará uma pesquisa para tentar chegar às causas e ao real número de desaparecimentos, já que acredita-se que muitas dessas pessoas estão mortas.
(Com reportagem do G1)
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