BANGLADESH (48º) - O assédio sofrido pelos ex-muçulmanos em Bangladesh por parte dos vizinhos muçulmanos, na região próxima ao Bazar de Cox, pode se tornar bastante sério, como aconteceu no mês passado, quando mais de dez muçulmanos deixaram uma família cristã ferida por machadadas.
Em 1º de novembro, a ex-muçulmana Laila Begum, 45 anos, foi cercada por 10 a 15 vizinhos muçulmanos que exigiam dela 200 takas (3 dólares), na cidade de Chakari.
Laila fazia os pagamentos de uma agência não-governamental de micro-crédito chamada Darpan.
Ela contou à agência de notícias Compass que ela havia tomado emprestado 2.000 takas (30 dólares) de uma vizinha muçulmana, no ano anterior. Laila pagou a quantia toda neste ano, acrescentando os juros.
Sendo assim, ela disse ao grupo de muçulmanos que não lhe daria nenhum dinheiro a mais, pois já tinha pagado pelo empréstimo, e perguntou o porquê de exigirem mais.
Eles começaram a agredi-la, arrancando-lhe um brinco de ouro.
“De repente, apareceram com paus, barras de ferro, facas e machados”, ela contou. “Tive ferimentos graves em vários lugares na cabeça. Eles também cortaram dois dedos meus quando tentei me defender de seus ataques.”
Laila disse que seu marido, Abdur Rahman, 48 anos, porteiro do Hospital Batista Memorial, e seu filho Selim Rahman, de 27 anos, ouviram seus gritos. Quando chegaram para ajudá-la, também foram agredidos.
“Eles atacaram meu filho e o esfaquearam na coxa”, ela disse.
Quando sua filha de 18 anos, Rosy Rahman, chegou para ajudá-los, eles a golpearam com socos no pescoço e no queixo.
“Eles removeram a capa que lhe cobria os seios e a expuseram à vergonha diante de dezenas de observadores”, Laila disse.
Um dos agressores lhe disse: “Ninguém virá defendê-los, pois vocês se converteram ao cristianismo”.
Laila, seu marido e seu filho Selim receberam tratamento em um hospital próximo. Seu marido ainda está mancando e precisa de uma bengala para caminhar.
Agredidos e processados
“Os vizinhos muçulmanos registraram uma acusação contra nós, dizendo que os tínhamos espancado – isso é uma acusação falsa”, Laila disse. “Eles nos agridem e ainda nos processam falsamente!”
Manjurul Alam, subinspetor de justiça, confirmou que vizinhos muçulmanos tinham dado queixa contra a família Rahman, e que esta também havia registrado uma queixa contra os agressores.
“Nós estamos investigando”, ele disse.
Laila afirmou que os muçulmanos daquela região ameaçaram agredir os cristãos novamente se fizessem uma acusação formal contra eles.
“Ameaçaram incendiar nossa casa se déssemos queixa na polícia. Vão nos expulsar da vizinhança e nos espancar novamente. Nossas vidas correm perigo”.
A família informou os membros do conselho governamental sobre o ataque, que exigiu 20 mil takas (300 dólares) para resolver o problema, além de ameaçá-los, explicou.
“O conselho local também nos disse que, se abríssemos qualquer queixa na polícia, nossas casas seriam queimadas e seremos expulsos da região”, comentou Laila. “Nossos vizinhos estão espalhando o boato de que eles que foram agredidos, que nos emprestaram 22 mil takas e que não devolvemos o dinheiro. Nós, porém, não temos ninguém que fique do nosso lado e nos escute.”
Tradução: Celiz Elaine
Fonte: Compass Direct
Em 1º de novembro, a ex-muçulmana Laila Begum, 45 anos, foi cercada por 10 a 15 vizinhos muçulmanos que exigiam dela 200 takas (3 dólares), na cidade de Chakari.
Laila fazia os pagamentos de uma agência não-governamental de micro-crédito chamada Darpan.
Ela contou à agência de notícias Compass que ela havia tomado emprestado 2.000 takas (30 dólares) de uma vizinha muçulmana, no ano anterior. Laila pagou a quantia toda neste ano, acrescentando os juros.
Sendo assim, ela disse ao grupo de muçulmanos que não lhe daria nenhum dinheiro a mais, pois já tinha pagado pelo empréstimo, e perguntou o porquê de exigirem mais.
Eles começaram a agredi-la, arrancando-lhe um brinco de ouro.
“De repente, apareceram com paus, barras de ferro, facas e machados”, ela contou. “Tive ferimentos graves em vários lugares na cabeça. Eles também cortaram dois dedos meus quando tentei me defender de seus ataques.”
Laila disse que seu marido, Abdur Rahman, 48 anos, porteiro do Hospital Batista Memorial, e seu filho Selim Rahman, de 27 anos, ouviram seus gritos. Quando chegaram para ajudá-la, também foram agredidos.
“Eles atacaram meu filho e o esfaquearam na coxa”, ela disse.
Quando sua filha de 18 anos, Rosy Rahman, chegou para ajudá-los, eles a golpearam com socos no pescoço e no queixo.
“Eles removeram a capa que lhe cobria os seios e a expuseram à vergonha diante de dezenas de observadores”, Laila disse.
Um dos agressores lhe disse: “Ninguém virá defendê-los, pois vocês se converteram ao cristianismo”.
Laila, seu marido e seu filho Selim receberam tratamento em um hospital próximo. Seu marido ainda está mancando e precisa de uma bengala para caminhar.
Agredidos e processados
“Os vizinhos muçulmanos registraram uma acusação contra nós, dizendo que os tínhamos espancado – isso é uma acusação falsa”, Laila disse. “Eles nos agridem e ainda nos processam falsamente!”
Manjurul Alam, subinspetor de justiça, confirmou que vizinhos muçulmanos tinham dado queixa contra a família Rahman, e que esta também havia registrado uma queixa contra os agressores.
“Nós estamos investigando”, ele disse.
Laila afirmou que os muçulmanos daquela região ameaçaram agredir os cristãos novamente se fizessem uma acusação formal contra eles.
“Ameaçaram incendiar nossa casa se déssemos queixa na polícia. Vão nos expulsar da vizinhança e nos espancar novamente. Nossas vidas correm perigo”.
A família informou os membros do conselho governamental sobre o ataque, que exigiu 20 mil takas (300 dólares) para resolver o problema, além de ameaçá-los, explicou.
“O conselho local também nos disse que, se abríssemos qualquer queixa na polícia, nossas casas seriam queimadas e seremos expulsos da região”, comentou Laila. “Nossos vizinhos estão espalhando o boato de que eles que foram agredidos, que nos emprestaram 22 mil takas e que não devolvemos o dinheiro. Nós, porém, não temos ninguém que fique do nosso lado e nos escute.”
Tradução: Celiz Elaine
Fonte: Compass Direct
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