ÍNDIA (30º) - Os cristãos do Estado de Orissa aguardam a chegada do Natal com medo, pois extremistas hindus convocaram um bandh (greve geral) de todos os setores da sociedade para o dia 25 de dezembro.
Essa medida pode fornecer aos extremistas hindus pretexto para atacar qualquer pessoa que esteja celebrando o nascimento de Cristo publicamente.
No ano passado, o maior número de atos violentos no Estado se deu na época do Natal.
O ministro chefe do Estado disse que não deve haver greve, mas não proibiu o plano dos extremistas hindus. O governo federal desaprovou a proposta, mas a organização extremista hindu Sangh Parivar prometeu continuar com a declaração de greve, relatou o jornal Outlook India em 20 de novembro.
Apesar de greves desse tipo terem sido declaradas ilegais pelo Supremo Tribunal da Índia em 1998, o presidente da Sociedade de Condolência por Laxmanananda Saraswati ameaçou o governo de Orissa em 15 de novembro, alertando que o grupo extremista hindu irá impor uma greve no Natal a menos que o governo prenda os assassinos do líder hindu Laxmanananda Saraswati.
Ratnakar Chaini, presidente da Sociedade de Condolência, exigiu a libertação de líderes hindus presos em ligação às mortes dos cristãos na onda de violência após o assassinato de Laxmanananda.
Em um grande comício em Déli,em 15 de novembro, Ratnakar convocou a greve para garantir “um Natal completamente pacífico”.
O secretário geral, Tehmina Arora, da Associação Legal Cristã interpretou o comentário do extremista como sarcástico.
“Como será um Natal pacífico se haverá greve?”, disse Tehmina ao Compass. “Não poderá haver nenhuma celebração, não vai ser possível sair de casa. Assim, não é uma questão de paz.”
Os discursos inflamados de Ratnakar e outros extremistas hindus contra o cristianismo e seus líderes na Índia levaram os cristãos a acreditar que a greve servirá de pretexto para outra onda de violência contra aqueles que celebrarem o feriado publicamente.
O comício dos extremistas hindus também incluiu promessas de que todos os cristãos serão “re-convertidos” ao hinduísmo.
“Se os hindus decidirem enfrentar qualquer um a fim de proteger nossa religião e cultura, nada poderá nos deter”, disse Ratnakar. “As crescentes conversões para as igrejas serão contestadas com unhas e dentes”.
O Sangh Parivar, incluindo a unidade estadual do VHP, declarou num relise à imprensa que o governo tem protegido os culpados pelo assassinato de Saraswati.
Tradução: Cláudia Veloso
Fonte: Compass Direct
Essa medida pode fornecer aos extremistas hindus pretexto para atacar qualquer pessoa que esteja celebrando o nascimento de Cristo publicamente.
No ano passado, o maior número de atos violentos no Estado se deu na época do Natal.
O ministro chefe do Estado disse que não deve haver greve, mas não proibiu o plano dos extremistas hindus. O governo federal desaprovou a proposta, mas a organização extremista hindu Sangh Parivar prometeu continuar com a declaração de greve, relatou o jornal Outlook India em 20 de novembro.
Apesar de greves desse tipo terem sido declaradas ilegais pelo Supremo Tribunal da Índia em 1998, o presidente da Sociedade de Condolência por Laxmanananda Saraswati ameaçou o governo de Orissa em 15 de novembro, alertando que o grupo extremista hindu irá impor uma greve no Natal a menos que o governo prenda os assassinos do líder hindu Laxmanananda Saraswati.
Ratnakar Chaini, presidente da Sociedade de Condolência, exigiu a libertação de líderes hindus presos em ligação às mortes dos cristãos na onda de violência após o assassinato de Laxmanananda.
Em um grande comício em Déli,em 15 de novembro, Ratnakar convocou a greve para garantir “um Natal completamente pacífico”.
O secretário geral, Tehmina Arora, da Associação Legal Cristã interpretou o comentário do extremista como sarcástico.
“Como será um Natal pacífico se haverá greve?”, disse Tehmina ao Compass. “Não poderá haver nenhuma celebração, não vai ser possível sair de casa. Assim, não é uma questão de paz.”
Os discursos inflamados de Ratnakar e outros extremistas hindus contra o cristianismo e seus líderes na Índia levaram os cristãos a acreditar que a greve servirá de pretexto para outra onda de violência contra aqueles que celebrarem o feriado publicamente.
O comício dos extremistas hindus também incluiu promessas de que todos os cristãos serão “re-convertidos” ao hinduísmo.
“Se os hindus decidirem enfrentar qualquer um a fim de proteger nossa religião e cultura, nada poderá nos deter”, disse Ratnakar. “As crescentes conversões para as igrejas serão contestadas com unhas e dentes”.
O Sangh Parivar, incluindo a unidade estadual do VHP, declarou num relise à imprensa que o governo tem protegido os culpados pelo assassinato de Saraswati.
Tradução: Cláudia Veloso
Fonte: Compass Direct
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