MÉXICO (*) - Mariano Gregorio Gómez González, um evangélico que vive na comunidade de Jech’vo, Chiapas, México, tem resistido à pressão que as autoridades católicas locais tem feito contra sua família e se recusou a pagar as ofertas aos deuses locais. As autoridades de Jech’vo concordaram no dia 13 de setembro a cortar o fornecimento de água para a família de Mariano. Elas também decidiram que se Mariano não mudar de atitude e começar a frequentar a Igreja Católica, ele será preso.
Mariano Gregorio recebeu a Cristo há cinco anos junto com o resto de sua família. Ele se casou um ano depois e, agora, tem uma filha. No dia 26 de julho, na comunidade de Jech’vo, as autoridades locais junto com alguns líderes católicos começaram a pressionar Mariano para cooperar com os festivais católicos chamados de “Tekel toj”. Durante o período do festival, todos os moradores da comunidade devem se envolver com as festa comprando flores ou presentes para levarem como oferenda aos montes que ficam ao redor da comunidade de Jech’vo. A crença é a de que os deuses moram nos montes, portanto, é obrigação para todos levar as ofertas lá.
As ofertas
As ofertas são apresentadas diversas vezes por ano no cume dos montes e ao redor da comunidade. Os lugares são alterados para que os diferentes deuses das montanhas possam receber uma oferta. Mariano Gregorio, que frequenta a Igreja Asas de Águia na comunidade de Pasté, foi selecionado para comprar as flores para a Igreja Católica local, mas por causa de sua fé em Cristo, ele se recusou a comprar as oferendas que seriam dadas a esses deuses locais. Por causa disso, as autoridades locais junto com alguns líderes católicos começaram a exigir que Mariano desse uma oferta em dinheiro todos os meses.
Como Mariano não dava o valor, as autoridades locais decidiram cortar seu suprimento de água no dia 13 de setembro. Além disso, se ele não participasse dos festivais católicos, ele seria preso.
No momento, uma ação foi acionada no departamento de justiça de Chiapas, apesar de que o departamento já estivesse ciente da situação. As autoridades governamentais de Chiapas intimaram os líderes católicos e as autoridades da comunidade de Jech’vo duas vezes, mas eles ainda não responderam.
Mariano disse: “Não me importo com as consequências que isso pode me levar a sofrer. Sei que crer em Cristo não é um crime e não tenho medo”. O pai de Gregório é uma das autoridades locais na comunidade, na verdade, a segunda pessoa no comando. Apoiando o filho e a legislação federal mexicana, ele disse que iria resignar de seu cargo se as autoridades não permitissem a liberdade religiosa na comunidade.
As festividades “Tekel toj” não incluem apenas celebrações religiosas. Elas incluem um tipo de serviço comunitário no qual todas as pessoas se reúnem e constroem algo que traga benefícios para a comunidade. Alguns dos projetos já realizados incluem reparação de estradas e manutenção do sistema de água. Mariano Gregorio disse que não havia problema algum para ele participar dessa parte da festividade de “Tekel toj”, porque essa parceria iria beneficiar a comunidade. Ele acredita que é bom para eles se reunirem e juntos construírem estradas, escolas e sistemas de água potável, mas as autoridades locais de Jech’vo estão incomodadas com sua recusa de participar das atividades religiosas da festa de “Tekel toj”. Geralmente, as famílias são convidadas a participar das oferendas da festa de “Tekel toj” a cada dois ou três anos, mas os oficiais de Jech’vo estão pressionando Mariano e sua família desde que se tornaram evangélicos a participar a cada três meses.
Mariano não é o único membro da família Gómez González que foi afetado pela perseguição. Seu irmão, Andres, está também sofrendo com as consequências dela, porque recebeu a Cristo há cinco anos. Andres vive atualmente na cidade de El Carmen, Campeche, porque não conseguia ser empregado em sua cidade natal. Já que ele é considerado um membro da comunidade de Jech’vo, ele recebeu um telefonema dos líderes de Jech’vo e eles lhe ofereceram uma posição de liderança no próximo festival da comunidade, sabendo que ele rejeitaria, porque é um cristão. Como era de esperar, Andres rejeitou a oferta que fez com que as autoridades de sua comunidade natal lhe dissessem que assim que voltasse para lá seria preso.
Como a família de Mariano estava sem água, a Portas Abertas comprou um tanque de água potável com capacidade de 3.000 litros, assim, Mariano pode armazenar água em sua própria casa. A Portas Abertas também tem trabalho com o lado espiritual da vida dele para mantê-lo encorajado e fortalecido nesse período de dificuldades para ele e sua família.
Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: Portas Abertas
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