IRAQUE (16º) - Os cristãos no Iraque começam a fugir do único lugar onde se pensava que estivessem seguros. Informações do clero local mostram que nos últimos meses uma lenta, mas constante emigração tem acontecido perto de Mossul, Norte do país, à medida que se aproximam as eleições gerais de 2010. Os líderes da igreja temem que uma nova crise de segurança possa provocar outro êxodo em massa dos cristãos, o que em algumas áreas pode significar a saída dos últimos cristãos que resistiram às inúmeras dificuldades.
Em entrevista à Ajuda à Igreja que Sofre, o Pe. Bashar Warda deixou claro que os cristãos na região de Nínive começam a sentir-se ameaçados pelos mesmos problemas de segurança que têm dificultado a vida de pessoas em tantas outras partes do país.
“A emigração das famílias cristãs que temos visto em lugares como Mossul e Bagdá está afetando a região de Nínive”, lamentou. Padre Warda disse que não poderia dar números precisos sobre a emigração, mas que em vilarejos cristãos, 30 a 40 fiéis estão partindo todos os meses.
O reitor da Basílica de São Pedro, em Ankawa, chegou a dizer que a emigração de Nínive vai aumentar, com o surgimento de sequestros, explosões e outros incidentes. Os cristãos no Iraque eram 1 milhão e 400 mil no último censo, em 1987. Agora são menos de 400 mil, de acordo com as estimativas mais recentes.
Fonte: Rádio Vaticano
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