Autor: Robson T. Fernandes
Em Paris, uma determinada pessoa escreveu, num muro, a seguinte expressão: "Deus está morto! assinado: Nietzsche". Outra pessoa, respondeu, no mesmo muro: "Nietzsche está morto! assinado: Deus".
As implicações contidas nessa expressão, que pode se caracterizar como uma de duplo sentido, vão além do simples fato, se é que pode se chamar de simples, de mostrar que Deus não existe - uma tentativa secular almejada pelos ateus.
Suas implicações trazem complicações sociais graves, e acima disso, trazem complicações de âmbito pessoal e existencial.
Lembremo-nos da frase escrita pelo filósofo bíblico, Salomão, em Provérbios no capítulo 9 e versículo 10: "O temor do Senhor é o princípio da Sabedoria".
Em certa ocasião Dostoievski falou: "se Deus está morto, tudo é permitido".
Podemos, entretanto, matar a Deus em nossas consciências, porque na verdade, quem decide conscientemente satisfazer seus desejos pecaminosos possui, no seu interior, o mais árduo desejo de matar a Deus, se assim o fosse possível. Como sabemos dessa impossibilidade, resolvem matá-Lo em seus corações.Isso pode ser, facilmente, constatado pela sociedade atual, que perdeu o senso de pecado.
A sociedade russa, realidade contemporânea mais próxima de nós, é um exemplo mais do que claro dessa realidade. Há muito difundiram um humanismo secular, raiz do ateísmo, e hoje colhem os frutos da árvore que plantaram. Há muito venderam uma imagem irreal para o ocidente, contudo, a máscara caiu. Há muito defenderam uma ideologia, que foi absorvida por algumas sociedades, e penetrou no coração de alguns indivíduos, trazendo-lhes nada mais que a frustração.
Ao procedermos a uma análise social global, chegaremos a conclusão, irredutível, de que as sociedades mais organizadas e melhor estruturadas, são aquelas que possuem um Deus presente, respeitado e, acima de tudo, verdadeiro.
Ao desejarmos realizar uma reforma social, para a construção de um mundo melhor, seja ele, pessoal, político e social, devemos, ao que propõe a Filosofia, iniciar uma reforma pela consciência humana.
A afirmação de Nietzsche torna-se paradoxal, pois, se Deus morreu é porque esteve vivo, e sendo eterno não pode morrer.
Por outro lado, tal afirmação foi feita por um homem que aos 45 anos de idade viera a sofrer de insanidade mental. Sua insanidade, entretanto, pode ser aproveitada se atentarmos para o que Deus representou na sociedade européia e o que a mesma o estava tornando, no final do século XIX. Deus estava morrendo no coração da sociedade.
Com toda a controvérsia criada, percebemos, então, que não foi Nietzsche que disse tal frase, mas um louco. Entretanto, o louco não fez uma afirmação filosófica, mas um discurso de ficção.
A afirmação constitui-se do raciocínio de que nós conseguimos matar a Deus. Na verdade nos fazemos, dessa maneira, semideuses. A isso, Nietsche chama de grande façanha, contudo, uma façanha grande demais para nós, supostos assassinos.
Nietzsche chega a firmar: "Não deveríamos nós mesmos tornarmo-nos deuses simplesmente para parecermos dignos dela?"
Ao proceder dessa forma, esse é o primeiro passo para que alguém chegue a se tornar um super-homem.A sociedade tem cometido o erro de racionalizar o sobrenatural, e pensar que não se encontram respostas para as argumentações freqüentes.
Ao ser atacado pelos ferozes inimigos, atrozes assassinos, Garcia Moreno (ex-presidente do Equador) gritou: "Deus não morre!".Robson Tavares Fernandes - membros da Igreja Cristã de Nova Vida. É bacharel em Teologia pelo STEC (Seminário Teológico Evangélico Congregacional). Pesquisador da VINACC na área de Apologética, professor do Curso de Teologia da Igreja Batista da Palmeira, CBA (Curso Básico de Apologética) e ITESMI (Instituto Teológico Superior de Missões), palestrante do Encontro para a Consciência Cristã, Simpósio Criacionista da Paraíba, Seminário Criacionista da Alagoas; além de ministrar palestras em igrejas, escolas e universidades.
Contato:cristovira@bol.com.brrtf75@bol.com.br
Via VINNAC http://www.conscienciacrista.org.br/
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