RAMALLAH, CISJORDÂNIA - Israel libertou 198 prisioneiros palestinos, que foram recebidos como heróis nesta segunda-feira, 25, Cisjordânia. O Estado judeu espera que a libertação ajude o presidente palestino, Mahmoud Abbas e seus esforços de paz. A operação começou horas antes da planejada chegada da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, que tentará obter progressos num acordo de paz que Washington espera conseguir até o final do ano.
O prisioneiro palestino que estava há mais tempo sob custódia, Said al-Atabeh, 57, da Frente Democrática pela Libertação da Palestina, está entre os libertados. "Essa é uma grande alegria para nossas mães e para nosso povo, mas isso ainda é um pequeno passo porque deixamos para trás milhares de prisioneiros", disse Atabeh.
Atabeh foi preso em 1977 e sentenciado à prisão perpétua após ser condenado por envolvimento em atentados que mataram uma mulher israelense e feriram dezenas de pessoas. "Não é fácil libertar prisioneiros, especialmente prisioneiros que estavam envolvidos diretamente em atos terroristas contra civis inocentes", disse Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, recebeu pessoalmente todos os libertados, dos quais apertou a mão e abraçou ao lado do túmulo do histórico líder Yasser Arafat. "Vejo 198 heróis. Estamos felizes por sua libertação, mas ainda temos tristeza em nossos corações, porque ainda há onze mil detidos em prisões israelenses", disse Abbas. "O nome de cada prisioneiro está impresso em nossos corações e esperamos ver livres também líderes como Marwan Barghouti, Ahmed Saadat e Aziz Dweik", disse, acrescentando que "não haverá paz sem que os prisioneiros sejam libertados".
Os presos foram transferidos em ônibus da prisão israelense de Ofer, situada na Cisjordânia, até o posto de controle de Bitunia, perto de Ramallah, informaram fontes da Organização para a libertação Palestina (OLP) que pediram para não ser identificadas.
Do lado israelense se considera que esta libertação demonstra que o Estado judeu "está disposto a fazer concessões dolorosas para avançar nas negociações de paz", segundo assegurou nesta segunda-feira o escritório de imprensa do governo israelense em comunicado. Com este gesto, "Israel procura intensificar seu contínuo diálogo com parceiros que estão comprometidos com a diplomacia e se opõem ao terrorismo", assegura a nota.
Cerca de 11 mil palestinos estão em prisões israelenses e conseguir a libertação deles é uma questão bastante emotiva na sociedade palestina, que os vêem como símbolos da resistência. Os libertados são em sua totalidade "membros de facções que apóiam a liderança do presidente da Autoridade (Nacional) Palestina, Mahmoud Abbas", esclarece a nota, para deixar fora de dúvidas que esta medida não representa nenhuma concessão aos islamitas do Hamas.
Fonte: Estadão
O prisioneiro palestino que estava há mais tempo sob custódia, Said al-Atabeh, 57, da Frente Democrática pela Libertação da Palestina, está entre os libertados. "Essa é uma grande alegria para nossas mães e para nosso povo, mas isso ainda é um pequeno passo porque deixamos para trás milhares de prisioneiros", disse Atabeh.
Atabeh foi preso em 1977 e sentenciado à prisão perpétua após ser condenado por envolvimento em atentados que mataram uma mulher israelense e feriram dezenas de pessoas. "Não é fácil libertar prisioneiros, especialmente prisioneiros que estavam envolvidos diretamente em atos terroristas contra civis inocentes", disse Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, recebeu pessoalmente todos os libertados, dos quais apertou a mão e abraçou ao lado do túmulo do histórico líder Yasser Arafat. "Vejo 198 heróis. Estamos felizes por sua libertação, mas ainda temos tristeza em nossos corações, porque ainda há onze mil detidos em prisões israelenses", disse Abbas. "O nome de cada prisioneiro está impresso em nossos corações e esperamos ver livres também líderes como Marwan Barghouti, Ahmed Saadat e Aziz Dweik", disse, acrescentando que "não haverá paz sem que os prisioneiros sejam libertados".
Os presos foram transferidos em ônibus da prisão israelense de Ofer, situada na Cisjordânia, até o posto de controle de Bitunia, perto de Ramallah, informaram fontes da Organização para a libertação Palestina (OLP) que pediram para não ser identificadas.
Do lado israelense se considera que esta libertação demonstra que o Estado judeu "está disposto a fazer concessões dolorosas para avançar nas negociações de paz", segundo assegurou nesta segunda-feira o escritório de imprensa do governo israelense em comunicado. Com este gesto, "Israel procura intensificar seu contínuo diálogo com parceiros que estão comprometidos com a diplomacia e se opõem ao terrorismo", assegura a nota.
Cerca de 11 mil palestinos estão em prisões israelenses e conseguir a libertação deles é uma questão bastante emotiva na sociedade palestina, que os vêem como símbolos da resistência. Os libertados são em sua totalidade "membros de facções que apóiam a liderança do presidente da Autoridade (Nacional) Palestina, Mahmoud Abbas", esclarece a nota, para deixar fora de dúvidas que esta medida não representa nenhuma concessão aos islamitas do Hamas.
Fonte: Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário