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quarta-feira, 28 de abril de 2010

A responsabilidade dos professores da Escola Dominical

Por Altair Germano
A responsabilidade no processo seletivo de professores para a Escola Dominical, geralmente recai sobre o superintendente/dirigente/gestor e o pastor da congregação, enquanto que a de dirigente/superintendente/gestor geralmente é de competência dos pastores de congregações ou presidentes de igrejas. Alguns critérios precisam ser observados neste momento, para que problemas dos mais diversos não surjam depois. 





Em primeiro lugar, é essencial que o candidato à direção/docência na Escola Dominical seja alguém vocacionado por Deus. Títulos acadêmicos e cursos podem ajudar, mas, para a docência cristã, sozinhos não produzirão os frutos desejáveis. Quem foi vocacionado por Deus sabe que foi, e manifesta sinais de sua vocação, tais como o amor pelo ensino, dedicação no estudo da Bíblia, prazer de estar em sala de aula e habilidades próprias para a função. O candidato à direção/ensino na Escola Dominical precisa passar por um tempo de observação, onde a percepção de sua vocação se consolidará ou não. É preciso ter experiência prática no chão da escola (sala de aula), para somente depois ser efetivado na função.

Outra questão fundamental no caso de docentes é direcionar o candidato para uma faixa etária de alunos, na qual ele se identifique. Nem todos os professores se acham habilitados ou inclinados para ensinar crianças. Há também aqueles que evitam as salas com adolescentes e jovens. Existem também professores que não se enquadram no perfil da docência para a terceira idade. Uma boa conversa com o candidato à docência, seguida de um breve estágio se faz necessário.

Durante muitos anos, o departamento infantil da Escola Dominical sofreu com a falta de critérios na seleção de professores. Geralmente se achava que “qualquer um” estaria apto para ensinar crianças. Nos novos tempos, tal postura é inadmissível. As descobertas científicas no campo psicopedagógico, as facilidades de acesso a cursos especializados, os recursos literários disponíveis, tudo isso contribui para que professores devidamente qualificados tecnicamente, assumam o trabalho com as crianças e com as demais faixas etárias.

Lembro-me que certa vez, ao passar em frente a uma sala de aula infantil, as crianças estavam todas de joelhos orando. Num primeiro momento achei louvável a atitude do professor em proporcionar um momento de oração. Só depois da aula, quando fui parabenizar o referido “mestre”, foi que o mesmo me falou que a oração era uma ação punitiva e disciplinar, visto que os alunos estavam dando muito trabalho naquela manhã. Por aí se tira o despreparo do professor. No mínimo, alguns alunos passarão a associar a oração com castigo. Dá para imaginar as conseqüências negativas deste ato? Acontece que estamos citando apenas um dos inúmeros casos que envolvem professores não vocacionados ou despreparados na Escola Dominical. 

Atenção e critérios rígidos no processo seletivo de dirigentes/docentes para a Escola Dominical, não é mera “inovação desnecessária”, é atitude prudente, desejável e esperada de líderes comprometidos com a qualidade e com a excelência no processo de administração, ensino e aprendizagem nos novos tempos.

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