Representantes de 16 organizações muçulmanas, incluindo os radicais da Frente de Defesa Islâmica (FPI), se reuniram no dia 15 de fevereiro para pedir a suspensão de todas as atividades religiosas realizadas pela Igreja Protestante Galileia (GPIB) na cidade de Bekasi.
O pastor M. Telepta disse ao Compass que a igreja possui a permissão legal dos moradores e oficiais para realizar cultos desde 1992.
“Desde o início, temos a permissão para cultuar; tanto do governo quanto dos vizinhos”, diz o pastor. “Nós recebemos a permissão para construir o templo e o aval do prefeito de Bekasi. Também recebemos a liberação do Fórum para harmonia inter-religiosa em Bekasi.”
Em um dos protestos, o líder da filial da FPI em Bekasi, Murhali Baeda, tentou contestar a status legal da igreja Galileia, dizendo à ANTARA, agência de notícias oficial do governo indonésio, que ele tinha “certeza” de que “alguns templos na área não possuíam a permissão completa”.
“Isso fica provado pelo grande número de pôsteres e banners colocados nos becos e locais públicos rejeitando a presença dessas igrejas”, disse Murhali.
Um decreto para juntas missionárias promulgado em 1969 e revisado em 2006 requer a assinatura de mais de 60 vizinhos e uma permissão das autoridades locais para se construir um templo cristão na Indonésia.
Os representantes das organizações muçulmanas gritavam: “Não permitimos que existam igrejas nessa região”, e carregavam cartazes com escritas “Nós, fiéis muçulmanos, rejeitamos a presença de igrejas”, e “Cuidado com a ‘cristianização’ nessa área”.
Murhali também acusou a igreja de “cristianizar” os moradores ao distribuir alimento e “vender os suprimentos básicos a preços reduzidos”. Ele afirma: “A igreja está distribuindo esse material como incentivo para que as pessoas recebam Jesus como seu Salvador. Soubemos de várias pessoas que aceitaram essas distribuições”.
“Durante a noite, a adoração ao Deus deles em forma de música perturba o sono das pessoas”, ele afirma.
O pastor nega qualquer tentativa de “cristianizar” as pessoas. “Nunca distribuímos alimento ou outros suprimentos”.
“Nossos cultos continuarão normalmente, apesar dos protestos”, declara o pastor.
Tradução: Missão Portas Abertas
Fonte: Compass Direct
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