CHINA (12º) - Na manhã de domingo, 13 de setembro, um grupo de 400 criminosos vestidos com o uniforme da polícia e tarjas vermelhas em volta do braço invadiu a fábrica de sapatos Boas Novas (Good News Cloth Shoes Factory), no novo terreno da igreja Fushan, na cidade de Linfin, na província de Shanxi. Dois homens com pás racharam as paredes da fábrica e as fundações do templo, enquanto a multidão, com tijolos e outras ferramentas na mão, agrediam os membros da igreja que estavam dormindo na construção. Em uma hora, diversos cristãos estavam no chão, sangrando; alguns foram gravemente feridos e precisaram ser levados para a emergência. Muitas pessoas perderam a consciência e foram hospitalizadas.
O pronto socorro local foi instruído por autoridades anônimas a negar tratamentos e proibir transfusões de sangue para os cristãos feridos. Na noite de domingo, dois pacientes gravemente feridos foram transferidos com cilindros de oxigênio para um hospital na área de Linfin. A energia elétrica, o suprimento de água e as linhas telefônicas da fábrica foram cortados, e os guardas monitoravam todas as linhas de abastecimento que passavam pela fábrica.
Oficiais do governo e a polícia foram identificados entre a multidão de agressores. No início, Gao Xuezhong, secretário da Cidade de Zhangzhuang, gritava: “Ataquem tudo! Nós pagaremos!”. O vice-administrador, Duan Yumin, também observou a destruição. Segundo testemunhas, “ele se lançou com os homens que estavam com as pás, derrubou o muro do terreno e destruiu os cômodos temporários, banheiros e a fábrica”. Os vândalos esmagaram as janelas, portas, utensílios de cozinha, geladeiras e motocicletas. Deixando a destruição atrás de si, eles roubaram a televisão e outras ferramentas, e também o dinheiro, celulares, roupas, livros dos membros e a licença de funcionamento da fábrica. O ataque injustificável e sem precedentes foi devastador; segundo os membros da igreja, a cena estava “pior do que no terremoto Wenchuan”.
O ataque durou muitas horas, sendo que os agressores fugiram antes do amanhecer. Depois da demolição e roubo, os oficiais se desfizeram de todas as evidências, e limparam a cena para esconder seu envolvimento. Na tarde do dia 13 de setembro, milhares de membros se reuniram no terreno para lamentar. Eles ficaram chocados com o estado do prédio e com o cascalho deixado para trás. Indignados, os cristãos oraram pedindo justiça para as vítimas do ataque.
Bob Fu, presidente da ChinaAid, está triste por causa da perseguição e compartilha do sentimento de seus companheiros cristãos. “Estamos totalmente chocados por saber desse ataque sangrento contra os cristãos inocentes da igreja Fushan. Pedimos que o governo chinês prenda esses oficiais e tome medidas para garantir a liberdade religiosa dos cidadãos”.
Para ver mais fotos e assistir a um video sobre o ataque, acesse a página da associação ChinaAid (em inglês).
Tradução: Portas Abertas
Fonte: China Aid Association
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