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terça-feira, 14 de julho de 2009

"O desaparecimento dos cristãos no Oriente Médio"

DO PRESIDENTE DA ALIANÇA BATISTA MUNDIAL
Traduzo a mensagem do Reverendo, Dr. David Coffey, atual presidente da ALIANÇA BATISTA MUNDIAL a nós batistas do ocidente após sua visita ao Oriente Médio. O que aparecer em negrito, itálico e sublinhado são comentários meus – Pr. Valdemir Alves da Silva – e não do Dr. Coffey.

“O DESAPARECIMENTO DOS CRISTÃOS NO ORIENTE MÉDIO”
Tenho um amigo chamado Harry. Sua mãe, de 90 anos, faleceu há alguns meses. Eugenie Tabourian era o nome dela e ela era uma armênia cristã e, como seu esposo, ela fugiu da Turquia durante o genocídio dos armênios de 1215 e chegaram a então “terra santa” numa época em que lá havia ainda muitos cristãos. Hoje, boa parte dos cristãos nativos, isto é, dos cristãos que nasceram em Jerusalém ou nos arredores já não está mais lá. Esses cristãos tiveram de deixar suas terras, suas casas e negócio na “cidade dourada” em busca de “águas mais tranqüilas e pastos verdejantes”.

Há 60 anos os cristãos (católicos, ortodoxos, vétero-ortodoxos e protestantes e/ou evangélicos) representavam mais que 25% da população que habitava a Palestina, sendo que 80% deles moravam no “triângulo sul”, a saber, Belém, Beit Sahour e Beit Jala. Hoje o número desses cristãos foi reduzido drasticamente por causa dos conflitos entre árabes e judeus, principalmente, ainda que essa não seja a única razão. Anglicanos, luteranos e batistas eram as três principais confissões ditas “protestantes” da época.

Na verdade os cristãos estão cada vês mais perdendo a esperança de poder viver na terra que um dia testemunhou o nascimento de Jesus a Esperança do mundo e de onde, depois do Dia de Pentecostes saíram para a pregação ao mundo. Passados os primeiros 600 anos, os cristãos já haviam chegado ao leste de todo Império Romano com significativas comunidades e com missões cristãs organizadas até na China. Esses séculos testemunham um vibrante crescimento das igrejas ditas cristãs do Oriente médio, sendo que foi no Oriente Médio onde os livros do Novo Testamento ganharam o status de Escrituras sagradas, assim como foi nessa mesma região que se reuniram os primeiros grandes concílios que resolveram as grandes doutrinas da nossa Fé, a saber, os Concílios de Nicéia e calcedônia, principalmente, que definiram teologicamente (não inventaram)as doutrinas da autoridade do Novo Testamento, da Plena divindade de Jesus e da trindade...

Meu amigo harry contou-me de como a tolerância dos muçulmanos com os cristãos da palestina é cada vez menor e que em boa parte das vezes tal tolerância tem a ver com a idéia de que todos os cristãos estão de acordo com a política dos chamados “cristãos do ocidente” que, segundo eles, querem manter vivo o espírito das “cruzadas”, o que é algo constantemente explorado por Esama Bin Laden em suas “mensagens”.

Os árabes cristãos têm, com freqüência, experimentado as amargas conseqüências de um triplo prejuízo. O primeiro deles tem a ver com a questão econômica porque os vizinhos muçulmanos praticamente sufocam os empreendimentos econômicos desses árabes cristãos. O segundo tem a ver com a questão política, porque as terras desses cristão árabes têm sido confiscadas ao longo dos anos pelas colonização dos governos israelenses e o terceiro e o pior dos prejuízos, está no fato de que esses árabes cristãos se sentem marginalizados no Corpo de Cristo, especialmente pelos cristãos que vivem no ocidente.

Vários árabes batistas me disseram em minha vista a eles que “nós compreendemos o amor dos cristãos do ocidente pela nação de Israel, mas estamos estarrecidos pelo fato de que nós, os crentes em Cristo, árabes do Oriente Médio, não somos incluídos nas orações da família cristã em termos globais”. E, enfáticos, me disseram: “Não deixem de amar o povo judeu de Israel, mas por favor, amem também a nós, árabes cristãos. Achem um lugar nos corações de vocês para nós!”.

O que vi em minha visita ao Oriente Médio é que as pequenas mas ainda ativas comunidades batistas enfrentam severos desafios em termos de como testemunhar do Evangelho de Jesus Cristo. Então, este é o tempo para que nós, como família global, demonstremos nossa sensibilidade e apreço pela vida e obra desses cristãos que vivem nas terras bíblicas. Peço a cada um der vocês que me lerem para que achemos um lugar em nossos corações para nossos irmãos árabes e judeus.

O Pastor Valdemir Alves da Silva é presidente da Igreja Batista do P arque São Basílio - Rio de Janeiro, Brasil.




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