ÍNDIA (30º) - Militantes hindus têm oferecido recompensas para aqueles que queiram destruir as casas dos cristãos ou matar líderes cristãos, relatou um grupo de direitos humanos.
Incentivos, como dinheiro, comida, bebidas estrangeiras, combustível entre outras coisas, estão sendo usados para mobilizar extremistas contra minorias religiosas, as quais compõem apenas 2% da população indiana.
“Oferecem-se recompensas para matar cristãos e destruir suas igrejas e propriedades”, disse um representante do Conselho Geral dos Cristãos da Índia (AICC). “Serviços diferentes têm recompensas diferentes”, ele acrescentou.
O “preço” para matar um pastor, por exemplo, é U$ 250,00, disse Faiz Rahman, presidente do Boas Novas da Índia (GNI).
Faiz é líder de vários orfanatos no Estado de Orissa, em que a campanha anticristã começou em meados de agosto e onde os ataques são mais violentos.
Ele disse que ajudou 25 pastores a fugir de campos de refugiados, mas cerca de 250 líderes de igrejas ainda permanecem em abrigos dirigidos pelo governo.
“Todos os pastores são alvos de alto valor”, Faiz informou o grupo Release International. “Temos de tirá-los dos campos de refugiados”.
Cerca de 50 mil cristãos em Orissa foram desalojados, e 30 mil estão vivendo em campos de refugiados. Milhares de casas, igrejas, comércios, orfanatos e propriedades de cristãos têm sido queimadas e destruídas pelos grupos hindus, deixando-os sem moradia.
Muitos cristãos escaparam apenas com a roupa do corpo e não levaram consigo nenhum pertence ou dinheiro.
De acordo com o AICC, a campanha de terror contra os cristãos se espalhou para 14 Estados, com uma estimativa de 200 mortos.
Além de usarem recompensas para instigar a violência, o Bajrang Dal, um conhecido grupo da organização nacionalista Vishwa Hindu Parishad, agora treina mulheres para atacar os cristãos, de acordo com o AICC.
“Eles se reúnem em segredo e treinam-nas para usar espadas e bastão a fim de lutar e destruir”, disse o representante do AICC.
Em uma carta enviada ao ministro-chefe na semana passada, bispos católicos de Orissa acusaram os militantes hindus de estarem por trás “de um plano calculado e planejado para acabar com o cristianismo”, no distrito de Kandhamal, Orissa, e estabelecer uma nação hindu.
Os bispos reivindicaram ao ministro que a polícia nacional continue em Kandhamal após as eleições parlamentares e da câmara legislativa do Congresso.
A Índia é um país oficialmente secular e é também a maior democracia do mundo. Grupos de direitos humanos têm criticado fortemente o governo indiano por permitir a violência contra as minorias religiosas, que não diminui há três meses.
“Milhares de cristãos enfrentam o inverno em campos para os refugiados. Ajuda assistencial é necessária agora, e a Índia deve agir urgentemente para conter a violência, que se espalhou para outros Estados”, disse Andy Dipper, líder do Release International. “As autoridades devem defender as vidas e casas dos cristãos sob ameaça dos ultranacionalistas hindus.”
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: The Christian Post
Incentivos, como dinheiro, comida, bebidas estrangeiras, combustível entre outras coisas, estão sendo usados para mobilizar extremistas contra minorias religiosas, as quais compõem apenas 2% da população indiana.
“Oferecem-se recompensas para matar cristãos e destruir suas igrejas e propriedades”, disse um representante do Conselho Geral dos Cristãos da Índia (AICC). “Serviços diferentes têm recompensas diferentes”, ele acrescentou.
O “preço” para matar um pastor, por exemplo, é U$ 250,00, disse Faiz Rahman, presidente do Boas Novas da Índia (GNI).
Faiz é líder de vários orfanatos no Estado de Orissa, em que a campanha anticristã começou em meados de agosto e onde os ataques são mais violentos.
Ele disse que ajudou 25 pastores a fugir de campos de refugiados, mas cerca de 250 líderes de igrejas ainda permanecem em abrigos dirigidos pelo governo.
“Todos os pastores são alvos de alto valor”, Faiz informou o grupo Release International. “Temos de tirá-los dos campos de refugiados”.
Cerca de 50 mil cristãos em Orissa foram desalojados, e 30 mil estão vivendo em campos de refugiados. Milhares de casas, igrejas, comércios, orfanatos e propriedades de cristãos têm sido queimadas e destruídas pelos grupos hindus, deixando-os sem moradia.
Muitos cristãos escaparam apenas com a roupa do corpo e não levaram consigo nenhum pertence ou dinheiro.
De acordo com o AICC, a campanha de terror contra os cristãos se espalhou para 14 Estados, com uma estimativa de 200 mortos.
Além de usarem recompensas para instigar a violência, o Bajrang Dal, um conhecido grupo da organização nacionalista Vishwa Hindu Parishad, agora treina mulheres para atacar os cristãos, de acordo com o AICC.
“Eles se reúnem em segredo e treinam-nas para usar espadas e bastão a fim de lutar e destruir”, disse o representante do AICC.
Em uma carta enviada ao ministro-chefe na semana passada, bispos católicos de Orissa acusaram os militantes hindus de estarem por trás “de um plano calculado e planejado para acabar com o cristianismo”, no distrito de Kandhamal, Orissa, e estabelecer uma nação hindu.
Os bispos reivindicaram ao ministro que a polícia nacional continue em Kandhamal após as eleições parlamentares e da câmara legislativa do Congresso.
A Índia é um país oficialmente secular e é também a maior democracia do mundo. Grupos de direitos humanos têm criticado fortemente o governo indiano por permitir a violência contra as minorias religiosas, que não diminui há três meses.
“Milhares de cristãos enfrentam o inverno em campos para os refugiados. Ajuda assistencial é necessária agora, e a Índia deve agir urgentemente para conter a violência, que se espalhou para outros Estados”, disse Andy Dipper, líder do Release International. “As autoridades devem defender as vidas e casas dos cristãos sob ameaça dos ultranacionalistas hindus.”
Tradução: Vanessa Portella
Fonte: The Christian Post
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