IRÃ (3º) - Sob o regime islâmico iraniano, centenas de cidadãos que deixaram o islamismo e tornaram-se cristãos ficam presos durante semanas ou meses em locais desconhecidos, e são sujeitos a tortura mental e física. Shahin Zanburi, um cristão da comunidade curda iraniana, foi preso em 9 de agosto na cidade de Arak, a sudoeste, localizada na Província Central do Irã, fronteira com o Iraque. A polícia secreta prendeu Shahin enquanto ele estava evangelizando. Ele foi torturado durante o interrogatório e teve uma perna e braço quebrados. Enquanto estava na prisão, ele disse que “sentiu a presença de Deus a despeito do terrível tratamento que recebeu”. Ele disse ter sido algemado e pendurado enquanto a polícia batia na sola dos seus pés, na tentativa de fazê-lo confessar os crimes e dar o nome de todos os cristãos que ele conhecia. As autoridades também confiscaram o computador e o celular de Shahin. Shahin foi liberto dia 31 de agosto por intermédio de seu pai, que mora em Kermanshah. Seu julgamento foi marcado para segunda, dia 8 de setembro, mas ainda não se sabe o resultado da audiência. Ele deve ser acusado de ser espião por potências estrangeiras – um crime menos sério do que “apostasia” (deixar o islamismo). Possíveis razões para as prisões Uma fonte que trabalha com refugiados iranianos acredita que opiniões políticas são alguns dos motivos da investida contra os cristãos. “Os cristãos são vistos como possíveis espiões, aliados de Israel ou dos Estados Unidos” – disse a fonte, acrescentando que o grande número de cristãos iranianos que ele aconselha tem sido visitado e intimidado pela polícia, levando-os a fugir do Irã. Ele acredita, também, que a aparente explosão no número de igrejas domésticas assusta o governo iraniano. “Eles vêem isso como algo que não podem controlar, então se amedrontam com as igrejas domésticas” – disse. Outro especialista em assuntos relacionados ao Irã acredita que cristãos de fora do Irã que exageram no número de convertidos e de igrejas domésticas são, de certa forma, responsáveis pelo crescimento da perseguição. Quando os cristãos reivindicam a existência de milhares de igrejas domésticas em todo o país, as autoridades iranianas sentem-se ameaçadas. “A polícia é obrigada a sancionar atividades cristãs quando essas se tornam muito públicas” – disse um cristão iraniano.
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sexta-feira, 12 de setembro de 2008
Cristão curdo aguarda julgamento
IRÃ (3º) - Sob o regime islâmico iraniano, centenas de cidadãos que deixaram o islamismo e tornaram-se cristãos ficam presos durante semanas ou meses em locais desconhecidos, e são sujeitos a tortura mental e física. Shahin Zanburi, um cristão da comunidade curda iraniana, foi preso em 9 de agosto na cidade de Arak, a sudoeste, localizada na Província Central do Irã, fronteira com o Iraque. A polícia secreta prendeu Shahin enquanto ele estava evangelizando. Ele foi torturado durante o interrogatório e teve uma perna e braço quebrados. Enquanto estava na prisão, ele disse que “sentiu a presença de Deus a despeito do terrível tratamento que recebeu”. Ele disse ter sido algemado e pendurado enquanto a polícia batia na sola dos seus pés, na tentativa de fazê-lo confessar os crimes e dar o nome de todos os cristãos que ele conhecia. As autoridades também confiscaram o computador e o celular de Shahin. Shahin foi liberto dia 31 de agosto por intermédio de seu pai, que mora em Kermanshah. Seu julgamento foi marcado para segunda, dia 8 de setembro, mas ainda não se sabe o resultado da audiência. Ele deve ser acusado de ser espião por potências estrangeiras – um crime menos sério do que “apostasia” (deixar o islamismo). Possíveis razões para as prisões Uma fonte que trabalha com refugiados iranianos acredita que opiniões políticas são alguns dos motivos da investida contra os cristãos. “Os cristãos são vistos como possíveis espiões, aliados de Israel ou dos Estados Unidos” – disse a fonte, acrescentando que o grande número de cristãos iranianos que ele aconselha tem sido visitado e intimidado pela polícia, levando-os a fugir do Irã. Ele acredita, também, que a aparente explosão no número de igrejas domésticas assusta o governo iraniano. “Eles vêem isso como algo que não podem controlar, então se amedrontam com as igrejas domésticas” – disse. Outro especialista em assuntos relacionados ao Irã acredita que cristãos de fora do Irã que exageram no número de convertidos e de igrejas domésticas são, de certa forma, responsáveis pelo crescimento da perseguição. Quando os cristãos reivindicam a existência de milhares de igrejas domésticas em todo o país, as autoridades iranianas sentem-se ameaçadas. “A polícia é obrigada a sancionar atividades cristãs quando essas se tornam muito públicas” – disse um cristão iraniano.
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